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DIREITO PROCESSUAL PENAL

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DIREITO PROCESSUAL PENAL - ESCREVENTE TÉCNICO
1. Sujeitos processuais:
No Brasil o sistema é acusatório: Pois cada órgão que atua possui uma função; Não se confundem (diferente do sistema inquisitivo). 
1.1 Juiz: Art. 251 a 256 do CPP
É um sujeito imparcial equidistante das partes designado segundo as regras de competência. Cabe ao juiz julgar o caso e manter a ordem no curso do processo. 
Hipóteses de impedimento: Art. 252 do CPP 
São causas objetivas que denotam vínculos do ju1ªiz com as partes ou com a causa e que determinam o seu afastamento remetendo o caso ao seu substituto legal.
Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
        I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
        II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
        III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
        IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
 Hipóteses de incompatibilidade: art. 253 do CPP. São hipóteses de vínculos dos juízes entre si no caso de julgamentos colegiados.
Não podem julgar conjuntamente juízes que são parentes até o 3º grau inclusive. 
 
Hipóteses de suspeição do juiz: art. 254 a 256 do CPP. 
São vínculos subjetivos entre o juiz e a causa em relação as partes. 
Obs: A suspeição não será declarada e nem reconhecida se a parte cria-la propositalmente. P.ex. exemplo do juiz Moro. 
Obs2: Conforme o art. 274 do CPP estas hipóteses também se aplicam aos serventuários e funcionários da justiça. 
 Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
        I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; (no NCPC não tem mais esta palavra) 
        II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
        III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
        IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
        V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
        Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Obs: O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhes tiver dado causa, salvo se tiverem filhos. 
Ainda que dissolvido o casamento sem os filhos O juiz não pode julgar antigos parentes por afinidades. 
2. Ministério Público: art. 257 e 258 do CPP
É um órgão essencial a Adm. da justiça que participa do processo como autor da ação pública e como fiscal da execução da lei. Conforme o art. 258 do CPP, as hipóteses de impedimento e suspeição previstas para os juízes aplicam-se também ao MP. 
Obs: Conforme a súmula 234 do STJ a participação de membro do MP na fase de investigação não o torna suspeito ou impedido para o oferecimento da denúncia.
O Ministério Público intervirá quando não for parte nas causas cíveis e criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
O MP em caso de violência doméstica poderá requisitar força policial + fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimentos a mulher e representar contra irregularidades + cadastrar os casos de violência doméstica. 
3. Acusado e seu defensor: art. 261 a 267. 
O acusado é o sujeito passivo da ação penal, e seu defensor exerce a defesa técnica que é irrenunciável. 
A impossibilidade de identificação do acusado com o verdadeiro nome Não retardará a ação penal quando certa a identidade física.
 A qualquer tempo (se descobrir qualificação e etc) poderá retificar sem prejuízo da validades dos atos precedentes. 
Acusado (não atender a intimação ao interrogatório ou qualquer ato poderá ser conduzido. 
Deve ter defesa técnica em todas as fases do processo. 
Art. 261 do CPP: Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. 
O Acusado pode constituir o defensor em seu interrogatório ou por procuração. Se ele não constituir será defendido pela Defensoria Pública ou por advogado nomeado pelo juiz. (dativo). Ressalvado o seu direito, a todo tempo, de nomear outro de sua confiança. 
A constituição independerá de instrumento de mandato, se o acusado indicar por ocasião de interrogatório. 
Obs: mesmo que o advogado seja dativo deverá pagar os honorários fixados pelo juiz salvo se for pobre. (acepção jurídica do termo).
Se o defensor tiver que abandonar a causa deverá comunicar previamente ao juiz, sob pena de multa. Da mesma forma que salvo motivo relevantes, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob pena de multa a prestar serviço quando nomeados pelo juiz. 
Obs: se o defensor não comparecer sem justificativa a ato processual o juiz nomeará provisoriamente um advogado substituto. (ad hoc - designado para o ato só para efeito de um ato).
O art. 262 não tem mais aplicabilidade, pois a maioridade ocorre aos 18 anos. 
2. Comunicação dos atos processuais
2.1 Citação 
Completa a relação processual dando-se conhecimento ao réu da acusação formulada contra ele, e, chamando-o a vir em juízo apresentar a sua defesa. 
Antes de 2008, o réu era citado para ser interrogado. (ciência para ser interrogado). Após 2008, quando é citado para apresentar defesa técnica ou advogado q o juiz nomear para ele. (prazo para apresentar defesa)
2.2. Intimação
É a comunicação de um ato já realizado. 		No código penal não há esta distinção; 
2.3. Notificação
É a comunicação de um ato que será realizado.
Citação: Art. 351 e ss. do CPP
a. Citação real ou pessoal: é a regra
O juiz vai expedir o mandado oficial de justiça até aonde o réu mora o réu assina.
É cumprida pelo oficial de justiça por mandado judicial que será lido no ato da citação mediante a entrega de cópia da denúncia. 
Requisitos da citação por mandato:
I. leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão o dia e a hora da citação.
II. declaração do oficial em certidão se houve entrega , aceitação e recusa da contrafé.
Citação do funcionário público como acusado: Dia designado a comparecer em juízo também será notificado ao chefe da repartição. 
Carta precatória
Se o réu morar em comarca diversa será citado por carta precatória, remetida pelo juízo processante ao juízo do local onde o réu se encontra. 
Se houver urgência poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida firma do juiz. 
A carta precatória tem caráter itinerante de modo de que se o réu não estiver na comarca do juízo deprecado, este remeterá a carta para onde estiver sem a necessidade de devolução ao juízo deprecante. 
Carta rogatória
Se o réu residir em outro país será citado por carta rogatória enviada pelas vias diplomáticas com a suspensão do prazo prescricional até o seu cumprimento. 
Obs: Conforme o art. 360 do CPP, o réu preso será citado pessoalmente. 
b. Citação ficta ou presumida
b.1. por hora certa: art. 362 do CPP (foi incluída no ano de 2008, antes só existe no CPP) . Quando o oficial de justiça verifica que o réu se oculta a ser citado. 
