Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SOROLOGIA: IMPORTÂNCIA E PARÂMETROS Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Departamento de Patologia Imunologia e Sorologia PARÂMETROS Recife 2014 Patrícia Areias Feitosa Neves • Ausência do agente infeccioso • Falta de sensibilidade dos métodos • Ausência do agente infeccioso • Falta de sensibilidade dos métodos Métodos IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA O diagnóstico de certeza do processo infeccioso é a demonstração do patógeno ou de seus produtos nos fluidos biológicos dos hospedeiros. Porém, nem sempre isso é possível. • Falta de sensibilidade dos métodos • Falhas técnicas • Demora na liberação dos resultados • Falta de sensibilidade dos métodos • Falhas técnicas • Demora na liberação dos resultados Métodos parasitológicos ou microbiológicos • Simplicidade de execução • Automação • Baixo custo operacional • Rapidez • Simplicidade de execução • Automação • Baixo custo operacional • Rapidez Métodos imunológicos Importância da Pesquisa de Anticorpos no Diagnóstico Individual 1. Elucidar processos patológicos com sintomas e sinais clínicos confundíveis. Ex: patologias como toxoplasmose e mononucleose infecciosa. 2. Diferenciar a fase da doença:2. Diferenciar a fase da doença: Ex: IgM nos processos agudos e IgG nos processos crônicos. 3. Diagnosticar doença congênita: Ex: presença de anticorpos IgM anti-T. pallidum no sangue do cordão umbilical. 4. Selecionar doadores de sangue: Ex: triagem sorológica para doença de Chagas, sífilis, hepatites B e C, HIV, HTLV, etc. 5. Selecionar doadores e receptores de órgãos para transplantes: Importância da Pesquisa de Anticorpos no Diagnóstico Individual 5. Selecionar doadores e receptores de órgãos para transplantes: Ex: anticorpos específicos para determinantes estruturais que caracterizam antígenos do HLA. 6. Avaliar prognóstico da doença: Ex: presença de anticorpos anti-HBe na hepatite B. Importância da Pesquisa de Anticorpos no Diagnóstico Individual 7. Avaliar a eficácia da terapêutica: Ex: queda gradual dos níveis de anticorpos. 8. Avaliar a imunidade especifica naturalmente adquirida ou8. Avaliar a imunidade especifica naturalmente adquirida ou artificialmente induzida: Ex: anticorpos produzidos após vacinação. 9. Verificar o agravamento da patologia: Ex: presença de auto-anticorpos Importância dos Testes Sorológicos para a Pesquisa de Antígenos 1. Como critério de cura: Ex: Ausência do patógeno ou seus produtos (teste de pesquisa de Ag negativo). 2. Na definição da etiologia da doença: Ex: presença de antígenos específicos. 3. Na seleção de doadores de sangue: Ex: Pesquisa de antígenos circulante em detrimento da janela imunológica. 4. Em inquéritos epidemiológicos. Parâmetros para validação de um teste sorológicosorológico Parâmetros para validação de um teste sorológico • TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL POSITIVO Verdadeiro Positivo Falso Positivo VP + FPPOSITIVO Verdadeiro Positivo (VP) Falso Positivo (FP) VP + FP NEGATIVO Falso Negativo (FN) Verdadeiro Negativo (VN) FN + VN TOTAL VP + FN FP + VN VP + VN + FP + FN (total de indivíduos) • O teste de referência é utilizado para definir o verdadeiro estado do paciente. • O teste de referência deve ser definitivo e independente do que está sendo avaliado. 