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Aula_06

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FILOSOFIA E ÉTICA
AULA 6: A RESPONSABILIDADE MORAL O DETERMINISMO E A LIBERDADE (Parte II)
Tema da Apresentação
AULA 6: A Responsabilidade Moral
FILOSOFIA E ÉTICA
Conteúdo Programático da aula 6
Principais Teorias acerca da Responsabilidade Moral
Tema da Apresentação
AULA 6: A Responsabilidade Moral
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Sejam bem vindos a nossa sexta aula tele transmitida da disciplina de Filosofia e Ética, estaremos juntos no decorrer dos seus estudos, aproveitem e desejo a todos sucesso.
Como vimos na aula anterior quando o indivíduo não tem liberdade de escolha não podemos falar em responsabilidade moral. Assim sendo estamos diante de um dilema que precisa determinar as relações entre a liberdade de escolha e as determinações que impedem que ela ocorra. 
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 A livre escolha é chamada de livre-arbítrio, logo precisamos estabelecer quando o livre-arbítrio de um indivíduo está impedido de funcionar livremente. Ele estará impedido de funcionar livremente quando as determinações externas ou internas impedirem alguém de decidir com seu livre-arbítrio como nas coações externa e nas coações internas.
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Três posições foram tradicionalmente apresentadas para elucidar esse problema, o das condições nas quais há que se falar ou não que houve liberdade de escolha e por isso se pode imputar responsabilidade moral.
A primeira posição é aquela do determinismo absoluto
A segunda posição é aquela na qual sempre o indivíduo é livre para escolher.
A terceira posição é a dialética entre a liberdade e a necessidade
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A primeira posição é aquela do determinismo absoluto, por essa posição jamais existe liberdade, pois sempre e em todo momento o ser humano está submetido ao jogo das determinações, por ela nunca há liberdade e por isso nunca haverá responsabilidade moral. 
A segunda posição é aquela na qual sempre o indivíduo é livre para escolher mesmo quando existem impedimentos externos ou internos. Assim, pois nenhuma causa externa ou interna é de fato suficiente para impedir a liberdade de escolha.
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Tanto a tese do determinismo absoluto quanto a tese da liberdade absoluta são muito radicais, por isso surgiu uma terceira posição mais equilibrada e que tenta relacionar dialeticamente as duas anteriores, essa terceira posição é a dialética entre a liberdade e a necessidade, em cada situação é preciso avaliar qual o grau de liberdade e qual o grau de necessidade que estavam envolvidos para que possamos entender se havia ou não possibilidade de agir com responsabilidade moral e livre-arbítrio.
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 Resumindo as três posições filosóficas fundamentais:
1ª) Representada pelo determinismo em sentido absoluto.
2ª) Representada por um libertarismo concebido também de maneira absoluta.
3ª) Representada por uma forma de determinismo que admite ou é compatível com certa liberdade.
Vejamos cada uma delas em particular
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O determinismo absoluto
O determinismo absoluto parte do princípio de que neste mundo tudo tem uma causa. Essa determinação causal significa um conjunto de circunstâncias que determinam o comportamento do agente de maneira que o ato, supostamente livre, não é senão um efeito de uma causa ou de uma série causal. 
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Se tudo é causado, por conseguinte não existe liberdade humana e, portanto, responsabilidade moral. Portanto, o determinismo absoluto é incompatível com a liberdade humana (com a existência de várias formas possíveis de comportamento e com a possibilidade de escolher livremente uma delas).
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O libertarismo:
De acordo com esta posição, ser livre significa decidir e operar como se quer, ou seja, poder agir de modo diferente de como fizemos se assim quiséssemos e decidíssemos. Isso contradiz o princípio de que tudo está determinado causalmente. 
A característica desta posição é a contraposição entre liberdade e necessidade causal. No ato moral o sujeito não decide arbitrariamente, pois obedece também, no seu comportamento, a causas internas e externas, imediatas e mediatas, de modo que, longe de romper a cadeia causal, a pressupões necessariamente.
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A liberdade da vontade, longe de excluir a causalidade, no sentido da ruptura da conexão causal ou de uma negação total desta (indeterminismo), pressupõe inevitavelmente a necessidade causal. Por conseguinte, o libertarismo, como determinismo absoluto, ao estabelecer uma oposição absoluta entre necessidade causal e liberdade, não pode dar uma solução satisfatória ao problema da liberdade da vontade como condição necessária da responsabilidade moral.
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Dialética da liberdade e da necessidade
Para o libertarismo, se as decisões e os atos dos indivíduos não estão sujeitos à necessidade e são resultados do acaso, carece de sentido torná-los responsáveis moralmente pelos seus atos e procurar influir na sua conduta moral. Liberdade e causalidade não podem excluir-se reciprocamente. 
As três tentativas mais importantes de superar dialeticamente a antítese entre liberdade e necessidade causal são as de Spinoza, Hegel e a de Marx e Engels. 
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Spinoza- A liberdade não pode conceber independentemente da necessidade. Ser livre é ter consciência da necessidade ou compreender que tudo o que sucede, por conseguinte, também o que acontece a nós é necessário. 
Nisto se diferenciam o homem livre e o escravo, o qual, por não compreender a necessidade, está cegamente sujeito a ela. A liberdade humana reside no conhecimento da necessidade objetiva. A doutrina de Spinoza se aproxima da solução do problema, mas ainda não a alcança. Não basta conhecer para ser livre
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Hegel- De certo modo, se move no mesmo plano de Spinoza ("a liberdade é a necessidade compreendida"). Porém, para Hegel, a liberdade é histórica: há graus de liberdade e de conhecimento da necessidade. ("a história é progresso na liberdade").