Quando o oficial de justiça efetuar duas tentativas de citação sem conseguir efetivá-la e suspeitar de que o réu se oculta, intimará familiar ou vizinho de que voltará no dia útil seguinte em hora certa para fazer a citação. 
Se o réu comparecer a citação será pessoal. 
Se o réu não comparecer será feita de forma ficta, prosseguindo-se o processo com a nomeação de defensor dativo. 
b.2. por edital (art. 361 do CPP):tentado encontrar o réu. 
Se o réu não for localizado após todas as tentativas para a citação pessoal será publicado o EDITAL com o prazo de 15 dias publicado na impressa oficial e fixado na porta no fórum.
Se o réu citado por edital, não comparecer e não constituir advogado o processo deverá ser suspenso até que ele compareça nos termos do art. 366 do CPP. 
Art. 366 Se o acusado citado por edital não comparecer e nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada de provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva se presente os requisitos. 
Obs: O juiz poderá determinar a produção antecipada de prova urgente. (súmula 455 do STJ) e também poderá decretar a preventiva do réu se presentes os seus requisitos. 
Com a suspensão do processo suspende-se também o prazo prescricional, mas esta suspensão só poderá durar pelo equivalente ao prazo prescricional do crime, voltando a correr após a sua superação. 
Obs: Conforme o art. 367 do CPP, se o réu for pessoalmente citado e não comparecer sem justificativa o processo seguirá. (não presume verdadeiros os fatos no Processo Penal a presunção é de inocência). 
Intimação: Art. 370 e ss. do CPP
Se for intimar o defensor constituído (réu trouxe) ou advogado do querelante (autor da ação privada) ou do assistente de acusação será por publicação no órgão oficial constando o nome do acusado (SOB PENA DE NULIDADE)
Se for intimação do MP, ou Defensor nomeado intimação pessoal. 
Será admissível a intimação por despacho se presentes os requisitos da citação por mandato. 
Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal o juiz marcará desde logo na presença da partes + testemunhas dia e hora do seu prosseguimento. (termo nos autos). 
PROCEDIMENTOS
1. COMUM art. 394 e ss. 
1.1 Ordinário: para os crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos (pena em abstrato). 
1.2. Sumário: para os crimes com pena máxima inferior a 4 anos, mas superior a 2 anos. 
Obs: As contravenções penais e os crimes com pena máxima de até 2 anos são de competência do JECRIM seguindo o rito sumaríssimo. 
COMUM 
¹Oferecimento de denúncia ou queixa Rejeição²
 Recebimento (Citação) para oferecer RESPOSTA A ACUSAÇÃO (DEFESA) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
 DESIGNAR UMA AUDIÊNCIA: INSTRUÇÃO, DEBATES, E JULGAMENTO. 
1. Oferecimento da denúncia ou da queixa:
Denúncia é a petição inicial da ação penal pública oferecida pelo MP ao juiz competente. 
Queixa-crime: é a petição inicial da ação privada oferecida pela vítima por seu advogado ao juiz competente. (procuração com poderes específicos para praticar aqueles atos)
Obs: A procuração da queixa crime deve ter poderes específicos conforme o art. 44 do CPP. 
Requisitos da denúncia ou da queixa: art. 41 do CPP
1. Narrativa do fato com todas as suas circunstâncias para possibilitar a ampla defesa;
2. Qualificação do acusado ou a sua identificação;
3. Classificação do crime (substração de coisa alheia);
4. Rol de testemunhas, se necessário;
Ordinário: máximo de 8 testemunhas por fato. (art. 401 do CPP)
Sumário: máximo de 5 testemunhas por fato. (art. 532 do CPP)
2. Rejeição liminar (art. 395 do CPP)
Hipóteses de rejeição liminar:
1. Denúncia manifestamente inepta. 
2. Se faltar pressuposto processual ou condição da ação. (p.ex. a ausência de representação na ação pública condicionada)
3. Se faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
Obs: entende-se a falta de justa causa como a ausência de suporte probatório mínimo para a acusação. 
3. Recebimento da denúncia ou queixa (art. 396 do CPP)
Se o juiz não vislumbrar hipóteses de rejeição o juiz receberá a inicial e ordenará a citação do acusado para oferecer resposta à acusação, no prazo de 10 dias. 
O prazo tem início no dia útil seguinte ao da citação. Dias que não sejam úteis são computados no prazo, mas se o último dia não for dia útil o prazo será prorrogado para o dia útil seguinte. 
Na resposta poderão ser formuladas todas as teses defensivas juntado os documentos e especificadas as provas apresentando-se os rol de testemunhas. 
Trata-se de peça de apresentação obrigatória de modo de que o processo não seguirá sem a sua apresentação. Caso não seja apresentada, o juiz deverá nomear um defensor para fazê-lo. (se ficar sem defesa, mais tarde o processo pode ser considerado Nulo por cerceamento de defesa). 
5. Absolvição Sumária: art. 397 do CPP
Aqui na dúvida, o juiz irá mandar prosseguir. 
Somente na certeza que trata-se de hipótese do art. 397 do CPP que ele irá absolver. 
Obs: neste caso não haverá absolvição por dúvida tendo em vista que ainda não realizada a audiência. 
  1) - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
  2) - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;  
Não é permitida a absolvição sumária pela inimputabilidade por doença mental, pois não é possível neste momento aplicar a medida de segurança. 
 3) - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; (evidente atipicidade). 
 4) - extinta a punibilidade do agente; 
Extinção da punibilidade: Pela morte do agente, anistia graça e idulto, abotio criminis, prescrição/decadência e perempção, renúncia do direito de queixa ou perdão aceito, retratação, perdão judicial. 
Somente neste momento é que a extinção da punibilidade gera absolvição. Nos demais casos em que seja reconhecida em outro momento processual, a extinção será decretada sem análise do mérito. 
6.Audiência de instrução/debates/ e julgamento:
6.1. Instrução
Se não for o caso de absolvição sumária o juiz confirmará o recebimento da inicial e designará a audiência determinando a intimação das partes. 
Prazo para audiência:
Ordinário: em até 60 dias.
Sumário: em até 30 dias. 
Obs: Se o acusado estiver preso o Poder público deverá providenciar a sua apresentação em audiência. 
Conforme o art. 399, §2º do CPP incide o princípio da identidade física do juiz segundo o qual o juiz que preside a instrução deve proferir a sentença. 
