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FACULDADE DE TEOLOGIA AVIVAMENTO BÍBLICO CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA MAYARA DE CONTI LOURENÇO DE OLIVEIRA ATIVIDADE DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO SÃO BERNARDO DO CAMPO – 2017 MAYARA DE CONTI LOURENÇO DE OLIVEIRA ATIVIDADE DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Trabalho elaborado a pedido do professor Elmer Mendes, na disciplina de Psicologia da Educação, do curso de Teologia da FATAB. SÃO BERNARDO DO CAMPO OUTUBRO – 2017 Título: ATIVIDADE DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO (Questionário) AUTORA: MAYARA DE CONTI LOURENÇO DE OLIVEIRA APROVADA EM: ____________. EXAMINADOR: Professor: Elmer Mendes A CADEIRA DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA DA FATAB Questionário 1. Numa visão relação professor-aluno, qual a importância da motivação e da criatividade. A motivação é fundamental para que o aluno aprenda. Hoje, diversos professores, fazem várias atividades na tentativa de manter os alunos motivados e atraídos pela aula, e conteúdo da matéria. No processo ensino aprendizagem acredita-se que a relação estabelecida entre professor e aluno é de extrema relevância. Contudo, a motivação deve estar presente em todos os momentos. Algumas pesquisas mostram que a relação entre a aprendizagem e a motivação vai além de qualquer pré-condição estabelecida, ela é recíproca e, dessa forma, a motivação pode produzir um efeito na aprendizagem e no desempenho, assim como a aprendizagem pode interferir na motivação. 2. Defina: O que é Maturidade? Cite tipos de Maturidade. Maturidade ou Maturação, é o desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e orgânicas. Abrange padrões de comportamento resultantes da atuação de algum mecanismo interno. A maturação conduz ao desenvolvimento do potencial do organismo e pode depender ou não de treino ou estimulação ambiental. A palavra “maturidade” é um substantivo abstrato, que nomeia uma condição de aptidão para um fim. Uma coisa que tem essa condição está madura, pronta. Porem atualmente é muito difícil de “medir” a maturidade de alguém, depende de cada pessoa, de cada caso e da aptidão de cada pessoa. Toda a atividade humana depende de maturidade e crescimento. Desde o mais simples comportamento, como segurar um objeto, até coisas mais complexas. A maturidade, na verdade não é algo final, pois é um processo em constante desenvolvimento, ocorrendo em várias etapas, do nascimento até a morte. A maturidade pode ser visualizada em diversas áreas da nossa vida, sendo relacionada a ter consciência, saber agir no momento certo, entre outras. Existem alguns tipos de maturidade, como maturidade espiritual, emocional, social e intelectual. Exemplos de maturidade cristã: quando a pessoa conhece a si mesma e se aceita como é, aprende a amar os outros e a ter empatia, quando a pessoa reconhece seus erros. A maturidade espiritual, por exemplo, pode ser considerada como a capacidade do indivíduo de entender e cumprir o projeto de Deus para sua vida, sendo submetido à vontade soberana de Deus. A maturidade espiritual é aprender a caminhar em obediência a Deus. É fazer a escolha de viver pelo ponto de vista de Deus ao invés do seu ponto de vista humano. Gálatas 5:16 e 25 nos ensinam: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." A palavra "andar" no versículo 16 vem da palavra grega peripateo, que significa "andar com um propósito em vista". A palavra "andar" no versículo 25 é traduzido de uma outra palavra grega stoicheo e significa "passo a passo, um passo de cada vez". É aprender a andar sob a instrução do Espírito Santo. 3. Descreva as Fases do Desenvolvimento nas teorias de Jean Piaget, Lev Vygotsky e Henri Wallon. Segundo as teorias de Vygotsky o ser humano se desenvolve a partir do aprendizado, que envolve a interferência direta ou indireta de outros seres humanos, sendo que a mediação faz a diferença, interferindo na relação de aprendizagem da criança e fazendo com que as funções psicológicas superiores se desenvolvam no ser humano. Cita que o jogo é um instrumento importante para esse desenvolvimento, sendo que os jogos e suas regras criam nos alunos uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP), proporcionando desafios e estímulos para a busca de conquistas mais avançadas, ensinando também a separar objetos e significados. Vygotsky explica que a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é o percurso que o ser humano faz até chegar a um nível de amadurecimento real, sendo chamado por ele de zona de desenvolvimento real (ZDR) que é a capacidade do ser humano realizar tarefas independentes. Para Piaget, a construção da inteligência acontece em etapas sucessivas com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras chamadas