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I Teoria Geral dos Contratos Continuação

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8. PRINCÍPIOS REGENTES DO CONTRATO:
Noções Inicias: 
Proporcionalidade, razoabilidade, Isonomia material (são postulados).
Alta densidade axiológica – Veicula um valor. 
Baixa
 densidade normativa
 – Não tem estrutura de solução.
Baixa densidade axiológica – não veicula valor e sim soluções.
Alta densidade normativa
.
Postulado: 
É uma norma
 que vai harmonizar princípios em choque, para que um 
n
 destrua o outro, mesmo que um prevaleça.
Princípios:
 Aplicação indireta, as situações não são resolvidas pelos princípios, mas eles dão as diretrizes, para regrar as situações.
Regra:
 Aplicação direta, feita para resolver determinadas situações.
Norma
	
Obs.: Há situações em que os princípios possuem aplicação direta e tem força normativa (Atualmente). 
O Princípio é o início (dar vida), o meio e o fim (aponta para onde devemos ir).
8.1. Princípios Clássicos (Tradicionais):
8.1.1. Princípio da Força Obrigatória do Contrato / P. da Obrigação Contratual:
Por este princípio os contraentes devem cumprir com o contrato sob pena de responsabilidade patrimonial, tendo em vista a segurança jurídica e a imutabilidade do contrato. 
Exceção: 
Caso fortuito ou força maior (Sem culpa)
Interesses públicos (Intervencionismo. Ex.: Estado desapropria terreno em negociação para construir uma escola) 
8.1.2. Princípio da Autonomia Privada:
Por este princípio os contraentes podem 
autoregrar
 o contrato, escolhendo quem contratar, o que contratar, como contratar, onde contratar e quando contratar. 
Exceção: Há limitação no Princípio da Autonomia Privada por interesses Públicos.
Por este princípio para que o contrato exista, basta em regra o acordo de vontades. 8.1.3. Princípio do Consensualismo: 
Exceção: 
Contratos formais: Não basta apenas o acordo de vontades, tem que ter uma forma.
Contrato Real: Para se formar tem que haver o acordo de vontade e a entrega para que surja o contrato. Ex.: Contrato de empréstimo, contrato de depósito e contrato estimatório/consignação.
8.1.4. Princípio da Relatividade Subjetiva dos Efeitos Contratuais:
Por este princípio os efeitos dos contratos apenas atingem em regra os contraentes, não prejudicando, nem beneficiando terceiros. (
só
 obriga os dois que fizeram o contrato) 
Exceção: 
Estipulação em favor de terceiros.
Promessa de fato a terceiros.
Contrato com pessoa a declarar.
Por este princípio o interprete deve analisar a conduta do contraente para verificar se existem vícios nas vontades manifestadas pelos contraentes (Concepção psicológica).8.1.5. Princípio da Boa Fé Subjetiva:
8.2. Princípios Sociais:
8.2.1. Princípio da Função Social do Contrato
Plano 
Externo / Ex
trínseco / Eficácia 
Ex
terna:
Neste plano o contrato cumpre sua função social ao realizar valores ligados ao interesse público e a dignidade da pessoa humana. 
Plano Interno / Intrínseco / Eficácia Interna:
Plano da relação entre os dois que fizeram o contrato, 
neste
 plano o contrato compre com sua função social ao satisfazer isonomicamente os contratantes.
8.2.2. Princípio da Boa Fé Objetiva:
Por este princípio o interprete deve analisar o comportamento dos contratantes para verificar se agiram entre si com lealdade, honestidade e probidade, de acordo com o comportamento do homem médio, que traduz os bons costumes sociais.
* Função do Princípio da Boa fé objetiva: 1. Interpretativo
 2. Delimitador de direitos
 3. Criador de deveres
9. FORMAÇÃO DO CONTRATO
Noções Iniciais:
- Escrita
- Verbal
- Mímica 
Expressa
Quando a Lei expressamente exigir
Quando a Lei não exigir o modo expresso.
Quando se presume a vontade de um comportamento
Ficta
Tácita
Formas de Manifestar a Vontade
FASES RELACIONADAS À FORMAÇÃO DO CONTRATO:
9.1. Puntação:
 1. Conceito: Consiste em fase pré-contratual durante a qual os pretensos contraentes travam debates, realizam sondagens, fazem estudos, trocam impressões com objetivo de formar um contrato. 
2.Características:
Nessa fase não se criam direitos, nem deveres contratuais.
Não há força obrigatória. 
Não há vínculo contratual.
Não há responsabilidade contratual.
Pode ser formalizada em uma minuta, que pode ser modificado por completo. 
Obs.: Pode haver responsabilidade extracontratual / Aquiliana – Quando alguém apresente conduta culposa ou dolosa que case dano ao outro. (Contraria o Princípio da Boa Fé Objetiva).
Observação: As negociações da Puntação, são diferentes das do Contrato Preliminar / Pré-contrato.
9.2. Contrato Preliminar ou Pré-contrato:
1. Conceito: Consiste em negócio jurídico que tem por objetivo a obrigação de fazer um outro contrato no futuro (Contrato definitivo).
2. Conteúdo: É o mesmo conteúdo que deve constar no Contrato definitivo
3. Forma: A forma do contrato é ESCRITA.
4. Registro: O contrato preliminar tem que ser registrado.
5.Direito de Arrependimento: Objeto de previsão contratual que permite a ambos os contraentes não realizarem o contrato definitivo. (Art. 463 / CC)
6. Possibilidade de suprimento judicial de vontade não manifestada: Quando uma das partes desiste do contrato, a outra entra com ação judicial e juiz supri a parte desistente, transformando o contrato preliminar em definitivo. (Art. 464, 466 CC)
7. Espécies: - Unilateral: Quando apenas um dos contraentes assume deveres.
 - Bilateral: Quando os dois contraentes assumem deveres contratuais. 
Obs.: O contrato preliminar é diferente do Compromisso irretratável de compra e venda.
	Contrato Preliminar
	Compromisso Irretratável de Compra e Venda
	O objeto do contrato preliminar é a Obrigação de fazer o contrato definitivo
	O Objeto do Compromisso Irretratável de compra e venda é a Transmissão da propriedade por adjudicação compulsória da escritura pública (Próprio contrato). 