Instrução: art. 400
Momento da audiência que irá produzir as provas. 
Ordem das provas: 
i. Declarações do ofendido 
ii. Testemunhas da acusação 
iii. Testemunhas de defesa. 
Obs: A ordem poderá ser alterada no caso de oitiva por carta precatória. 
iv. Esclarecimentos do peritos. 
v. Reconhecimentos de pessoas/coisas. 
vi. Acareações. 
vii. Interrogatório do réu. (último ato do processo ampla defesa, o réu precisa saber todo o quadro probatório contra ele). 
Obs: O juiz poderá indeferir provas consideradas irrelevantes/impertinentes ou protelatórias. 
6.2. Debates (oral)
20 minutos prorrogáveis por mais 10 m para cada parte, iniciando-se pela acusação. 
Assistente de acusação: somente 10 minuto + 10 minutos para defesa. Assim, se houver assistente de acusação, ele ganhará 10 minutos após o MP, acrescendo-se mais 10 minutos para a defesa. 
Obs: Se o caso for complexo, as alegações finais poderão ser convertidas em memorais escritos no prazo sucessivo de 5 dias para cada parte, iniciando-se pela acusação. (art. 403, §3º do CPP)
§ 3o  O juiz poderá, co nsiderada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Se houver necessidade de realizar diligência complementar as alegações também serão escritas. (art. 404, §único do CPP) 
Memorais da acusação memorais da defesa. 
Julgamento:
A sentença será proferida em audiência ou no prazo de 10 dias. 
Requisitos da sentença: art. 381 do CPP
  “Art. 381.  A sentença conterá:
        I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las;
        II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; Relatório
        III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
        IV - a indicação dos artigos de leiaplicados;
        V - o dispositivo; Conclusão. 
        VI - a data e a assinatura do juiz.”
Obs: Nesta sentença o juiz deverá observar o princípio de que a dúvida favorece o réu, absolvendo-o no caso de falta de provas. Na mesma será possível a aplicação de medida de segurança ao inimputável por doença mental. 
Procedimento/Rito Especial do júri.
Art. 5, inciso XXXVIII da CF: crimes dolosos contra a vida, na forma tentada ou consumada + crimes conexos. 
Obs: Crimes contra a vida: homicídio, aborto, infanticídio, instigação/induzimento e auxílio ao suicídio. (art. 121 a 127 do CP)
Princípios:
1. Soberania dos vereditos. 
2. Sigilo das votações. 
3. Plenitude de defesa. 
Procedimento do júri - escalionado
FASES DO RITO
 1ª FASE= sumário da culpa - verifica-se a admissibilidade da acusação. 
Oferecimento de denúncia/queixa (subsidiariária da pública) Rejeição ou do recebimento pelo juiz. Resposta a acusação Réplica Audiência: instrução/debates e julgamentos. 
   Art. 406.  O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.  
§ 2o  A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa.
  § 3o  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Atenção: As provas serão produzidas em uma só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.   
§ 7o  Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer.  
Obs: se a defesa formular preliminares ou apresentar documentos a acusação terá 5 dias para a réplica conforme o art. 409 do CPP. 
A Audiência (instrução/debates e julgamentos) deve ser realizada em até 10 dias, finalizando a primeira fase em até 90 dias. 
Decisões possíveis:
Pronúncia (previsão do art. 413 do CPP) - admitida a acusação manda para plenário. 
Decisão será proferida se o juiz se convencer da existência de indícios suficientes de autoria e prova da materialidade. O juiz delimita a tipificação da conduta e submete o réu a julgamento em plenário. 
 A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e ESPECIFICAR AS CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORAS E AS CAUSAS DE AUMENTO DE PENA. 
 Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória.  O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas cautelares. 
Conforme o art. 418 do CPP = o juiz poderá dar definição jurídica diversa aos fatos. 
Se o juiz ocorrer em excesso de linguagem, extrapolando os limites da denúncia, a decisão será nula. 
O juiz deverá decidir fundamentadamente sobre a manutenção ou decretação de prisão preventiva. 
Recurso cabível RESE. (ART. 581, inciso IV do CPP) consoante com consoante. 
Impronúncia: art. 414 do CPP: é como um arquivamento (não vai julgar mérito).
Será proferida se o juiz não se convencer da existência de prova de materialidade e indícios suficientes de autoria.
Obs: Esta decisão só faz coisa julgada formal de modo que surgindo novas provas poderá ser oferecida nova denúncia, desde que não extinta a punibilidade. 
Recurso cabível = Apelação (art. 416 do CPP)
Absolvição sumária (art. 415 do CPP): havendo certeza
Hipóteses: 1) provada a inexistência do fato; 2) provado não ser ele autor ou partícipe do crime; 3) o fato não constituir infração penal (fato atípico); 4) isenção de pena ou exclusão do crime. 
Obs: Se inimputabilidade por doença mental for a única tese defensiva o juiz poderá absolvê-lo sumariamente aplicando medida de segurança. 
Se por exemplo = inimputável tem duas teses (legítima defesa e inimputabilidade), se o juiz não acolher a legitima defesa, ele não poderá aplicar de cara a medida de segurança tendo em vista em que a tese precisa ir para os jurados).
Só poderá aplicar a medida de segurança de plano se é a única tese que a defesa tem. 
Assim, se houver outra tese da defesa ou o juiz a acolhe e absolve sem a medida de segurança ou se não a acolher pronunciará o réu. 
Recurso = Apelação.  
 Se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber (para emendar). O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.                    
Desclassificação: art. 419 do CPP
Será proferida se o juiz se convencer da ocorrência de infração que não seja crime doloso contra a vida. 
Com a desclassificação os autos devem ser remetidos ao juiz competente. 
Recurso = RESE. (art. 581, inciso II do CPP).
