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Urinálise: Composição, Colheita e Análise

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@mylenamitiesaito 
1 
 
URINÁLISE 
INTRODUÇÃO: 
A urinálise é a análise da urina com fins de diagnóstico ou 
prognóstico de estados fisiológicos ou patológicos. 
❖ Composição da urina: água, uréia, creatinina, fosfato, 
sulfato, amônia, sódio, potássio, cálcio, cloro, magnésio 
e células descamativas. 
❖ A urina é um filtrado glomerular do plasma, tipicamente 
estéril (na ausência de doenças), secretada pelos rins, 
depositada na bexiga e excretado pela uretra. 
❖ Débito urinário: 1 a 2ml/Kg por hora 
URINÁLISE: 
É um exame de triagem para: 
• Paciente geriátrico; 
• Distinguir origem de azotemia: aumento de uréia e 
creatina na circulação; 
 
 
 
• Permite avaliar estruturas do sistema urinário e detectar 
doenças renais em estágio inicial; 
• Informações complementares aos exames bioquímicos. 
É utilizado para triagem de diversas manifestações clínicas: 
• Incontinência urinária 
• Hematúria 
• Polaciúria 
• Poliúria 
• Vômito 
COLHEITA DA URINA: 
O ideal é que seja colhido a 1° urina da manhã, pois ela será 
mais concentrada. A colheita pode ser realizada de 3 formas: 
Micção natural: porém neste modelo ocorre a contaminação por 
células e bactérias do próprio sistema urogenital. 
Cateterização: deverá ser utilizada sondas apropriadas para 
espécie, sexo, raça e tamanho do animal. Pode induzir pequenas 
hemorragias e evidenciar células da uretra na urina. 
Cistocentese: é a técnica mais adequada na medicina 
veterinária, uma vez que não ocorre risco de contaminação. 
Podendo ser realizado cultura e antibiograma com a amostra 
coletada. 
Azotemia pré-renal: desidratação 
Azotemia renal: patologia renal 
Azotemia pós-renal: obstrução/cálculo na uretra 
@mylenamitiesaito 
2 
 
ARMAZENAMENTO: 
A amostra deverá ser coletada em um frasco estéril e deverá ser 
processada imediatamente (menos de meia hora após a coleta). 
Caso contrário, deverá ser refrigerada em recipiente hermético e 
escuro para evitar deterioração dos componentes celulares 
(bilirrubina e urobilinogênio) e a perda/metabolismo das 
substâncias. 
Temperatura de refrigeração: 1 a 4°C até 3 horas. 
ANÁLISE DA URINA: 
Será realizada em 3 etapas: 
Exame físico: volume, cor, aspecto, densidade e odor. 
Exame químico: pH, proteína, glicose, nitritos, corpos cetônicos, 
sangue oculto, bilirrubina. 
Sedimentoscopia: Hemácias, leucócitos, células epiteliais, 
cilindros, bactérias, espermatozoides. 
EXAME FÍSICO: 
VOLUME: Relacionado a função real ou a fatores extrarrenais 
(peso, diuréticos, dieta, temperatura ambiente) 
Volume mínimo exigido: 5ml 
• Poliúria: produz muita urina 
• Oligúria: produz pouca urina 
• Anúria: não produz urina 
COR: Reflete ao grau de concentração da urina. 
 
• Amarelo: pode ser amarelo claro (baixa densidade, 
poliúria) ou amarelo escuro (densidade elevada, 
desidratação e oligúria); 
• Acastanhada/marrom: hemoglobina, mioglobina, 
hemácia, bilirrubina; 
• Âmbar/alaranjada: bilirrubina e medicamentos do 
complexo B; 
• Avermelhada: Hemácias, hemoglobina; 
@mylenamitiesaito 
3 
 
