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a organização dos espaços na Educação Infantil Ed. Fisica

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1.0 Introdução 
Educar implica valorizar vários aspectos que de uma forma equilibrada e contínua configuram as diferentes características, individuais, da criança dentro de um determinado grupo. Seria uma visão parcial, e como tal, insuficiente, se apenas os aspectos vinculados às áreas de conhecimento fossem objetivo das nossas inquietações. (Figueiras, 2010 p.12). Torna-se necessária a ação educativa para a consolidação de certos hábitos de comportamento individual e coletivo que, devidamente estruturados, poderão favorecer uma melhor organização de todo o ambiente educativo, o que, obviamente, se traduzirá numa melhor aprendizagem. Como tal, a gestão dos espaços disponíveis deverá, igualmente, contribuir para a qualidade global do ambiente de aprendizagem. Deste modo, importa refletir sobre a gestão que se faz de todo esse ambiente onde a identificação objetiva das necessidades e recursos disponíveis, facilitará a regulação dos procedimentos e atuações a tomar.
 O presente trabalho propõe a apresentar a discussão sobre a organização dos espaços na Educação Infantil, Respaldamo-nos na perspectiva histórico-cultural para compreender como ocorre a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças e assim analisar a relação entre ambos e a organização do espaço na Educação Infantil, uma vez que Vygotsky menciona “[...] a aprendizagem escolar orienta e estimula os processos internos do desenvolvimento” (VYGOTSKY, LURIA e LEONTIEV, 2010, p.116). Considerando esse pressuposto, foi possível a análise de como o espaço na educação infantil deve ser organizado para possibilitar a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. 
2.0 Referencial Teórico
2.1 Educação infantil: direito da criança
Para Carvalho e Rubiano (1995) a Educação Infantil tem função educativa, onde trabalha com a realidade vivenciada pelas crianças e amplia seus conhecimentos com atividades concretas. Para tanto, os professores precisam garantir excelentes condições educativas, preocupando-se com a organização dos espaços de forma que contribua para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
De acordo com Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
O atendimento institucional à criança pequena, no Brasil e no mundo, apresenta ao longo de sua história concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social. Grandes partes dessas instituições nasceram com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda [...] o atendimento era entendido como um favor oferecido para poucos, selecionados por critérios excludentes. A concepção educacional era marcada por características assistencialistas, sem considerar as questões de cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.17).
2.2 Importância da organização do espaço no processo educativo
De acordo com Vieira (2009): 
O espaço tem que possibilitar emergir todas as dimensões humanas (a lúdica, a fantasia, a artística, a imaginação, etc.), ou seja, propiciar à criança ampliar suas experiências e o mundo de referências afetivas, contribuir para a construção de sua identidade e compreensão do mundo, além de reforçar as habilidades de aprendizagem e comunicação e seu envolvimento em atividades e relações significativas (VIEIRA, 2009, p. 27).
O espaço físico da sala enquanto ambiente educacional é a primeira dimensão curricular, porque pode promover uma aprendizagem ativa. Ribeiro (1990) diz que: 
“refere que numa acepção alargada, o desenvolvimento curricular define-se como um processo dinâmico e contínuo que engloba diferentes fases, desde a justificação do currículo até à sua avaliação e passando necessariamente pelos momentos de concepção-elaboração e de implementação”.
A relevância da organização do espaço na Educação Infantil, aqui apontada na fase de 0 a 3 anos período em que a criança frequenta a creche, é conceituado como fator predominante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Conceituando conforme Nista-Piccolo & Moreira (2012 p. 41-46).
Ao falar sobre a organização dos espaços em diferentes ambientes, a fim de promover o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, cita-se David & Weinstein (1987 apud por CARVALHO & RUBIANO, 1995, p.109) que considera “todos os ambientes construídos para crianças deveriam atender cinco funções relativas ao desenvolvimento infantil [...]”.