Dois réus foram denunciados por tentativa de homicídio doloso por acidente causado em razão da prática de racha. O feito foi desmembrado e o réu 1, que deu causa direta ao acidente ao se chocar com a vítima, foi beneficiado com a desclassificação para crime de lesões corporais graves, em decisão do Tribunal do Júri. O réu 2, que ainda iria ser julgado, em um outro dia, pelo Tribunal do Júri, pode ser beneficiado com a decisão que foi aplicada ao réu 1. O STJ decidiu, assim, que é possível a extensão da decisão, nos termos do art. 580 do CPP, em favor de corréu ainda não julgado pelo Tribunal do Júri. Informativo 583-STJ (13/05 a 26/05/2016) – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 29 Apesar de o art. 580 falar em "decisão do recurso", é possível a aplicação do efeito extensivo previsto neste dispositivo para situações em que a decisão benéfica tenha sido proferida em outras esferas que não sejam a sede recursal. STJ. 6ª Turma. HC 307.617-SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 19/4/2016 (Info 583)
O testemunho por ouvir dizer (hearsay rule), produzido somente na fase inquisitorial (inquérito policial), não serve como fundamento exclusivo da decisão de pronúncia, que submete o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. STJ. 6ª Turma. REsp 1.373.356-BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 603)
a) Testemunha DIRETA: é aquela que presenciou os fatos. Também chamada de testemunha visual. b) Testemunha INDIRETA: é aquela que não presenciou os fatos, mas apenas ouvir falar sobre eles. É também chamada de testemunha auricular ou testemunha de “ouvir dizer” (hearsay rule).
Réu pronunciado e que aguarda Júri há 7 anos preso, sem culpa da defesa, deverá ter direito à revogação da preventiva. Em um caso concreto, os réus, embora pronunciados, estavam aguardando presos há 7 anos serem julgados pelo Tribunal do Júri. Diante disso, o STF concedeu ordem em “habeas corpus” para revogar prisão preventiva em razão do excessivo prazo de duração da prisão. Além disso, determinou que o STJ julgue recurso especial interposto contra o acórdão que confirmou a sentença de pronúncia referente no prazo máximo de dez sessões (entre ordinárias e extraordinárias), contado da comunicação da decisão. Em nosso sistema jurídico, a prisão meramente processual do indiciado ou do réu reveste-se de caráter excepcional, mesmo que se trate de crime hediondo ou de delito a este equiparado. O excesso de prazo, quando exclusivamente imputável ao aparelho judiciário – não derivando, portanto, de qualquer fato procrastinatório causalmenteatribuível ao réu –, traduz situação anômala que compromete a efetividade do processo. Além de tornar evidente o desprezo estatal pela liberdade do cidadão, frustra uma prerrogativa básica que assiste a qualquer pessoa: o direito à resolução do litígio sem dilações indevidas (art. 5º, LXXVIII, da CF/88). Ademais, a duração prolongada, abusiva e irrazoável da prisão cautelar ofende, de modo frontal, o postulado da dignidade da pessoa humana, que representa significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional. STF. 2ª Turma. HC 142177/RS, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/6/2017 (Info 868).
2ª fase = juízo da causa
Obs: somente com a preclusão da pronúncia é que será iniciada a segunda fase do rito para a submissão do réu a julgamento em plenário. 
Preclusa a pronúncia os autos são remetidos ao juiz presidente do Tribunal do Júri. 
O juiz presidente ao receber os autos intimará as partes que poderão arrolar no máximo 5 testemunhas para serem ouvidas em plenário. (diferente da 1ª fase que são 8 testemunhas) 
Obs: Nesta fase, se pronunciado que estiver solto e não for encontrado para a intimação pessoal será intimado por edital e isso não irá prejudicar o andamento do processo. (não irá suspender) 
Só irá suspender, se na fase da citação não for encontrado. (suspende pelo prazo máximo da prescrição abstrata do crime) 
Diferente é se o réu não é encontrado na fase de citação (quando recebe a denúncia), que o processo é suspenso. 
Feitos os requerimentos das partes o juiz decidirá a respeito e incluirá o processo na pauta de julgamento obedecendo a seguinte ordem:
I. os acusados presos
II. dentro dos acusados presos quem esta preso a mais tempo.
III. dentro os soltos os antes pronunciados. 
  Art. 423.  Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente:                            
        I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa    II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri
O assistente de acusação que queira participar do plenário deverá requerer a sua habilitação com pelo menos 5 dias de antecedência. 
Desaforamento: art. 427 e 428 do CPP
Consiste na alteração do local de julgamento em plenário para Tribunal do Júri de localidade próxima nas seguintes hipótese:
1. Questão de ordem de pública.
2. Dúvida sobre a imparcialidade do júri.
3. Dúvida sobre a segurança pessoal do acusado. 
4. Se o julgamento não for marcado em 6 meses contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. Desaforamento determinado em razão do comprovado excesso de serviço
Não se computará a esse tempo de adiamentos, diligências ou incidentes de interesse da defesa.           
Obs: Quem pode pedir? Pode ser feito por qualquer uma das partes, ou, o juiz pedir de ofício para o Tribunal. 
Quem vai decidir? O Tribunal. 
Obs: Se a medida não foi requerida pelo próprio juiz, ele deverá ser ouvido à respeito. 
Conforme a súmula 712 do STF é nula a decisão de desaforamento sem prévia oitiva da defesa. 
Se os motivos forem relevantes o desembargador relator poderá suspender o julgamento pelo júri. 
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. 
Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri Tribunal irá determinar imediatamente a apreciação para o júri.
Alistamento dos jurados
	POPULAÇÃO
	JURADOS
	+ DE 1.000.000,00
	800 a 1.500 jurados 
	+ 100.000,00
	300 a 700 jurados
	MENOR DE 100.00
	80 A 400 jurados
A lista será publicada anualmente no dia 10.10 e poderá ser alterada até o dia 10.11 quando será publicada de forma definitiva. 
O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos últimos 12 meses será excluído da lista geral. 
Para a sessão serão sorteados 25 jurados da lista geral. 
Função do jurado
O serviço de júri é obrigatório e a recusa injustificada acarreta multa de 1 a 10 salários mínimos. (o juiz irá fixar a multa de acordo com a condição financeira do jurado). 
Se houver recusa por convicção religiosa, política ou filosófica haverá o dever de prestar o serviço alternativo sob pena de suspensão dos direitos políticos. 
Obs: o exercício da função de jurado é serviço público relevante e estabelece presunção de idoneidade moral. 
