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Estrutura do Poder Judiciário no Âmbito Cível Os Juizados Especiais, tanto os Estaduais quanto os Federais, constituem o órgão de 1º grau. Dentro da estrutura dos Juizados Especiais Estaduais, há um órgão de 2ª instância composta por um colegiado denominado de Turmas Recursais. Mesmos essas Turmas são enquadradas como órgãos de 1º grau de jurisdição (é uma estrutura de 1º grau com a figura de duas instâncias). Já nos Juizados Especiais Federal há a presença de 3 instâncias (juiz singular, Turma Recursal Federal e Turma de Uniformização Regional) Qualquer demanda, independente de grau, poderá sofrer com recurso passível de ser analisada pelo STF Recursos Etimologia: Recursus Origem: no direito romano 1º: Período das legis actiones (ações legais). Direito positivado na lei das 12 tábuas. Não havia um processo. Forma de resolução de conflitos primitiva. As partes seguiam o que era convencionado (por um árbitro). Não tinha como refazer os atos porque era tudo feito oralmente – caráter privado da jurisdição 2º: Período formulário ou por fórmula. O direito romano só era aplicado aos romanos e ao não romanos aplicava o direito local. O pretor era responsável pela verificação de qual direito deveria ser aplicado ao caso concreto a partir da verificação dos requisitos para a aplicação do Direito. Atendendo os requisitos, o pretor entregava os fatos para o árbitro (um particular) para que este proferisse a sua decisão. Início do processo documentado perante o pretor. Nesta fase surgiu advogado. As partes podiam ser representadas por um terceiro perante o pretor. Início da publicização da jurisdição. – litiscontestatio – caráter privado da jurisdição 3º: Período cognitio extraordinem. O imperador avoca o poder jurisdicional. A jurisdição se torna pública. Poder avocado pelo imperador e delegado aos pretores. A decisão do pretor poderia estar viciada, então tinha que ter um mecanismo para devolver o poder jurisdicional para o imperador. Daí vem o nome: efeito devolutivo. Da “setentia” cabia uma “appellatio” - Art. 1.009, CPC. Da sentença cabe apelação Juízo de 1º grau → Juízo de 2º grau → Tribunais Superiores - Federal (Seções Judiciárias) → TRF (é por regiões) Acórdão do TRF ou TJ - Com fundamento em lei federal: ensejo de resp julgado pelo STJ - Com fundamento na CF: ensejo de recurso extraordinário julgado pelo STF - Estadual (Comarcas ou Circunscrições Judiciárias) → TJ (sede nas capitais dos Estados) Razão de ser dos meios de impugnação Funções dos recursos - Preventiva: prevenir equívocos do magistrado, evitar decisões equivocadas - Corretiva: mecanismo para corrigir erros do magistrado - Uniformização: uniformizar a interpretação e aplicação do direito - Necessidade humana: satisfazer uma necessidade humana de ouvir uma outra opinião. Possibilidade de rever aquela decisão por um órgão diferente Art. 105. Compete ao STJ: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do DF e Territórios, quando a decisão recorrida: c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal Conceito jurídico - Recurso - Meio processual voluntário apto a levar à reforma, invalidação ou integração de uma decisão judicial, dentro do mesmo processo - Remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna Recurso propriamente dito - Utilizados dentro do mesmo processo - se usa o verbo interpor - Mesmo sendo dentro do mesmo processo, poderá ser processado em apartado. Ex: agravo de instrumento - Podemos ter outros recursos que não estão no CPC: recurso inominado, embargos infringentes de alçada e etc Ações autônomas de impugnação - Dá origem a um novo processo, nova relação jurídica processual - podem envolver as mesmas partes, mas, o objeto/causa de pedir é diferente da ação original onde foi proferida a decisão que se deseja impugnar - Objetivo: desconstituir ou invalidar uma decisão judicial - Ex: Embargos de terceiro, ação rescisória (depois da extinção do processo em que se proferiu a decisão atacada, ou seja, depois de consumada a coisa julgada), querela nullitatis (ação declaratória