9.3. Proposta: 
1.Conceito: Consiste em manifestação de vontade unilateral inicial, definitiva, receptiva, clara, séria e completa, realizada pelo proponente (policitante, ofertante ou ablante) com intuito de formar um contrato, junto com um pretenso aceitante.
2. Conteúdo: É aquele mesmo do contrato.
3.Natureza Jurídica: Negócio Jurídico Unilateral
4.Características:
Unilateralidade
Inicialidade
Definitividade
Receptividade
Clareza
Completude
Seriedade
Obrigatoriedade: - Ideia de ônus
 - Ideia de prazo
Obs.: A obrigatoriedade sobrevive para além da morte e da incapacidade do proponente, salvo se a proposta de contrato for personalíssima.
5. Hipóteses em que deixa de obrigar:
1. Quando houver clausula expressa de retratação.
2. Quando a natureza do objeto contratual impedir.
3. Circunstâncias peculiares legais:
A proposta sem prazo para pessoa presente, deixa de obrigar se não for aceita imediatamente.
A proposta sem prazo para pessoa ausente, deixa de obrigar se não for aceita em um prazo razoável.
A proposta com prazo para pessoa ausente, deixa de obrigar se não for aceita no prazo.
A proposta com ou sem prazo, feita para pessoas ausente, deixa de obrigar se for recebida depois de uma retratação oportuna.
9.4. Aceitação:
1. Conceito: É a declaração de vontade expressa ou tácita, pura e simples, oportuna, conclusiva, coerente e idônea realizada pelo aceitante (oblato), aderindo totalmente a proposta que lhe foi dirigida formando enfim o contrato.
2. Contraproposta: (Há duas situações)
Quando o proponente aceita a modificação da proposta realizada pelo aceitante.
Quando o proponente aceita a aceitação tardia do aceitante. 
Expressa
- Escrita, verbal ou mímica.
Presume-se a vontade de um comportamento.
Tácita3. Espécies:
4. Hipóteses em que deixa de obrigar:
Quando ocorre retratação oportuna da aceitação.
Quando a aceitação chega muito tardiamente ao proponente devido as circunstâncias imprevistas.
9.5. Momento da Formação do Contrato:
1. Formação do Contrato Entre Presentes:Quando for aceita imediatamente a proposta sem prazo.
Quando a aceitação diante de uma proposta com prazo, for aceita no prazo.
2. Formação do Contrato Entre Ausentes:
# Teoria da Informação (Cognição): Para esta teoria, o contrato se forma quando o proponente toma ciência da aceitação.
# Teoria da Declaração (Agnição): Para esta teoria o contrato nasce no momento em que o aceitante declara sua aceitação. Essa teoria se divida em três subteorias:
Subteoria da Declaração Propriamente Dita: Para esta subteoria o contrato se forma no momento em que o aceitante elabora sua aceitação.
Subteoria da Expedição: Para esta subteoria o contrato nasce no momento em que for expedida (enviada) a aceitação.
Subteoria da Recepção: Para esta subteoria o contrato nasce no momento em que o proponente recebe a aceitação.
9.6. Lugar da Formação do Contrato:
1. Se o contrato for celebrado entre contraentes dentro do território nacional considera-se que o mesmo nasce no local em que foi proposto (Art. 435, CC).
O lugar em que foi proposto é aquele em que a proposta foi expedida.
O lugar em que foi proposto é aquele em que a proposta se tornou conhecida.
2. Importância de saber o local do nascimento do contrato:
Identificar o juízo competente para eventuais conflitos de interesses.
Identificar a legislação local aplicável.
3.Se o contrato for celebrado entre contraentes que residam em países diferentes, o mesmo se considera formado no lugar em que reside o proponente.
10. INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO: 
10.1 – Apuração da intenção:
	Descobrir a intenção dos contraentes tendo em vista época que foi celebrado o contrato. Há dificuldade para interpretação do contrato, porque muitas vezes nem mesmos os contraentes recordam com fidelidade o que foi proposto, o que é mais difícil para alguém que pega o contrato pela primeira vez e tem o dever de interpretá-lo.
	
10.2 – Interpretação Objetiva:
	Ocorre quando o intérprete analisa as manifestações de vontade consciente, apenas em seu sentido literal (Interpretação que a gramática nos revela).
10.3 – Interpretação Subjetiva:
	Ocorre quando o intérprete a partir das declarações de vontade tenta descobrir a intenção que está por trás dos mesmos, considerando o momento em que o contrato foi celebrado.
10.4 – Destinatário da Interpretação do Contrato:
 - Contraentes
 - Julgadores: * Magistrado
 * Árbitros 
10.5 – Espécies de Interpretação:
Interpretação Declarativa: É um processo que é integrado por interpretação objetiva e interpretação subjetiva.
Interpretação Integrativa / Construtiva: Ocorre quando o intérprete utiliza os meios integrativos (analogia, equidade, costumes...) do direito para preencher lacunas contratuais.
10.6 – Principais Princípios Interpretativos do Contrato:
Princípio da Boa Fé Objetiva: Por este princípio o intérprete deve analisar o comportamento dos contraentes para verificar se agiram entre si com lealdade, honestidade e probidade, de acordo com o comportamento do homem médio que traduz os bons costumes sociais.
Princípio da Conservação / Aproveitamento: Por este princípio ao se deparar com as cláusulas contratuais ambíguas o intérprete deve escolher o sentido interpretativo que conserve a harmonia interna do contrato, aproveitando-o.
10.7 – Principais Normas Legais Interpretativa do contrato: 
Subjetiva: O legislador estabelece, mas dá ao interprete a oportunidade de interpretar. Art. 112 CC.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
Objetiva: Aquela que o próprio legislador interpreta, não dá espaço para o juiz interpretar. Art. 114, 843, 423, 424 e 819 CC.
Art. 114 - Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
11. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS:
11.1 - Contratos considerados em si mesmo:
1º - Quanto à Pessoa do Contratante:
1º. 1 - Quanto a Relevância da Pessoa do Contraente:
Contrato Pessoal (Personalíssima): É aquele em que são levadas em conta as qualidades pessoais de pelo menos um dos contratantes para que haja a celebração contratual e a produção de certos efeitos.
Contrato Impessoal: É aquele para cuja contratação são indiferentes as pessoas dos contraentes. Não importa quem vai fazer, a execução pode ser transferido para terceiro.