por ele de construtivismo sequencial. SENSÓRIO-MOTOR (do nascimento aos 2 anos) – Nessa fase a inteligência trabalha por meio das percepções (simbólico) e das ações (motor) através do deslocamento do próprio corpo. A linguagem está sendo formada e vai da repetição de sílabas à formação de palavras frase, já que a criança não representa mentalmente o objeto e as ações. SIMBÓLICO (dos 2 aos 4 anos) – Surge a função semiótica, fase em que a criança pode criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação; é o período da fantasia, do faz de conta e do jogo de símbolos. INTUITIVO (dos 4 aos 7 anos) – Instala-se o desejo de explicação dos fenômenos, a fase dos porquês. A criança começa a distinguir a fantasia do real, e o pensamento continua centrado no próprio ponto de vista. OPERATÓRIO CONCRETO (dos 7 aos 11 anos) – O indivíduo já é capaz de ordenar o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é feita em grupos, e ele já pode compreender regras. OPERATÓRIO ABSTRATO (após os 11 anos) – Corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. Nessa fase o indivíduo está se liberando do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. Para Vygotsky, a aquisição da linguagem passa por três fases: a linguagem social, que seria esta que tem por função denominar e comunicar, e seria a primeira linguagem que surge. Depois teríamos a linguagem egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento. Em comparação à abordagem dentro-fora de Piaget, Vygotsky enfatiza o papel do ambiente no desenvolvimento intelectual das crianças. Postula que o desenvolvimento procede enormemente de fora para dentro, pela internalização – a absorção do conhecimento proveniente do contexto. Assim, as influências sociais, em vez de biológicas, são fundamentais na sua teoria. Segundo Wallon a criança aprende a partir de trocas sociais e uma delas é a imitação. Pela imitação a criança expressa seus desejos de participar e se diferenciar dos outros. A teoria de Wallon considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio em que esta imersa, com seus aspectos afetivos, cognitivos e motor também integrados. As etapas do desenvolvimento são as seguintes, segundo o pesquisador: a) Período da vida intra-uterina: Dependência biológica do organismo materno, mas já se faz presente no meio social. b) Estágio Impulsivo: Após o nascimento a criança depende de si própria em relação a respiração e a capacidade de auto regulação da temperatura do seu organismo,no restante depende especialmente da mãe. A importância dessa atenção refere-se ao desenvolvimento psíquico e físico. É período das necessidades alimentares e posturais. A criança começa a conhecer os sofrimentos da espera e da privação. Os primeiros gestos são manifestados a partir da emoção. c) Estágio emocional: Por volta dos seis meses a criança manifesta um maior número de expressões emocionais como: raiva, dor tristeza, alegria, começa a engatinhar e por volta dos 9 meses desenvolve o humor. É importante desde o nascimento conversar com a criança, pois é por meio da linguagem que ela vai se apropriando da cultura em que esta inserida. d) Estágio sensório motor: Do primeiro ano de vida ao começo do segundo a criança procura explorar o mundo ao seu redor, suas principais atividades são a marcha e a fala, brinca com objetos e caminha. e) Período do Personalismo: Entre 3 aos 6 anos a criança é opositora, imitadora, curiosa. Ela confronta com tudo sem motivo aparente. Tem necessidade de se afirmar de conquistar autonomia, é o período em que diz não a tudo, nesta fase a criança gosta de imitar um personagem, alguém preferido ou invejado, e o ambiente escolar e familiar são vitais para o seu desenvolvimento. f) Período da Puberdade: Varia dos 7 a aos 11 anos. Adolescência dos 12 aos 18 anos: Inicia-se o pensamento lógico e organizado, tem maior interesse pelas interações sociais, preocupa-se com o estilo de roupa e cabelo etc. Transformações e psicológicas e sociais. g) Período da fase adulta: nesta fase, a pessoa atinge um equilíbrio entre a alternância de se voltar para o seu interior e o interesse pelo intelectual. Neste momento o adulto continua se desenvolvendo emocionalmente e intelectualmente. 4. Pesquise a função e algumas teorias do Lúdico na aprendizagem. A palavra “lúdico”, se origina do latim ludus que significa brincar. Corbalán menciona o que entendemos ser uma excelente contribuição para que possamos expressar nossa concepção do lúdico e de seu uso como instrumento metodológico na formação dos professores para que mude sua prática nas aulas de matemática: Ensinar e aprender matemática pode e deve ser uma experiência com bom êxito do sentido de algo que traz felicidade aos alunos. Curiosamente quase nunca se cita a felicidade dentro dos objetivos a serem alcançados no processo ensino-aprendizagem, é evidente que só poderemos falar de um trabalho docente bem feito quando todos alcançarmos um grau de felicidade satisfatório. (CORBALÁN, apud ALSINA, 1994, p. 14). Na história antiga há relatos de que o ato de brincar era desenvolvido por toda a família, até quando os pais ensinavam os ofícios para seus filhos. Outros teóricos também contribuíram para que o lúdico pudesse ser utilizado na educação dentro do processo de ensino e aprendizagem. Como: Rousseau e Pestalozzi, no século XVIII; Dewey, no século XIX; e no século XX, Montessori, Vygotsky e Piaget. 