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Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 1 Disciplina: CENÁRIOS ECONÔMICOS Aula 15 FATORES DO PIB Prof. Francisco J. de Arimatéia Gugik FATORES ECONÔMICOS DO PIB SAIBA INTERPRETAR O DADO DO PIB PARA SEUS INVESTIMENTOS O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 2,3% * em 2013. Muitos investidores, no entanto, especialmente os pequenos, podem encontrar dificuldade em saber como interpretar esse tipo de informação. A chave para interpretar um indicador econômico como este, segundo especialistas, está na análise do resultado em relação às projeções do mercado. "O que acontece é que o mercado sempre antecipa o resultado do indicador. São feitos cálculos com base em diversos fatores – no caso do PIB, seriam os desempenhos de cada setor da economia, por exemplo – e, através deles, se chega a uma projeção. Quando as perspectivas são conhecidas, os investidores já começam a ajustar suas aplicações em cima destes números", explica o economista Homero Guizzo, da LCA Consultores. O problema é que, em alguns casos, o resultado oficial do indicador pode vir acima ou abaixo do esperado e, segundo Guizzo, é nessa hora que o investidor deve saber analisar o número. O resultado divulgado hoje (27 de fevereiro de 2.014), por exemplo, divergiu do estimado pelo Banco Central. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 2 Seu indicador IBC-Br **, usado para mensurar mensalmente o desempenho da economia, apontava uma retração de 0,17% do PIB no quarto trimestre (2013) e um avanço de 2,52% no ano. O desempenho ficou próximo das previsões de analistas. A maioria dos bancos e instituições financeiras previa um avanço entre 0,3% e 0,5% no último trimestre e entre 2,2% e 2,3% no ano. "Se o crescimento do PIB vem acima do que o mercado está esperando, isso tende a pressionar as taxas prefixadas para cima, portanto é uma notícia ruim para quem já está neste tipo de aplicação (cuja remuneração é determinada no momento da aplicação)", explica João Júnior, da ICAP do Brasil ( A ICAP do Brasil - Brasil Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Londres e faz parte do índice FTSE 100 - é um índice calculado pela FTSE The Index Company - A Empresa Índice. Representa um pool 100 ações representativas da Bolsa de Valores de Londres, visando detectar movimentos de alta ou baixa nas cotações. A FTSE é uma companhia independente de propriedade conjunta do Jornal The Financial Times e da London Stock Exchange - Loja de Câmbio de Londres, objetiva o manejo dos índices e serviços correlatos de dados, em escala internacional, além do Reino Unido. Informações sobre a empresa podem ser obtidas nos principais sites de finanças como Reuters, Bloomberg, Yahoo Finance e Google Finance. O código da ação é IAP.L, IAP:LN, IAP.L e IAP, respectivamente. O Brasil é considerado pela ICAP como um mercado estratégico. Alavancado pelo crescimento dos últimos anos, o país tem potencial para representar mais de 80% da receita da empresa na América do Sul. A operação brasileira reforça a presença da ICAP na América Latina, já estabelecida na Argentina, no Chile, no Equador, na Colômbia e no México). "Mas, se o indicador mostra um resultado pior que o esperado, o efeito seria contrário, pressionando as taxas prefixadas para baixo", completa o Economista Guizzo. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 3 CÂMBIO E AÇÕES No mercado de câmbio, os efeitos do PIB são indiretos, o que dificulta a compreensão do pequeno investidor, dizem os especialistas. "Os investidores estrangeiros estão receosos com a política econômica do governo brasileiro e evitam trazer novas aplicações para o país, o que reduz a oferta de dólares e pressiona a cotação da moeda americana", diz Felipe Miranda, da Empiricus Research. "Dados positivos de atividade, porém, tendem a ter efeito favorável ao câmbio, ajudando o preço a cair", acrescenta. Para o mercado de ações, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, afirma que o desempenho do PIB tem peso relevante, especialmente sobre os papéis de companhias ligadas ao setor de consumo. "O indicador de PIB é interessante para quem investe na Bolsa. Se as empresas listadas estão em uma economia chamada Brasil, então, a atividade econômica do Brasil tem que se refletir na Bolsa", explica. "Quando a economia vai mal, a Bolsa, no geral, tende a ir mal também", acrescenta. O economista avalia que o setor de consumo tem forte peso na composição do PIB, por isso o dado costuma refletir mais sobre as ações de empresas que atuam neste segmento. ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE 2,3% EM 2013 Em linha com as expectativas, a economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, segundo dados do PIB divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (27 Fev. 2014). O resultado supera a alta de 1% de 2012, mas converte-se no terceiro ano de fraco crescimento econômico –em 2011, a alta foi de 2,7%. No quarto trimestre, houve avanço de 0,7% em relação ao terceiro trimestre –quando o PIB havia se contraído em 0,5% –, acima do previsto pelo mercado. Já na comparação com o quarto trimestre de 2012, o indicador registrou expansão de 1,9%. Em valores, o PIB de 2013 somou R$ 4,84 trilhões. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 4 Na média dos três anos de governo Dilma, a economia do país avançou cerca de 2%, conforme gráfico 1. Ao início do ano passado, esperava-se mais. Mas vários fatores contribuíram para a frustração, dentre os quais o esfriamento do consumo diante de juros maiores, crédito restrito, inadimplência ainda em patamar elevado. Outra trava ao crescimento do PIB e do consumo veio do preço mais altos. Com a inflação de 5,91% de 2013 concentrada em alimentos e serviços, muitas famílias reduziram suas cestas de consumo. Gráfico 1 - Evolução do PIB Brasileiro 2.000 – 2013 Fonte: Editoria de Arte/Folhapress O gráfico 1 não declara alguns detalhamentos de fatores assim como, a indústria produziu apenas 1,3% mais em 2013. Já no caso dos serviços, a alta foi de 2% no ano passado. A agropecuária registrou expansão de 7%, embalada pela safra recorde de grãos. Foi o melhor resultado do segmento da série histórica do IBGE, iniciada em 1996. Pela ótica dos setores que demandam os produtos desses ramos, o consumo das famílias medido pelo PIB desacelerou e cresceu 2,3%, após uma alta de 3,2% em 2012. Já os investimentos reagiram e foram o destaque positivo, com expansão de 6,3%, invertendo a queda de 4% de 2012. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 5 O consumo do governo cresceu 1,9%. As exportações avançaram 2,5% em 2013, num ritmo menor do que o crescimento das importações –alta de 8,4%. Esse descompasso mostra que o setor externo contribuiu negativamente para o PIB, pois as importações entram com sinal negativo já que são produtos e serviços gerados fora do país. TRIMESTRES Os dados do PIB do quarto trimestre de 2.013 ficaram um pouco acima das previsões, de uma alta em torno de 0,5%. Já no acumulado do ano, o resultado verificado se aproximou do previsto por analistas, que esperavam uma taxa entre 2,2% e 2,3%. O resultado melhor do que o esperado nos últimos três meses do ano foi reflexo da exportação de bens e serviços, de 4,1%, sob a óticada demanda, em movimento contrário ao de todo o resto do ano. A gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, explicou que a variação nas exportações deveu-se majoritariamente pelo efeito câmbio, uma vez que a desvalorização do real foi mais acentuada no segundo semestre. Em outras palavras, a receita de exportações em dólar é transformada, dentro do país, em mais reais. Além disso, em tese o dólar mais forte torna os bens exportados pelo país mais baratos no mercado externo. No 3º trimestre, o crescimento havia sido de 0,5%. Após as exportações, o consumo do governo foi o que mais avançou (0,8%). O consumo das famílias veio fraco, 0,3%. Sob a ótica da produção, o setor de serviços puxou o avanço do país, com expansão de 0,7%, nos três últimos meses de 2013, em especial os serviços de informação, com avanço de 4,8%, e serviços bancários, de 2%. No período, o destaque negativo ficou por conta da indústria, que retraiu 0,2% no período. PREVISÃO Para 2014, a expectativa de analistas é de mais um ano de fraco crescimento econômico diante das previsões de desaceleração do emprego e do Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 6 rendimento, da inflação ainda alta e do crédito restrito, além da fraca confiança de empresários e consumidores – esses dois últimos também limitaram o desempenho da economia em 2013. As previsões apontam para uma taxa entre 1,8% e 2,2%. "Este fraco desempenho previsto para o ano de 2.014 é questionável enquanto se demonstre e se compare o desempenho de alguns países pelo mundo, inclusive os ditos países de 1º mundo", afirma o professor Francisco José de Arimathea Gugik, da Faculdade Padre João Bagozzi; esta análise pode ser feita com vistas ao gráfico 2, onde fica demonstrado que, apesar de diminuto, o PIB brasileiro não pode ser considerado menos importante comparativamente: Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 7 Disciplina: CENÁRIOS ECONÔMICOS Aula 16 FATORES DO PIB Prof. Francisco J. de Arimatéia Gugik FATORES ECONÔMICOS DO PIB SAIBA INTERPRETAR O DADO DO PIB PARA SEUS INVESTIMENTOS Gráfico 2 - Demonstrativo comparativo do PIB pelo Mundo. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 8 ** Índice do BC aponta queda na economia por 2 trimestres seguidos A atividade econômica brasileira fechou 2013 com expansão de 2,52%, segundo estimativa apontada pelo Índice do Banco Central do Brasil (IBC-Br), conforme se vê no gráfico 3, mostrando um avanço mais expressivo do que o verificado no ano anterior, quando a economia cresceu apenas 1,64% de acordo com os cálculos da instituição: Gráfico 3 - Expansão do IBC-Br mês-a-mês em 2.013. Os dados do IBC-BR, indicador divulgado nesta sexta-feira (14 Fev. 2014) pelo Banco Central (BC) apontam retração nos dois últimos trimestre do ano. As informações da autoridade monetária mostram que o último semestre de 2013 foi especialmente ruim para a economia brasileira. Após avanço de 1,3% nos três primeiros meses do ano e nova alta de 0,7% no período de abril a junho, o indicador ficou no vermelho o resto do ano. Houve retração de 0,2% na atividade no terceiro trimestre, uma queda que se repetiu nos três últimos meses de 2013. Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 9 Em dezembro, a redução da atividade econômica foi de 1,35% frente ao mês anterior. Neste caso, a comparação é feita excluindo-se os fatores sazonais, como o efeito das compras de final de ano, por exemplo. Em 2012, o último mês do ano havia apresentado alta de 0,26% também na série ajustada. PIB O índice IBC-Br já foi considerado uma "prévia" do crescimento do PIB, mas deixou de ser usado assim porque os resultados não são próximos. Os dados do IBGE já indicaram uma retração no terceiro trimestre (-0,5%), mas o dado oficial dos últimos três meses do ano de 2013 ainda não haviam sido publicados. No ano passado - 2.013 - a divergência entre o número apresentado pelo BC e o instituto foi grande e levantou debate sobre as metodologias utilizadas. Enquanto o IBC-BR calculou a expansão da atividade econômica em 1,65%, o IBGE apontou alta de apenas 0,9% – índice posteriormente revisado para 1%. Ao longo de 2013, o mercado alterou intensamente suas projeções para o PIB. No início do ano, antecipava expansão de pelo menos 3,1% na atividade econômica, segundo o relatório Focus do Banco Central, que apura as expectativas de analistas e instituições privadas. A última estimativa, publicada no mês passado, era de 2,28%, abaixo do que mostrou o BC. Para este ano, as projeções começaram mais pessimistas. O mercado espera avanço de 1,9% no PIB, de acordo com o último relatório Focus. RESULTADO ESPERADO O desempenho da atividade econômica em dezembro de 2.013, segundo analistas ouvidos pelo Jornal Folha de São Paulo era esperado diante dos fracos resultados da indústria e do varejo, já antecipados pelo IBGE. As vendas no comércio varejista no último mês de 2013 caíram 1,5% frente a novembro após os ajustes sazonais. Das dez atividades que compõem o varejo, Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 10 seis apresentaram retração, com destaque para as vendas de móveis e eletrodomésticos e de veículos. O resultado do comércio varejista indica o comportamento do segmento de serviços, que representa 65% da atividade econômica brasileira. Já a atividade industrial, que corresponde a cerca de um quarto do PIB, caiu ainda mais em dezembro: 3,5%. "Esperávamos uma queda de 1,5%, porque a indústria vinha acumulando estoques e o aumento da produção acaba sendo limitado mesmo. Mas veio ainda pior. Foi particularmente muito ruim, porque atingiu a produção de bens de capital, que vinha sustentando a indústria ao longo do ano", afirmou Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências. No ano de 2.013, a indústria cresceu 1,2% e as vendas no varejo aumentaram 4,3%, o que impulsionou o resultado positivo deste ano. O comportamento da atividade no segundo semestre é explicado em parte pelo endividamento das famílias, por volta de 45% da renda e pela inflação, que no ano passado - 2013 - fechou em 5,91%, próxima ao teto da meta de 6,5% ao ano. Fonte: Jornal Folha de São Paulo. Saiba interpretar o dado do PIB para seus investimentos. Publicado em: 27 Fev. 2014, 10:01:00. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1418606-saiba-interpretar-o- dado-do-pib-para-seus-investimentos.shtml>. Acesso em: 07 Abr. 2014, 16:37:00. Adaptado pelo Professor Francisco José de Arimathea Gugik, Faculdade Padre João Bagozzi, Disciplina Cenários Econômicos EaD - Ensino à Distância, com fins exclusivamente didáticos. LIMA, Pedro Soares Samantha. Jornal Folha de São Paulo. Economia brasileira cresce 2,3% em 2013. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1418579-economia-brasileira- cresce-23-em-2013.shtmlem>. Publicado em: 27 Fev. 2014, 09:00:00, Atualizado em 27 Fev. 2014, 10:29:00,27/02/2014 09h00. Acesso em: 07 Abr. 2014, Rua Caetano Marchesini, 952 ● Portão ● Curitiba/PR ● Tel. (41) 3521 2727 11 16:39:00. Adaptado pelo Professor Francisco José de Arimathea Gugik, Faculdade Padre João Bagozzi, Disciplina CenáriosEconômicos EaD - Ensino à Distância, com fins exclusivamente didáticos. Jornal Folha de São Paulo. Índice do BC aponta queda na economia por 2 trimestres seguidos. Publicado em: 14 Fev. 2014, 08:40:00. Atualizado em 14 Fev. 2014, 16:19:00. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/02/1412119-indice-de-atividade-do-bc-indica-crescimento-de-25-em- 2013.shtml>. Acesso em: 07 Abr. 2014, 16:41:00. Adaptado pelo Professor Francisco José de Arimathea Gugik, Faculdade Padre João Bagozzi, Disciplina Cenários Econômicos EaD - Ensino à Distância, com fins exclusivamente didáticos.
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