1º. 2 - Quanto ao Número de Contraente Atingido:
Individual: É aquele em que cada vontade expressada representa uma intenção. Em regra, só atinge aos contraentes.
Coletivo (Normativo): É aquele em que pelos menos uma das vontades expressada representa uma coletividade de intenções. Ex: Acordo coletivo
2º Quanto a Natureza da Obrigação (Efeitos):
Unilateral: É aquele que são estabelecidos efeitos para apenas um dos contraentes, restando ao outro os direitos. Ex: Doação pura e simples
Bilateral (Sinalagmática – Vem do Grego que significa Contrato): É aquele em que são estabelecidos direitos e deveres simultâneo, recíprocos e equivalentes para os dois contraentes envolvidos. Ex: Compra e venda.
Plurilateral (Plurimo): É aquele em que se estabelece direitos e deveres simultâneo, recíproco e equivalentes para os mais de dois contraentes envolvidos. Ex: Sociedade Civil de Advogados, Sociedade Empresária.
Observações 01:
Unilateral:
 Pelo critério da Natureza da Obrigação
.
OU
Bilateral
:
 Pelo critério da 
Formação
Pode ser:
Contrato de Doação Pura e S
imples
Observações 02:
Doutrina Minoritária: 
Defende que é aquele contrato q
ue se forma para 
ser Unilateral
, todavia se converte em bilateral durante a execução.
Doutrina Majoritária: 
Defende que não exi
ste o Contrato Bilateral Imperfeito.
Contrato Bilateral Imperfeito
3º Quanto a Forma do Contrato:
3º. 1 – Imprescindibilidade da Forma para a Validade
Formal (Solene): É aquele cuja validade depende de uma forma específica.
Não Formal (Não solene / Informal): É aquele cuja a validade não depende de forma específica.
3º. 2 - Modo pelo qual se Aperfeiçoa (Ultima): 
Consensual: É aquele cuja formação se aperfeiçoa apenas com o acordo de vontade.
Real: É aquele cuja formação apenas se aperfeiçoa com acordo de vontade mais a entrega da coisa. Só existe Três Exemplos: Contrato de Depósito, Empréstimo e Estimatório. 
4º Quanto a Designação:
Nominado: É aquele que tem um nome jurídico.
Inominado: É aquele que não tem um nome jurídico.
5º Quanto a Disciplina Normativa Específica:
Típico: É aquele que tem regramento normativo próprio.
Atípico: É aquele que não tem regramento normativo próprio.
Observação 01:
* Duas situações não se enquadram nem no Contrato Típico, nem no Atípico.
1. Contrato Coligado – É um complexo de contratos ligados por um vínculo interno e subordinante.
2. União de Contratos - Complexo de contratos ligados por um vínculo externo e são subordinantes. São contratos distintos unido apenas pelo papel.
Observação 02:
A lógica é que:
- Todo contrato nominado seja típico (Se tem nome, tem regra). 
- Todo contrato inominado seja atípico (Senão tem nome, não tem regra).
# Foge a essa lógica:
Contrato de Locação de Garagem ou de Estacionamento. (É nominado, mas é atípico).
Conclusão: Nem tudo que é nominado é típico e nem tudo que é inominado é atípico.
6º Quanto ao Tempo de sua Execução:
6º. 1 - Instantâneo: É aquele cujo os efeitos se produzem de uma só vez.
Atípico: É aquele cujo os efeitos se produzem de uma vez só e logo depois dacelebração do contrato. Ex: compra e vende à vista
Da Execução Imediata: É aquele cujo os efeitos se produzem de uma vez só em um futuro mais distantes do momento da celebração. Ex.: Venda de lápis hoje para pagar com 30 dias.
6º. 2–Contrato de Duração (Educação Continuada / Trato Sucessivo / Débito Permanente): É aquele cujo os efeitos se produzem ao longo do tempo, através de atos reiterados / repetidos. Ex.: Aluguel.
Determinado: É aquele que estipula seu início e seu fim. Ex.: Contrato de locação, pega carro dia 1º e devolver no 15º dia.
Indeterminado: É aquele que estipula seu início e não estipula o seu fim. Ex.: Aluga imóvel, e não sabe quando vai sair.
7º Quanto ao Motivo Determinante:
Causal: É aquele cuja causa é identificada.
Atípico: É aquele cuja existência não está ligada a uma causa determinada.
Obs.: Há um erro nesse critério, pois todo contrato tem causa, não existe contrato abstrato no Brasil, essa classificação veio da Alemanha, mas não se adéqua a nossa regra.
8º Quanto a Função Econômica:
De Troca: É aquele em que ocorre permuta de utilidade econômica (Abrangente).
De Crédito: É aquele em que um dos contraentes com base na confiança, cede (Confia) temporariamente ao outro contraente certa utilidade econômica que deverá ser restituída. 
De Prevenção de Risco: É aquele em que um dos contraentes assume o risco de dano sobre a pessoa ou patrimônio do outro contraente.
De Atividade: É aquele que tem por objeto uma prestação de fato (Nome técnico da obrigação de fazer). Ex: Prestação de serviço.
Associativo: É aquele no qual existe coincidência dos fins almejados pelos contraentes. Ex: Sociedade empresária – tem como finalidade o lucro
9º Quanto às Vantagens Patrimoniais que podem Gerar / Benéfico:
9º. 1 –Gratuito: É aquele em que se estabelece a prestação, sem a correspondente contraprestação. Ex: Doação Pura e Simples.
Propriamente Dito: É aquele em que ocorre a diminuição de patrimônio do contraente que realizou a liberalidade (ato de benevolência / altruísta). Ex: Doação pura e simples.
Desinteressado: É aquele que não ocorre diminuição de patrimônio do contraente que realizou a liberalidade. Ex: Emprestar a casa.
9º. 2–Oneroso: É aquele que estabelece prestação e contraprestação.
Obs.: Diferenciar oneroso (nem sempre tem dinheiro envolvido) de pecuniário (que sempre tem dinheiro envolvido)
Comutativo: É aquele em que todos contraentes podem antever as vantagens e desvantagens que o contrato lhes pode gerar
Aleatório / Contrato de risco: É aquele em que pelo menos um dos contraentes, não conseguem antever as vantagens e desvantagens que o contrato pode gerar. Se divide em dois:
- Por Natureza: É aquele cujo risco é sua essência. Ex.: Contrato de seguro.
