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Prática Pedagógica V Projeto de Prevenção ao Uso de Drogas

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UNIVERSIDADE DE UBERABA 
MARCEL MERLO MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS 
A ESCOLA PREVENINDO O USO DAS DROGAS: DA TEORIA A 
PRÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA ESPERANÇA – ES 
2015 
 
 
MARCEL MERLO MENDES 
 
 
 
 
PRÁTICA PEDAGÓGICA V 
PROJETO DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS 
 
 
Trabalho apresentando no Curso de Licenciatura 
Plena em Ciências Biológicas como requisito 
parcial para aprovação da disciplina de Prática 
Pedagógica V. 
 
Preceptora: Eliane José Roncatto 
 
Orientadora: Edneia Polato. 
 
 
 
 
 
 
 
BOA ESPERANÇA – ES 
2015 
 
 
 
RESUMO 
Em várias situações identificamos na comunidade o uso de drogas lícitas e ilícitas com a 
apreensão de adolescentes, jovens e adultos, pela ação da Polícia, vemos isso 
diariamente nos noticiários. Com isso cresce a cada dia a violência praticada contra 
crianças e adolescentes, nas ruas e na própria escola. Muitos jovens vivem em 
vulnerabilidade social, o que reflete na escola em atitudes de indisciplina. Algumas 
parcerias devem ser estabelecidas para que qualquer projeto tenha sucesso. A 
comunidade constitui uma área de risco, pois é o local em que os alunos mantêm 
contato com as situações de perigo. Na escola o problema pode ser amplificado, caso 
não haja nenhuma intervenção ou totalmente liquidado com o desenvolvimento de 
projetos como este. A ação conjunta entre Grêmio, Associação de Pais e Mestres, 
Conselho de Escola e Tutelar e a família, pode ser fator determinante para o sucesso do 
projeto. 
 
DEFINIÇÃO DO TEMA 
O Tema deste Projeto é: O Papel da Escola na Prevenção do Uso de Drogas. 
O Trabalho possui o seguinte Título: A Escola Prevenindo o Uso das Drogas: Da 
Teoria a Prática. 
 
INTRODUÇÃO 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Droga é qualquer substância não 
produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus 
sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. 
"Já experimentei maconha, ecstasy, LSD e lança perfume, sempre em festas e na 
companhia de amigos. Na minha escola, entre os mais velhos, difícil é achar quem 
nunca usou nenhuma dessas coisas". A declaração é de uma garota de apenas 14 anos, 
que estuda em um colégio de classe média de São Paulo. Há ainda um dado a ser 
acrescentando na já preocupante relação entre jovens e drogas: a escola, local onde 
crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo, vem se tornando a porta de 
entrada para o mundo da experimentação. 
 
 
O trecho acima é de uma matéria publicada na revista veja e disponível: 
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/drogas-perigo-ronda-escolas 
Há muitos anos atrás, as Drogas era coisa das grandes cidades, o tema quase não era 
tratado no interior do país onde esse mal ainda não era tão difundido, atualmente já não 
há barreiras ou limites para o uso dessas substâncias. 
Este projeto busca propor soluções através de ações que podem conforme a realidade de 
cada lugar serem aplicadas na Escola, visando combater esse mal que destrói famílias e 
ambientes escolares por todo o país. 
 
OBJETIVOS 
 
Geral 
 Fortalecer as práticas e os valores éticos que resgatam a integração do ser e suas 
relações interpessoais e sociais; 
 
Específicos 
 Identificar as motivações específicas que determinam o uso de drogas na 
adolescência; 
 Desenvolver a compreensão do outro e a percepção das interdependências; 
 Analisar as consequências do uso de drogas do ponto de vista biológico, 
psicólogo e social, em dimensões individuais e coletivas; 
 Incentivar a participação dos pais de alunos nas ações educativas de prevenção 
do uso de álcool e outras drogas realizadas na escola; e discutir a importância da 
solidariedade por uma adolescência mais alegre, mais participativa e espiritual; 
 
