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Aula 10 Direito Tributário p/ ISS Goiânia (com videoaulas) Professor: Aluisio Neto Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 169 AULA 10 SUMÁRIO PÁGINA Apresentação Inicial 01 Extinção do crédito tributário 03 Pagamento 11 Compensação 29 Transação 36 Remissão 39 Decadência e Prescrição do crédito tributário 47 Decadência 53 Prescrição 62 Conversão do Depósito em Renda 74 Pagamento antecipado e Homologação do Lançamento 75 Consignação em Pagamento 76 Decisão Administrativa Irreformável 82 Deposito Judicial Passado em Julgado 83 Dação em Pagamento em Bens Imóveis 84 Pagamento Indevido do Crédito tributário 87 Questões Propostas 98 Gabaritos 169 Olá, amigo concurseiro e futuro servidor! Chegamos à décima aula do nosso curso de direito tributário para o concurso de Auditor de Tributos Municipal (ATM) da Prefeitura de Goiânia. Nessa aula iremos tratar do seguinte tema: x Extinção do crédito tributário; x Pagamento Indevido. Nessa aula veremos, entre RXWURV��GRLV�WHPDV�EHP�³TXHULGRV´�SHODV�EDQFDV�� a prescrição e a decadência tributária, temas de várias questões de provas e dores de cabeça para muitos concurseiros que não fazem bem a distinção entre as duas modalidades de extinção do crédito tributário. Veremos as duas hoje! E também as demais modalidades de extinção do crédito tributário. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 169 Qualquer dúvida que surgir, peço que a envie o mais breve possível ao nosso fórum de dúvidas para que ela seja sanada e não ocorram atrasos em seus estudos. Seguem ainda os meus dois contatos: aluisioalneto@gmail.com www.facebook.com/aluisioalneto www.facebook.com/prosatributaria Boa sorte! E bons estudos! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 169 Extinção do Crédito Tributário Neste primeiro item da aula de hoje estudaremos as causas de extinção do crédito tributário, podendo ser conceituada como a situação em que há a extinção da relação jurídico-tributária surgida com o fato gerador da obrigação principal. Ao ser observada qualquer uma das onze hipóteses previstas nos incisos I a XI do artigo 156 do CTN, restam extintos os valores devidos ao Fisco, liberando definitivamente o sujeito passivo de qualquer dívida frente ao Estado. Em resumo, o crédito tributário deixa de existir, não restando mais nenhuma obrigação pecuniária do sujeito passivo perante a Administração Fazendária. Não existe mais dívida alguma, não existindo mais obrigação tributária principal. As causas de extinção do crédito tributário previstas no artigo 156 do CTN possuem algumas características importantes e que devem ser muito bem memorizadas por você: x Dizem respeito apenas à obrigação tributária principal, não fazendo extinguir, caso existam, automaticamente a obrigação tributária acessória; Como exemplo, o fato de pagarmos determinado tributo, extinguindo o crédito tributário pelo pagamento, não importa em sermos dispensados da entrega de declaração relativa a este tributo, caso ainda não cumprida essa obrigação. Lembre-se que as obrigações tributárias, a principal e a acessória, são independentes e autônomas e entre si. x Constituem rol exaustivo (TAXATIVO), não existindo outras modalidades aptas a extinguir o crédito tributário, embora existam posicionamentos doutrinários que defendam o contrário; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 169 O próprio STF já decidiu em seus julgados adotando os dois posicionamentos. Entretanto, a regra é a de que o CTN constitui, em seu artigo 156, rol exaustivo de modalidades de extinção do crédito tributário, não podendo ser criadas outras pelos demais entes políticos. Em sua ADI 1917/DF, de 26/04/2007, o STF declarou a inconstitucionalidade de lei distrital que previa o pagamento de débitos tributários pelas micro e pequenas empresas por meio de dação em pagamento de materiais destinados a atender programas sociais do Governo do Distrito Federal. No julgamento do processo, tem-se a seguinte passagem: ³������9HULILFD-se que o diploma legal impugnado, ao prever o pagamento de débitos das microempresas, de empresas mediante dação em pagamento de materiais; de fato impede a incidência do processo licitatório para a aquisição de materiais pela Administração Pública, em flagrante afronta ao disposto no art. 37, XXI, da Carta Federal. Demais disso, o art. 146, III, b, da Constituição da República prevê reserva normativa para a veiculação de normas gerais em matéria de crédito tributário, cabendo à lei complementar federal ± Código Tributário Nacional-, e não à lei distrital, estabelecer hipóteses de extinção de crédito tributário. Vê-se, portanto a inconstitucionalidade manifesta da lei hostilizada porquanto incompatível com os dispositivos dos artigos 37, XXI, e 146, III, b, da Constituição Federal. �����´ Já no julgamento de sua ADI 2405 MC/RS, de 06/11/2002, o STF decidiu o seguinte quanto ao tema: ³������ /�� HVWDGXDO� �56���������� GH����GH�DEULO� GH�������TXH� introduz alterações em leis estaduais (6.537/73 e 9.298/91) que regulam o procedimento fiscal administrativo do Estado e Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 169 a cobrança judicial de créditos inscritos em dívida ativa da fazenda pública estadual, bem como prevê a dação em pagamento como modalidade de extinção de crédito tributário. I - Extinção de crédito tributário criação de nova modalidade (dação em pagamento) por lei estadual: possibilidade do Estado-membro estabelecer regras específicas de quitação de seus próprios créditos tributários. Alteração do entendimento firmado na ADInMC 1917-DF, 18.12.98, Marco Aurélio, DJ 19.09.2003: conseqüente ausência de plausibilidade da alegação de ofensa ao art. 146, III, b, da Constituição Federal, que reserva à lei complementar o estabelecimento de normas gerais reguladoras dos modos de extinção e suspensão da exigibilidade de crédito tributário. II - Extinção do crédito tributário: moratória e transação: implausibilidade da alegação de ofensa dos artigos 150, § 6º e 155, § 2º, XII, g, GD�&)��SRU�QmR�VH�WUDWDU�GH�IDYRUHV�ILVFDLV�������´ Ou seja, no julgamento acima, o STF possibilitou aos estados membros a criação de nova modalidade de extinção do crédito tributário por lei própria (lei estadual), e, como diz o texto acima, alterando o entendimento firmado anteriormente na ADI 1917/DF de 18/12/1998. Veja outro importante julgado do STF sobre a impossibilidade de criação de nova modalidade de extinção de crédito tributário por lei estadual. A decisão consta no ADI 124/SC, de 01/08/2008: ³(...) A determinação do arquivamento de processo administrativo tributário por decurso de prazo,sem a possibilidade de revisão do lançamento equivale à extinção do crédito tributário cuja validade está em discussão no campo administrativo. Em matéria tributária, a extinção do crédito tributário ou do direito de constituir o crédito tributário por decurso de prazo, Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 169 combinado a qualquer outro critério, corresponde à decadência. Nos termos do Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1996), a decadência do direito do Fisco ao crédito tributário, contudo, está vinculada ao lançamento extemporâneo (constituição), e não, propriamente, ao decurso de prazo e à inércia da autoridade fiscal na revisão do lançamento originário. Extingue-se um crédito que resultou de lançamento indevido, por ter sido realizado fora do prazo, e que goza de presunção de validade até a