- Por acidente: É aquele que naturalmente seria comutativo, mas se converte em aleatório, devido a inserção de elemento de risco externo. Ex.: Comprar uma safra / comprar na bolsa de valores.
10º Quanto à Medida da Liberdade para Contratar:
Paritário: É aquele cujo conteúdo é elaborado isonomicamente por todos os contraentes.
De Adesão: É aquele em que um dos contraentes valendo-se de sua superioridade material, impõe ao outro contraente o conteúdo do contrato. Características:1. Rigidez (Só o jurídico pode alterar), 2. Uniforme (Para todos), 3. Posição de superioridade econômica do contraente (Só ele pode fazer), 4. Predeterminação Unilateral do conteúdo (Faz sozinho). Ex: Conta de luz, água.
Tipo: É aquele em que um dos contraentes elabora o conteúdo sozinho, mas permite que o outro altere. Ex: Contrato bancário de alto investimento.
11º Quanto ao Ramo do Direito Privado: 
Civil: É aquele em que nenhum dos contraentes atua como empresário para sua celebração.
Mercantil / Empresarial: É aquele em que pelo menos um dos contraentes atua como empresário no ato da contratação. Ex.: Contrato de consumo.
11.2 -Contrato Reciprocamente Considerado:
1º Quanto ao objeto:
Preliminar ou Pré-Contrato: É aquele que tem por objeto fazer contrato definitivo no futuro. Ex: Promessa de compra e venda / Comprar apartamento na planta.
Definitivo: É aquele que realiza o objeto do contrato preliminar. Ex: Contrato de compra e venda.
2º Quanto a Relação de Dependência:
Principal: É aquele cuja existência não depende de qualquer outro contrato. 
Acessório: É aquele cuja existência depende de um contrato principal. Ex.: Contrato de fiança.
Derivado / Subcontrato: É aquele cujos direitos e deveres estão baseados em outros contratos (Contrato referencial). Não depende do contrato principal. Ex: Subempreitada – Empreiteira loca maquinário, terceiriza.
11.3 - Autocontrato:
	É aquele em que um dos contraentes expressa à vontade por si próprio e ao mesmo tempo expressa à vontade pelo outro contraente, como representante deste último.
Obs.: O autocontrato não é aceito pelo ordenamento brasileiro, mas é aceito na Alemanha.
12. QUESTÕES RELACIONADAS À EFICÁCIA CONTRATUAL
12. 1 - Estipulação em Relação a Terceiro
Regra: Princípio da Relatividade Subjetiva dos Efeitos Contratuais (Os efeitos do contrato em regra não passam dos contraentes, não atinge a terceiros.
Exceções à Regra:
1º - Estipulação em favor de terceiros:
Conceito: Negócio jurídico pelo qual o estipulante e o promitente ajustam que este último, deverá realizar uma prestação patrimonial em favor de um terceiro diante de certa circunstância. Ex.: Contrato de seguro de vida. 
Natureza Jurídica: Há cinco teorias:
Teoria da Proposta: Duas pessoas se juntam para fazer uma proposta para terceiro, essa teoria não é aceita, pois na proposta só há uma vontade.
Teoria da Declaração Unilateral de vontades: Duas pessoas se juntam para declarar uma vontade única para terceiro, não aceita, pois na proposta só há uma vontade.
Teoria da Gestão de Negócio Alheio: Tem como ideia de fundo a representação, agindo em nome de interesse alheio, mas nesse caso ele age em nome próprio. Ex.: Amigo do professor some, e ele vai tomar conta dos negócios do amigo. 
Teoria do Contrato Acessório: É aquele que depende de um contrato principal para existir. No contrato de seguro não precisa de um principal para existir.
Teoria do Contrato Condicional: É aquele que tem uma condição que pode ser suspensiva ou resolutiva, nessa situação há uma condição suspensiva. Ex.: quando morrer a seguradora vai pagar a esposa. Teoria que PREVALECE.
Notas Específicas: Art. 436 a 438 CC
Se o estipulante juntamente com o terceiro anuírem no contrato este último será investido na condição de credor desde a celebração contratual. Ex.: O marido faz o contrato de seguro de vida, quando o casal assina o contrato, a esposa já é credora.
Se o estipulante renunciar em favor do terceiro o direito de reclamar a execução contratual (fiscalização), o mesmo não poderá mais substituir o terceiro, nem desobrigar o promitente. Ex.: O marido não quis que a esposa assinasse o contrato com ele, entretanto a deixou responsável pela fiscalização do contrato, com isto ele não pode mais substituí-la do contrato, nem perdoar o promitente.
Se o estipulante não tiver renunciado o direito acima mencionado, o mesmo poderá substituir o terceiro a qualquer tempo, por ato entre vivos, ou em razão da morte. Ex.: Caso o marido não renuncie o poder de fiscalizar o contrato, ele poderá mudar o terceiro quando quiser, em vida ou após sua morte quando constar em testamento.
Exige-se a capacidade de exercer direitos apenas em regra do estipulante e do proponente. Para fazer o contrato, o estipulante e o promitente precisam ser maiores, o terceiro pode ser menor, exceto na situação que ele irá fiscalizar o contrato.
Para o terceiro a estipulação será um negócio gratuito. O terceiro só tem direitos, não te, dever nenhum e se for cobrado algo, será uma cobrança abusiva.
Pessoa casada não pode estipular em favor de seu cúmplice adulterino. Homem casado não pode fazer seguro para amante.
2º - Promessa de Fato de Terceiro / Contrato por Outem
Conceito:Negócio jurídico pelo qual o promitente garante ao contraente que um terceiro realizará uma obrigação de fazer em favor deste mesmo contraente, sob pena de aquele promitente ter que indenizar eventuais prejuízos. Ex.: O professor promete a turma que irá trazer a Ivete para a formatura, nesse caso o terceiro (Ivete) ainda não sabe, e se ele não aceitar a proposta o professor vai ter que indenizar a turma pelos prejuízos.
Natureza Jurídica: Contrato condicional – Condição suspensiva.
Notas Específicas: Art. 439 a 440 CC.
Se o promitente for casado com terceiro sob regime de comunhão parcial ou total de bens e o terceiro não cumprir com o que foi prometido em negócio no qual deveria participar desde o início, o contraente não poderá exigir indenização ao promitente. Ex.: “A” é casado com comunhão total de bens e vende terreno para “B”, “A” diz que não se preocupasse que a esposa iria assinar. Se a esposa não assinar, “B” não poderá cobrar indenização, porque ele sabia que “A” era casado.