CONTEÚDOS 
Alguns conteúdos relacionados abaixo servem de referencial teórico, para que os 
professores que desejarem possa desenvolver este projeto: 
 Conceitos e abordagens sobre drogas e prevenção; 
 Drogas: Classificação e efeitos no organismo; 
 As relações com as drogas e as diferentes abordagens; 
 Um contexto histórico: O uso de drogas no Brasil; 
 Ações Preventivas do uso de drogas na Escola. 
 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
A escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha um papel 
fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida. Este projeto pretende 
trazer à escola a possibilidade de desenvolver algumas ações que visam um melhor 
trabalho com as crianças, adolescentes e jovens, lhes proporcionado múltiplas formas de 
inserir os conhecimentos a respeito da prevenção ao uso de drogas. 
A proposta deste projeto é um modelo de educação voltada para a saúde, baseada nas 
relações do adolescente com os sistemas onde está inserido como a família e a escola, 
em três conceitos fundamentais: saúde integral do adolescente; prevenção e promoção 
de saúde, e saúde mental. Dessa forma pretende – se disponibilizar informações 
fundamentais à comunidade escolar para diminuir os fatores de risco e reforçar os 
fatores de proteção relacionados ao uso de drogas. 
Como sabemos, o consumo de drogas vem se expandindo mundialmente e constitui, 
hoje, uma ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e 
culturais das nações. O abuso de drogas entre jovens tem sido uma das questões que 
mais afligem a sociedade. 
Nós educadores devemos aproveitar o espaço da sala de aula para trabalhar conteúdos 
do currículo escolar onde desenvolvem – se a consciência e o conhecimento de cada 
um, inserindo formas diversas de explorar os vários conteúdos das disciplinas e Eixos 
Temáticos. Assim, inserem-se na escola outras possibilidades de estar desenvolvendo 
um trabalho voltado para ações preventivas com os alunos, as famílias e o entorno da 
escola, na perspectiva da educação para a saúde integral, assim, devemos trabalhar 
assuntos sobre o viver com saúde, lazer sem riscos, hábitos de vida saudáveis e 
melhoria da qualidade de vida, envolvendo desde os cuidados sobre o corpo como a 
formação de consciência de boas atitudes, convivência entre os colegas, disciplina e 
limites, indispensável à formação humana. 
A sociedade deve estar em alerta com o problema “DROGAS”, pois o adolescente está 
sendo inserido neste contexto de perturbações da vida moderna, que desperta a 
curiosidade dos mesmos para o “DIFERENTE”, e é nestas situações que se inicia o uso 
das drogas, normalmente incentivadas por amigos. As ações de prevenção devem ser 
trabalhadas em parceria escola-comunidade-família. 
 
 
Um dos maiores desafios para nós educadores ao trabalhar com um tema tão delicado 
como esse, é saber identificar quais os fatores de risco? Quais são os discentes mais 
vulneráveis? E quais substâncias nocivas os mesmos estão cotidianamente mais 
expostos? Para responder a essas questões devemos estar sempre atentos e observar 
aqueles alunos que demonstram comportamentos e atitudes que destoam do que é 
considerado o “padrão” ou “normal”. 
Com relação às drogas consumidas pela comunidade escolar é bom relembrar as 
diferentes relações no que se refere ao consumo de drogas, existe um momento de 
experimentação, que pode ou não dar origem ao uso sistemático, a experiência de 
consumo de uma droga pode levar ao desejo de repeti-la com alguma periodicidade – 
uso esporádico, ou com frequência – uso frequente. Alguns docentes fora do ambiente 
escolar, maiores de idade, cientes das consequências de suas ações, independentes, 
fazem ouso de bebidas alcoólicas, em ocasiões especificas ( uso esporádico ), em 
quantidades toleráveis, alimentando – se, não dirigindo após ingerir qualquer 
quantidade álcool, isso caracteriza o beber socialmente, com ciência e responsabilidade, 
para uma maior interação social. 
Já pela observação dos discentes suspeitos de envolvimento com essas substâncias 
podemos supor que estes estão na fase experimentação, pois, são muitos jovens ainda e 
outros já demonstram um início de dependência, por fazerem uso dentro e fora da 
unidade escolar, tudo sugere que os mesmos fazem uso de drogas ESTIMULANTES da 
atividade mental, como energéticos, cafeína e cocaína, pois alunos que tem um 
comportamento tranquilo cotidianamente de uma hora para outra ficam agitados, 
agressivos e muito violentos. 
Os problemas relacionados ao uso das drogas são diversos, todas elas são danosas à 
saúde, essas substâncias são as mais diversas e suas consequências também, a título de 
exemplificação podemos citar os efeitos negativos do álcool e energéticos, cocaína e 
crack, que são as substâncias mais utilizadas atualmente. 
 Álcool e Energéticos 
Os efeitos dessas substâncias variam conforme a quantidade no organismo, quando os 
níveis são baixos provoca desinibição do comportamento, hilariedade e labilidade, 
prejuízo das funções sensoriais, quando os níveis são médios provoca ataxia, aumento 
 
