Material de Apoio Processo Civil Renato Montans Aula 01

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Disciplina: Processo Civil 
Prof.: Renato Montans 
Aula: 01 
Monitoria: Apoema 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações 
 
 
I. ANOTAÇÕES 
 
 
1 – COMPETÊNCIA 
 
ABSOLUTA RELATIVA 
Interesse público Interesse das partes 
Material, funcional e 
pessoa 
Territorial e valor da causa 
Juiz pode se declarar 
de ofício (remete) 
Juiz não pode se declarar de ofício 
[1] 
Preliminar de 
contestação. Poderá 
alegar a qualquer 
momento até por 
ação rescisória (art. 
966, II, CPC) 
Preliminar de contestação (15 dias) 
As partes não 
podem derrogar 
As partes podem derrogar [2] 
Declarada a 
incompetência o 
novo juiz verificará 
quais atos serão 
mantidos 
Declarada a incompetência o novo 
juiz verificará quais atos serão 
mantidos 
 
 
[1] A incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício (art. 337, §5º, CPC e S. 33, STJ). Se a 
parte não alegar no momento oportuno, ocorre a PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA. 
EXCEÇÕES: 
- Juizado especial cível 
- Contrato com cláusula de eleição de foro abusiva (art. 63, §§3º e 4º CPC) 
 
[2] Nos Juizados Federais e Fazenda Pública as partes não podem derrogar, pois a competência é 
ABSOLUTA. 
 
2 – RECURSOS 
 
Apelação 
(1º grau) 
Cabe contra as 
sentenças e 
decisões 
A: 
Relator 
interlocutórias 
não agraváveis 
M: 
Colegiado 
Agravo de 
instrumen
to 
(1º grau) 
Decisões 
interlocutórias 
previstas no art. 
1.015, CPC) 
A: 
Relator 
M: 
Colegiado 
Agravo 
interno 
(STJ, STF, 
TJ, TRF) 
Todas as 
decisões 
individuais do 
relator no 
Tribunal (art. 
932, CPC) 
A: 
Relator 
M: 
Colegiado 
Embargos 
de 
declaraçã
o 
Qualquer decisão 
que tenha 
obscuridade, 
contradição, erro 
material ou 
omissão [1] 
A + M: 
prolator 
da 
decisão 
Recurso 
especial 
Acórdão do TJ ou 
TRF que violar 
Lei Federal 
A: TJ ou 
TRF 
M: STJ 
Recurso 
extraordin
ário 
Acórdão do TJ, 
TRF ou Turma 
Recursal que 
violar a CF 
A: TJ ou 
TRF 
M: STF 
 
[1] decisão omissa: a) infra-petita; b) não fundamentada e c) não seguir precedentes 
 
[2] Efeitos 
 
Apelação Em regra possui duplo efeito 
(exceção: art. 1.012, §1º CPC) 
Demais recursos Em regra não têm efeito 
suspensivo. Mas poderão ter se a 
parte requerer nos termos do art. 
995, § único, CPC. 
 
3 – DEFESAS E ASSUNTOS CORRELATOS 
 
A – todas defesas do réu serão veiculadas na contestação salvo arguição de impedimento e suspeição 
que devem ser feitas em petição simples no prazo de 15 dias; 
 
B – eventualidade: deve-se alegar tudo, ainda que as matérias não guardem identidade entre si; ônus 
da impugnação específica: deve se defender de forma aprofundada e bem alegada. 
Somente poderá fazer defesa por NEGATIVA GERAL o advogado dativo, o curador especial e o defensor 
público. 
 
C – Prazo (15 dias) 
 
D – Reconvenção: é o contra-ataque do réu contra o autor dentro da contestação. 
- Ação (valor da causa) – dentro da contestação 
- Autonomia: é possível reconvir sem contestar e, a extinção da ação originária não impede o 
prosseguimento da reconvenção; 
- Pedido contraposto: é a “reconvenção” no JEC 
- Ampliação subjetiva: é possível reconvir em litisconsórcio ativo ou passivo 
 
 
4 – AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
 
A – em regra não é presidida por juiz 
- conciliador (sem vínculo + ativa) 
- mediador (com vínculo + passiva) 
 
B – é obrigatória 
O não comparecimento acarreta no pagamento de multa de até 2% sobre o proveito econômico da causa. 
 
C - comparecimento 
Advogado + partes ou terceiros com poder para transigir 
 
D - Vedação 
- procedimento incompatível (execução, inventário) 
- direito que não admita autocomposição 
- quando AMBAS as partes recusarem 
 
E – por meio eletrônico 
 
F – mais de uma audiência 
 
 
5 – NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL 
 
É a possibilidade de as partes, com ou sem o juiz, convencionarem sobre as suas condutas ou regras 
do procedimento antes ou durante o processo. 
- As partes devem ser capazes 
- O direito deve admitir autocomposição 
 
Vedação 
A – nulidade 
B – inserção abusiva em contrato de adesão 
C – vulnerabilidade de uma das partes 
 
CALENDARIZAÇÃO (art. 191, CPC) 
 
É a possibilidade de as partes com o juiz estabelecer um calendário para a prática dos atos do processo 
que vincularão todos independentemente de intimação.