aplicação dessa regra específica de decadência. O lançamento tributário não pode durar indefinidamente, sob risco de violação da segurança jurídica, mas a Constituição de 1988 reserva à lei complementar federal aptidão para dispor sobre decadência em matéria tributária. Viola o art. 146, III, b, da Constituição federal norma que estabelece hipótese de decadência do crédito tributário não prevista em lei complementar federal. Ação direta de inconstitucionalidade FRQKHFLGD�H�MXOJDGD�SURFHGHQWH�´ (Grifos nosso) x Devem ser sempre previstas em lei em sentido estrito, conforme nos diz o artigo 97 do CTN. As onze hipóteses de extinção do crédito tributário estão previstas no artigo 156 do CTN, que assim nos diz (guarde bem essas hipóteses!): ³$UW�������([WLQJXHP�R�FUpGLWR�WULEXWiULR� I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 169 VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI ± a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos DUWLJRV�����H�����´��*ULIRV�QRVVR�� A doutrina costuma separar as hipóteses de extinção do crédito tributário em duas formas: ; DIRETA Æ é forma normal, própria, representada pelo pagamento e pela consignação em pagamento (incisos I, VII e VIII do artigo 156 do CTN); ; INDIRETA Æ é forma imprópria de extinção, representada pelas demais hipóteses de extinção: compensação, transação, remissão, prescrição, decadência, conversão do deposito em renda, decisão administrativa irreformável, decisão judicial passada em julgado e a dação em pagamento de bens imóveis. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 169 Veremos cada uma das modalidades de extinção do crédito tributário nos itens seguintes da nossa aula. Antes de começar a apresentar cada uma delas, queria trazer o seguinte quadro abaixo, onde constam as modalidades de extinção do crédito tributário, juntamente com as modalidades de suspensão e exclusão do crédito tributário. Guarde bem, elas! Muitas questões exigem apenas a literalidade de cada uma delas. Você não tem ideia do número de questões que cobraram apenas essas modalidades. Nada mais do que isso! MODALIDADES EXTINÇÃO SUSPENSÃO EXCLUSÃO PAGAMENTO MORATÓRIA ISENÇÃO COMPENSAÇÃO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL TRANSAÇÃO REMISSÃO RECLAMAÇÕES E RECURSOS, NOS TERMOS DEFINIDOS NO PAT PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO ANISTIA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR OU DE TUTELA ANTECIPADA, EM OUTRAS ESPÉCIES DE AÇÃO JUDICIAL DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 169 DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS PARCELAMENTO Por fim, o parágrafo único do artigo 156 do CTN dispõe que as causas que dão origem à extinção do crédito tributário sempre estarão sujeitas à verificação da sua regularidade por parte do Fisco, que poderá adotar as medidas necessárias para que os interesses da Fazenda Pública não sejam prejudicados. Para isso, podem ser efetuados lançamentos complementares, bem como revisados os já efetuados, conforme dispõem os artigos 144 a 149 do CTN. Se o sujeito passivo entendia que devia apenas R$ 1.000,00 e efetuou o pagamento conforme a legislação tributária previa, dá-se por extinto o crédito tributário em razão do pagamento. Entretanto, caso amanhã a Fiscalização tributária detecte que houve pagamento à menor, haverá cobrança complementar dos valores inicialmente devidos e, em parte, não pagos, restando extinto apenas a parte já paga (e desde que a parte ainda não paga não tenha sido atingida pela decadência ou pela prescrição). (Questão 01) Não extingue o crédito tributário a: a) decisão administrativa. b) conversão de depósito em renda. c) prescrição. d) dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. e) remissão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 169 Conforme podemos ver ao consultar o quadro apresentado na página anterior, somente a decisão administrativa��SUHVHQWH�QD�DOWHUQDWLYD�³D´��não extingue o crédito tributário, sendo as demais modalidades constantes nas DOWHUQDWLYDV�³E´�D�³H´ hipóteses de extinção do crédito tributário. Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão. Vamos ver agora a primeira modalidade de extinção do crédito tributário: o pagamento. Em frente, espartanos! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 169 Pagamento Nesse primeiro item iremos estudar o pagamento, uma das formas mais comuns de extinção do crédito tributário, previsto de maneira geral no artigo 156, I, do CTN, bem como de maneira específica nos artigos 157 a 163. O artigo 156, I, dispõe o seguinte: ³$UW�������Extinguem o crédito tributário: I - R�SDJDPHQWR�´ O pagamento é uma das formas mais comuns de extinção docrédito tributário, correspondendo, simplesmente, ao desembolso de valores pelo sujeito passivo para saldar suas dívidas tributárias. Deveu, pagou, extinguiu. É o adimplemento espontâneo da obrigação pecuniária tributária. O artigo 157 do CTN dispõe sobre a separação entre o tributo e a multa pecuniária, dispondo que o pagamento daquele não ilide (proíbe, dispensa) a imposição de qualquer penalidade por ventura devida em razão de infração cometida pelo sujeito passivo. Assim, por exemplo, se determinado contribuinte sonega impostos e posteriormente paga os valores sonegados, ainda assim haverá a imposição de penalidades. Nenhum valor será descontado, devendo o pagamento ser também integral. ³$UW�������$�LPSRVLomR�GH�SHQDOLGDGH�não ilide o pagamento integral GR�FUpGLWR�WULEXWiULR�´ O artigo 158 do CTN traz disposições em seus dois incisos um tanto lógicos para o nosso dia-a-dia, porém necessárias em matéria tributária, afastando TXDOTXHU� ³PDODEDULVWD´� SURFHVVXDO� em tentar explorar as brechas da lei. Assim, caso tenhamos um débito parcelado, o pagamento de uma parcela, ainda que seja a última, não importa em presunção do pagamento das demais parcelas, caso ainda não pagas. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 169 Da mesma maneira, o pagamento de valores relativos a um tributo e período determinado não importa em pagamento de valores relativos ao mesmo tributo ou a outro tributo diferente, seja para períodos iguais ou diferentes. Cada um no seu quadrado. Se você paga R$ 100,00 de IPVA para o ano de 2013, estará pagando apenas os R$ 100,00 de IPVA para o ano de 2013. Se o IPVA de 2012 continua vencido e sem pagamento, continuará vencido e sem pagamento até que você pague. - Dessa maneira, se Davi paga o IPTU relativo ao ano de 2012, esse pagamento não importa em pagamento dos períodos anteriores ainda em aberto, nem no pagamento do ISS ou do ITBI por ele devido para o mesmo ou para outros períodos. Simples não é? Espero que sim. - O mesmo vale para o pagamento de um crédito tributário parcelado. O fato de pagar somente a última parcela não fará com que todo o restante das parcelas ainda em aberto seja também pago. Elas continuam em aberto até, claro, serem liquidadas. ³$UW�� ����� 2� SDJDPHQWR� GH� XP� FUpGLWR� não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos�´��*ULIRV�QRVVR�� Já o artigo 159 do CTN traz disposição já ultrapassada para os dias atuais, dispondo que o pagamento dos tributos, quando a legislação não dispuser a respeito, será efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Eram as famosas coletorias de tributos. Atualmente, qualquer banco faz a arrecadação dos tributos de qualquer ente político, bastando uma autorização ou convênio entre este e o banco respectivo e um código de barras. E o seu dinheiro suficiente para saldar