É necessário aceitar que existem fortes relações entre as pessoas e o seu meio, pois todo o meio ou contexto em que se produz a conduta possui as suas próprias estruturas (limites físicos, atributos funcionais, recursos disponíveis, etc...) que facilitam, limitam e ordenam a intenção dos sujeitos. Ou seja, diferentes ambientes, através de um jogo dinâmico de facilitações/limitações, darão lugar a diferentes intenções dos sujeitos. Segundo Zabalza (1992): 
O espaço na educação constitui-se como uma estrutura de oportunidades. É uma condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e o desenvolvimento das atividades instrutivas. Será facilitador, ou pelo contrário limitador, em função do nível de congruência relativamente aos objetivos e dinâmicos gerais das atividades postas em marcha ou relativamente aos métodos educativos e instrutivos que caracterizam o nosso estilo de trabalho. (Zabalza p. 120)
2.3 ESPAÇOS FÍSICOS 
Os diferentes espaços que se formam dentro do contexto da educação infantil necessitam ser planejados, pois são fundamentais para o educador exercer com qualidade sua proposta educativa, o espaço é considerado ferramenta essencial para o desenvolvimento integral da criança “O espaço físico e social é fundamental para o desenvolvimento das crianças, na medida em que ajuda a estruturar as funções motoras, sensoriais, simbólicas, lúdicas e relacionais.” (BARBOSA & HORN, 2001, p. 73) 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) destaca quanto a importância dos espaços físicos internos e externos serem organizados com o proposito de favorecerem o desenvolvimento e aprendizagem, sempre adequados a faixa etária da criança. A importância de espaços físicos também está abordada nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2013, p. 93) “a criança deve ter possibilidade de fazer deslocamentos e movimentos amplos nos espaços internos e externos às salas de referência das turmas e à instituição, envolver-se em explorações e brincadeiras com objetos e materiais diversificados que contemplem as particularidades das diferentes idades [...]” Os documentos legais nos colocam a importância de espaços organizados para que favoreçam aprendizagem em diferentes vivências, estimulem e desenvolvam a criança. 
3.0 Desenvolvimento 
Após análise de conteúdos relacionados aos animais propostos para a pré-escola (Brasil, 1998) e tendo em vista o objetivo favorecer a apropriação de conhecimentos, desmistificar ideias ficcionais sobre o comportamento animal e favorecer a compreensão do mundo animal pelos alunos foram definidos os seguintes temas:
Classificação dos animais vertebrados - breve introdução 
Relação entre mãe e filhote-cuidado parental 
Habitação - adaptação ao meio
Alimentação - cadeia e hábito alimentar
Agrupamento na natureza - grupos e organizações sociais 
 Estes temas foram escolhidos visando mostrar o comportamento animal, desde o seu nascimento até sua morte, de uma forma geral, não entrando em especificidades, pois estas seriam irrelevantes e inadequados na educação pré-escolar.
A partir do levantamento desses dados e com base na literatura sobre aprendizagem infantil foram elaborados e produzidos onze materiais didáticos correspondentes aos temas propostos: transparências e cd (classificação), vídeo e figuras de animais (Mãe e filhote), painel (habitação), círculo da vida, pega-pega diferente (alimentação), vídeo, painel interativo, caixa de vidro e amostras de cupim (agrupamentos sociais).
1. Transparências 
2. CD 
Esses materiais foram confeccionados a partirde fotos de animais: peixe (tubarão, peixe palhaço, raia), anfíbio (sapo, rã, perereca, salamandra), répteis (jacaré, tartaruga, lagarto; cobra), aves (pinguins, gavião, passeriformes, coruja) e mamíferos (leão, lobo, macaco, onça) extraídas de livros e sites especializados na área.
 3. Vídeos 
O vídeo foi elaborado a partir de um documentário sobre nascimentos e cuidados parentais de diferentes animais vertebrados e visa apresentar diferentes comportamentos de cuidado com a prole e esclarecer que esses cuidados estão relacionados ao grau de desenvolvimento do filhote, favorecendo a comparação entre o cuidado parental humano e o dos demais mamíferos. 
4. Figuras e jogo de memória 
Estes materiais são compostos por figuras impressas de animais e seus filhotes, extraídas de livros e sites especializados na área e de figuras desenhadas representando sapo e girino, tartaruga e tartaruga filhote (saindo do ovo), peixe adulto e peixe filhote; pássaro e seus filhotes no ninho e lobo e lobo filhote, a partir das quais foi montado um jogo de memória. Os materiais tem o mesmo objetivo que o vídeo descrito acima. 
5. Painel 
Este material é composto por: 
a) um painel contendo uma paisagem de um ambiente natural com os seguintes elementos: árvores de diferentes tamanhos, rio, folhagem e troncos forrando partes do solo e solo descoberto. 
b) imagens de animais (sapo, cobra, peixes, jabutis, onça, beija-flor, lobo...). Ele foi confeccionado a partir de gravuras coloridas extraídas e livros e impressas em papel gloss. O painel será impresso em tamanho 0,90X1,0 e as figuras em tamanho aproximado de 15 por 15 cm, em papel gloss. e revestidas com papel contato. O objetivo desse material é apresentar, de forma lúdica, os diferentes habitats dos animais e indicar a importância desses habitats para a sobrevivência deles. Entende-se que este material pode ser utilizado após uma explicação sobre as “casas dos animais”, com a distribuição de imagens recortas dos animais aos alunos e solicitação, pelos alunos, da colagem (com fita crepe) de seu animal em seu respectivo habitat representado no painel. 
