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A historia da Fiat no Brasil

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Fiat
Em março de 1973, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, foi anunciada a construção de sua fábrica foram muitos erros, acertos, momentos de sorte o que dão uma boa ideia da complexidade de se implantar uma fábrica de carros.
O estado de Minas Gerais teve maturidade, não teve medo de se associar a uma multinacional, o governo fez concessões escandalosas para ganhar longe de qualquer ameaça, pelo acordo o estado entrou com 48% do capital inicial de 143 milhões, e os outros 52% da Fiat e suas financiadoras, e o terreno de 2,25 milhões de metros quadrados foi pago um preço simbólico à prefeitura de Betim. O governo estadual arcou com toda a infraestrutura: estradas externas, via de acesso à rodovia São Paulo–Belo Horizonte, energia elétrica, água e telefonia, o que foi um fator determinante para ser escolhida, enquanto São Paulo e Paraná ofereceram incentivos fiscais, mas não mencionaram tal proposta de sociedade. 
Da terraplanagem, iniciado em 1974 a inauguração foram dois anos, os novos carros Fiat 147 eram considerados econômicos e com um preço acessível. Lançar o 147 no mercado exigiu esforço conjunto dos departamentos de engenharia, comercial e marketing, o carro era a antítese do Fusca (o mais vendido do País, na época). Tinha motor dianteiro refrigerado a água, tração na frente e linhas retas. Por isso, uma campanha publicitária buscava mostrar o quanto o carro aguentava. Em uma das campanhas o pequeno 147 desce as escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro. Em outra, o carro atravessa os 14 quilômetros da Ponte Rio–Niterói com menos de 1 litro de gasolina no tanque. “Só conseguimos graças à boa vontade da Polícia Rodoviária Federal, que autorizou a interrupção do trânsito”, relembra Enrique Floreano. Mais um desafio superado pelo 147, que começava a escrever a história da Fiat em nosso mercado.
A empresa pagou caro por ficar longe do coração da indústria automobilística, devido a distância dos fornecedores de peças, era obrigada a manter grandes estoques, dando origem à mineirização do desenvolvimento. Com isso, nasceram e cresceram um grupo de cerca de 500 empresas de autopeças e componentes. Para o estado bastou o lucro indireto e a arrecadação de impostos obtido pela empresa, além de gerar 10 mil empregos diretos, com a implantação da fábrica da Fiat, uma série de empresas voltou-se para Minas. Na época, Betim tinha menos de 40.000 habitantes e 64% deles viviam na zona rural. Hoje são mais 400.000 pessoas, a cidade recolhe 4 bilhões de reais em tributos e há 33 empresas de autopeças – quatro do Grupo Fiat.
Diferentemente das demais companhias, que usavam o porto de Santos, a Fiat optou pelo terminal do Rio de Janeiro, mais perto (480 quilômetros contra 680) e que ofereceu melhores condições de operação. Como precisava produzir 200.000 veículos por ano, número que o mercado interno não absorvia, a saída foi exportar.
Foram trabalhar em Betim pessoas do Brasil inteiro. A preferência era para quem tivesse curso técnico. Como muitos eram de fora, centenas de ônibus levavam e traziam os funcionários. “Alguns dias, a fábrica parecia uma rodoviária”, conta Jack Corrêa.
“O lugar onde fica a empresa era uma fazenda esburacada, numa área cheia de morros. No começo, trabalhávamos num prédio de 14 andares no centro de Belo Horizonte. Ali funcionavam os escritórios. Eu ia à fábrica quase todos os dias, passando pela rodovia Fernão Dias, que era muito perigosa, estreita, de mão dupla e cheia de mato ao redor”, lembra Chico. Os primeiros carros da frota, aliás, foram dez Corcel, da Ford, alugados de uma modesta empresa que começava naquele época, a Localiza.
http://www.icarros.com.br/noticias/geral/historia-da-fiat-em-betim-completa-40-anos/13829.html
http://jornaldocarro.estadao.com.br/fanaticos/fiat-40-anos-a-historia-da-marca-no-mundo/
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/os-bastidores-e-curiosidades-da-chegada-da-fiat-ao-brasil/
http://maistuning.com/marcas/historia-fiat
http://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/um-salto-industrial-em-minas/

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