1. Sensibilidade • Porcentagem de resultados positivos pelo teste na população de doentes, ou seja, a proporção de resultados verdadeiros positivos. S= VP VP + FN TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO AUSENTE TOTAL POSITIVO 25 120 NEGATIVO 175 180 TOTAL 200 300 Exemplo: S = 95 100 95% 2. Especificidade • Porcentagem de resultados negativos pelo teste nos indivíduos não doentes, ou seja, a proporção de verdadeiros negativos. E= VN VN + FP TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE TOTAL POSITIVO 95 120 NEGATIVO 5 180 TOTAL 100 300 Exemplo: E= 175 200 87,5% 3. Eficiência • Relação entre o somatório dos verdadeiros resultados positivos e verdadeiros resultados negativos com a população estudada. EF = VP + VN VP + VN + FP + FN TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO TOTAL POSITIVO 120 NEGATIVO 180 TOTAL 300 Exemplo: EF = 270 300 90% 4. Valor preditivo positivo (VPP) • Proporção de indivíduos doentes entre os resultados positivos obtidos no teste em estudo, portanto se refere a probabilidade de doença quando o resultado do teste é positivo. VPP= VP VP + FP TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL NEGATIVO 5 175 180 TOTAL 100 200 300 Exemplo: VPP = 95 120 79,16% 5. Valor Preditivo Negativo (VPN) • Proporção de indivíduos não doentes entre os resultados negativos do teste em estudo, portanto se refere a probabilidade da não-ocorrência da doença quando o resultado do teste é negativo. VPN= VN VN + FN negativo. TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL POSITIVO 95 25 120 TOTAL 100 200 300 Exemplo: VPN= 175 180 97,22% 6. Prevalência • Porcentagem de indivíduos doentes em uma população. P= VP + FN VP + FN + VN + FP TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL POSITIVO 95 25 120 NEGATIVO 5 175 180 TOTAL 100 200 300 Exemplo: P= 100 300 33,33% P. S.= VP + FP VP + FN + VN + FP 7. Prevalência sorológica • Porcentagem de casos positivos pelo teste TESTE DOENÇA – DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL POSITIVO 95 25 120 NEGATIVO 5 175 180 TOTAL 100 200 300 Exemplo: P= 120 300 40% 8. Limiar de reatividade ou cut-off É a região de corte do teste sorológico, ou seja, um valor acima do qual os resultados acima do qual os resultados são considerados positivos e abaixo os resultados são dados como negativos. Corte em: α = máxima sensibilidade. β = máximas sensibilidade e especificidade. γ = máxima especificidade 8. Limiar de reatividade ou cut-off � O cut-off pode variar de acordo com a finalidade do teste: � Triagem de doadores de sangue: alta sensibilidade. � Certeza diagnóstica: alta especificidade. 9. Curva ROC (Receiver Operating Characteristic) � A curva ROC é uma ferramenta que permite estudar a variação da sensibilidade e especificidade para diferentes valores de pontos de cortes. � É definida como a relação entre a taxa� É definida como a relação entre a taxa de verdadeiros positivos (sensibilidade) e a taxa de falsos positivos (1-especificidade). AUC = 0,7 a 0,8 = Razoável 0,8 a 0,9 = Bom > 0,9 = Excelente Área sob a curva ROC Desempenho do teste 0,7 Razoável Superior a 0,8 Bom Superior a 0,9 Excelente � O ponto mais acima e à esquerda corresponde ao melhor ponto de corte para o teste. Exemplo 1: validação da técnica de ELISA utilizando antígenos recombinantes de T. cruzi para monitorar eficácia do tratamento com o Bz. �Indivíduos saudáveis – 34; �Pacientes adultos infectados pelo T. cruzi – 40. FN = 7 FP = 1 VP FP = 1 VP = 33 VN = 33 FP FN Sensibilidade e especificidade??? 82,5% VN 97,05% Exemplo 2: Precisão • É um parâmetro que determina existir concordância dos resultados obtidos quando um mesmo teste é feito várias vezes. Exatidão ou Acurácia • É um parâmetro que determina a capacidade do teste em fornecer• É um parâmetro que determina a capacidade do teste em fornecer resultados muito próximos ao verdadeiro valor do que está se medindo. Reprodutibilidade • Refere-se à obtenção de resultados iguaisem testes realizados com a mesma amostra do material biológico, quando feito por diferentes pessoas em diferentes locais. Índice Kappa • Mede a avaliação da reprodutibilidade pelo grau e concordância entre os resultados de dois ou mais observadores.
Compartilhar