6. Círculo da vida 
O material abrange: 
a) um círculo de madeira de aproximadamente 30 cm de diâmetro, com flechas pintadas com tinta para artesanato, que indicam a passagem da energia, de um ser vivo para outro, na natureza.
 b) miniaturas de plástico de plantas e animais (herbívoros onívoros e carnívoros). Ele l tem por objetivo favorecer a explicação, de forma dinâmica, dos diferentes hábitos alimentares dos animais, incluindo o homem, e a importância do ciclo de energia decorrente destes diferentes hábitos alimentares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	Considera-se que apesar de o estudo ainda não apresentar dados concretos, entende-se que a organização dos espaços necessita ser entendida pelos profissionais da educação como essencial no contexto escolar, sendo ferramenta pedagógica que pode ser utilizada de forma positiva na prática educativa como também favorecer para a aprendizagem e desenvolvimento da criança. Portanto cabe ao educador planejar e refletir sobre o espaço educativo adequado, sendo acolhedor, sociável, e contribua à criança na sua rotina diária interligando conhecimentos de família, escola e sociedade. Diante deste cenário foi possível perceber que o espaço deve ser desafiador, estimulador, aconchegante, que desperte o interesse, participação, proporcionando o brincar, criar, imaginar, construir suas brincadeiras; “viajar” no mundo das fantasias, do significado, permitindo a produção de conhecimento durante a brincadeira, para que a criança supere seus limites e construa suas potencialidades, desenvolvendo diferentes áreas de conhecimento de forma cognitiva e motora.
 Considera-se também que a utilização dos materiais possibilita a visualização dos animais em seus ambientes naturais e sem comportamentos e características estereotipadas, fornecendo subsídios reais para que os alunos construam conhecimento, tendo em vista que em idade pré-escolar, eles necessitam atuar ainda muito próximos às situações concretas e reais para pensar mais abstratamente (Assis, 1988). Dessa forma, busca-se em Horn (2004, p.16) para reforçar que “o espaço não é algo dado, natural, mas sim construído. Pode-se dizer que o espaço é uma construção social que tem estreita relação com as atividades desempenhadas por pessoas nas instituições”. Os materiais possibilitam a apresentação de informações sobre as características físicas dos animais, seus comportamentos de caça, de cuidado da prole, de formação de grupo, entre outros, proporcionando um conhecimento real da vida dos animais e contribuindo para a desmistificação de ideias difundidas por faz-de-conta, desenhos animados e histórias em quadrinhos.
REFERÊNCIAS
ANGOTTI, M. O Trabalho docente na Pré-Escola. São Paulo: Pioneira Educação, 2002. 185p.
ARAÚJO, M. N. Aspectos Práticos e Teóricos da Formação do Educador de Creche/Pré-Escola. Série Ideias - Fundação para o desenvolvimento da Educação. São Paulo: FDE, n. 1, 1988, p. 25-33.
ASSIS, R. A. O trabalho do Professor na Pré-Escola. Série Ideias - Fundação para o desenvolvimento da Educação, São Paulo: FDE, n .1, 1988, p. 55-59
BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça. Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil. In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre, RS: Artmed, 2001. P. 67 – 79. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n°9.394 de 20-12-1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> acesso em: 15 de maio 2015. 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC, 2013. 
CARVALHO, Mara I. Campos; RUBIANO, Marcia R. Bonagamba. Organização do espaço em Instituições Pré-Escolares. In: OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. P.107 – 117. 
HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons, aromas: A organização dos espaços na Educação Infantil. Porto Alegre, RS: Artmed, 2004. 
FRIEDMANN, A. Jogos Série Ideias - Fundação para o desenvolvimento da Educação, São Paulo: FDE, n 1, 1988, p. 54-61.
KRAMER, Sonia (Org.). Com a Pré-Escola nas mãos: Uma alternativa curricular para a Educação Infantil. São Paulo: Ática, 1993. 
NISTA-PICCOLO, Vilma Lení; MOREIRA, Wagner Wey. Corpo em Movimento na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2012.

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