Constitui também direito do jurado, na condição do art. 439 deste Código, PREFERÊNCIA, EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES, NAS LICITAÇÕES PÚBLICAS E NO PROVIMENTO, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou remoção voluntária.
Previsões de:
1. incompatibilidades entre os jurados: Art. 448 do CPP 
2. Impedimento e suspeição no art. 449 do CPC
Art. 448.  São impedidos de servir no mesmo Conselho:   I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        II – ascendente e descendente; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 1o  O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que mantenham união estável reconhecida como entidade familiar. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        § 2o  Aplicar-se-á aos jurados o disposto sobre os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades dos juízes togados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        Art. 449.  Não poderá servir o jurado que: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
        I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
        III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
3. Pessoas isentas do serviço do júri: art. 437 do CPP 
Cargos políticos + servidores do Poder Judiciário + MP + defensoria; militares em serviço ativo, maiores de 70 anos, aqueles que demonstrarem justo impedimento. 
Sessão de julgamento
1. Formação do Conselho de Sentença
Serão chamados 25 jurados. 
Presente 15 jurados serão iniciados os trabalhos para o sorteio de 7 jurados que comporão o Conselho de sentença. 
Obs: Segundo o STJ a complementação do número mínimo de jurados por suplentes de outro Plenário, o mesmo Tribunal do júri por si só não é causa de nulidade. 
Obs: Antes do sorteio o juiz advertirá os jurados de sua incomunicabilidade. 
Cada parte terá direito a três recusas injustificadas durante o sorteio.
2. Instrução em Plenário (produção das provas)
Formado o Conselho de Sentença os jurados prestam compromisso iniciando-se a produção das provas em Plenário. 
Obs: O acusado só permanecerá algemado se for absolutamente necessário para a ordem dos trabalhos, segurança das testemunhas, ou garantia de integridade física dos presentes. 
Conforme o art. 479 do CPP: só será permitida a utilização de objeto ou documento juntado aos autos com antecedência mínima de 3 dias úteis dando se ciência a parte contrária. 
Conforme o art. 481 do CPP se houver necessidadede verificar um fato essencial para o julgamento, isso não puder ser realizado imediatamente, o Conselho será dissolvido, realizando-se as diligências necessárias. 
3. Debates
Encerrada a instrução, cada parte iniciando pela acusação terá 1 hora e meia para falar. 
O tempo de cada parte será acrescido de 1 hora se houver mais de 1 acusado. 
A acusação então, terá 1 hora para a réplica e a defesa terá 1 hora para a tréplica, tempo que será dobrado se houver mais de 1 acusado. 
Obs: o juiz poderá conceder até 3 minutos para os apartes. Uma vez concedido este tempo ele será acrescido ao tempo do orador. 
Conforme o art. 478 do CPP durante os debates não é permitido sob pena de nulidade do julgamento fazer menção a decisão de pronúncia, ao uso de algemas pelo réu, ou ao seu silêncio ou ausência do acusado como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado. 
Obs: Segundo o STF não há vedação a leitura dos antecedentes criminais do réu em plenário. 
4. Votação dos jurados.
Finalizados os debates prossegue-se com a votação dos quesitos feita na sala especial. 
Quesitos:
São perguntas formuladas ao jurados sobre o caso em julgamento que deverão ser respondidas de forma negativa ou positiva. Os quesitos devem se formulados nos termos do art. 483 do CP. 
 Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:           
               I – a materialidade do fato
        II – a autoria ou participação
        III – se o acusado deve ser absolvido; 
        IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;                 
        V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.      
Obs: Havendo mais de um crime/ou mais de um acusado os quesitos serão formulados em séries distintas. 
CEDULAS DE SIM E CEDULAS DE NÃO. 
Em razão dos sigilos das votações os jurados recebem cédulas para a votação e depositaram nas respectivas urnas seus votos e os descartes. 
Obs: 1) Conforme a súmula 156 do Supremo a falta de quesito obrigatório gera nulidade absoluta do julgamento. 
2) Também nulo o julgamento se os quesitos forem mal redigidos ou se forem formulados de modo complexo. (precisa fazer o jurado entender) 
A apuração da votação é feita pelo juiz por maioria de votos também para assegurar o sigilo para a votação conforme o art. 489 do CPP. 
Em determinado Júri, o advogado do réu alegou que este agiu em legítima defesa (art. 23, III, do CP). A acusação, por sua vez, sustentou que o acusado atuou com excesso doloso (art. 23, parágrafo único, do CP), devendo ser condenado. Nos dois primeiros quesitos, os jurados afirmaram que “SIM” para as perguntas sobre materialidade e autoria. No terceiro quesito, foi perguntado: “O jurado absolve o acusado?”. Os jurados também responderam que “SIM”. Diante disso, o juiz deveria ter encerrado a votação e proferido sentença absolutória. Ocorre que o magistrado formulou mais uma pergunta aos jurados: “O acusado excedeu dolosamente os limites da legítima defesa?” Não agiu corretamente o juiz. Se os jurados responderem “SIM” para a tese defensiva, o juiz não pode mais elaborar quesito sobre excesso doloso da legítima defesa. Se essa tese for suscitada pelo MP em Plenário e os jurados quiserem concordar com a acusação, basta que eles respondam “NÃO” para o quesito defensivo (“O jurado absolve o acusado?”). Se responderam “SIM”, é porque não concordaram com os argumentos do MP, sendo ilegal formular um quesito específico para a tese de acusação. STJ. 5ª Turma. HC 190.264-PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 26/8/2014 (Info 545). (desrespeitou a ordem do art. 483 do CPP)
Sentença do juiz: 
Esta sentença será proferida de acordo com a votação apurada em respeito a soberania dos veredictos.
Se o jurados condenarem o juiz deverá realizar A RESPECTIVA DOSIMETRIA DA PENA FIXANDO O REGIME INICIAL PARA O SEU CUMPRIMENTO E DECIDINDO SOBRE EVENTUAIS BENEFÍCIOS. 
Obs: Se os jurados decidirem pela desclassificação para crime fora da competência do júri caberá ao juiz presidente proferir a respectiva sentença. 
RITO ESPECIAL DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO. (ART. 513 A ART. 518 DO CPP).