de inexistência, é uma ação que tem por escopo anular uma sentença que se encontre maculada de alguma nulidade), mandado de segurança contra ato judicial (excepcionalmente): antes da coisa julgada, ação de reclamação, impugnação ao cumprimento de sentença Sentindo Estrito: meio processual voluntário por disposição das partes, MP ou terceiro prejudicado apto a levar a reforma, invalidação ou integração de uma decisão judicial dentro do mesmo processo. Ex.: apelação, embargos de divergência, recurso ordinário, recurso extraordinário, recurso especial, agravo de instrumento (ocorrerá em autos apartados, mas, o processo será único) - Disposição Legal: Art. 994 do CPC. O recurso será interposto, pois, é posto dentro do mesmo processo Autos: documentação do processo (petição inicial, intimação da parte) Processo: relação jurídica processual, é uma sequência de atos ordenados para se chegar a um fim que seja a solução do litígio Agravo de instrumento (que é um recurso): tem uma tramitação paralela, no tribunal de segundo grau, porém continua o mesmo processo Impugnação: novo processo, mas nos mesmos autos Recurso devolutivo: transfere de um órgão para o outro a função de reexaminar a decisão judicial Art. 994. recursos cabíveis: I - Apelação; (devolutivo) II - Agravo de instrumento; (misto) IV - Embargos de declaração; (não devolutivo) - Juízo de 1º grau admite tais recursos III - Agravo interno; (misto) VIII - Agravo em recurso especial ou extraordinário - Juízo de 2º grau admite tais recursos IV - Embargos de declaração; (não devolutivo) V - Recurso ordinário; (devolutivo) para STJ e STF VI - Recurso especial; (devolutivo) VII - Recurso extraordinário; (devolutivo) IX - Embargos de divergência. No STF e STJ - Acórdãos de tribunais que admitem recurso Classificação dos recursos quanto ao juízo que se encarrega do julgamento a) Devolutivos ou reiterativos: a questão julgada por um órgão judicial é devolvida ao conhecimento de outro órgão. É o que se passa com o recurso ordinário, o especial, o extraordinário, a apelação b) Não devolutivos ou iterativos: impugnação é julgada pelo mesmo órgão que proferiu a decisão recorrida, tal como se passa nos embargos de declaração c) Mistos: quando tanto permitem o reexame pelo órgão superior como pelo próprio prolator do ato decisório impugnado, como é o caso do agravo Os recursos em geral se prestam ao questionamento de qualquer matéria jurídica, seja de mérito ou de preliminar processual. Há, porém, os que, como os embargos de declaração, o recurso extraordinário e o especial, somente são admissíveis quando a respectiva fundamentação for enquadrável nos permissivos da lei: a) Para recorrer por meio dos embargos de declaração, a parte somente pode alegar a ocorrência de obscuridade, lacuna, contradição no conteúdo do ato judicial impugnado ou erro material (art. 1.022 CPC) b) Para manejar o recurso extraordinário, a parte haverá de apontar um dos defeitos de natureza constitucional arrolados no art. 102, III, CF c) O recurso especial só será admitido quando fundado num dos questionamentos, relacionados à lei federal, autorizados pelo art. 105, III, CF Quanto à marcha do processo rumo à execução da decisão impugnada: a) Suspensivos: os que impedem o início da execução provisória ou definitiva b) Não suspensivos: os que, mesmo na pendência do recurso, permitem seja processada a execução provisória, e, às vezes, até a execução definitiva, da sentença ou decisão interlocutória impugnada No sistema do Código os recursos em geral não impedemo prosseguimento do feito e, por isso, autorizam a execução provisória (art. 995). Entretanto, a apelação, em regra, suspende os efeitos da sentença impugnada, não ensejando execução provisória, a não ser nos casos excepcionais arrolados em lei (art. 1.012, § 1º) Natureza jurídica dos recursos - correntes doutrinárias Novo exercício do direito de ação: tem pouco adeptos no Brasil. Corrente doutrinária europeia em que não há distinção entre recurso e ação autônoma de impugnação - Ao propor uma ação, exerce o direito de provocar o Estado Juiz a