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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA CIVIL ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL Aula 11 RENATO CABRAL GUIMARÃES MECÂNICA DOS SOLOS II 2 1. Compressão Simples • O ensaio de compressão simples é um caso particular do ensaio triaxial rápido no qual a tensão de confinamento é igual à atmosférica. • Sendo a tensão externa nula, o círculo de Mohr de pressões totais neste caso, parte da origem das coordenadas e o seu diâmetro é dado pela tensão axial máxima na curva tensão-deformação do ensaio. • No ensaio obtém-se a resistência à compressão simples (Rc), tensão axial máxima, que corresponde ao 1 no ensaio triaxial. 3 1. Compressão Simples 2 Rc Su 4 1. Compressão Simples • Vantagens: - em solos coesivos fornece com facilidade a resistência não- drenada; - equipamento muito simples de ser operado. • Desvantagens: - não há controle da drenagem; - não pode ser usado em solos granulares 5 1. Compressão Simples • O ensaio de compressão simples visa determinar a resistência à compressão simples de solos coesivos através de deformação controlada em carregamento axial. • A amostra utilizada para este ensaio pode ser indeformada, remoldada ou deformada (compactada). O diâmetro da maior partícula deverá ser de no máximo 1/6 do diâmetro do corpo-de- prova. • Os equipamentos que devem ser utilizados no ensaio de compressão simples são: 6 1. Compressão Simples 7 1. Compressão Simples – Execução do Ensaio • Levar o corpo-de-prova para a prensa, procurando centralizá-lo em relação aos discos inferior e superior da prensa e acoplar o relógio comparador para medição de deformação e zerá-lo, assim como o relógio comparador do anel de carga. • Registrar carga, deformação e o tempo decorrido em quantidade de pontos suficiente para se definir bem a curva tensão x deformação (normalmente de 10 a 15 pontos). • Continuar carregando até que o valor de carga diminua com o aumento da deformação ou até que se atinja 15% de deformação. • Observar e desenhar esquematicamente o plano de ruptura. 8 1. Compressão Simples – Execução do Ensaio 9 1. Compressão Simples – Execução do Ensaio 10 1. Compressão Simples – Execução do Ensaio 11 2. Compressão Triaxial • O ensaio de Compressão Triaxial é o mais versátil para a determinação da resistência ao cisalhamento do solo. • Realiza-se o ensaio triaxial em corpos-de-prova cilíndricos. • Corpos-de-prova são colocados em uma célula e são submetidos ao seguinte ensaio de tensão: a) uma pressão hidrostática 3 aplicada por intermédio de um fluido (geralmente a água) que enche a célula e envolve o corpo-de- prova protegido por uma membrana de látex; b) um acréscimo de tensão axial 1 - 3, chamado de tensão desvio ou desviatória (d) é aplicado por intermédio de um pistão apoiado no cabeçote colocado no topo do corpo-de-prova. 12 2. Compressão Triaxial 13 2. Compressão Triaxial • O processo de ruptura pode ser executado através de dois processos: ensaio com carga controlada e ensaio com deformação controlada. • O ensaio clássico consiste em fazer crescer a tensão-desvio (d = 1 - 3) até a ruptura do corpo-de-prova, mantendo-se constante a pressão hidrostática 3. • A aplicação do acréscimo de tensão axial, 1 - 3, se faz a uma velocidade de deformação constante. • Traça-se a curva (1 - 3) x (). • São realizados três ou quatro ensaios sobre corpos-de-prova idênticos com pressões hidrostáticas 3 diferentes, determinando as tensões principais na ruptura. Traçam-se os círculos de Mohr correspondentes a cada um dos estados de tensão dos corpos-de- prova na ruptura. 14 2. Compressão Triaxial - Ensaios Lentos (Consolidated Drained ou Slow) • Neste ensaio há drenagem permanente do corpo-de-prova. • Aplica-se a tensão confinante e espera-se que o corpo-de-prova adense. • A seguir, a tensão axial é aumentada lentamente (para que a água sob pressão possa percolar para fora do corpo-de-prova), até a ruptura. • Desta forma, a pressão neutra durante o carregamento permanece praticamente nula e as tensões medidas são as tensões efetivas. • Para solos com permeabilidade muito baixa este ensaio pode demorar mais de 15 dias. 15 2. Compressão Triaxial - Ensaio Adensado Rápido (Consolidated Undrained ou Rapid) • Neste ensaio permite-se drenagem do corpo-de-prova, somente sob a ação da tensão confinante (σ3). • Aplica-se a tensão confinante e espera-se que o corpo-de-prova adense. • A seguir fecham-se os registros de drenagem e a tensão axial é aumentada até a ruptura, sem que se altere a umidade do corpo- de- prova. • As tensões medidas neste ensaio são totais e poder-se-á ter as tensões efetivas, se forem feitas medidas de pressões neutras após o adensamento inicial. • Na prática o ensaio CU é executado sob dois aspectos: ele permite o estudo da variação da resistência ao cisalhamento não drenado de um solo em função do adensamento que sofre o solo e também permite a determinação dos parâmetros c' e ‘. 16 2. Compressão Triaxial – Ensaio Rápido (Unconsolidated Undrained ou Quick) • Neste ensaio, o corpo-de-prova é submetido a tensão confinante e ao carregamento axial até a ruptura sem qualquer drenagem. • O teor de umidade do corpo-de-prova permanece constante e as tensões medidas são tensões totais. • Poder-se-á ter as tensões efetivas se forem feitas medidas de pressões neutras, durante o ensaio todo. 17 2. Compressão Triaxial • Desvantagens: - ocorre atrito nos contatos amostra x pedestal e placa de topo; - há influência da membrana de borracha; - equipamento com certo grau de complexidade. • Vantagens: - pode-se impôr o estado de tensão que se desejar; - tem-se o controle completo da drenagem da amostra. - pode-se medir as poro-pressões; - pode-se medir as variações de volumes. • O triaxial é superior tanto ao ensaio de cisalhamento direto, quanto ao de compressão simples, embora exija um especialista para sua execução e tenha custos maiores. 18 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Moldagem: 19 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Montagem do Ensaio: 20 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Montagem do Ensaio: 21 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Montagem do Ensaio: 22 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Saturação e Consolidação: 23 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Ruptura: 24 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Ruptura: 25 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Ruptura: 26 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Resultados: 0 500 1000 1500 2000 2500 0 5 10 15 20 25 Deformação Axial (%) Ten são Des vio ( kPa ) 98 kPa 294 kPa 588 kPa 883 kPa 1177 kPa 27 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Resultados: -700 -500 -300 -100 100 300 500 700 900 0 5 10 15 20 25 Deformação Axial (%) Pre ssã o N eutr a (k Pa) 98 kPa 294 kPa 588 kPa 883 kPa 1177 kPa 28 2. Compressão Triaxial - Execução do Ensaio • Resultados: ' = 22 0 c' = 82 kPa 0 100 200 300 400 500 600 0 200 400 600 800 1000 1200 Tensão Normal (kPa) Te ns ão d e C is al ha m en to (kPa ) 98 kPa 196 kPa 392 kPa 785 kPa
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