Aplica-se este rito aos crimes dos arts. 312 a 326 do CP, ou seja, os crimes praticados por funcionário contra a Adm. pública. 
Oferecimento de denúncia/queixa 			Rejeição
 	 		Recebimento 
Defesa preliminar
Neste rito o funcionário público tem uma chance antes do recebimento da denúncia pelo juiz. 
Antes de decidir de recebe ou rejeita notifica o funcionário público para apresentar a RESPOSTA PRELIMINAR (convencer o juiz para nem receber a denúncia, “não vira nem réu”). 
Assim, oferecida a denúncia o juiz determinará a notificação do acusado para que apresente RESPOSTA PRELIMINAR no prazo de 15 dias. (rito comum o prazo é e 10 dias) 
  Art. 514.  Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.
Atenção: Atualmente todos os crimes de funcionário público são afiançáveis de modo que a resposta preliminar será sempre cabível. (art. 514 do CPP).
Obs: Conforme a súmula 330 do STJ a resposta preliminar será dispensável se a denúncia for embasada em inquérito policial. 
RECURSOS
Teoria Geral dos Recursos: 
Reexame necessário ou recurso de ofício: necessariamente terá esta revisão. Nas hipóteses previstas em lei haverá necessária submissão da decisão ao uma reanálise pelo Tribunal, independentemente de recursos voluntário das partes. 
Obs: conforme a súmula 423 do STJ nestes casos enquanto não houver o reexame a decisão não transitará em julgado. 
3 hipóteses em que se prevê o reexame necessário:
1. Art. 746 do CPP: No caso de decisão que concede reabilitação criminal (apagar o antecedente público criminal os crimes). 
2. Art. 574, inciso I do CPP: No caso de sentença CONCESSIVA DE HC.
3. Art. 574, inciso II do CPP: No caso de decisão de absolvição sumária no fim da primeira fase do rito do júri. 
Obs: Como a decisão não esta mais prevista no art. 411 do CPP e sim no art. 415 prevalece o entendimento de esta hipótese foi tacitamente revogada. - não há aplicação. 
Princípios recursais
a) duplo grau de jurisdição: Trata-se do direito de submissão da decisão ao um órgão hierarquicamente superior na estrutura do judiciário. 
Não esta prevista no CPP, mas decorre do Direito a ampla defesa e da convenção americana de direitos humanos. 
b) fungibilidade: art. 579 do CPP: Este princípio permite que o juiz receba um recurso inadequado como se fosse o correto, desde que não haja má-fé. 
Os critérios para se aferir a má-fé são o erro grosseiro e intempestividade, ou o desrespeito ao prazo do recurso adequado. 
c) Proibição de “REFORMATIO IN PEJUS”, art. 617 do CPP: A situação do acusado não poderá ser agravada em julgamento de recurso exclusivo da defesa. (quando somente o réu houver apelado da sentença).
Também é vedada na forma indireta de modo que se a sentença for anulada no julgamento de recurso exclusivo da defesa (no Tribunal), a nova sentença não poderá ser mais gravosa do que a anterior. 
Indireta:
Sentença condena furto por 1 ano anulação pelo Tribunal pela defesa
Não poderá reformatio in pejus (p.ex. ver que a pessoa é reincidente)
Obs: De outro lado, não há vedação de que o acusado seja beneficiado no julgamento de recurso exclusivo da acusação. 
Efeitos dos recursos:
a) devolutivo: É um efeito comum a todos os recursos que transfere a matéria para um reexame no Tribunal. 
b) suspensivo: Por este efeito a interposição do recurso suspende a produção de efeitos para a decisão. O recurso só terá este efeito diante de expressa previsão legal. Conforme o art. 597 do CPP a Apelação da sentença condenatória possui efeito suspensivo.
c) Extensivo ou expansivo: art. 580 do CPP
No caso de concurso de agentes a decisão proferida no julgamentode recurso interposto por um deles aproveitará aos demais ainda que tenham recorrido desde que a questão seja objetiva, isto é, sem caráter pessoal. 
Pressupostos/requisitos recursais: CARTALI 
Pressupostos objetivos:
Cabimento: 
O recurso deve estar previsto em lei. 
2) Adequação: O recurso deve ser o adequado para atacar a decisão, mas eventual inadequação poderá ser superada pelo princípio da fungibilidade.
3) Tempestividade: O recurso deve ser interposto dentro do prazo legal. 
Atenção: No processos penal há intimação do réu e a intimação do advogado/defensor. À partir de qual deles irá contar? Nos termos do art. 392 do CPP o réu é intimado pessoalmente da sentença sendo intimado também seu defensor. Neste caso de dupla intimação a tempestividade será verificada à partir da última intimação realizada. 
4) Regularidade procedimental: O recurso deve seguir as formalidades previstas em lei. 
5) Ausência de fato impeditivo: A renúncia ao direito de recorrer é fato impeditivo do recurso. 
Conforme a súmula 705 do Supremo a renúncia do réu ao direito de recorrer sem a assistência do defensor não impede a apelação por este interposta. 
6) Ausência de fato extintivo: A desistência é fato extintivo do recurso interposto.
O MP não poderá desistir do recurso interposto. Obs: ele poderá não interpor recurso, mas uma vez interposto, não pode desistir. 
Na ação penal privada também haverá fato extintivo pela deserção no caso em que a parte não arcar com as custas recursais. 
Pressupostos objetivos:
1. Legitimidade: Podem recorre o MP, o querelante, o acusado e o seu defensor. 
O assistente de acusação (vítima) só poderá recorrer, dentro das hipóteses legais de forma supletiva, ou seja, se não houver recursos do Ministério Público. (art. 598 do CPP) 
Em ação penal privada o Ministério Público não poderá recorrer de sentença absolutória. Isto porque o MP na ação penal privada age como custus legis.
2. Interesse
Haverá interesse diante de prejuízo para a parte o que configura sucumbência. 
Será que o réu pode recorrer de um caso que ele absolvido?A defesa terá interesse de recorrer de sentença absolutória com a finalidade de alterar o seu fundamento e assim afastar eventual responsabilização nas esferas cível e administrativa.