fazer sua pregação jurisdicional de forma a solucionar determinado conflito de interesses. Proferido a decisão judicial, ao interpor recurso, estaria exercendo um diferente e novo exercício do direito de ação. No Brasil, esta corrente não é adotada, pois, uma vez citado o réu, somente poderá alterar o pedido se o réu concordar e, após a fase de saneamento, não será mais possível ocorrer esta alteração. Portanto, no Brasil, a partir do momento de saneamento do processo há a estabilização da demanda Extensão do direito de ação: recurso é uma mera extensão do direito de ação exercido no processo - doutrina dominante - Será ordinariamente exercido pela propositura da demanda. Ao interpor recurso, não será possível propor um pedido diferente daquilo que foi proposto Ônus processual: recurso é extensão do direito de ação qualificado por um ônus processual. Constitui na prática de um ato jurídico que pode resultar em benefício próprio e a não prática consolida como definitivos os efeitos da sucumbência Atos sujeitos a recursos - No processo são praticados os chamados atos processuais, ora pelas partes, ora por serventuários da Justiça, ora por peritos, ora por terceiros e ora pelo juiz. Apenas dos atos do juiz é que cabem os recursos. E, ainda, não de todos, mas de alguns atos do juiz - Art. 203: os pronunciamentos do juiz consistirão em “sentenças”, “decisões interlocutórias” e “despachos”. Todos eles figuram na categoria dos atos de autoridade, mas nem todos ensejam a interposição de recurso - As sentenças e decisões são sempre recorríveis, qualquer que seja o valor da causa (arts. 1.009 e 1.015). Dos despachos que são atos judiciais que apenas impulsionam a marcha processual, sem prejudicar ou favorecer qualquer das partes, não cabe recurso algum Ato integrante do Poder Judiciário: só cabe recurso contra ato de integrante do Poder Judiciário. Ex.: Juiz, Ministro, Desembargador ou de Órgão Colegiado de um Tribunal (Turma, Câmara, Sessão, Órgão Especial ou Plenário) Ato praticado no exercício da função jurisdicional - Súmula 733, STF: não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios (porque é um ato meramente administrativo) - Súmula 311, STJ: os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional - Súmula 637 STF: não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município - função administrativa Ato com conteúdo decisório - Se nada foi decidido não posso recorrer. Dos despachos não cabe recurso porque se nada foi decidido, não há do que recorrer OBS.: cabe recurso nas decisões interlocutórias Atos de juízes (singular de 1º grau) - art. 203 1º) Sentença: ato do juiz que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução - Art. 1.009 §1º. Da sentença cabe apelação 2º) Decisão Interlocutória: todo pronunciamento judicial que não se enquadre no conceito de sentença - Agravo de instrumento: cabe excepcionalmente se estiver no rol do art. 1015, CPC (se não estiver nesse rol, aguarda e espera o final da fase cognitiva para a apelação) Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - Tutelas provisórias II - Mérito do processo III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação VI - Exibição ou posse de documento ou coisa VII - exclusão de litisconsorte VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º XIII - outros casos expressamente referidos em lei - Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário Se no processo tem pedido de danos emergentes e danos morais, o juiz julga procedente os danos emergentes e prossegue a demanda para julgar os danos morais, essa decisão que concede os danos emergentes é decisão interlocutória porque não pôs fim a fase cognitiva do processo em relação aos danos materiais Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 Atos de colegiado/membros integrantes de tribunais Acórdão (art. 204, CPC): julgamento colegiado proferido pelos tribunais - Recurso cabível: depende do Tribunal que proferiu a decisão - podem ser: recurso ordinário, recurso extraordinário, recurso especial, embargos de divergência Decisões monocráticas - arts. 932, 1.021, 