o débito, claro. - Acho que nem mesmo se você quiser efetuar esse pagamento na repartição, ele será Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 169 DFHLWR��$OJXpP�YDL�GL]HU��³Por favor, senhor, pegue esse boleto e vá até uma agencia bancária´� Esse pagamento, por sua vez, poderia ser feito na repartição competente do domicílio tributário do sujeito passivo, nada impedindo que fosse feito também em outra repartição do território do ente político. ³$UW�� ����� 4XDQGR� D� OHJLVODomR� WULEXWiULD� QmR� GLVSXVHU� D� respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo�´ Por sua vez, o artigo 160 do CTN dispõe sobre o prazo geral de pagamento dos tributos, quando aquele não for fixado na legislação do imposto. Para tanto, será fixado o PRAZO DE 30 DIAS, contados do lançamento regularmente efetuado ao sujeito passivo. Esse é, em regra, o prazo previsto na maioria das legislações. Não sendo fixado prazo para pagamento na legislação tributária relativa a determinado tributo, após o sujeito passivo ser notificado do lançamento do crédito tributário, e caso concorde com a imposição tributária e não apresente recurso contra os valores lançados, aquele terá o prazo de 30 dias, contados da ciência regularmente realizada, para efetuar o pagamento dos valores cobrados. Em geral, as legislações dos tributos trazem prazo específico para pagamento dos seus valores. Somente quando a lei silencia é que iremos utilizar o prazo presente do CTN. A regra do CTN é regra subsidiária, sendo utilizada apenas na falta de previsão em lei específica do tributo. A previsão, por sua vez, vale para os tributos de todos os entes políticos. ³$UW�� ����� Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 169 Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que HVWDEHOHoD�´��*rifos nosso) Observe que o PRAZO DE 30 DIAS, CONTADOS DA NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO AO SUJEITO PASSIVO, somente será utilizado caso a legislação relativa ao tributo não fixe outro prazo, sendo essa livre para fixar o prazo que entender razoável. De outro modo, a legislação poderá conceder DESCONTO em razão da antecipação do pagamento efetuado pelo sujeito passivo, devendo ainda prever as condições relativas ao desconto a ser concedido. Por exemplo, se o pagamento for efetuado em até 20 dias antes do vencimento, o desconto será de 10%; se 10 dias antes, de 5%; e assim por diante. Cabe a cada lei estabelecer as condições para a concessão do desconto, quando for o caso. Já o artigo 161 do CTN dispõe sobre a previsão legal para a imposição de juros de mora, dispondo ainda que estes serão calculados à razão de 1% AO MÊS, quando a legislação não dispuser de modo diverso. ³$UW�� ����� 2� crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 169 § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. § 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito�´��*ULIRV�QRVVR�� Quando o contribuinte não paga o crédito tributário no vencimento, ficará sujeito, regra geral, a juros de mora em razão do atraso. Essa obrigação será independente do motivo que tiver dado causa ao atraso. Ninguém pode alegar, por exemplo, que não pagou no dia porque estava doente numa cama de hospital. O Fisco não é bonzinho com ninguém. - A imposição de jurosde mora não impede também a aplicação, concomitante, de penalidades pelo descumprimento da legislação ou da aplicação de quaisquer medidas de garantia do crédito tributário previstas em lei, seja no CTN (artigos 183 a 193) ou em outras leis tributárias. E o que vêm a ser juros de mora? E multa de mora? E correção monetária? E multa de oficio? E multa isolada? Sabe algum desses conceitos? Juros de mora é o percentual aplicado sobre determinado montante de modo a remunerar o uso do capital de terceiros, tendo em vista o não pagamento dos valores no prazo legal. Uma vez que o sujeito passivo devedor não efetuou o pagamento no prazo previsto na legislação tributária, o dinheiro pertencente à Fazenda Pública a partir do fim do prazo para pagamento e ainda em poder do sujeito passivo deve ser remunerado, incidindo juros em razão da mora no pagamento. Já a Multa de mora é a aplicação de uma penalidade aplicada em razão do descumprimento do prazo de pagamento previsto em legislação específica do crédito tributário ou não tributário. Ela é aplicada uma só vez ao ser verificado atraso no pagamento, diferentemente dos juros de mora, que, em regra, são aplicados mês a mês. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 169 Entende-se por multa de ofício aquela aplicada em razão de incorreções na identificação do fato gerador em sua integridade e recolhimento do valor devido, sendo relacionada a não declaração ou declaração incorreta de crédito, abrangendo falta de pagamento ou recolhimento, falta de declaração ou declaração inexata, sendo passível de imposição por meio de lançamento de ofício. Por sua vez, entende-se por multa isolada aquela aplicada em razão de descumprimento de obrigação acessória prevista em norma tributária ou em razão de atos de evasão ou lesão tributária previstos na norma legal, configurando-se como penalidade, relacionando-se diretamente a um ilícito de direito tributário administrativo, independendo de obrigação tributária principal ou de crédito tributário lançado em face do sujeito passivo. Por fim, a correção monetária é o percentual aplicado sobre determinado montante que visa a refletir a desvalorização da moeda ao longo do tempo, atualizando os valores devidos. Quanto à correção monetária: ¾ Esta deve vir sempre prevista em lei, não podendo o Poder Judiciário autorizar a sua aplicação sem que haja previsão legal, sob pena de torna-se legislador positivo; ³������2�3OHQiULR�GHVWD�&RUWH��HQIUHQWDQGR�R�DVVXQWR�j�OX]�GR� princípio da isonomia, firmou entendimento no sentido da legitimidade da incidência da taxa SELIC na atualização de débito tributário, desde que exista lei legitimando o uso desse índice. (...) �$5(��������$J5�56��GH������������´ ¾ Quanto aos índices de correção monetárias fixados em leis estaduais, esses são perfeitamente válidos e constitucionais, DESDE QUE NÃO SEJAM SUPERIORES AOS ÍNDICES FIXADOS EM LEGISLAÇÃO FEDERAL. Para que possa ser aplicada a taxa SELIC na atualização dos Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 169 créditos tributários, deve haver expressa previsão na lei estadual, distrital ou municipal, sem a qual é ilegítima a cobrança. ³����� No que diz respeito, porém, à competência para a fixação de índices de correção monetária de créditos fiscais, o Plenário deste Tribunal, ao terminar o julgamento do RE 183.907, firmou o entendimento de que as unidades federadas, embora sejam incompetentes para essa fixação em percentuais superiores aos fixados pela União para o mesmo fim, podem proceder à atualização apenas parcial de seus créditos fiscais por não estarem impedidas de conceder incentivos fiscais, que a tanto vale a renúncia à correção monetária plena. Portanto, há ilegitimidade apenas no que exceder ao índice vigente ao tempo para a correção dos débitos tributários federais. (...) (RE 192730/SP, de �����������´ Tema importante quanto ao pagamento é relativo à utilização da TAXA SELIC, sendo esta um percentual legítimo a ser utilizado com índice de correção monetária e de juros de mora nos casos de as legislações estaduais não possuírem previsão quanto ao índice a ser utilizado na atualização dos seus débitos tributários pagos em atraso. Para tanto, a lei estadual deve prever expressamente