5. O que é Construtivismo? O Construtivismo pode ser caracterizado como uma corrente de pensamento que cresceu, especialmente no campo da pedagogia, inspirada na obra de Jean Piaget (1896-1930), biólogo suíço reconhecido por dedicar sua obra ao entendimento dos processos de aquisição do conhecimento humano. Os conceitos piagetianos mais fundamentais fazem referência aos mecanismos de funcionamento da inteligência e a constituição/construção do sujeito a partir de sua interação com o meio. Nessa perspectiva as estruturas cognitivas do sujeito não nascem prontas, motivo pelo qual o conhecimento repousa em todos os níveis onde ocorre a interação entre os sujeitos e os objetos durante o seu processo de desenvolvimento. Mesmo não sendo um educador, Piaget elaborou uma teoria do conhecimento acerca do desenvolvimento da inteligência, deixando grandes contribuições quando aplicadas à pedagogia. Por exemplo; a educação deve possibilitar à criança seu pleno desenvolvimento durante todos os estágios de maturação da inteligência – que se inicia no nascimento, com reflexos neurológicos básicos (estágio sensório-motor) e caminha até o início da adolescência, com o desenvolvimento do raciocínio lógico (estágio operatório formal). A aprendizagem não acontece de forma passiva pelo aluno, cabendo ao professor a tarefa de criar possibilidades enquanto sujeito mediador da aprendizagem e promover situações problema que permitam o conflito e consequentemente avanço cognitivo de cada aluno na sua individualidade, promovendo o desenvolvimento das estruturas de pensamento, raciocínio lógico, julgamento e argumentação. 6. Tendo em vista a relevância da Inclusão pesquise técnicas pedagógicas para pessoas com necessidades especiais. (auditivo, visual e intelectual) O pressuposto básico da Educação Especial é a acessibilidade do estudante com necessidades educacionais especiais à educacão de qualidade, preferencialmente em ambientes inclusivos, a fim de que esse se beneficie de oportunidades educacionais que favoreçam sua formação pessoal. A concepção de educação, deve ser centralizada no estudante, focar em seu potencial e capacidade, e enfatizar o papel do professor como agente educativo mediador e facilitador do processo de aprendizagem. Técnicas e dicas 1. Ter conhecimento de como o cérebro processa a língua ajuda a personalizar as atividades e catalisar aprendizagem. 2. Elogiar e estabelecer bom relacionamento com o aluno, estabelecer vínculo (chamar o aluno pelo nome, ter contato visual, sorrir, criar uma relação amigável, atentar para dúvidas e ter paciência com elas, usar bom humor, etc…). 3. Alunos que precisam se movimentar mais durante uma aula – usar como assistente e dar também um pequeno intervalo para tomar água, para os hiperativos um brinquedinho bem pequeno que não produz som nenhum (tipo bichinho de pelúcia) para acalmar, passar conforto. 4. Demandar que o aluno produza dentro de sua capacidade de produção. Cada aluno deverá trabalhar dentro de suas possibilidades (isto é inclusão). 5. Apoio emocional em casa e na escola. Isso pode ajudar a superar os traumas de ser um aluno diferente de seus colegas. 6. Valorizar cada habilidade que um aluno demonstrar. 7. Incentivar o aluno a sentar-se próximo ao professor. 8. Conhecer cada aluno, conversar com eles, e em alguns casos, ter os números de contato da família. 9. Contar histórias pode ajudar disléxicos com leitura/escrita. 10. Trabalhar a consciência dos outros alunos em relação a alunos com necessidades especiais. Incluir é fazer com que todos se sintam confortáveis. 11. Registrar a aula, para auxiliar os alunos portadores de deficiência visual, ter o material adequado para cada aluno, de acordo com sua necessidade e idade. e considerar se será necessário falar do conteúdo antes da aula. 12. Solicitar o apoio de instituições como associações de classe, e nos cursos de formação. Entrar em contato com editoras para fornecer opções para alunos com necessidades visuais. 13. Disponibilizar material de apoio para os pais, a fim de fortalecer os laços, e para que a inclusão seja algo natural. CORBALÁN, F. Juegos matemáticos para secundaria y bachillerato. Madrid: Sintesis, 1994.
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