1.030 e 1.042 - Excepcionalmente podemos ter nos tribunais uma decisão unipessoal - Decisões isoladas e unipessoais proferidas ou pelo Relator ou pelo Presidente ou pelo Vice-Presidente do Tribunal - Cabe agravo interno: contra decisão proferida pelo relator para o respectivo órgão colegiado - Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos Art. 932. Incumbe ao relator: (principais hipóteses de decisão monocrática) I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal b) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal b) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal VII - determinar a intimação do MP, quando for o caso VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seuvoto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: I – negar seguimento: a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF exarado no regime de repercussão geral b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF ou do STJ, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STF ou do STJ exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo STF ou pelo STJ, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional IV selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao STF ou ao STJ, desde que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação § 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042 § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021 Tipos de vício das decisões judiciais - Constitui o mérito recursal (saber se a decisão contém um dos 2 vícios abaixo) - O mesmo ato decisório pode padecer dos 2 - deve alegar todos os vícios no mesmo recurso - No sistema brasileiro, para cabimento do recurso, é irrelevante o tipo de vício da decisão - Da sentença cabe apelação. Não importa se o erro é em procedendo ou iudicando - No julgamento do recurso, antes de se verificar se o recorrente apresenta ou não razão (se a decisão judicial padece de vício de forma ou conteúdo), há de se realizar uma análise do próprio recurso, ou seja, se este apresenta condições de julgamento. Se o recurso não tiver as condições de admissibilidade estará impedida a análise do mérito recursal - O impedimento do recurso implicará na sua inadmissibilidade. Isto não irá resultar na extinção do processo, pois, o que se compromete é somente o próprio recurso (somente o mérito de recurso não será julgado) Error in procedendo - Vício de procedimento/forma: uma formalidade que não foi observada - Afeta a validade do ato, acarreta nulidade do ato. A decisão será cassada, anulada - Nulidade processual: seja do ato decisório ou de ato anterior que contamina os posteriores (ex.: citação nula) - O vício de forma pode estar no processo ou no próprio ato decisório. Pode acontecer um erro em procedendo num ato anterior a decisão, mas que contamina o próprio ato decisório - Quando se aponta o vício o que se pretende é a cassação/anulação do ato, quando gerar prejuízo. Via de regra, que os autos retornem à origem para que seja refeita do ponto em que foi reconhecida a nulidade - Interposto o recurso, caso verificado um vício de nulidade processual, o Tribunal irá anular o ato decisório de forma a fazer com que os autos retornem para o juízo de origem para que uma nova decisão seja proferida sem o vício. Caso o Tribunal tenha condições, ele mesmo poderá proferir a sentença (ocorre nos casos em que não houver a necessidade de produção de provas). Não há nulidade se não houver prejuízo. Quando se interpõe um recurso por este tipo de erro, o Tribunal (órgão ad quem) cassa/anula a decisão de forma a retornar os autos para o órgão jurídico de forma a proferir uma nova decisão sem o vício Error in iudicando - Vício de conteúdo - A decisão proferida é injusta, houve uma má apreciação da norma jurídica. Reconhecido o vício, a decisão é reformada - O normal é que seja uma questão de direito material. Ex: há ou não vínculo familiar - Quando se aponta o vício, pretende-se a reforma da decisão recorrida, ou seja, que seja proferida outra decisão pelo Tribunal. Os autos não irão retornar à origem - “Causa madura” para julgamento