Obs: Prevalece o entendimento de que o assistente de acusação tem interesse em recorrer mesmo no caso de condenação para que haja a correta aplicação da lei. (para p.ex. majorar a pena)
Recursos em espécie
Recurso em sentido estrito (RESE): art. 581 a 592 do CPP
O RESE só é cabível contra decisão de juiz de primeiro grau dentro das hipóteses legais. (em face de juiz de 1º grau somente)
Prazos: 
5 dias para interposição do recurso - manifestar o interesse em recorrer 
2 dias para apresentar as suas razões. (art. 586 e 588 do CPP)
Efeito regressivo: art. 589 do CPP (juízo de retratação) 
Apresentadas as razões e contrarrazões do RESE, o juiz terá 2 dias para exercer este juízo de retratação. (prazo impróprio)
Se a decisão for mantida, os autos serão encaminhados ao Tribunal para julgamento do recurso interposto. 
Se o juiz retratar-se e a parte contrária tiver direito ao RESE ela terá 5 dias para querendo requerer a remessa dos autos ao Tribunal para julgamento do recurso, mas isso só poderá ocorrer se ela tiver direito ao próprio RESE conforme as hipóteses do art. 581. 
Obs: O RESE terá efeito suspensivo nas hipóteses do art. 584 do CPP.
Hipóteses: 
  Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
        I - que não receber a denúncia ou a queixa;
        II - que concluir pela incompetência do juízo;
        III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
         IV – que pronunciar o réu;  
        V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)
               VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
        VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
        IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
        X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
        XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
        XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
        XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
        XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
        XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
        XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
        XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
        XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
        XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
        XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
        XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
        XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Em razão da regra de irrecorribilidade das decisões interlocutórias só será cabível o RESE nos casos previstos em lei. 
Foram tacitamente revogados os incisos do art. 581 os incisos XI, XII, XVII, XIX a XXIV. 
Apelação: art. 593 a 603 do CPP
Cabimento: art. 593 do CPP. 
1. Contra sentença condenatória ou absolutória de primeiro grau. 
2. Contra decisão definitiva ou com força de definitiva proferida por juiz de primeiro grau contra a qual não caiba RESE. (caráter residual)
Obs: Entende-se decisão definitiva ou com força de definitiva aquela que encerra uma fase do processo ou o próprio processo, sem condenar ou absolver. Se contra este tipo de decisão couber o RESE não haverá cabimento da Apelação. (decisão que julga incidente). Por este motivo esta hipótese de Apelação é chamada de residual.
3. Contra decisão do Tribunal do Júri: impronúncia, absolvição sumária.
Neste caso, a apelação terá fundamentação vinculada as hipóteses previstas no inciso III do art. 593, portanto no recurso deverá ser apontada qual ou quais das hipóteses fundamentam o recurso.
Tais fundamentações são vinculadas tendo em vista a soberania dos veredictos. Assim, não pode apelar em relação a tudo (devolução restrita do recurso). 
Ocorrer nulidade posterior à pronúncia;  p.ex. se usar argumento do uso de algemas, ou sobre a decisão da pronúncia. (vício processual do júri) 
For a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;  
Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;  
Nos casos do erro do juiz o Tribunal poderá fazer a devida retificação da sentença. 
For a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos; 
Se o Tribunal acolher esta fundamentação, o mesmo não poderá alterar a decisão dos jurados só sendo possível a determinação de submissão do réu a novo julgamento. (respeito ao princípio da soberania);
Obs: Só poderá haver 1 apelação com base nesta última fundamentação.
Prazo: 5 dias para fazer a interposição do recursos. 
	8 dias para fazer as razões dos recursos.
Obs: nos termos do §4º do art. 600 do CPP, o recorrente poderá requerer a intimação para apresentação das razões do recurso diretamente no Tribunal de 2º grau. 
Atenção: No caso da Apelação do assistente de acusação (vítima), se ele não estiver previamente habilitado, o prazo para a interposição será de 15 dias. 
Se o MP fizer a interposição do recurso, o assistente de acusação poderá complementar as suas razões no prazo de 3 dias. 
Embargos infringentes e de nulidade: art. 609, §único do CPP
Sentença condenatória - Apelação da defesa TJ (3 desembargadores) 
TJ: votaçãounânime ou não unânime 
Não unânime Embargos infringentes (para inverter o quadro) 
Requisitos: 
a. Decisão não unânime; (em todo ou em tarde);
b. Proferida por Tribunal de 2º grau;
c. Desfavorável ao réu; 
d. No julgamento de Apelação, RESE e Agravo em Execução. 
Obs: é recurso exclusivo da defesa. 
Não serão cabíveis no julgamento por maioria de votos de revisão criminal e habeas corpus. 
Trata-se de recurso de devolução limitada pois fica ao teor do voto vencido. 
Prazo: 10 dias. 
Carta testemunhável - arts. 639 a 646 do CPP
Júri
Juiz pronuncia o réu RESE Admissibilidade TJ julgamento. 
Para destrancar o recurso de Admissibilidade Carta Testemunhável.
Assim, será cabível para combater decisão de juiz de primeiro grau que não admita recurso em sentido estrito ou agravo em execução. Finalidade: possibilitar julgamento do RESE ou Agravo pelo Tribunal.
Obs: não se aplica mais a carta testemunhável a recursos em Tribunais superiores (somente em decisão de 1º grau)
O recurso não admitido pelo juiz de 1º grau for de Apelação será cabível o RESE (recurso em sentido estrito) conforme art. 581, inciso XV. 
Processamento: Em até 48 horas deverá ser requerida ao escrivão chefe do cartório a extração da carta testemunhável com as cópias do processo. Extraída a carta deverá ser observado o procedimento do recurso em sentido estrito, com 2 dias para razões e contrarrazões e realização do juízo de retratação.
Ao dar provimento a Carta testemunhável, o Tribunal de 2º grau poderá desde logo, analisar o mérito do RESE ou do Agravo em execução, nos termos do art. 644 do CPP.
Embargos de declaração: art. 382 a 620 do CPP
Serão cabíveis diante de vício interno da decisão de ambiguidade, obscuridade, contradição, omissão. 
São endereçados aos mesmo Juiz ou mesmo Tribunal que proferiu a decisão.
Prazo: 2 dias. 