Marx e Engels aceitam as duas características antes assinaladas: a de Spinoza (liberdade como consciência da necessidade) e a de Hegel (sua historicidade). Mas, além disto, a liberdade, para esses, acarreta um poder, um domínio do homem sobre a natureza e, por sua vez, sobre a sua própria natureza.
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O desenvolvimento da liberdade está, pois, ligado ao desenvolvimento do homem como ser prático, transformador ou criador. A necessidade é uma das condições necessárias da liberdade, e esta também possui caráter histórico-social. Os níveis de liberdade são níveis de desenvolvimento do homem como ser prático, histórico e social. A liberdade implica uma ação do homem baseada na compreensão da necessidade causal.
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Os níveis de liberdade são níveis de desenvolvimento do homem como ser prático, histórico e social. A liberdade implica uma ação do homem baseada na compreensão da necessidade causal.
Nesta solução, proposta por Marx e Engels, os contrários (necessidade e liberdade) se superam (ou conciliam) dialeticamente. 
A responsabilidade moral pressupõe, necessariamente, certo grau de liberdade, mas esta,
por sua vez, implica também, inevitavelmente, a necessidade causal. Responsabilidade moral, liberdade e necessidade estão, portanto, entrelaçadas indissoluvelmente no ato moral.
 
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OS VALORES
A escolha de um ato moral e baseada na preferência do que se nos apresenta como um comportamento mais digno, mais elevado moralmente, mais valioso.
A presença de um conteúdo axiológico (axios = valor) não significa que a conduta seja boa ou positiva moralmente, podendo ser também má e digna de condenação ou censura.
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Antes de examinarmos o conteúdo axiológico do ato é necessário determinarmos o significado ou conhecermos os parâmetros utilizados para os termos valor e valioso. Consideramos valioso um ato moral, mas têm noutro sentido os atos políticos, jurídicos e econômicos, também os objetos da natureza (porção de terra, árvores); objetos produzidos pelo homem, e em geral os diversos produtos humanos (obra de arte, código de justiça).
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Definição do valor
O valor não existe por si, mas a partir de objetos reais que possuem valor.
O valor não é propriedade dos objetos em si, mas propriedade adquirida graças a sua relação com o homem como ser social. Mas, por sua vez, os objetos podem ter o valor somente quando dotados realmente de certas propriedades objetivas.
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O objetivismo e o subjetivismo Axiológicos
Subjetivismo axiológico:
.a necessidade ou desejo humano pelo objeto é que lhe confere o valor. 
.o subjetivismo axiológico sustenta que não existem objetos de valor em si. 
.no subjetivismo o valor do objeto depende da reação psíquica do sujeito.
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O subjetivismo falha quando tenta reduzir o valor a uma mera vivência do estado psíquico subjetivo humano.
A reação do sujeito não é exclusivamente pessoal, pois este mesmo sujeito está inserido em uma determinada época, cultura e sociedade, e seus juízos e apreciações são preceitos formados pela vivência nesta sociedade.
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Objetivismo axiológico:
O belo e o bom existem idealmente como entidades supra-empíricas, intemporais, imutáveis e absolutas, subsistente em si e por si, independente da relação que o homem possa manter com elas. No objetivismo axiológico, os valores constituem um reino particular, subsistente por si próprio. São absolutos, imutáveis e incondicionados. 
Os valores relacionam-se de forma especial com as coisas reais valiosas que chamamos bens. Nos bens encarna-se determinado valor: nas coisas úteis: a utilidade, nas belas: a beleza, etc. 
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Os valores são independentes dos bens nos quais se encarnam. Os valores não precisam dos bens reais para existir. Os bens são valiosos somente quando encarnam um valor. 
Os valores são imutáveis, no entanto, os bens nos quais os valores se realizam mudam de uma época para outra. Os valores não têm existência real, existem de maneira platônica (idealizada).
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 Os valores não são explicados satisfatoriamente nem pelo objetivismo nem pelo subjetivismo. Os valores são concepções criadas pelo homem, e só existem e se realizam no homem e pelo homem. Os seres da natureza não criados pelo homem, só adquirem valor quando entram numa relação especial com ele, integrando-se ao seu mundo, como coisas humanas ou humanizadas. Somente se tornam coisas valiosas quando atendem às necessidades dos homens.
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Os valores em suma, não existem em si e por si independentemente dos objetos reais, nem tampouco independentemente da relação com o sujeito (o homem social), existem unicamente em um mundo social; isto é pelo homem e para o homem.
A partir da próxima aula vamos examinar as principais concepções éticas propostas pelos filósofos, bem como sistemas morais que foram relevantes para a formação ética e moral ocidental 
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Resumindo as três posições filosóficas fundamentais estudadas na aula de hoje:
1ª) Representada pelo determinismo em sentido absoluto.
2ª) Representada por um libertarismo concebido também de maneira absoluta.
3ª) Representada por uma forma de determinismo que admite ou é compatível com certa liberdade.
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Na próxima aula vamos juntos abordar:
 Os fundamentos gerais da ética grega
1. Apresentar, sob a relação Oriente-Ocidente, elementos histórico-filosóficos que tornam a ética uma disciplina filosófica no mundo ocidental;
2. Introduzir escolas de pensamento que caracterizam a ética no mundo grego antigo. 
Não percam e até breve!
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