do mérito (art. 1013, §3º, II): reconhece o erro e julga o mérito - Observa os princípios da primazia do julgamento do mérito e da celeridade - O recorrente pretende que a decisão seja reformada pelo o Tribunal de modo diverso da decisão proferida (não será o juiz de origem que irá reformar a decisão). É possível impor um recuso alegando mais de um vício da decisão judicial (geralmente, interpõe o recurso que indique o erro in procedendo) - Quando se interpõe um recurso para este tipo de erro, o Tribunal irá reformar a decisão judicial de forma a proferir uma outra decisão judicial diferente da decisão recorrida - Geralmente, é um erro ligado a uma má interpretação de um dispositivo de direito material. Mas, este erro também poderá está relacionado a uma má apreciação dos fatos ou provas produzidas Procedimento recursal - Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito - Objeto do recurso: pedido de reforma ou de integração da decisão impugnada - Apreciação do recurso pelo órgão revisor: depende de pressupostos e condicionamentos definidos na lei processual. Cabe ao órgão a que se endereçou o recurso 2 ordens de deliberação: o juízo de admissibilidade e o juízo de mérito Juízo de Admissibilidade - Constitui uma matéria de ordem pública: o magistrado deverá aferir independentemente de provocação das partes - É uma preliminar do recurso - Apresenta um caráter declaratório (verificação se o recurso apresenta ou não os requisitos de admissibilidade) - Interposto o recurso, intima-se a parte contrária para apresentar resposta. Respondendo, ou não, encaminha-se o processo para o órgão de destino. Neste órgão, irá aferir se há a apresenta ou não dos requisitos de admissibilidade - Resolvem-se as preliminares relativas ao cabimento, ou não, do recurso interposto. Verifica-se se o recorrente tem legitimidade para recorrer, se o recurso é previsto em lei e se é adequado ao ato atacado, e, finalmente, se foi manejado em tempo hábil, sob forma correta e com atendimento dos respectivos encargos econômicos. Se a verificação chegar a um resultado positivo, o órgão revisor “conhecerá do recurso”. Caso contrário, dele “não conhecerá”, ou seja, o recurso será rejeitado, sem exame do pedido de novo julgamento da questão que fora solucionada pelo decisório recorrido. Dá-se a morte do procedimento recursal no estágio das preliminares - Preliminares, na espécie: apresentam questões prejudiciais ao julgamento de mérito, já que este só acontecerá se o recurso for conhecido no juízo de admissibilidade. Superado, com êxito, esse primeiro estágio da apreciação, o julgamento de mérito consistirá em dar ou negar provimento ao recurso. Se se confirma o decisório impugnado, nega-se provimento ao recurso. Se se altera o julgamento originário, dá-se provimento ao recurso - Sendo 2 julgamentos distintos e inconfundíveis, todos os participantes da turma julgadora votarão tanto no juízo de admissibilidade como no juízo de mérito do recurso (NCPC, art. 939). Não se exime de votar no mérito nem mesmo aquele que, na fase preliminar, votou vencido contra o cabimento do recurso - Barbosa Moreira: considera que a não completude dos votos na fase de mérito compromete a higidez do julgamento- Jurisprudência: considera julgamento omisso o que se encerra sem colher, no mérito, o voto do vencido na preliminar de cabimento do recurso, podendo a falha ser corrigida por meio de embargos de declaração Recursos com duplo juízo - Negativo: não recebimento (inviabiliza a análise de mérito recursal) - Positivo: recebimento - encaminhamento para o órgão ad quem (de destino). O juízo de admissibilidade é prévio. Se o 1º juízo (órgão de interposição) admite/recebe o recurso especial envia para o órgão de destino (que é o 2º juízo). Se não admite/não recebe o recurso especial é porque falta algum requisito de admissibilidade, nem será encaminhado para o órgão de destino. Evitar que o órgão de destino trabalhe inutilmente, é por isso que tem esse duplo grau de juízo. Cabe agravo de recurso especial para o STJ (tribunal de destino, 2º juízo) quando na origem (1º juízo) o recurso não foi admitido - Análise prévia pelo órgão de interposição - Ocorre apenas para recurso extraordinário e especial Recursos com juízo único - Negativo: não conhecimento - Positivo: conhecimento do recurso: significa que o órgão de destino concluiu que todos os requisitos de admissibilidade estão presentes. Já está habilitado o juízo de mérito Juízo de Mérito - Posterior ao juízo de admissibilidade - Verifica se o recurso é ou não fundado - O julgamento de mérito, no juízo recursal, pode ser, ainda, de acolhida total ou parcial da impugnação. O órgão revisor pode manter ou reformar toda a decisão recorrida, ou pode limitar-se a modificá-la em parte - Uma vez interposto o recurso, a parte pretende reformar ou cassar a decisão, de forma a apontar erro in procedendo ou erro in judicando da decisão judicial - Mérito Recursal Positivo: provimento: se o recorrente tive razão Negativo: desprovimento: o recurso preencheu os requisitos de admissibilidade, mas o recorrente não tem razão _________________________________________________________ Órgão a quo - art. 1.010 - Autuar a petição recursal, apresentar resposta e encaminhar os autos para o órgão de destino - Órgão de origem, a parte interpõe os recursos, concretiza-se o contraditório e os autos são encaminhados para o órgão de destino. O órgão de interposição não faz o juízo de admissibilidade, porque isso é feito no órgão de destino - Intimação da parte contrária para responder - Possibilidade de interposição de recurso adesivo - Intimação para resposta do adesivo - Encaminhamento para o órgão de destino - Recursos com juízo de admissibilidade único: encaminhamento para o órgão de destino - Recursos com duplo juízo de admissibilidade: exame dos pressupostos de admissibilidade art. 1.030, V, CPC Órgão ad quem - art. 1.011, 929 e seguintes CPC - Órgão de destino que vê os requisitos de admissibilidade: cabimento, legitimidade interesse recursal, inexistência de fato impeditivo de recorrer e etc. (são 7) - Distribuição - Conclusão ao relator (art. 932, inc. I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, e § único, CPC) - Análise da existência de matéria apreciável de ofício (art. 933, CPC) - Análise da aplicabilidade do art. 932, inc. III, IV e V, CPC - Positivo: julgamento por decisão monocrática - Negativo: inclusão em pauta (art. 934, CPC), mínimo 5 dias (art. 935, caput, CPC), julgamento pelo órgão colegiado (art. 936 e seguintes, CPC) - Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível - Art. 932 - 936 Julgamento no órgão colegiado - Previsão de sustentação oral por videoconferência (art. 937, § 4o, CPC) - Primazia do juízo de mérito (art. 6o, CPC) - Constatação de ocorrência de fato superveniente ou de matéria apreciável de ofício (art. 933, CPC) - Saneamento de vícios (art. 938, § 1º, CPC) - Provocação do incidente de assunção de competência (art. 947, CPC) - Votos dos integrantes do colegiado (art. 939, CPC) - Possibilidade de pedido de vista (Art. 940, CPC) - Necessidade de reinclusão em pauta (art. 940, caput, CPC) - Proclamação do resultado do julgamento (art. 941, CPC) Julgamento – monocrático ou colegiado - Art. 10, CPC (observância do contraditório) - Objetivo: evitar a decisão surpresa - Dever de uniformidade, estabilidade, integridade e coerência - Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente - Para evitar que cada turma profira uma situação diferente para casos assemelhados, porque isso quebra a isonomia - IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas) serve para evitar decisões dispersas - Incidente de Assunção de Competência: sai de uma turma e vai para um órgão de maior composição para definir qual entendimento do tribunal de determinada matéria - Estabilidade para que haja uma previsibilidade, não deve mudar a todo momento. Não é para engessar o entendimento do tribunal - Integridade e coerência: a decisão seja integra, o tribunal não pode dar conotações diferentes a mesma situação. Ex: união de pessoas do mesmo sexo dá ensejo a pensão previdenciária, mas não pode herdar bens: não pode