• Enegrecida: mioglobina oxidada, hemoglobina. 
Obs: em equinos a cor normal é ligeiramente mais amarelado 
que o comum, devido a dieta (herbívoros -> clorofila). 
ODOR: avaliação dispensada atualmente. 
• Sui generis: normal 
• Amoniacal: infecção bacteriana (uréia -> amônia) 
• Adocicado: corpos cetônicos 
• Fétido: proteína (felinos), urina concentrada 
• Pútrido: degeneração tecidual, necrose 
• Medicamentoso 
ASPECTO: Reflete a quantidade de partículas na urina (cristais, 
cilindros, células inflamatórias) 
• Normal: límpida a discretamente turva 
• Turbidez: células epiteliais, leucócitos, hemácias, 
cilindros, bactérias ou cristais. 
• Equinos: turvo ou semi turvo (cristais de carbonato de 
cálcio e muco) 
DENSIDADE: é o parâmetro mais importante do exame físico 
da urina, pois é capaz de avaliar a capacidade de 
concentração urinária. Isto é, indica o grau de concentração 
dos solutos (eletrólitos, uréia e creatinina na urina). 
• Concentração de solutos na urina de acordo com a sua 
osmolalidade em relação ao plasma: hiperestenúria, 
isostenúria e hipostenúria. 
EXAME QUÍMICO: 
É realizado pelo método de fita-reagente: 
 
As alterações de cor nas tiras indicam as concentrações das 
substâncias avaliadas. 
Amarelo palha ou amarelo claro: urina diluída com 
densidade baixa, pode ser relacionada com: 
✓ Doença renal crônica; 
✓ Ingestão excessiva de líquidos 
✓ Diabetes insípidos 
✓ Piometra 
✓ Hiperadrenocorticismo 
@mylenamitiesaito 
4 
 
pH: em carnívoros é ácido (6 – 7,5) devido a dieta proteica e em 
herbívoros é alcalino (7,5 – 8,5) devido a dieta vegetal. 
Possíveis alterações: 
• ÁCIDO: Acidose respiratória ou metabólica, 
cetoacidose diabética, catabolismo proteico 
aumentado, medicamentos (furosemida, ácido 
ascórbico). 
• ALCALINA: Alcalose respiratória ou metabólica, 
infecção por bactérias urease-positivas, 
armazenamento prolongado da urina, medicamentos 
(bicarbonato, lactato). 
GLICOSE: normal é estar ausente. 
1° passo para interpretação de glicosúria: glicemia 
 
 
 
 
 
Em condições de hiperglicemia: capacidade de reabsorção 
tubular pode ser ultrapassada. 
• Glicosúria + hiperglicemia: diabetes melito, 
hiperadrenocorticismo, pancreatite aguda, terapias 
hiperglicemiantes, estresse (gato), tratamento parenteral 
com glicose. 
• Glicosúria + hipoglicemia: nefropatia 
PROTEÍNA: urina de cães sadios pode conter pequena 
quantidade de proteína. 
Proteinúria persistente de origem renal: relação direta com 
intensidade, gravidade e progressão da doença -> prognóstico 
ruim. 
• Proteinúria pré-renal: exercício intenso; convulsão -> 
excesso de proteína -> hipertermia -> desnaturação 
das proteínas. Hemglobinúria, mioglobinúria, 
proteinúria de Bence-Jones. 
• Proteinúria: o rim “deixa escapar” proteína -> 
Albumina é a principal. Pode ser de origem glomerular 
(UPC será alto) ou tubular (UPC será mais baixo). 
Glicemia em: 
Cães: 180 a 220 mg/dl 
Felinos: 290 mg/dl 
Bovinos: > 100mg/dl 
Equinos: 180-200 mg/dl 
UPC: Relação da proteína/ creatinina na urina 
✓ Exame de quantificação de proteinúria 
@mylenamitiesaito 
5 
 
• Proteinúria pós-renal: células inflamatórias -> 
proteínas extra-renal. As condições associadas 
podem ser: cistite bacteriana, prostatite, urólitos, 
neoplasia vesicais ou genitais, piometra, presença de 
líquido seminal, doença do trato urinário inferior. 
CORPOS CETÔNICOS: normal é estar ausente. Se estiver presente 
-> cetonuria. 
São produzidos em condições de déficit de energia que resultem 
em maior mobilização e catabolismo de lipídios ocasionado pelo 
consumo inadequado de carboidrato. 
• Hiperglicemia prolongada (insulinoma) ou incapacidade 
de utilização da glicose endógena (diabetes mellitus não 
controlado), vacas de alta produção leiteira. 
BILIRRUBINA: Parte da bilirrubina provém da degradação da 
mioglobina, dos citocromos e de eritrócitos imaturos na medula 
óssea. A hemoglobina liberada dos eritrócitos se divide em 
porção globina e grupo heme. Após a extração da molécula de 
ferro, que fica armazenada ou é reutilizada, o grupo heme é 
convertido em bilirrubina. A bilirrubina assim formada é 
chamada de bilirrubina não conjugada, que é transportada até 
o fígado ligada à albumina plasmática. Essa forma também é 
conhecida como bilirrubina livre ou indireta. Essa bilirrubina, na 
sua forma não ligada a albumina, não é solúvel em água. Sendo 
lipossolúvel, não é filtrada pelos glomérulos renais, e não é 
excretada pela urina. 
 
