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FUNÇÃO RENAL RESUMO

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FUNÇÃO RENAL
- A formação da urina ocorre através da filtração glomerular e passagem pelos túbulos renais, onde ocorre a reabsorção e secreção tubular. Trata-se da principal via de excreção de solutos e água, o filtrado glomerular é quase semelhante ao plasma. A taxa de filtração glomerular é a velocidade com que um fluido se move do plasma para o filtrado glomerular, sendo dependente do fluxo plasmático renal, volume sanguíneo, débito cardíaco, número de glomérulos funcionais, constrição ou dilatação das arteríolas renais eferentes e aferentes.
-Algumas substâncias presentes nos solutos, ao serem filtrados, agem de formas diferentes, como por exemplo:
*Glicose: passa livremente pela barreira de filtração glomerular sendo totalmente reabsorvida nos túbulos proximais
*Proteínas e Aminoácidos: Quase todas as proteínas e aminoácidos filtrados são reabsorvidos nos túbulos proximais, em alguns cães saudáveis pode haver a eliminação de uma pequena quantidade de albumina.
*Uréia: só 60 a 65% da ureia filtrada é reabsorvida nos túbulos proximais (gradiente de concentração para absorção de água), esse processo é intensificado em hipovolemia. A ureia é secretada na alça de Henle e reabsorvida no ducto coletor.
*Creatinina (usado para medir taxa de filtração glomerular): nos cães uma pequena porção pode ser secretada pelos túbulos proximais porém, isso não ocorre em equinos ou gatos
*Sódio (Na+): É reabsorvido ativamente no túbulo proximal e passivamente na alça de Henle e no néfron distal.
*Cl: Reabsorvido ativamente no túbulo proximal e passivamente no nefron distal, podendo ser secretado pelo estímulo de céls A que secretal H+
*Potássio (K+): Maior parte reabsorvido no túbulo proximal e secretado nos túbulos coletores (aldosterona (ADH) estimula). Se aumenta a taxa de filtração glomerular aumenta a secreção de potássio, o contrário também acontece.
*Cálcio: boa parte reabsorvido passivamente nos túbulos proximais e alça de henle
*Fosfato (PO4) boa parte reabsorvido nos túbulos coletores proximais
*Água: boa parte do composto ultrafiltradi é reabsorvido passivamente nos túbulos proximais, na presença de ADH os túbulos são permeáveis à água.
LESÕES RENAIS: 
-Insuficiência renal crônica: com 66% de lesão perde-se a capacidade de concentração renal, 75% já se tem azotemia
-Insuficiência renal aguda: Disfunção renal reversível ou irreversível resultante abruptamente (dentro de horas a dias) de uma doença ou agressão renal que reduz sobremaneira a TFG e produz azotemia
-Avaliação laboratorial da função renal: pode ser por avaliação urinária, sendo que a urina pode ser coletada por cateterismo, micção espontânea e cistocentese, podendo ficar no ambiente por 2hs ou em geladeira por 12hs no caso de recipiente esteril ou avaliação sanguínea para análise funcional como ureia, creatinina, fósforo, cálcio, taxa de depuração e outros exames.
COMPONENTES DA URINÁLISE
Exame físico:
-Volume: pode variar de acordo com a espécie raça, estado de hidratação, temperatura ambiente e umidade relativa do ar, atividade, dieta, fluidoterapia, tamanho e peso do animal, ingestão de medicamentos e doenças que interfiram na manutenção hídrica do organismo.
-Cor: os responsáveis pela coloração da urina são os urocromos, pode variar de amarelo a âmbar claro podendo ser amarelo pálido (baixa densidade) ou amarelo claro, amarelo escuro ou âmbar (alta densidade), vermelho acastanhado (eritrócitos, hemoglobina, mioglobina) amarelo alaranjado e amarelo esverdeado (bilirrubina).
-Aspecto: pode ser de aspecto límpido (com exceção do equino que possui muitos cristais de carbonato de cálcio e muco) ou com opacidade, turbidez devido a presença de elementos formado como células, cristais, bactérias, cilindros e gotículas lipídicas na urina. 
-Odor: Sui generis é o normal, pode ainda ser pútrido devido a necrose tecidual das vias urinárias, adocicado devido a presença de corpos cetônicos e amoniacal devido a infecções bacterianas de ureases +.
-Densidade: pode ser hipostenúria (menor que 1,007) isostenúria (1,008-1,012) e hiperestenúria (acima de 1,030 cães e 1,035 gatos)
Exame químico:
-Realização do teste por fita reagente: pode observar pH, ptna, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina e urobilinogênio, sangue oculto e leucócitos.
pH: alterações indicam alterações sistêmicas, se estiver ácido pode ser por acidose metabólica, cetoacidose de diabetes, catabolismo de ptnas orgânicas. A urina básica pode ser por degradação ou hidrólise de ureia, alcalose respiratória, administração de substancias alcalinizantes, retenção vesical.
Proteína: Proteinúria pré renal (sobrecarga) ocorre devido a febre, convulsão, exercício intenso, anemia hemolítica. Proteinúria renal ou pós renal. A relação ptna creatinina deve estar abaixo de 0,5, entre 0,5 e 1 é suspeito e acima de 1 já é proteinúria.
Glicose: A glicosúria hiperglicêmica não é renal, é quando ultrapassa o limiar de reabsorção renal. Existe também a glicosúria renal, onde o rim não consegue absorver a glicose.