isso, porque precisa ter coerência - Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: … - Alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese (art. 927, § 2o, CPC) - Deve haver a modulação de efeitos das decisões judiciais (art. 927, § 4o, CPC): para que o entendimento do tribunal, uma vez alterado, não atinja fatos passados - Dever de fundamentação das decisões (art. 489, § 1o, CPC) - Fixação de honorários recursais (art. 85, §§ 1o e 11, CPC). Há a possibilidade de majoração dos honorário em qualquer recurso - Estabelece que o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, sobre uma questão que não tenha sido previamente submetida ao contraditório - Busca evitar as decisões surpresas - Ex. Art. 933: Ao julgar um recurso, se o relator tiver que analisar um fato superveniente ou uma questão de ordem pública que não tenha sido previamente submetida ao contraditório, este deverá suspender o processo de forma a intimar as partes para se manifestar. - Portanto, qualquer questão, antes de ser decidida, deve ser submetida previamente ao contraditório (as partes têm o direito de influenciar o magistrado na criação/construção do Direito) - Quanto ao julgamento de um determinado recurso, o Tribunal deve primar pela Uniformidade (visa evitar que em um mesmo Tribunal haja decisões diferentes), Estabilidade (visa evitar posicionamentos divergentes), Integridade e Coerência - Verificando uma eventual divergência dentro do Tribunal, há mecanismos para equacionar esta divergência, sendo uma dessas formas o Incidente de Assunção de Incompetência (Art. 456) - O Tribunal, ao julgar um recurso/causa, para prevenir divergência interna, dada a relevância da matéria, afeta-se o julgamento para o órgão de maior hierarquia dentro do próprio Tribunal - Em casos de demandas repetitivas, poderá suscitar o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (I.R.D.R). Para os Tribunais de Justiça é válido Recurso Especial (R.E). As demandas repetitivas que estiverem no Tribunal Regional Federal há de suscitar o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (I.R.D.R). No caso do STJ, há a possibilidade de ajuizar um Recurso Especial Repetitivo (Resp. Repetitivo). Mas, para o STF, há o Recurso Extraordinário Repetitivo (R.E. Repetitivo) - Mecanismos para Uniformizar a Jurisprudência Requisitos de admissibilidade - Exigências legais para que o órgão julgador possa ingressar no mérito recursal - Ausência de um dos requisitos: inviabiliza o julgamento de mérito do recurso, pois, constituem matéria de ordem pública (portanto, não dependendo de provocação do recorrido)- Aferição desses requisitos: matéria de ordem pública, ou seja, o órgão julgador tem o dever de analisar os requisitos de admissibilidade de ofício, portanto, sem necessidade de provocação das partes Requisitos de admissibilidade intrínsecos Ligados a própria existência do direito de recorrer 1. Cabimento 2. Legitimidade recursal 3. Interesse recursal 4. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer Classificação Intrínsecos Extrínsecos 1. Cabimento 1. Tempestividade 2. Legitimidade recursal 2. Regularidade formal 3. Interesse recursal 3. Preparo 4. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer 1. Cabimento do recurso - Utilização do recurso adequado, dentre os previstos em lei a) Recorribilidade da decisão - há decisões irrecorríveis: - Art. 1.007, § 6º - Art. 1.035. Decisão do STF quando analisa repercussão geral - Art. 1.022 - Decisão irrecorrível: não apresenta recurso próprio para atacar a decisão - nada o impede de usar os Embargos de Declaração (é o único recurso que é cabível para toda e qualquer decisão judicial). É válida até mesmo das decisão nos casos de decisões irrecorríveis. A finalidade dos Embargos a Declaração é integrar/esclarecer uma decisão judicial que padeça de omissão, obscuridade, contradição e erro material b) Adequação - Princípio da singularidade recursal e esgotamento das vias recursais - Existem sentenças que não cabe apelação. Ex: art. 1.027, II, b. proferida a sentença aqui não cabe apelação, cabe recurso ordinário - