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FACULDADE ANHANGUERA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO CURSO DE PSICOLOGIA 2° SEMESTRE – MATUTINO Ana Carolina da Silva RA: 1841664276 Jenifer C. L. Barra RA: 1299148066 Joice Souza de Meneses RA: 1833586122 Josenilda A. S. Izepi RA: 5947513662 Millene Barbosa de Moura RA: 4884763875 Talita Rossettini Asam RA: 4884767002 Thaina Andrade Martins RA: 5465868245 PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS Psicologia como Ciência e Profissão - Weslei São Bernardo do Campo - SP 2017 Psicologia e políticas públicas no Brasil A psicologia e as políticas públicas no Brasil começaram como uma forma de gerenciamento populacional, concepções higienistas de controle biopolítico da população, assim como ocorria na Europa, porém onde as práticas psicológicas tinham o objetivo de disciplinar a população, lá a força de trabalho era ajustada à produção industrial. (FERRAZZA, 2016) No Brasil as campanhas higienistas eram parte de um projeto político de “salvação da nacionalidade” e de “regeneração da raça”, esses ideais foram influências provenientes da Europa, berço das teorias raciais que consideravam que os negros e índios eram raças inferiores e os mestiços, consequentemente, seriam produtos degenerados que herdaram o que havia de pior das raças matrizes. (FERRAZZA, 2016) FERRAZZA (2016) destaca que, durante o seu desenvolvimento a psicologia era aplicada nos ambientes educacionais e escolares para a propagação de conceitos higienistas, preventivistas de defesa social contra as patologias, a pobreza e o vício. A população mais pobre e os considerados inconvenientes à sociedade eram os alvos dessa política higienista, e eram controlados pelos serviços de controle social e da adaptação da população aos preceitos da sociedade normativa. A psicologia estava inserida nas escolas e outros ambientes educacionais. (SCISLESKI, 2015) Estas práticas eram exercidas antes da psicologia se tornar uma profissão regulamentada no Brasil e acontecia durante a ditadura militar. Porém, após 25 anos, com o fim dos anos de chumbo e com a abertura política em 1974, na década de 70 o movimento da Reforma Sanitária fazia críticas às desumanas condições a que eram submetidos os asilados nas instituições manicomiais e que seria denominado de Movimento da Reforma Psiquiátrica. Com os movimentos de Reforma Sanitária e Reforma Psiquiátrica, um novo espaço se abre para a atuação da psicologia nas políticas públicas. As Políticas Públicas surgem como necessidades em resposta aos problemas sociais. Devem refletir, portanto, soluções às necessidades identificadas na vida coletiva, nas suas diversas áreas: educação, saúde, trabalho, social, entre outras tantas. (SILVEIRA et al.; 2007) Segundo DELOU (2011), para os psicólogos que trabalham com educação, a proposta é de políticas intersetoriais, pois não há como desenvolver políticas públicas neste setor sem a participação de outros setores da sociedade. Ainda segundo DELOU (2011), “a formação do psicólogo tem passado de uma formação medicalizante, conformadora para uma formação crítica das práticas da medicalização na educação”. O psicólogo analisa se as partes públicas atendem às demandas sociais e orienta os conjuntos de programas na parte organizadora e sem muita generalização, auxiliam nos possíveis resultados. Auxiliam na parte dos planos para conscientização de preservar das coisas públicas, criação de programas, ou seja, do que as pessoas mais precisam no momento e analisam se os programas antigos e novos estão dando certo para todos. Quando da realização do I Seminário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas, há quinze anos na cidade de Salvador/BA, Marcus Vinicius de Oliveira e Silva, à frente de sua organização pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), anunciava que a promoção daquele encontro provinha da percepção do caráter estratégico das políticas públicas para o futuro de nossa profissão: “Nos anos 60, dizia-se que o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil. Pode-se parafrasear esse ditado e dizer que ou os psicólogos assumem as políticas públicas ou não terão perspectiva de futuro como profissão no Brasil.” O Seminário, como deliberação de um Congresso Nacional da Psicologia, resultava da necessidade de repensar a presença das/os psicólogas/os no processo social, diante da situação de concentração de riqueza no país que, somada ao crescimento da profissão, exigia que a categoria deixasse de ter seu trabalho restrito às elites para ampliar sua presença na sociedade. Assim, voltar-se para o campo das políticas públicas representava uma forma de intensificar a presença da Psicologia nos espaços sociais. Mas não