Exige-se a capacidade de exercer direito dos três envolvidos. Todos devem ser maiores e capazes. 
Se o terceiro anuir com a promessa e não puder cumpri-la devido a impossibilidade física, impossibilidade jurídica ou ilicitude do objeto, o promitente não será obrigado a indenizar o contraente. Ex.: O promitente contratou Ivete, ela confirma a presença, mas no dia ela não pode comparecer porque se acidentou (impossibilidade física), ou foi presa (impossibilidade jurídica) ou foi contrata para tocar em cassino (Ilegal)
A partir da anuência do terceiro em relação à promessa, o promitente fica desobrigado perante o contraente, salvo se continuar na relação como devedor solidário (tem que ser expresso). Ex.: Ivete diz que vem, mas o promitente e o contraente são sócios solidários, se ela desistir os dois vão arcar com as despesas.
3º - Contrato de Pessoa a Declarar / a Indicar:
Conceito: É o negócio jurídico pelo qual o estipulante com a concordância do promitente, estipula a faculdade de substituir-se por um terceiro. Há no contrato uma cláusula garantindo o direito do estipulante de colocar alguém em seu lugar. Esse tipo de contrato acontece muito com pessoas que tem dinheiro e que sabe que quando vai fazer determinado contrato, a ele é cobrado o triplo por saberem quem ele é, nessa situação ele pede para um parente ou amigo fazer o contrato em nome próprio e depois de firmado ele passar para ele (terceiro).
Natureza jurídica: Há quatro correntes.
Teoria do estipulante em favor de terceiro: Não se aplica porque o terceiro só tem direitos, o terceiro pode entrar no contrato, mais o estipulante nunca sai.
Teoria da gestão de Negócio alheio: Os dois se reúnem para organizar o negócio do outro. Não se aplica porque que faz o contrato, faz em nome próprio.
Teoria da representação propriamente dita: Os dois estão representando o direito do outro. Não se aplica porque que faz o contrato, faz em nome próprio.
Teoria Condicional: Impõe condição (há condição suspensiva e resolutiva), a suspensiva é em relação ao terceiro (fica suspenso até a entrada do terceiro no contrato), a resolutiva é em relação ao estipulante (quando o terceiro entra, o estipulante sai do contrato, resolve-se).
Notas específicas: Art. 467 a 471 CC
Se outro prazo não tiver sido estipulado no contrato, será de cinco dias o prazo decadencial para que o estipulante informe ao promitente a indicação do terceiro, prazo este que se conta da celebração do contrato.
Exige-se a capacidade de exercer direitos dos três envolvido. Devem ser maiores, capacitados e com pleno exercício do direito. 
A aceitação do terceiro deve ser realizada pela mesma forma que foi feito o contrato, sob pena de ineficácia. Se o contrato foi realizado por meio de escritura pública, a entrada do terceiro também deverá ser por escritura pública.
A partir do momento que o terceiro ingressar no contrato, o mesmo passará a assumir direitos e deveres que eram do estipulante, como se estivesse presente desde o momento da sua celebração (Efeito Retroativo do Contrato)
Este contrato não atingirá a terceiro nas seguintes hipóteses: 
1 – Quando o terceiro não for indicado, ou tendo sido, o indivíduo não aceite.
2 – Quando o terceiro já era insolvente na época da celebração do contrato e o estipulante desconhecia tal fato,
3 – Quando o terceiro tornar-se insolvente ou incapaz, quando no momento da indicação. 
12. 2–Causas Legais de Garantias do Objeto do Contrato Comutativo 
Contrato comutativo é aquele que se conhece as perdas e os ganhos, não tem risco.
Art. 552 – A garantia não se aplica a contratos gratuitos (Dito popular: “Cavalo dado não se olha os dentes”). A garantia também não se aplica a contratos de risco, porque a natureza desse contrato é justamente o risco que corre. A garantia só se aplica aos contratos comutativos. 
1º Causa – Vícios Redibitórios
Conceito: Consiste em defeitos ocultos, que num dado momento se evidenciam na coisa adquirida através de contrato comutativo, de doação onerosa ou de doação remuneratória, defeitos estes que diminuem sensivelmente o valor de tal coisa ou a torna imprópria para se uso natural. Ex.: Eu compro um carro com ar condicionado e o ar não funciona, posso rejeitar o carro e pegar meu dinheiro de volta, ou ficar com o carro e ter um abatimento.
Fundamento Jurídico: Há quatro teorias.
Teoria 1 – Ideia de Erro sobre a qualidade essencial da coisa (Erro é uma ideia distorcida da realidade que alguém coloca na nossa cabeça. Ex.: Vou a uma concessionária e quero comprar um carro que chega a 200 Km/h, o vendedor me vende um carro dizendo que ele atinge o que pedi, mas no fundo ele sabe que o carro que vendeu só atinge 180 km/h. O carro não tem defeito nenhum, houve erro – o vendedor colocou a ideia que o carro atingia a velocidade que na realidade não é alcançada. Não se aplica porque o erro é subjetivo e o vício redibitório é objetivo
Teoria 2 – É obrigação legal de assegurar por eventuais riscos de defeito sobre a coisa. (Não se aplica, porque há um exagero na proteção, respondendo até por caso fortuito ou de força maior.
Teoria 3 – Evicção Parcial (A evicção perde o objeto de posse ou propriedade para alguém que aparece e diz que é o dono e toma o objeto. Não se aplica porque no vício redibitório só há perda da sua funcionalidade).
Teoria 4 – Dever legal de assegurar o uso natural da coisa (prevalece).
Requisitos:
Tem que ser contrato comutativo, doação onerosa ou doação remuneratória;
Tem que ter um defeito oculto ou desconhecido;
Tem que ter um defeito grave.
Efeitos Jurídicos:
1º - Se o alienante não ignorava a existência de um vício redibitório da coisa, e mesmo assim o alienou sem informar tal circunstância ao adquirente, o mesmo terá que pagar a este último uma indenização, além de responder pela garantia.