 
da sonolência, com prejuízo das capacidades de raciocínio e concentração, com níveis 
muito altos podem surgir náuseas e vômitos, pode ocorrer hipotermia e morte por pa-
rada respiratória, ou ataque cardíaco. 
 Cocaína e Crack 
O uso de cocaína provoca um aumento da frequência cardíaca no indivíduo e 
consequentemente aumento da demanda de oxigênio pelo coração. Além disso, a 
cocaína provoca uma intensa constrição dos vasos sanguíneos, diminuindo assim a 
oferta de oxigênio para os tecidos do corpo. Isso pode conduzir à um estado de angina, 
arritmias cardíacas e até provocar um infarto. Muitos efeitos físicos e psicológicos são 
provocados pelo consumo dessa substância, como por exemplo: Euforia, um estado de 
excitação psicomotora, tontura, visão turva, zumbido no ouvido, desorientação, esse são 
alguns dos efeitos colaterais observados. Outros sintomas como paranoia, alucinações, 
confusão mental, tremores, vômitos, insônia, pupilas dilatadas, hipertermia, hipertensão, 
taquicardia e aumento da frequência respiratória também são constatados. 
Como vimos são vários os sintomas, mas não podemos afirmar que os nossos discentes 
já tiveram, tem ou terão algum desses sintomas, mas todos aqueles que fazem uso 
dessas substâncias estão suscetíveis a essas complicações. 
Os maiores problemas com relação ao uso de drogas no nosso ambiente escolar são: 
 Delinquência – Não é possível fazer uma relação linear entre o consumo de 
substâncias psicoativas e os atos de transgressão da lei, mas podemos citar 
alguns exemplos: uma professora presenciou uma conversa entre dois alunos do 
Ensino Fundamental, um indagou: - que bonito o seu relógio! Foi comprado ou 
roubado? O outro respondeu: - Esse foi comprado! Esse breve diálogo nos leva a 
pensar muitas coisas. Outro exemplo: Um aluno disse para uma professora o 
seguinte: - Professora, eu só não te roubei ainda, porque eu fui com a sua cara! 
Diante de todos esses fatos e a realidade da escola é fácil relacionar o uso de 
drogas com a delinquência juvenil. 
 Conflitos que geram violência – Mais uma vez, não podemos generalizar e 
afirmar que todo comportamento hostil se dá pelo uso dessas substâncias, mas 
muitos respondem os professores com ignorância, os xingamentos são 
constantes, as discussões também. 
 
 
 Déficit na aprendizagem – Aqueles que têm envolvimento com drogas tendem 
a ter um déficit nos processos de aprendizagem por n fatores, já citados. 
Como um último referencial teórico podemos citar o trabalho desenvolvido desde o ano 
de 1998, pelo Doutor em Psicologia e docente da Universidade Estadual de Londrina, 
Alex Eduardo Gallo, que estuda a violência e o uso de drogas em todos os seus 
aspectos. Ele afirma que a violência vem num crescente assustador, o que já deveria ter 
despertado a atenção das autoridades para medidas mais eficazes. Em entrevista para 
um jornal daquele Estado, ele afirma que: “Há alguns anos, as estatísticas apontavam 
uma maioria de crimes com menor potencial ofensivo, como furtos e tráfico de drogas. 
Hoje, homicídios e roubos lideram”. 
Nós sabemos que os usuários na falta de recursos financeiros para aquisição de drogas, 
podem se tornar violentos por causa da abstinência dessas substâncias, e acabar 
cometendo furtos para poderem adquirir a droga. 
Segundo ele, o principal fator de risco é a família, independente de classe social. “Pais 
que não sabem educar, dar limites, transmitir valores, que deixam os filhos sem 
orientação desde pequenos, são os maiores responsáveis pela opção dos filhos pela 
criminalidade”, afirma. A pobreza, neste caso, é apenas um agravante do quadro, diz o 
psicólogo. “A pobreza colabora apenas na forma que os pais se veem sem opções de 
buscar ajuda. Os mais ricos podem pagar por psicólogos, terapeutas e outros 
profissionais que acabam por substituir a função dos pais”, afirma. 
Diante disso acreditamos que nosso objetivo como educadores, é informar e instituir 
ações preventivas e gerar fatores de proteção à criança e adolescente. As dificuldades 
que enfrentam no cotidiano escolar vão além dos muros da escola. Nesse sentido, é 
preciso contar com a participação da família e de toda a comunidade para preparar os 
alunos a enfrentar os desafios que terão depois que deixarem de frequentar a unidade 
escolar. 
 