Corpos cetônicos: (acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona) pode estra presente no caso de cetose de vaca leiteira, toxemia de prenhez, jejum prolongado, fase de acetoacidose da diabetes mellitus, hepatopatias e febre em animais jovens.
Bilirrubina: fisiologicamente a urina não apresenta bilirrubina, se ocorrer bilirrubinuria, será conjugado, já não estará ligado a albumina, ocorre em cães com alta densidade urinaria, lepto, hepatite infecciosa caniina, neoplasias, obstrução das vias biliares (colestase)
Nitrito: presente quando existem certas bactérias na urina que reduzem nitrato em nitrito, o que indica infecção por gram negativa do trato urinário.
Sangue oculto e leucócitos: eritrócitos, hemoglobina e mioglobina, os leucócitos dão pouco usados por darem falso negativo em cães e positivo em gatos.
Exame de sedimentação urinária: para o exame utiliza-se um volume padrão de urina, centrifuga-se em baixa rotação por cinco minutos, retira o sobrenadante, homogeneíza a amostra e faz a leitura no microscópio sem utilização de corante.
Células epiteliais: normalmente são poucas, presença de células tubulares renais, células de transição, células escamosas. Pode haver maior quantidade no caso de cateterização, mucosa inflamada e células neoplásicas
Leucócitos: pode ser normal desde que no máximo 5 por campo, mais que isso é indicativo de inflamações como cistite, uretrite, pielite, pielonefrite.
Eritrócitos: normal até 3 por campo, aumento de eritrócitos é chamado de hematúria, pode ser uma hemorragia patológica por traumatismo, inflamação, infartos renais ou distúrbios de coagulação, pode ser hemorragia iatrogênica ou do trato genital como no caso de estro.
Cilindros: são de origem renal e nunca são normais. Podem ser eritrocitários por hemorragia renal, leucocitários por inflamação renal, tubulares por degeneração dos túbulos renais (cilindro de céls epiteliais, granulares grosseiros, granulares finos, gordurosos) podem ser cilindros hialinos por extravasamento de ptna da membrana glomerular causando maior concentração de ptna tubular. Pequena quantidade de cilindros hialinos não indica lesão glomerular significativa (exercício, febre), já alta quantidade indica lesão glomerular significativa associado a proteinúria.
Cristais: dependem muito de pH urinário, estocagem e refrigeração, concentração urinária dieta e medicamentos. No caso do pH, se for alcalina forma fosfato triplo amoniomagnesiano (cães e gatos, normal, prisma) e carbonato de cálcio (herbívoros, normal, halteres), urato de amônio. Urina ácida leva a cristais de bilirrubina (anormal, doença hepática), oxalato de cálcio (normal em herbívoros, anormal em cães e gatos, cruz de malta, envelope), colesterol, cistina (anormal, raro, doença hereditária), leucina, tirosina (anormal, doença hepática), urato de sódio, ác. Úrico.
Bactérias: dependem do método de coleta, tempo de análise pós coleta, no caso de piúria realiza urocultura.
Parasitas: microfilárias de Dirofilaria immitis, ovos de Cappilariaplica, dioctophyma renale, Stephanurus dentatus.
Provas bioquímicas sanguíneas:
Ureia: produzida no fígado devido a catabolismo proteico, até 40% é reabsorvido e 60% excretado na urina, pode ter aumento extra renal como por alta ingestão proteica e jejum prolongado
Creatinina: o metabolismo é realizado no músculo, sendo pouco alterado pela dieta, um pouco por ação muscular mas muito específico para lesão renal, não sendo reabsorvida, sendo possível sua utilização para determinar a taxa de filtração glomerular.
Azotemia: é o aumento de ureia e creatinina, podendo ser pré, renal e pós, sendo a uremia a azotemia com sinais clínicos como hálito urêmico, úlcera na cavidade oral e língua, diarreia profusa até sanguinolenta e vômito
Azotemial pré renal (DU acima de c1,030 g1,035 b.e1,025): ocorre devido a diminuição do fluxo sanguíneo renal por diminuição do DC como em IC e choque; hipovolemia por desidratação, choque, perda de sangue; choque hipovolêmico, cardiogênico, anafilático, séptico e neurogênico. Ocorre o aumento da ureia e creatinina porhemorragia intestinal, aumento na dieta, catabolismo proteico aumentado e a densidade urinária vai estar ALTA.
Azotemia renal (1,007 – 1,013): ocorre devido a doença renal aguda ou crônica que diminui a capacidade funcional dos nefrons, pode ser inflamatório (glomerulonefrite, pielonefrite), amiloidose, nefrose tóxica (hipercalcemia, etilenoglicol, mioglobina), isquemia oi hipóxia renal (perfusão renal deficiente, infarto), hipoplasia ou aplasia congênita, hidronefrose, neoplasia.
Azotemia pós renal: Pode ocorrer devido a obstrução do trato urinário (urolitiase, tampões uretrais em gatos, neoplasia, doença prostática) ou extravasamento de urina a partir do trato urinário (traumatismo, neoplasia).
Taxa de depuração da creatinina endógena: é a velocidade com que a creatinina é depurada pelos rins, dá uma boa estimativa da taxa de filtração glomerular. Deve-se esvaziar a bexiga antes de coletar, colhe o sangue e a urina todo de um período (12 ou 24hs) e calcular.

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