2º - Diante de vício redibitório o adquirente pode propor ações edilícias, as quais são: ações redibitórias (quando o adquirente rejeita a coisa e reclama a devolução do preço pago, mais dispensas contratuais) e ações estimatórias (quando o adquirente fica com a coisa defeituosa e reclama um abatimento proporcional ao preço pago).
3º - É possível ampliar, reduzir ou excluir o prazo de garantia ou de indenização pela garantia. 
4º - Se o vício redibitório se evidenciar antes da entrega da coisa já alienada, o adquirente já é considerado titular da garantia, pelo qual o alienante responderá pela mesma.
5º - Se o adquirente alienar a coisa já defeituosa a um terceiro, este último não poderá reclamar por quaisquer garantias. 
Notas Específicas:
	As ações edilícias podem ser propostas nos seguintes prazos decadenciais e hipóteses (são...):
Contrato
Civil
Consumerista
3
. 
Produto ou serviço durável
:
 O prazo de garantia é de 90 dias, a partir do descobrimento do vício.
1. Bens Móveis:
 O prazo de garantia é de 30 dias. Art. 445 CC.
4
. 
Produto ou serviço NÃO durável
:
 O prazo de garantia é de 30 dias, a partir do descobrimento do vício.
2.Bens Im
óveis:
 O prazo de garantia é de 01 ano, a contar da entrega da coisa.
5. Os prazos de garantia legal (01 ano ou 30 dias) reduzem-se pela metade e contam-se a partir da aquisição da coisa pelo adquirente, se este estiver com a posse da mesma antes da aquisição. Ex.: Hermengardo comprou a casa de Frank, em regra teria um ano de garantia legal, porém, Hermengardo já estava com a casa há seis meses alugada; nesse caso a garantia será de 180 dias (bem imóvel). Ex.: Comprei uma bicicleta que um amigo me emprestou há um mês, a garantia será de apenas 15 dias (bem móvel).
6. No caso de aquisição de coisas, cujos vícios redibitórios apenas se evidenciem com o uso prolongado, os prazos de garantia legal serão de 180 dias para bens móvel e 01 ano para bem imóvel, todas a contar do descobrimento do vício. 
7. No caso de aquisição de animal, o prazo de garantia legal deve ser fixado em lei especial. Se não existir na lei, usa-se os usos locais (costumes), se não for possível aplicar-se-á o prazo de 180 dias. Art. 445, § 1º CC.
8. Os prazos de garantia legal não correm durante o prazo de garantia contratual / convencional, mas se for descoberto o vício durante este prazo o adquirente deve denunciá-lo em 30 dias ao alienante, sob pena de perder o restante da garantia contratual e inicia automaticamente o prazo de garantia legal. A lei dá um ano de garantia legal, porém, pode ser convencionado dois anos... Se em seis meses encontrar defeito na coisa e denunciar ao alienante, conserva a garantia convencional. Entretanto, se não denunciar se extingue a garantia convencional e se inicia a garantia legal. Art. 446 CC.
2º Causa – EVICÇÂO
Conceito: É a perda total ou parcial do direito de posse ou propriedade sobre a coisa através de contrato oneroso, de doação onerosa ou de hasta pública, tendo em vista sentença judicial transitada e julgada ou ato administrativo que reconheçam direito anterior de um terceiro.
Fundamentação Jurídica: É o dever legal de assegurar a posse e a propriedade da coisa alienada. 
Requisitos:
 Ou tem contrato oneroso, ou doação onerosa ou hasta pública. (Credor promove ação porque o devedor não quer pagar, juiz determina que devedor pague, ele não tem dinheiro, oficial de justiça leiloa um bem do devedor (alienação judicial) Hasta pública. O interessado arremata o bem, só que logo após aparece um terceiro e comprova que é dono do bem leiloado. Quem responde? Há três correntes: 
1- Quem responde é o devedor, porque enganou a todos;
2 – Quem responde é o devedor e o judiciário, que teria o dever de certificar que o bem era realmente do devedor. PREVALECE essa corrente.
3 – Quem responde é o credor, porque recebeu o dinheiro da alienação.
Perda total ou parcial da posse ou propriedade.
Desconhecimento da legitimidade e alheidade da coisa adquirida.
Sentença judicial transitada e julgada ou ato administrativo.
Direito anterior do terceiro.
Denunciação da lide (conflito de interesse)
Espécie: - Total: perda da integralidade da posse ou coisa.
 - Parcial: Perda de uma parte do objeto adquirido.
Reforço de garantia / Redução de garantia / Exclusão de garantia: Reforço e redução de garantia é possível, porém tem que haver cláusula expressa. Já a exclusão da garantia, além da cláusula expressa, tem que haver ciência do risco e ascensão do risco, ou seja, o adquirente tem que saber do risco e assumir caso o risco aconteça. 
Direito do Evicto:
1 – Propor no prazo prescricional de 03 anos, ação indenizatório em face do alienante.
2 – Optar no caso de evicção parcial e considerável entre o desfazimento do contrato e a devolução de parte do dinheiro pago. Se a evicção parcial não for considerável, só cabe requere a devolução de parte do preço pago
3 - Reclamar de todos os alienantes anteriores a participação dos mesmos no processo.
4 – Responsabilizar os herdeiros do alienante até os limites da herança.
5 – Reclamar os seguintes valores indenizatórios:
- Valor da coisa, considerando o que a mesma valia no momento da perda; (responsabilidade do alienante)
- Valor das despesas contratuais (responsabilidade do alienante); 
- Valor das despesas processuais (responsabilidade do alienante);
- Valor das benfeitorias indenizáveis (responsabilidade do terceiro);
- Valor dos frutos que teria direito de colher (responsabilidade do terceiro);
- Valor das deteriorações que poderia gerar lucro (responsabilidade do terceiro).
13. EXTINÇÃO DO CONTRATO:
13.1 – Formas Extintivas do Contrato: 
13.1.1 – Normal / Extinção Natural: - Circunstância prevista e esperada
 - Regular cumprimento do contrato
Indica que o contrato se extingue porque estava previsto, sendo assim seu fim já era esperado. Só já um modo “Normal” chamado regular cumprimento do contrato, não podendo ser modificado, pois gera o efeito “Ex nunc”, quando atinge o ato jurídico perfeito. 
13.1.2 – Anormal / Não Natural: - Quando a circunstância prevista ou não e NÃO é esperada. 