DESENVOLVIMENTO 
O uso de drogas, geralmente, acontece com os adolescentes que não possuem uma 
estrutura familiar, um trabalho fixo e não frequentam nenhum grupo religioso. Com 
certeza o uso das drogas leva a uma violência entre os familiares, gravidez na 
adolescência, evasão escolar e gera certo conflito e tumultos nos locais que frequentam. 
 
 
A comunidade escolar se preocupa com esta questão, pois é preciso fazer um trabalho 
de conscientização, prevenção; atitudes que impeçam que nossos alunos sejam 
influenciados por ações negativas. São pessoas da comunidade local, que convivem e 
frequentam o ambiente comum a todos, portanto é um problema que deve ser encarado 
como “nosso”. É preciso realizar um trabalho com as famílias para que os adolescentes 
possam ser atingidos; um desafio muito grande, de qualquer forma, deve ser resgatado 
nestas famílias a questão de valores e incentivar para que haja uma aceitação religiosa 
na vida destas pessoas. 
Nos tempos atuais os pais vivenciam diversas situações e em sua maioria, não sabem 
lidar com estas situações e a melhor forma de entendê-los e ajuda – los é promover um 
diálogo destes com a escola e deles entre si. Infelizmente percebe – se que o uso de 
drogas constituem as principais causas de algumas vulnerabilidades, em sua maioria na 
adolescência. 
A escola encontra – se diante de um novo desafio e, nesta circunstância, educar para 
prevenção apresenta – se como a melhor alternativa para o enfrentamento do consumo 
de drogas entre estudantes. Prevenção significa dispor com antecipação, impedir ou pelo 
menos reduzir o consumo. 
O risco do consumo de drogas lícitas ou ilícitas ronda todas as famílias. Qualquer jovem 
pode vir a se envolver com elas, e os adolescentes são os mais vulneráveis. Afinal, essa 
é uma fase de crise e descoberta da própria identidade, na qual muitos contestam os 
modelos vigentes e se distanciam da família. Surge à insegurança, a timidez, a 
curiosidade pelo que é proibido... E tudo isso pode acabarlevando ao uso de drogas – na 
ilusão equivocada de diminuir a timidez, ser aceito nos grupos, ganhar status. 
Muitas vezes, o jovem entra nas drogas por falta de perspectiva, pelas incertezas sobre o 
seu ser/estar no mundo. Por isso, o tratamento deste tema vai além de palestras 
eventuais. Juntas, escola e família podem ajudar o adolescente a desenhar o seu projeto 
de vida, construído a partir da sua identidade e valores, definindo seus objetivos e 
missão. E podem, ainda, fornecer-lhe instrumentos, conhecimentos e recursos para que 
ele seja capaz de levar esse projeto adiante com autonomia e responsabilidade. 
A escola pode e deve ajudar na prevenção deste problema. Afinal, ela é um espaço 
privilegiado que reúne diariamente crianças e jovens, num ambiente seguro e confiável. 
 
 
A prevenção do uso indevido de drogas – mediante a sensibilização, a educação e a ação 
– é fundamental para lograr deter o uso indevido de drogas e a criminalidade associada 
à mesma. Para aquelas pessoas que se iniciaram no uso indevido de drogas, a educação 
brinda um caminho para uma intervenção e um tratamento com êxito, para sensibilizá-
las sobre os riscos e perigos do uso indevido e continuado de drogas, e lhes ajuda a 
deixar seu uso. 
A responsabilidade da prevenção não é apenas dos profissionais, mas da própria 
comunidade, que decide seguir – ou não seguir – adiante de uma ou outra forma. A 
prevenção é, necessariamente, um trabalho de médio e longo prazo. Obviamente 
existem aspectos parciais que poderão ser alcançados com mais facilidade, porém a 
ideia a transmitir é que nos encontramos diante de um trabalho de longo prazo. 
Com o intuito de cumprir com a missão da escola, que é ensinar a cada um o essencial 
para a sua sobrevivência, dando um ensino de qualidade e trabalhando para a formação 
de um cidadão critico e participativo, será apresentado adiante às perspectivas para o 
desenvolvimento do projeto que são: 
 Providenciar atividades e formas diversas de trabalhar os conteúdos, sendo a 
inserção de teatro, dramatização, jogos, adivinhas, contação de histórias, teatros 
incluindo os alunos nas apresentações, etc.; 
 Promover palestras com a colaboração da Nutricionista para às famílias sobre 
Alimentação saudável e palestra com a psicóloga sobre Educação e autoestima; 
Entrevistas com ex-usuários, relatando histórias de vida e como superaram esse 
problema. 
 Formação de Alunos/Jovens multiplicadores, com ênfase na comunicação, 
linguagem, voz e palavra. É comum e até racional se pensar que quando um bom 
aluno juntasse a um grupo de alunos indisciplinados o rendimento do mesmo 
venha a cair, mas há um caso verídico que irá exemplificar melhor isso e serve 
até como estudo de caso para promover a formação desses jovens 
multiplicadores. Em uma turma do 2º do Ensino Médio, eu tinha uma excelente 
aluna, aplicada, esforçada, questionadora, muito inteligente, ela sentava – se 
perto de um grupinho de 03 (três) alunos, os piores e mais indisciplinados da 
sala, era de se esperar que o rendimento da mesma caísse, em virtude da má 
 