a adoção dos mesmos índices previstos para a correção dos valores dos débitos fiscais da União. O conceito de Taxa SELIC é dado pelo Banco Central do Brasil: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 169 ³e� D� WD[D� DSXUDGD� QR� SELIC, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliáULRV�´ Quanto á Taxa SELIC, temos ainda o seguinte: ³&RQVRDQWH� UHLWHUDGD� MXULVSUXGrQFLD� GR� 67-�� QR� WRFDQWH� DRV� juros de mora, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, na assentada de 14.5.2003, consolidou o entendimento no sentido da aplicação da Taxa SELIC na restituição ou na compensação de tributos a partir da vigência da lei que determinou sua incidência no campo tributário, conforme dispõe o art. 39 da Lei n. 9.250/95 (EREsp 399.497/SC, Rel. Min. Luiz Fux). Por oportuno ressaltar que a mencionada Taxa não pode ser cumulada com outros índices de correção monetária ou juros moratórios. A Taxa SELIC ora tem a conotação de juros moratórios, ora de remuneratórios, a par de neutralizar os efeitos da inflação, constituindo-se em correção Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 169 monetária por vias oblíquas. Frise-se que inexiste, no caso, suposta violação da coisa julgada, na hipótese de inclusão da Taxa SELIC para correção do indébito tributário, quando a decisão de primeiro grau anteceder a Lei n. 9.250, de 1º de janeiro de 1996, e por óbvio não estabelecer tal tQGLFH� SDUD� DWXDOL]DomR� GR� LQGpELWR� WULEXWiULR´� �$5(� ������� $J5�56��GH������������´ ³������ "A Taxa SELIC é legítima como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, ex vi do disposto no artigo 13, da Lei 9.065/95" (...). (STJ ± AgRg no AREsp 87877/SP, de 09/05/2013) Veja uma questão sobre o tema Taxa SELIC: (Questão 02) A taxa SELIC: (A) é umtributo que incide sobre o exercício regular do poder de polícia do Estado consistente em fiscalizar se o recolhimento dos tributos se deu nas datas legais. (B) tem natureza jurídica de contribuição de intervenção no domínio econômico, instituída pelo Banco Central do Brasil e utilizada como instrumento regulador do mercado. (C) pode ser utilizada como referência para a taxa de juros de mora fixada por leis específicas de tributos. (D) é a taxa de juros remuneratórios fixada no Código Tributário Nacional e aplicada, como regra geral, para incidir sobre o crédito tributário em caso de mora. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 169 (E) deve ser utilizada para o cálculo dos juros de mora, se a lei do tributo não dispuser de modo diverso, segundo estabelece o Código Tributário Nacional. Alternativa a) Incorreta. A taxa SELIC não é um tributo, mas apenas um índice de correção monetária e de juros moratórios, conforme decisão do STF contida no ARE 656195 AgR/RS, de 18/12/2012. Alternativa b) Incorreta. A contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) é uma espécie de contribuição especial, pertencente à WHRULD� SHQWDSDUWLWH� DGRWDGD� SHOR� 67)�� VHQGR�� DVVLP�� XP� WULEXWR�� $V� &,'(¶V� estão previstas no artigo 149, caput e §2º, da CF/88. Alternativa c) Correta. Vale a mesma explicação dada nD�DOWHUQDWLYD� ³D´�� Desde que a lei fixe essa previsão, a SELIC pode ser utilizada como referência para a taxa de juros de mora fixada por leis específicas de tributos. Alternativa d) Incorreta. A Taxa SELIC não está prevista no CTN, sendo sua criação bem posterior à publicação do código de exações nacional, datado de 1966. Alternativa e) Incorreta. Vale a mesma explicação dada na alternativa anterior. Continuando o que dispõe o CTN sobre o pagamento, o §2º do artigo 161 do Codex trata da CONSULTA TRIBUTÁRIA, que é o procedimento administrativo em que o sujeito passivo solicita ao Fisco posicionamento sobre a interpretação e aplicação da legislação ao caso concreto a fatos determinados e certos, evitando que o consulente venha a aplicar erradamente a legislação tributária e a sofrer a imposição de penalidades. A consulta, assim, somente pode ser formulada em relação a fato concreto, não sendo conhecida a consulta formulada relativamente a casos em tese, sobre uma situação hipotética formulada pelo consulente. Se um concurseiro Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 169 que possui um estabelecimento comercial e é contribuinte do IRPJ, mas tem dúvida sobre a aplicação de um determinado dispositivo em razão de estar estudando para o concurso da Receita Federal e não ter conseguido resolver uma determinada questão da ESAF, esse contribuinte não poderá formular consulta sobre esse fato hipotético. Por sua vez, enquanto houver pendência de resposta quanto a uma consulta formulada pelo sujeito passivo, não serão cobrados juros de mora ou multas de mora durante o período em que o débito não foi pago, desde que a propositura do pedido tenha sido anterior ao vencimento do prazo para pagamento. Por sua vez, serão devidos apenas valores relativos ao tributo porventura devido e à correção monetária. Outro efeito da consulta, e geralmente presente nas legislações tributárias dos entes políticos, é o de que aquela impede o início de qualquer procedimento de fiscalização quanto ao tributo e à matéria consultada, desde que a consulta tenha sido formulada antes de qualquer medida a ser tomada pelo Fisco quanto à fiscalização. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 169 A consulta deve ser formulada de boa-fé, sobre matéria controvertida e razoável, em que tenha sido omitido algo ou estipulado algum normativo de forma ambígua ou incompleta. A consulta com intuito doloso e de apenas procrastinar a cobrança do tributo está sujeita à aplicação de penalidades, conforme dispuser a legislação de cada ente político. Já o artigo 162 do CTN traz as disposições relativas aos meios de pagamentos a serem utilizados pelo sujeito passivo, tendo alguns deles já caído em desuso, como a estampilha e o papel selado. Estampilha Æ Vinheta representativa de imposto pago, que se colava em documentos que representassem obrigação ou quitação pecuniária. Papel Selado Æ Documento emitido pelo tesouro, cuja aquisição correspondia ao pagamento de tributo. ³$UW�������2�pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. § 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. § 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 169 § 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. § 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade administrativa. § 5º O pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha�´� (Grifos nosso) Nada impede que a legislação tributária, tendo em vista as especificidades do cheque e do vale postal quanto às suas solvências, determine a exigência de garantias para o pagamento. Essas garantias, entretanto, NÃO PODEM SER FIXADAS DE FORMA A TORNAR IMPOSSÍVEL OU MAIS ONEROSO QUE O PAGAMENTO EFETUADO EM MOEDA CORRENTE. O dispositivo visa impedir que a legislação tributária imponha a exigência de garantias impossíveis ou muito difíceis de serem cumpridas pelo sujeito passivo que deseje pagar seus tributos por meio de cheque ou vale postal, de modo a obrigá-lo a saldar suas dívidas por meio de pagamento em dinheiro. Por óbvio, quanto ao §2º, o pagamento por meio de cheque somente extingue o crédito tributário depois de sua compensação pelo banco do sacado. Caso não existam fundos para cobrir os valores consignados em cheque, o crédito tributário permanecerá em aberto. Por sua vez, o artigo 163 do CTN traz dispositivo muito importante, e que deve ter seus incisos bem memorizados por você. Ele nos fala sobre a alocação (imputação) de pagamentos efetuados pelo sujeito passivo em relação a débitos por ele devidos e já vencidos. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 169 Para que sejam aproveitados os valores pagos, relativos a um mesmo tributo oua mais de um tributo, junto à mesma pessoa jurídica de direito público, ou ainda decorrente de tributo e/ou penalidade pecuniária, devem ser obedecidas as regras de imputação do pagamento, NA ORDEM EM QUE APARECEM. Essas regras devem ser obedecidas no caso em que há mais débitos do que dinheiro pago pelo sujeito passivo. - Caso o sujeito passivo pague, por exemplo, R$ 100.000,00 aos cofres públicos de um mesmo ente político e referentes a tributos em atraso, possuindo débitos no valor de R$ R$ 60.000,00 relativo a taxas e de R$ 50.000,00 relativos a impostos, primeiro devem ser saldados os valores correspondentes às taxas para tão somente começarem a ser saldados os valores relativos a impostos, conforme o inciso II do artigo 163. Nesse caso, ainda restará em aberto R$ 10.000,00 em valores de impostos a pagar, uma vez que R$ 60.000,00 foi alocado ao pagamento de taxas, sendo os R$ 40.000,00 restantes destinados aos impostos. Assim, a autoridade tributária deverá seguir fielmente a ordem de imputação de pagamento prevista nos incisos I a IV do artigo 163 do CTN. ³$UW�� ����� ([LVWLQGR� VLPXOWDQHDPHQWH� GRLV� RX� PDLV� GpELWRV� vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 169 II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes�´ Atenção à ordem CRESCENTE QUANTO À PRESCRIÇÃO (do menor prazo para o maior) e à ordem DECRESCENTE DOS MONTANTES (do maior para o menor). Suponha que existam dois créditos tributários por obrigação própria de um mesmo sujeito passivo, ambos relativos a impostos, sendo um no valor de R$ 30.000,00 e outro no valor de R$ 50.000,00. O primeiro irá prescrever em dois meses, enquanto o segundo, em dois anos. O sujeito passivo pagou apenas R$ 50.000,00 aos cofres públicos. Como deverá ser feita a imputação desses valores pagos aos débitos em aberto? As duas primeiras regras (incisos I e II do artigo 163) não podem ser utilizadas, uma vez que só temos créditos tributários resultantes de obrigação próprias e relativos a impostos, relativos ao mesmo sujeito passivo. Os dois primeiros incisos não podem estabelecer preferência quanto à imputação. Por sua vez, deverá ser pago primeiramente o crédito com menor prazo para a verificação da prescrição, independentemente do valor deste. Assim, primeiramente deverão ser pagos os R$ 30.000,00. Com o restante do valor, R$ 20.000,00, será paga uma parte do débito com prazo de prescrição em dois anos, restando ainda mais R$ 30.000,00 a serem pagos. Quanto aos créditos, estes devem possuir as seguintes características: 0 Dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo; 0 Devem dizer respeito à mesma pessoa jurídica de direito público; 0 Podem ser relativos ao mesmo ou a diferentes tributos; 0 Podem ser provenientes de penalidades pecuniárias ou juros de mora. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 169 Observe mais uma vez a ordem de imputação dos pagamentos, devendo a ordem em que aparecem, conforme o caso, ser FIELMENTE SEGUIDA para a imputação dos pagamentos: 1º) Débitos por obrigação própria; 2º) Débitos decorrentes de responsabilidade tributária; 3º) Contribuições de melhoria; 4º) Taxas; 5º) Impostos; 6º) Ordem crescente dos prazos de prescrição; 7º) Ordem decrescente dos montantes. Ainda quanto à imputação de pagamento de débitos tributários, temos o que dispõe a Súmula STJ nº 464, que assim nos diz em relação a não aplicação das regras contidas no artigo 354 do Código Civil: ³$� UHJUD� GH� LPSXWDomR� GH� SDJDPHQWRV� HVWDEHOHFLGD� QR� DUW�� 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de FRPSHQVDomR�WULEXWiULD�´ Por fim, temos o que consta nos artigos 165 a 169 do CTN, dispondo sobre o pagamento indevido. Esse tema veremos mais adiante na nossa aula. Vamos agora a uma questão sobre o pagamento. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 169 (Questão 03) Sobre o pagamento, a principal e mais comum hipótese de extinção da obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece uma série de normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto. a) O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação tributária. b) Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições em que estabeleça. c) O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. d) O pagamento dos tributos é efetuado, como regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas há tributos em que a lei preveja o seu pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico. e) Quando a lei não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do local em que tenha sido verificada a ocorrência do fato gerador daquele tributo. Alternativa a) Correto. É o teor do que consta no artigo 161 do CTN. Alternativa b) Correto. É justamente o que consta no artigo 160 do CTN, combinado com o seu parágrafo único. Atente bem para o prazo de 30 dias, uma vez que o elaborador das questões costuma trocar por outro e pegar o candidato menos atento. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 169 Alternativa c) Correto. É a redação constante no artigo 158, I e II, do CTN, afirmando a independência dos pagamentos efetuados e dos tributos devidos. Alternativa d) Correto. Esses casos, ou possibilidades, estão previstos nos incisos I e II do artigo 162 do CTN. Alternativa e) Incorreta. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo, conforme o artigo 159 do CTN, e não no local da ocorrência do fato gerador do tributo devido. Vamos em frente com as modalidades de extinção. Veremos em seguida a compensação tributária. Direito Tributário para o ISS/GYNʹCom vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 169 Compensação Nesse item da aula iremos estudar a compensação tributária, prevista no inciso II do artigo 156 do CTN, sendo mais uma das modalidades de extinção do crédito tributário constituído em nome do sujeito passivo. Esse instituto tributário está regulado ainda nos artigos 170 e 170-A do mesmo Código. A compensação está prevista também no Código Civil em seus artigos 368 a 380, dispondo sobre as situações em que se observam ao mesmo tempo as qualidades de credores e devedores numa mesma pessoa. Veja a redação dos artigos 368 e 369, os dois artigos mais importantes ao nosso estudo: ³$UW�������6H�GXDV�SHVVRDV�IRUHP�DR�PHVPR�WHPSR�FUHGRU�H� devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, YHQFLGDV�H�GH�FRLVDV�IXQJtYHLV�´ Uma vez que, na relação tributária, os sujeitos ativo e passivo figuram, ao mesmo tempo, como credor e devedor, surge a figura da compensação tributária, visando extinguir os débitos tributários existentes com créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. A compensação tributária será sempre instituída por meio de lei competente do ente capaz para instituir e cobrar o tributo, sendo conceituada como uma hipótese INDIRETA de extinção do crédito tributário. Assim, sempre deve existir lei autorizando a compensação tributária, não podendo esta ser realizada ao bel-prazer do contribuinte. Diferentemente, a compensação civil poderá ser estipulada por contrato firmado entre as partes. A compensação tributária se dá por meio do confronto entre os créditos e débitos do sujeito passivo e da Fazenda Pública, que se extinguirão por meio de concessões