• Hipobilirrubinemia: é devida a anemias hipoproliferativas 
atribuídas a uma infecção ou inflamação crônica, 
neoplasia maligna ou na última fase da enfermidade 
renal. 
• Bilirrubinúria: é observada quando a bilirrubinemia se 
acha acima de 2 mg/ dl, às custas de bilirrubina 
conjugada, e pode ser notada antes da coloração 
amarela da pele e mucosas.Causas de bilirrubinúria patológica: 
@mylenamitiesaito 
6 
 
• Icterícia obstrutiva por lesões nos ductos, por cálculos ou 
neoplasma 
• Lesão hepatocelular, por causa infecciosa, tóxica ou 
cirrótica 
• Hepatite infecciosa canina, causa infecciosa 
• Leptospirose, causa infecciosa 
• Cirrose obstrutiva 
UROBILINOGÊNIO: bem como o estercobilinogênio, é formado no 
intestino por ação redutora de enzimas bacterianas sobre a 
bilirrubina que foi lançada pela bile. É reabsorvido na circulação 
porta e novamente excretado pelo fígado, sendo em parte 
eliminada (cerca de 2 mg em 24 horas) pela urina 
(urobilinogenúria). 
NITRITOS: É de importância apenas para bactérias Gram-
negativos. A prova do nitrito baseia-se na propriedade dessas 
bactérias nitrificantes em converter amônia em nitritos ou 
nitratos. 
SANGUE OCULTO: o normal é estar ausente. Pode ser pela 
presenta de hemácia, hemoglobina ou mioglobina. 
• Hemácia: hematúria -> hemácia no sedimento 
• Hemoglobina: hemoglobinúria -> hemólise leva ao 
excesso de hemoglobina -> plasma fica vermelho. 
• Mioglobina: mioglobinúria -> CK (creatina quinase) 
aumentada -> escape de mioglobina 
SEDIMENTOSCOPIA: 
A sedimentoscopia urinária fornece informações importantes 
sobre a presença de leucócitos (piócitos), eritrócitos, cilindros, 
cristais, bactérias, parasitas e fungos. 
• CÉLULAS EPITELIAIS: As células epiteliais são 
constantemente descamadas do revestimento interno 
do trato urinário. As células do epitélio vaginal e 
uretral aparecem grandes, planas, com núcleo distinto 
e grande citoplasma. Células menos comuns no 
sedimento urinário são as da bexiga e túbulo renal. As 
do túbulo renal podem ser indicadoras de doença 
renal. 
• CILINDROS: São formados quando a proteína se 
acumula e precipita nos túbulos renais e são levados 
pela urina. A presença de cilindros na urina pode 
indicar doença renal. Os cilindros são classificados 
conforme o material incluso neles. 
• CRISTAIS: Uma grande variedade de cristais pode ser 
encontrada na urina. A formação de cristais é 
influenciada pelo pH , densidade e temperatura da 
urina. Ainda que a maioria dos cristais não tenha 
@mylenamitiesaito 
7 
 
significado clínico, existem alguns cristais que 
aparecem na urina por causa de alguma desordem 
metabólica. 
São alguns exemplos de cristais: 
✓ Cristais de urina ácida (normal) - Uratos amorfos, ácido 
úrico, oxalato de cálcio. 
✓ Cristais de urina alcalina (normal) - fosfatos amorfos, 
fosfato triplo, carbonato de cálcio. 
✓ Cristais de urina considerados anormais - Cistina, leucina, 
tirosina, colesterol e sulfonamidas.

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