 
influencia dos mesmos, mas aconteceu justamente o contrário, a referida aluna 
tinha apenas um pequeno problema por faltar muito às aulas, mas quando estava 
presente, além de ser muito aplicada nas tarefas, ajudava os colegas 
simplificando a explicação, auxiliando no desenvolvimento das atividades e até 
cobrando mais disciplina quando eles se excediam em suas brincadeiras. Esse 
fato me abriu a mente, imagine se cada professor tivesse dois ou três alunos 
multiplicadores, devidamente capacitados, centrados e convictos em seus pontos 
de vistas, alunos pensantes, “imunes” as más influencias e formadores de 
opinião, para nos auxiliar nessas e em outras tarefas. Dessa forma, esse projeto 
tem como uma de suas principais ações a formação e capacitação específica de 
alunos com esse perfil, fundamental para o sucesso do projeto dentro e fora da 
sala de aula. 
 Oficinas voltadas para a educação/orientação emocional e ética dos alunos 
juntamente com suas famílias nas escolas envolvidas. As oficinas serão 
desenvolvidas durante o ano letivo de forma criativa e transdisciplinar, de forma 
a integrar, alunos, famílias e toda a comunidade. 
 Formar uma comissão integrada, com professores, alunos, pais e quaisquer 
membros da escola e/ou comunidade que desejarem participar da mesma, com 
objetivo de elaborar juntamente com os vereadores do município projetos de 
leis, que criem políticas públicas em âmbito municipal para atender com 
serviços de saúde básica, assistência social, dentro outros, especificamente e 
individualmente, analisando caso a caso famílias de alunos que encontram – se 
em situações de risco de envolvimento de drogas. 
 
CONCLUSÃO 
A sociedade precisa de ações que sensibilize toda a humanidade para a importância da 
prevenção ao uso de drogas. A escola tem um papel fundamental nessa rede de 
prevenção, é a educação trabalhando para formar cidadãos conscientes e críticos. É 
preciso abrir os horizontes para o conceito de saúde e sair da concepção de que saúde é 
ausência de doença. 
Ajudar o semelhante a descobrir o valor da vida é algo gratificante para qualquer 
pessoa. Devemos abraçar e se preparar para esta prevenção. Buscar mais e mais 
 
 
parcerias para o fortalecimento da escola que é um espaço privilegiado para a formação 
de pessoas. 
Como já foi mencionado anteriormente, devemos inserir temas como este no currículo 
escolar, possibilitando um trabalho em conjunto, onde é possível envolver toda a 
comunidade interna e externa; uma gama maior de conhecimentos sobre o assunto, 
possibilitando até novas formas de avaliar os nossos alunos, seja por participação ou até 
mesmo por produção nas atividades propostas acima, mais do que a nota, o importante 
desse projeto é o crescimento individual como pessoa, como cidadão, criando e/ou 
reforçando bons valores necessários a cada um de nós. 
Devemos acreditar e apostar que os pontos de referência essenciais para a construção de 
valores em um indivíduo são: a família, a escola, os amigos e os colegas de trabalho. E 
pensando assim, podemos refletir sobre o que diz Sousa Santos: 
 
“Temos que ser iguais todas as vezes que 
as diferenças nos inferiorizam, e temos que 
ser diferentes todas as vezes que as 
igualdades nos descaracterizam”. 
 
 
REFERÊNCIAS 
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/drogas-perigo-ronda-escolas

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