recíprocas, evitando desnecessários processos Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 169 administrativos para que sejam saldados pelos métodos normais (restituição, exigência de pagamento, entre outros). Por sua vez, a lei instituidora pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Essa é a redação do artigo 170 do CTN: ³$UW�������$� OHL�SRGH��QDV�FRQGLo}HV�H�VRE�DV�JDUDQWLDV�TXH� estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento�´� (Grifos nosso) Os créditos líquidos e certos são créditos cujos valores já são devidamente conhecidos e estipulados, não sendo mais objeto de contestação por nenhuma das partes na relação jurídica tributária. Seus valores já se encontram constituídos. Por sua vez, a liquidez e a certeza dos créditos tributários a serem compensados devem ser apuradas pela administração fazendária, que homologará a respectiva compensação. Já os créditos vencidos são aqueles em que o sujeito passivo já perdeu o prazo para pagamento estipulado na legislação tributária. Quanto aos vincendos, estas são aqueles que ainda não se encontram vencidos, tendo ainda os contribuintes determinado prazo previsto na legislação para saldar Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 169 seus compromissos sem que lhe seja imposta nenhuma penalidade em razão do atraso. Em razão da extinção de créditos que ainda estão por vencer, é justa a atualização dos seus valores para a data da efetivação da compensação, com a aplicação de percentuais para a atualização do valor devido à data da compensação. A estipulação de redução dos valores relativos aos créditos vincendos prevista em lei não poderá ultrapassar o limite de 1% ao mês, não podendo a lei autorizativa da compensação estipular um percentual maior do que o previsto no parágrafo único do artigo 170. Por sua vez, alguns requisitos básicos devem estar previstos para que se possa efetuar uma determinada compensação tributária: 1) Deve sempre existir lei autorizando a compensação; 2) Devem dizer respeito a créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, não estando sujeitos a qualquer tipo de contestação administrativa ou judicial; 3) Deverá existir reciprocidade de direitos e obrigações entre as partes envolvidas (sujeito ativo e passivo), com equivalência entre os débitos e créditos a serem compensados; 4) A compensação deve dizer respeito a coisas ou bens fungíveis, devendo estes terem a mesma natureza, como, por exemplo, dinheiro. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 169 Diante do que nos diz o item dois acima, observe o que prescreve o artigo 170-A do CTN, acrescentado pela lei complementar federal nº 104, de 2001: ³$UW�� ���-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial�´��*ULIRV�QRVVR�� Assim, caso determinado crédito tributário seja objeto de contestação, no qual a certeza e a liquidez do mesmo podem ser modificadas em razão da decisão a ser exarada, fica PROIBIDA A COMPENSAÇÃO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO JUDICIAL, ficando a Fazenda proibida de efetuar qualquer operação nesse sentido em relação ao crédito tributário contestado, bem como o sujeito passivo de exigir tal procedimento. Por trânsito em julgado, devemos entender aquele em que a decisão proferida não está mais sujeita a recurso, sendo definitiva na órbita judicial. Assim, nenhuma decisão de caráter parcial ou liminar poderá autorizar a compensação tributária. Nesse sentido, o STJ editou súmula de grande importância ao estudo da compensação, no qual fica vedada a compensação por meio de concessão de ação cautelar ou de medida liminar cautelar ou por antecipação de tutela. Seu texto é o seguinte: ´6~PXOD� ����� $� Fompensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar FDXWHODU�RX�DQWHFLSDWyULD�´ Diferentemente, o mesmo STJ reconhece ser adequado o mandado de segurança para a declaração do direito à compensação tributária. De outro lado, o mesmo instrumento processual é incabível para a convalidação dos efeitos da tutela. Os dois entendimentos estão presentes na Sumulas 213 e 460, respectivamente. Seus textos são os seguintes: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br33 de 169 ³6~PXOD� ����� 2� PDQGDGR� GH� VHJXUDQoD� FRQVWLWXL� DomR� adequada para a declaração do direito à compensação WULEXWiULD�´ ³6~PXOD� ����� e� LQFDEtYHO� R� PDQGDGR� GH� VHJXUDQoD� SDUD� convalidar a compensação tributária realizada pelo FRQWULEXLQWH�´ Ou seja, o direito à compensação, quando essa é possível, pode ser declarado por meio de mandado de segurança. Entretanto, a própria compensação, quando esta não se mostra cabível diante do que dispõe a legislação tributária, não pode ser autorizada por meio do mesmo instrumento processual. Assim, não pode o poder judiciário convalidar a compensação realizada pelo sujeito passivo, uma vez que esta compensação exige a análise material de provas, documentos, fatos. Por sua vez, compete à administração tributária fiscalizar a existência de atos e fatos, de provas e documentos que dão suporte à compensação efetuada. Ou seja, cabe apenas ao Fisco a homologação da compensação efetuada/pretendida pelo sujeito passivo. A análise de todos os documentos, dos fatos que ensejam a compensação, da legislação e da consequente adequação aos fatos narrados, da exatidão de documentos e provas e dos demais requisitos probatórios para que se possa proceder à compensação é tarefa exclusiva da Administração Tributária, que não pode ter suas funções extirpadas pela ação do Poder Judiciário e em sede de mandado de segurança, remédio processual que não permite a dilação da prova por parte do requerente, sendo imprescindível a prova pré-constituída específica. O reconhecimento da liquidez e certeza do direito afirmado no pedido depende necessariamente da comprovação dos elementos concretos da operação realizada ou que o impetrante pretende realizar. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 169 ³����� é defeso, ao Judiciário, na via estreita do mandamus, a convalidação da compensação tributária realizada por iniciativa exclusiva do contribuinte, porquanto necessária a dilação probatória. A Administração Pública tem competência para fiscalizar a existência ou não de créditos a ser compensados, o procedimento e os valores a compensar, e a conformidade do procedimento adotado com os termos da legislação pertinente, sendo inadmissív0el provimento jurisdicional substitutivo da homologação da autoridade administrativa, que atribua eficácia extintiva, desde logo, à compensação efetuada. (REsp ��������63��GH�������������´ Quanto à compensação, temos ainda a seguinte Súmula do STJ: ³6~PXOD�67-�Q������2�FRQWULEXLQWH�SRGH�RSWDU�SRU�UHFHEHU�� por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em MXOJDGR�³ Logo, cabe ao contribuinte escolher se os valores indevidamente recolhidos serão recebidos por meio de precatório do ente político competente ou por meio de compensação com tributos devidos. ³e�LPSRVVtYHO�D�FRPSHQVDomR�GH�GpELWR�ILVFDO�FRP�FUpGLWR�GH� precatório de natureza distinta e entre pessoas jurídicas GLYHUVDV���506�������35��GH�������������´ Vamos a uma questão! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 169 (Questão 04) Julgue os itens a seguir, relativos ao direito tributário brasileiro. A compensação, hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, poderá ser deferida em mandado de segurança, ação cautelar ou medida antecipatória dos efeitos da tutela. ( ) Certo ( ) Errado Primeiramente a questão está incorreta por classificar a compensação como uma hipótese de suspensão do crédito tributário, quando na verdade é de extinção. Por sua vez, conforme a Súmula 212 do STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. Contudo, a declaração do direito do contribuinte à compensação ser realizada por meio de mandado de segurança, conforme determina a Súmula 213 do mesmo STJ. Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. Vamos agora estudar a transação, mais uma modalidade de extinção do crédito tributário. Em frente! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 169 Transação Vamos estudar agora o que vem a ser a transação, mais uma hipótese indireta de extinção do crédito tributário, estando prevista no artigo 156, III, do CTN. A transação pode ser definida como um acordo em que as partes envolvidas, visando a extinção de um litígio, fazem CONCESSÕES MÚTUAS ou recíprocas. Veja a definição geral para transação dada no artigo 840 do Código Civil, que regula o instituto nos artigo 841 a 850: ³$UW�������e�OtFLWR�DRV�LQWHUHVVDGRV�SUHYHQLUHP�RX�WHUPLQDUHP� R�OLWtJLR�PHGLDQWH�FRQFHVV}HV�P~WXDV�´ A transação tributária está assim definida no CTN, mais precisamente em seu artigo 171: ³$UW�� ����� $� lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso�´��*ULIRV�QRVVR�� Primeiro ponto principal da transação: A TRANSAÇÃO É SEMPRE PREVISTA EM LEI, QUE ESTABELECERÁ OS CRITÉRIOS PARA A CELEBRAÇÃO DA TRANSAÇÃO E CONSEQUENTE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIUBUTÁRIO. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 169 A lei é uma manifestação da vontade do Estado, somente ela podendo definir qualquer tipo de renúncia que implique em diminuição do patrimônio estatal, ainda que ocorra, também, a diminuição da dívida do Estado em razão do FRQFRPLWDQWH� ³SDJDPHQWR´� GRV� GpELWRV� GR� HQWH� SROtWLFR� IUHQWH� DR� FUHGRU� deste. Segundo ponto importante: A LEI COMPETENTE PARA A CELEBRAÇÃO DA TRANSAÇÃO É A DO ENTE COMPETENTE PARA A INSTITUIÇÃO DO TRIBUTO CUJO VALOR SERÁ EXTINTO, não podendo ser celebrada sem que seja observado exatamente o disposto em seu texto. Terceiro ponto importante: NÃO É UMA OBRIGATORIEDADE AO SUJEITO PASSIVO, que poderá escolher ou não celebrar o acordo a ele disponibilizado e que importe em ônus e bônus para ambas as partes. Quarto ponto importante: A TRANSAÇÃO PODERÁ SER AUTORIZADA EM RELAÇÃO À TOTALIDADE OU À APENAS PARTE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, QUE É O MAIS COMUM. Exemplo disso seria a lei municipal que autorizasse o poder executivo a celebrar transação com todos aqueles que possuem ações resultantes de contestação de lançamento de auto de infração contra eles lavrados pela administração tributária. O acordo previsto em lei, bem como as suas regras, determinaria que os contribuintes nessa situação pudessem pagar apenas 30% do valor devido em dinheiro e desistir formalmente dos recursos e ações propostas junto ao judiciário, extinguindo a parcela restante devida, de 70%, por meio da transação. Observe que houve ônus para o Estado (perderá 70% dos seus créditos) epara o sujeito passivo (desiste de um processo com possível ganho de causa a seu favor e paga 30% do total), ao passo que também houve bônus para o Estado (receberá 30% e terminará com diversas ações judiciais que consomem recursos e pessoal) e para o sujeito passivo (foi exonerado de 70% do crédito devido, uma vez que poderia vir a ter que pagar a totalidade Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 169 em caso de não obter decisão favorável quanto à anulação do crédito tributário lavrado em seu nome). Quinto ponto importante: A LEI DEVE DEFINIR A AUTORIDADE COMPETENTE PARA CELEBRAR A TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA, CONFORME O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 171 DO CTN. Não há liberdade alguma da autoridade administrativa que irá, efetivamente, conceder a transação, devendo esta estar adstrita ao que consta expressamente na lei, não podendo ser autorizada transação de 0,5% a mais do que o previsto em lei, para o nosso exemplo anterior. A negociação para a realização da paz Fisco-Contribuinte deve estar limitada ao que consta na lei. Assim, a atuação da autoridade administrativa, na transação, é vinculada ao que determina a lei, não podendo aquela se utilizar de critérios de conveniência e oportunidade ao conceder a transação autorizada em lei. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 169 Remissão $� UHPLVVmR� �FRP� ³VV´��� PDLV� XPD� GDV� PRGDOLGDGHV� GH� H[WLQomR� GR� FUpGLWR� tributário, pode ser conceituada como o perdão da dívida do devedor pelo credor, consistindo na liberação graciosa da mesma. No direito tributário, é o perdão do crédito tributário pelo Fisco, exonerando o sujeito passivo de qualquer pagamento que a este cabia. Inicialmente, temos que a remissão tributária deve estar sempre prevista em lei específica do ente competente para instituir e cobrar o tributo, conforme nos diz o artigo 150, §6º, da CF/88: ³Art. 150 (...) § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, J�´��*ULIRV�QRVVR�� Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 169 A previsão da remissão em lei específica está intimamente relacionada ao principio da indisponibilidade do patrimônio público, uma vez que somente por meio de lei poderão ser dispensados valores a serem destinados aos cofres públicos. A remissão está prevista de maneira específica no artigo 172 do CTN, que assim nos diz: ³$UW�������$�OHL�SRGH�autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.´��*ULIRV�QRVVR�� A remissão está relacionada ao perdão do crédito tributário resultante de obrigação tributária principal já constituída pelo lançamento, seja relativo a tributo ou penalidade pecuniária. Guarde bem isso: a remissão abrange tanto o perdão de tributos quanto de penalidades pecuniárias, desde que esses valores, conjunta ou isoladamente, já estejam devidamente lançados, ainda que de maneira não definitiva. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 169 ³(�VH�R�HQWH�SROtWLFR�TXLVHU�SHUGRDU�YDORUHV�TXH�DLQGD�QHP�IRUDP� ODQoDGRV�� professor? 1mR�SRGH"´ Antes do lançamento, o instituto a ser utilizado será a anistia, que estudamos ao ver as hipóteses de exclusão do crédito tributário. A anistia pode ser conceituada como o perdão legal relativo às penalidades pecuniárias (multa) antes da constituição do crédito tributário (antes do lançamento). Se for após o lançamento, o perdão deve ser sempre por meio de remissão. É quanto aos valores a serem perdoados pela anistia e pela remissão que reside outra diferença entre os institutos. Veja a figura a seguir: ³(�FDVR�R�HQWH�SROtWLFR�TXHLUD�SHUGRDU�R�SDJDPHQWR�GH�WULEXWRV��PDV�DQWHV�GH� constituição do crédito tributário? 1mR�Ki�HVVD�SRVVLELOLGDGH"´ Sim. A isenção. Mas não temos um perdão tributário, e sim uma verdadeira dispensa do pagamento de tributo que seria devido com o surgimento do fato gerador. A isenção, assim como a anistia, impede a constituição do crédito tributário pelo lançamento. A primeira, quanto aos tributos. A segunda, quanto às penalidades pecuniárias. Por meio da remissão temos a dispensa legal do pagamento de tributo devido pelo sujeito passivo, mas, repito, SEMPRE APÓS O LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, JAMAIS ANTES. Antes, só a anistia perdoa, e apenas para penalidades pecuniárias. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 169 A concessão de remissão será sempre autorizada por meio de lei, sendo concedida por autoridade administrativa competente e por meio de despacho fundamentado desta, indicando os fundamentos de fato e de direito que subsidiam a concessão. Logo, a concessão da remissão é, de certa forma, uma discricionariedade da administração, já que o beneficiário deverá atender ao que exigir a lei de concessão para se beneficiar do perdão. Uma vez que depende de despacho fundamentado, a concessão de remissão se dará em caráter específico. O CTN não prevê em seu texto a concessão de remissão em caráter geral, o que não impede o ente político de concedê-la de forma geral. Por sua vez, a remissão (perdão) do crédito tributário poderá dizer respeito ao valor total do crédito tributário ou a apenas parte dele, dependendo do que dispõe o texto da lei. Logo, poderá abranger tanto a multa isoladamente quanto esta e os tributos devidos. Temos que perguntar à lei concessiva para saber o que ela determinou. Quanto aos critérios a serem observados para a concessão da remissão, temos os previstos nos incisos I a V do artigo 172 do CTN, que podem ser observados isolada ou conjuntamente. Os casos devem ser bem memorizados, uma vez que costumam ser bastante cobrados em prova, em especial os contidos nos incisos I, II e III. Observe que a remissão poderá ser concedida em razão de critérios bastante diferenciados: situação do sujeito passivo (concessão em caráter individuale conforme características do mesmo), crédito tributário de pequeno valor, erros quanto à matéria de fato, em razão de critérios geográficos, entre outros. Vamos a cada uma das situações presentes nos incisos do artigo. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 169 Incisos I e III Æ situação econômica do sujeito passivo e diminuta importância (montante) do crédito tributário devido Æ Nada mais comum que dispensar o pagamento daqueles que estão em situação econômica que os impeçam de saldar seus débitos. Perdoar os valores GHYLGRV� SRGH� VHUYLU�� WDPEpP�� FRPR� XP� LQFHQWLYR� DR� ³UHHUJXLPHQWR´� GH� determinado cidadão ou empresa em dificuldades financeiras. O exemplo de uma remissão é a que cancela multas já lançadas por atraso na entrega de declarações que deveriam ser apresentadas por entidades sem fins lucrativos. Por meio da lei nº 11.727, de 2008, em seu artigo 30, a União concedeu remissão parcial ao dispor que, até 31 de dezembro de 2008, a multa a que se refere o § 3º do art. 7º da Lei nº 10.426, de 24 de abril de 2002 , quando aplicada a associação sem fins lucrativos que tenha observado o disposto em um dos incisos do § 2º do mesmo artigo, será reduzida a 10% (dez por cento). Junto à possibilidade remissão prevista no inciso I, temos o que prevê o inciso III, que possibilita a remissão quanto às pequenas importâncias devidas, liberando o su¶jeito passivo do seu pagamento. Cobrar R$ 11,00 em tributos devidos não faz sentido algum, administrativamente falando, e sendo este os únicos valores devidos pelo sujeito passivo. Uma intimação para pagamento por meio dos correios pode custar quase metade desse valor para os cofres públicos. Entendeu o sentido da coisa? Inciso II Æ erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato Æ Determinado sujeito passivo, ao preencher sua declaração de rendimentos, marcou que estaria sujeito ao regime de tributação por meio do lucro real, quando na verdade estaria sujeito ao UHJLPH� GH� DSXUDomR� GR� OXFUR� SUHVXPLGR�� (P� UD]mR� GR� HUUR�� ³JDQKRX´� GH� presente uma multa. Ele teve a boa intenção em declarar, pagar, fazer tudo certinho como manda o figurino, mas errou ao pensar que estaria enquadrado em um regime, quando na verdade era outro. Merece uma remissão ou não? Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 169 Supondo que pudesse haver essa tributação e situação, os índios de diversas áreas indígenas localizadas no Estado do Amazonas, e proprietários dessas áreas rurais, deixaram de pagar o ITR devido sobre a propriedade. Ai você me pergunta: e eles sabiam lá que existia esse tal de ITR a pagar? Eu digo: não. Nisso, você me fala: então vamos pedir ao congresso para perdoar essa dívida que os pobres índios nem sabem o que ITR. Nasceu uma remissão por ignorância escusável do sujeito passivo. Inciso IV Æ Considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso Æ A lei pode prever que a autoridade administrativa, ao julgar o caso concreto, utilize-se da equidade para determinadas situações, como dispensar o pagamento quando este for de pequeno valor e diante de características do sujeito passivo, como impossibilidade do pagamento, dificuldades financeiras, erros materiais, entre outros. Esse é o mais subjetivo dos incisos, abrindo margem a diversas interpretações. Contudo, sempre balizadas no que determina a lei concessiva. SEMPRE! Inciso V Æ condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante Æ Em razão de uma grande estiagem no Planalto da Borborema, Estado de Pernambuco, este ente político concedeu remissão de créditos tributários do ICMS aos produtores da região, tendo em vista as dificuldades financeiras destes em razão da sazonalidade climática. O mesmo aconteceria para uma remissão concedida aos produtores do maravilhoso e divino suco de uva da Serra Gaúcha, estimulando a produção e a exportação dos produtos, mas relativamente ao IPI. Por fim, quanto ao parágrafo único, temos que a concessão da remissão pela autoridade administrativa não gera direito adquirido para o sujeito passivo, podendo ser revogada a qualquer tempo por aquela quando se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 169 favor. Sendo observada a previsão constante nos artigo 155 do CTN, serão aplicadas as regras nele previstas, assim como previsto para a moratória. ³$UW�� ����� $� FRQFHVVmR� GD� PRUDWyULD� HP� FDUiWHU� LQGLYLGXDO� não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido GLUHLWR�´ Vamos a uma questão de prova? ³(�TXDO�R�PRWLYR�GH�você ter dito que a remissão tributária se escreve com ³VV´"�7HP�RXWUD�QRPHQFODWXUD" Existe outra forma de escrever. E se você achar que é a mesma coisa em prova, o elaborador dará uma super-risada sinistra. - Existe também a UHPLdmR��FRP�³o´� Remição, com ³o´�� significa pagamento, sendo modalidade de extinção de obrigação no processo civil, trabalhista e fiscal. Com ela ocorrerá o adimplemento da obrigação de pagamento de quantia certa. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e questões comentadas Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 10 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 169 (Questão 05) A legislação tributária do Município de Natal dispõe que o Poder Executivo pode conceder, por, despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário atendendo, exceto: a) à situação econômica do sujeito passivo. b) ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto à matéria de fato. c) à diminuta importância do crédito tributário. d) à consideração de eqüidade, em relação aos antecedentes materiais da infração. e) às condições peculiares a determinada região do território da entidade tributária. Ainda lembra das situações em que poderá ser concedida a remissão? Elas estão presentes nos incisos I a IV do artigo 172 do CTN. São elas: 9 situação econômica do sujeito passivo; 9 erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; 9 diminuta importância do crédito tributário; 9 considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; 9 condições peculiares a determinada
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