A oposição do ED interrompe o prazo para a interposição para outros recursos. O prazo começa a correr após o julgamento dos embargos. 
Acolhido os embargos de declaração a retificação realizada passará a integrar a decisão anteriormente proferida. 
Meros erros materiais poderão ser corrigidos de ofício pelo juiz. 
Atenção: como consequência da correção do vício interno da decisão poderá haver modificação no resultado do julgamento. 
Obs: No Juizado Especial Criminal os embargos de declaração são cabíveis nos termos do art. 83 da Lei 9.99/95 no prazo de 5 dias, também havendo a interrupção do prazo para os demais recursos, conforme a nova redação do artigo. 
Ação autônomas de impugnação: Revisão Criminal e Habeas Corpus Criminal 
Revisão criminal: art. 621 e ss do CPP
Caberá revisão criminal em face de decisão condenatória já transitada em julgado com objetivo de combater seu conteúdo. 
Se for absolvição? O MP não pode pedir a revisão criminal. Não admite a revisão criminal em prol da acusação para reverter um decisão de absolvição transitada em julgado. 
E se sentença absolutória imprópria? Entende-se cabível a revisão criminal em face de decisão de absolvição imprópria transitada em julgado havendo interesse em se afastar medida de segurança. 
Hipóteses: art. 621 do CPP
Condenação contrária a lei ou a prova dos autos; 
Condenação fundada em prova falsa; p.ex depoimento falso, falso testemunho;
Em razão de novas provas que modifiquem a condenação;
Se eu tiver que produzir uma prova novo cautelar de provas para o juiz para depois ir para a revisão criminal.
Obs: A revisão criminal deve vir acompanhada das provas das suas alegações e da certidão de trânsito em julgado da condenação no processo de origem. 
Competência: 
2 casos:
a) Processo sentença condenatória Desta sentença não há recurso (trânsito em julgado) - 1º grau 
b) Processo sentença condenatória - Recurso de Apelação - julgamento no Tribunal (transito em julgado)
Tanto no caso A, quanto no caso B, a competência para julgar é do Tribunal de Justiça. 
Como regra a competência para a revisão criminal é do respectivo Tribunal de 2º grau. 
Obs: A revisão criminal só será de competência do STF ou do STJ se combater decisões proferidas por estes mesmos Tribunais. P.ex no caso do Temer, no qual ele já sendo investigado no STF, se tiver sentença - revisão no STF. 
Efeitos da revisão: art. 626 e 627 do CPP
A revisão criminal pode ser usada com o objetivo de obter a absolvição do réu, a alteração da classificação do crime, a redução da pena ou a anulação do processo. P.ex. para diminuir a pena base; 
Obs: No caso de absolvição devem ser reestabelecidos os direitos perdidos em razão da condenação. 
Atenção: A situação do condenado não pode ser agravada no julgamento da revisão criminal. 
Obs: Pode ser requerido o reconhecimento direto de indenização por meio da revisão criminal nos termos do art. 630 do CPP. 
Prazo: pode ser proposta a qualquer tempo depois do trânsito em julgado da condenação ainda que não cumprida ou já extinta a pena e mesmo depois da morte do condenado. 
No caso de morte do condenado a revisão poderá ser proposta pelo cônjuge, ascendente e descendente ou irmão. (CADI)
Se a revisão criminal for requerida pelo próprio condenado deve ser nomeado advogado para a sua defesa técnica pelo Tribunal. 
Se o condenado morrer durante o procedimento o juiz nomeará um curador especial. 
Habeas corpus: arts. 647 a 667 do CPP; art. 5º, LXVIII da CF. 
É cabível sempre que alguém sofrer ou estiver ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder. 
Obs1: Conforme a súmula 693 do STF não cabe habeas corpus contra decisão condenatória somente a pena de multa ou em processo por infração penal em que só haja previsão da pena pecuniária. (pois se você não pagar, você não vai ser preso, vai para certidão de dívida ativa).
Obs2: Súmula 695 do STF: não cabe habeas corpus se já extinta a pena privativa de liberdade. 
Obs3: Súmula 694 do STF: não cabe HC em caso de punição disciplinar militar salvo por ilegalidade decorrente de vício formal. (não entre no mérito)
Legitimidade: art. 654 do CPP: Pode ser impetrado por qualquer pessoa em seu próprio favor ou em favor de outrem inclusive pelo Ministério Público. 
Partes:
Paciente: é aquele que sofre a coação 
Impetrante: é aquele que faz o HC. 
Impetrado: autoridade responsável pela coação. 
Atenção: o HC pode ser concedido de ofício se o juiz tomar conhecimento de constrangimento ilegal a liberdade locomoção a qualquer momento. 
Competência: 
Precisa ver qual o autoridade coatora - Competência
p.ex. para instaurar um inquérito de ação privada, o delegado precisa da representação da vítima. Se o delegado neste caso o instaura o inquérito de ofício, isso é um coação ilegal. 
JUIZ: recebe a denúncia não havendo qualquer tipo de prova (não tem recurso Mas tem o HC) 
Mp: promotor que requisitou o inquérito indevidamente. 
	AUTORIDADE COATORA
	COMPETÊNCIA
	DELEGADO
	JUIZ DE 1º GRAU
	JUIZ DE 1º GRAU 
	TRIBUNAL DE 2º GRAU 
	MP de 1º grau 
	TRIBUNAL DE 2º GRAU
	Tribunal de 2º grau 
Ou MP de 2º grau 
	STJ 
	STJ 
	STF 
Se o habeas corpus foi concedido ou denegado pelo juiz de primeiro grau será cabível o recurso em sentido estrito (RESE) conforme art. 581, inciso X do CPP. 
Se o habeas corpus for denegado será cabível o recurso ordinário constitucional previstos nos arts. (arts. 102, inciso II, “a” e art. 105, inciso, ambos da CF) 
Não há prazo determinado para impetração do habeas corpus. 
Trata-se de ação gratuita conforme o art. 5º, inciso LXXVII. 
Obs: O cabimento do HC esta previsto no art. 648 do CPP. Em seu inciso I ele trata da falta de justa causa que é interpretada como falta de amparo legal ou probatório para a coação na liberdade de locomoção. (rol taxativo + hipótese mais ampla que é amparo probatório para a coação)

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