somente. O compromisso social da profissão, que reposicionou a Psicologia colocando-a na luta pela conquista dos direitos sociais e direitos humanos no processo de redemocratização da sociedade brasileira, apontava para uma possibilidade crescente de contribuição da profissão para as políticas públicas que vinham responder a esses 1 Silva, Marcus Vinicius de Oliveira. Apresentação. In: Conselho Federal de Psicologia. I Seminário Nacional de Psicologia e Políticas Públicas. Políticas públicas como um desafio para os psicólogos. Salvador, BA: CFP, 2001. direitos. (Silva, Marcus Vinicius de Oliveira, 2013 - 2016) Desde então, os Conselhos de Psicologia levaram adiante um projeto de compromisso com a qualificação das referências técnicas para a atuação da Psicologia no campo das políticas públicas, projeto esse que teve sua maior expressão com o Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas, o CREPOP. A atual gestão do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP SP) esteve comprometida com a continuidade e o aprofundamento dessa trajetória. Reconhecemos que o debate sobre Psicologia e políticas públicas possibilitou uma ampliação da presença da profissão na sociedade, assim como uma ampliação no compromisso da Psicologia com suas urgências, o que exigiu uma importante transformação e reconstrução no campo da ciência e da profissão. Um novo olhar da Psicologia em relação aos compromissos com as políticas públicas e um acesso maior da população aos avanços da atividade. É com esse objetivo que ganha cada vez mais importância nos CRPs o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) . Em São Paulo, o CRP investe apoio à unidade local, pesquisando e divulgando referências da prática profissional aos órgãos governamentais, definindo assim novas diretrizes para os psicólogos, além de tornar pública sua atuação. Para o dirigente, não basta apenas considerar que aspolíticas públicas são espaços importantes para essa mão-de-obra profissional. "É preciso garantir que essa atuação seja altamente qualificada, construída dentro de uma existência técnica e ética", enfatiza. Ele acrescenta que é importante trabalhar na formação do futuro psicólogo, para que esse possa estar capacitado a exercer essas atividades das quais existe uma expectativa de demanda em políticas públicas, como saúde, educação, infância e adolescência, terceira idade, entre outras. Em virtude do que foi mencionado, retomamos a informação de que a psicologia e a política pública foram utilizadas como forma de gerenciamento; as práticas psicológicas tinham o embasamento de orientar a população em suas dificuldades, proporcionando uma nova forma de ajudar a sociedade lidar com as situações. REFERÊNCIAS INTERNET: FERRAZZA, Daniele Andrade. Psicologia e políticas públicas: desafios para superação de práticas normativas. Rev. Polis Psique, Porto Alegre , v. 6, n. 3, p. 36-58, dez. 2016. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-152X201600030 0004&lng=pt&nrm=iso> Acesso em 20/11/2017 Delou C, M. C. (2011). Mesa: Psicologia, Educação e políticas públicas. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), V Seminário Nacional Psicologia e Políticas Públicas - Subjetividade, Cidadania e Políticas Públicas (pp 87-106). Brasília: CFP. Disponível em >http://www.meioambiente.pr.gov.br< Acesso em: 22/11/2017 CARVALHO, Julia e SANTOS, Nátalia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 11 de junho de 2007. Trabalho sobre Políticas Públicas. Disponível em:>http://www.ufrgs.br/e-psico/etica/temas_atuais/psico-pol-publicas-texto.html< Acesso em: 22/11/2017 Conselho Regional de Psicologia SP - Página inicial | Comunicação | Jornal PSI | Políticas Públicas. Disponível em >http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/jornal_crp/153/frames/fr_politicas_publi cas.aspx< Acesso em 22/11/2017 SCISLESKI, Andréa C. C.; GONÇALVES, Hebe S.; DA CRUZ., Lilian R. As práticas da Psicologia nas políticas públicas de assistência social, segurança pública e juventude. Ver. de Ciências HUMANAS, Florianópolis, v. 49, n. 2, p. 60-74, jul-dez 2015, Disponível em: file:///C:/Users/Renato/Downloads/39089-140614-1-PB%20(1).pdf. Acesso em 20/11/2017 SILVEIRA, Andrea F. et. al.Caderno de psicologia e políticas. Curitiba : Gráfica e Editora Unificado, 2007. 50 p.: il. ; 20 cm. Disponivel em: http://www.portal.crppr.org.br/download/161.pdf, Acesso em 20/11/2017 SILVA M,V, O. (2011). Psicologia e sistema de justiça: Participação e compromisso social. In Psicologia e Políticas Públicas – Seminários Gestão 2013-2016 (p.13-50). São Paulo: CRP. Disponível em >http://www.crpsp.org/fotos/pdf-2016-08-08-17-32-48.pdfr< Acesso em: 22/11/2017
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