Por causas anteriores ou contemporânea à formação: 
O contrato já nasce “doente” e terá que ser modificado, a causa “doente” se apresenta antes ou depois da formação do contrato. Ex.: Contrato feito com menino de 10 anos, absolutamente incapaz / Fazer contrato com colega, no dia de assinar ele sofre acidenta e fica em coma.	
Podem ser:
1º - Invalidade (Nulidade e Anulabilidade):	
- Nulidade: É mais grave. Quando o contrato é nulo, o juiz determina que os efeitos passados se apaguem, são os efeitos “Ex tunc”. Ex.: contrato feito com criança de 10 anos, todo o efeito deste contrato é nulo, e essa nulidade retroagirá até sua celebração, nada valerá, tudo se apagará. 
- Anulabilidade: Menos grave. Gera efeito “Ex nunc”, o juiz determina limite no tempo, o que pode ser apagado e o que será conservado do contrato, podendo ser aproveitado. 
2º Redibição: Põe fim ao contrato quando devolve e pede a coisa de volta, gera efeito “Ex tunc”, como se o contrato nunca tivesse existido, como se restaurasse o status do momento anterior que o contrato não existia “status quo ante”.
3º Advento de Fator Eficacial Previsto: Diz respeito ao que está para acontecer, fator eficacial previsto no contrato. Fator eficacial é o que limita, que mexe na eficácia do contrato. Há dois fatores que põe fim no contrato:
- Termo final: Evento futuro e certo, marca o dia para o fim do contrato.
- Condição resolutiva: Evento futuro e incerto, se acontecer põe fim ao contrato.
Obs.: Carlos Roberto Gonçalves diz que a Frustração da Condição Suspensiva também é um fator eficacial previsto que põe fim ao contrato. Ex.: Pai compra BMW para o filho e diz que é dele, mais só depois que passar no vestibular de direito da faculdade Getúlio vaga e que tem dez tentativas. Após as dez tentativas o garoto não passa, houve então a frustação da condição suspensiva, dando fim ao contrato.
Todas as situações acima geram efeito “Ex nunc”, não se modifica o passado.
3.Direito de Arrependimento Previsto: É possível colocar uma cláusula que assegura o direito de arrependimento, entretanto, ambos terão o direito, respaldado no Princípio da Isonomia, dando igualdade para as partes de se arrependerem e extingui ao contrato. Gera efeito “Ex tunc”, restaura “status quo ante”, restaura tudo para o começo, como se não tivesse existido o contrato.
4. Cláusula Resolutiva: Aplica-se quando há o descumprimento do contrato. O contrato pode ser descumprido de forma:
- Voluntária (culposa): Porque queriam descumprir. Efeito “Ex nunc”
- Involuntária (Não culposa): Não queria descumprir o contrato. Efeito “Ex tunc”
Obs.: Teoria do Adimplemento Substancial (Americana) – Quando o devedor pagou maior parte das parcelas, não pode perder o bem, tem que ser cobrado o que falta.
Por causas posteriores à formação: 
O contrato nasceu “sadio”, mas no decorrer do contrato ficou “doente”.
1. Resilição: Acontece quando alguém não quer mais permanecer no contrato, pode ocorrerpor vontade de uma das partes ou por ambas. A resilição pode ser:
- Unilateral: Uma das partes não quer mais o contrato, nessa situação pode ocorrer conflitos, porque a outra parte pode não querer o fim do contrato. O código Civil diz que a resilição unilateral só pode ser feita de três formas: Todos geram efeitos “Ex nunc”.
Revogação – Quando o titular do direito comunica ao devedor, que não mais quer que este último exerça seu direito. Ex.: O cliente comunica ao seu advogado que não quer mais que ele o represente, exercendo seu direito.
Renúncia – Ocorre quando o titular do dever comunica ao credor que não mais cumprirá com seu dever. Ex.: Advogado titular do dever, não exercerá mais seu dever, renúncia. 
Resgate – Ocorre quando o titular de uma coisa resgata-a / retoma-a depois de liberá-la de um ônus. Ex.: Colocar joia no penhor, se pagar ela resgata a coisa e põe fim ao contrato.
- Bilateral: Também chamado de distrato. Quando ambas as partes entram num acordo de vontade e acaba o contrato, gera efeito “Ex nunc”.
2. Rescisão: É quando o contrato chega ao fim em razão do estado de perigo (Art. 156 CC) ou de lesão (Art. 157 CC).
- Estado de Perigo: por necessidade própria ou familiar assume prestação excessivamente onerosa. Efeito “Ex tunc”, apaga tudo. Ex: Agiotagem.
- Estado de Lesão: por necessidade ou inexperiência assume obrigação desproporcional. Ex.: compra de um leigo o carro dele por um preço muito abaixo do que vale, por ele desconhecer o valor do seu bem. 
3. Resolução: É diferente de Cláusula resolutória. A cláusula é prevista no contrato, já a resolução é uma situação autorizada pelo código civil, quando não há cláusula resolutória e o Código civil autoriza a resolução do contrato pelo descumprimento. Pode ser:
- Voluntário (culposo): Descumpre por vontade. Gera os dois efeitos, “Ex tunc” quando for contrato instantâneo e “Ex nunc” quando for contrato de prestação.
- Involuntária (não culposo): Não quis descumprir o contrato. Gera efeito “Ex tunc”. 
4. Morte do Contraente: A morte do contraente não gera o fim do contrato. Exceto nos contratos personalíssimos, gera efeito “Ex nunc”.
13.1.3 - Exceção do Contrato não Cumprido: “Exceptio Non Adimpleti Contractus” 
Conceito: É o meio de defesa material exercido em um processo por aquele que, embora não tenha o outro contratante cumprido com a prestação, tenha sido acionado por este mesmo para realizar a contraprestação. Ex.: Comprador tem que pagar o preço do objeto, e o vendedor tem que entregar o objeto. O comprador pede que vendedor entregue o objeto para pagar depois, mas o vendedor não entrega. O comprador entra com ação, para o vendedor se defender ele uma a “Exceção do Contrato não Cumprido” para se defender, visto que não entregou o objeto, porque o comprador primeiro descumpriu o contrato. O descumprimento pode ser total ou parcial. 
- Princípio De Roma: Não se pode cobrar, sem antes se ter cumprido.
Natureza Jurídica: É o meio de defesa substancial exercido no processo, para sustar a eficácia contratual da pretensão de cobrança do contraente que descumpriu primeiro.
Pressupostos de Aplicabilidade:
- Contrato Bilateral: para ser aplicado, é necessário que o contrato seja bilateral, ter prestação e contraprestação.
- Acionamento Judicial: só pode se defender com ação instaurada, tem que haver um acionamento a justiça.
- Descumprimento Contratual: tem que haver um descumprimento contratual prévio, e vai usar porque alguém descumpriu primeiro. 
Notas Específicas:
1 – É possível restringir por cláusula contratual a utilização da exceção do contrato não cumprido.
2 – A administração pública pode utilizar esse meio de defesa contra os particulares, mas este apenas excepcionalmente pode utilizá-lo contra aquele primeiro. Ex.: Determinada administração pública contrata uma empreiteira, através de licitação para construir uma ponte, e promete disponibilizar recursos quando a obra tiver adiantada. A administração pública não cumpre com o prometido, a empreiteira para, e a administração pública entra com ação contra a empreiteira por seu descumprimento, porque a obra é de necessidade pública. A empreiteira excepcionalmente pode utilizar este recurso para se defender, alegando que não tem como pagar os funcionários sem o recebimento do recurso. 
3 – Se um dos contraentes sofrer abalo financeiro, o outro contraente que tem a obrigação de cumprir primeiro, pode exigir daquele a realização primeiro da contraprestação, ou a prestação da caução. Ex. O comprador tinha que pagar primeiro para receber o objeto do vendedor, porém, através de fontes segura o comprador soube que o vendedor sofreu um abalo financeiro e não está cumprindo suas obrigações. Nesse caso a situação se inverte, porque o comprador pode exigir que primeiro o vendedor entregue o objeto, para depois receber.
13.1.4 – Teoria da Imprevisão, Cláusula Rebus Sic Stantibus e Resolução por Onerosidade Excessiva: Serve para tentar fazer a revisão do contrato e se não for possível revisar extingue-se. 
Histórico:
- A ideia de revisar o contrato surgiu com o Código de Hamurabi, mas na época não prosperou porque tinha uma régua que superava tudo, que era “Olho por olho, dente por dente”.
- No início da Idade Média, com a Igreja Católica, foi idealizado o Direito Canônico “Rebus Sic Stantibus” quer dizer “assim como era / estava”, vai revisar o contrato para reestabelecer assim como era antes.
- Franceses tentaram resgatar a cláusula “Rebus Sic Stantibus” e usá-la, mais foi impossível porque tinha dois princípios muito forte: “Pacto sunt servanda” (pactos devem ser respeitados) e Princípio da Autonomia Privada.
- Século XX, início com guerra, a 1º guerra mundial em 1914, nessa época havia parques industriais fortíssimos com grandes contratos, que foi devastado pela guerra e não conseguiram cumprir seus contratos. Na França em 1918, foi criada a lei que ficou conhecida “Falliot” que significa “Alei falhou”, contrato que se prolongou no tempo, mas durante a execução sofreu desequilíbrio, podendo ser revisado.
Distinções / Conceitos:
Teoria da Imprevisão ≠ Cláusula Rebus Sic Stantibus ≠ Resolução por Onerosidade Excessiva.
# Teoria da Imprevisão:
	Por esta teoria, se durante a execução do contrato comutativo de duração ou contrato comutativo instantâneo de execução diferida, houver desequilíbrio econômico 
Contratual gerando onerosidade excessiva para um dos contraentes, tais contratos poderão ser revisados, tudo isso justificado na ocorrência de fato extraordinário e imprevisível. Art. 478 a 480 e 417 CC.
# Cláusula Rebus Sic Stantibus:
	Possui o mesmo conteúdo da teoria da imprevisão, o que modifica é a forma de aplicação. A teoria da imprevisão é sempre aplicável porque há lei que autoriza, ou seja, há previsão legal. Quando não houver previsão na lei, e houver clausula implícita se aplica a Cláusula Rebus Sic Stantibus.
# Resolução por onerosidade Excessiva: 
	Para aplicar a resolução por onerosidade excessiva não precisa comprovar a ocorrência de fato extraordinário e imprevisível, só precisa ter onerosidade excessiva para que haja a revisão contratual. No Direito Civil brasileiro se aplica a Teoria da Imprevisão e a Resolução por onerosidade excessiva e no Direito do Consumidor se aplica a Resolução por onerosidade excessiva, contudo a regra no Brasil é a Teoria da Imprevisão.
Obs.: O mais correto seria chamar de “teoria” do que “resolução”, porque iria abranger a resolução por onerosidade excessiva e a revisão contratual. 
Pressupostos da Teoria da Imprevisão:
Tem que ter um contrato comutativo (sem risco): de duração ou instantâneo de execução diferida (colocado para depois).
Fato Extraordinário e imprevisível: Extraordinário é algo incomum, por exemplo ter um terremoto em Alagoas. Existir fato imprevisível, há um questionamento: será que existi fato imprevisível, ou a tecnologia pode prevê tudo? A maioria dos fatos podem ser previsto, o que não se pode prevê são as consequências, o que vai causar,por isso, o correto seria falar “Fatos extraordinário, de efeitos imprevisíveis”.
Desequilíbrio econômico do contrato: se está desequilibrado, alguém está sofrendo onerosidade excessiva.
Onerosidade Excessiva.
Notas Específicas: 
1º - Para uma parte da doutrina e jurisprudência brasileira a aplicação da teoria da imprevisão, depende do enriquecimento ilícito de um dos contraentes, mas para a outra parte da doutrina e jurisprudência é dispensável tal requisito. * Professor concorda com a segunda parte, é o entendimento mais moderno.
2º - Aplica-se a teoria da imprevisão aos contratos Unilaterais. Ex.: Entrar com ação para revisar contrato de pensão alimentícia, é um contrato unilateral parque só há obrigação para uma parte.
3º - É abusiva a cláusula contratual que proíba a teoria da imprevisão. É nula se houver no contrato cláusula que declare a renúncia da teoria da imprevisão.
4º - A partir da citação em um processo de revisão é que correm os efeitos os efeitos da sentença revisional. Ex.: Se em 2002 verificou que o contrato precisava de revisão, mas só entrou com ação em 2005, só a partir de 2005 que será revisado, isso ocorre para que que necessitar de revisão que entre logo com a ação.

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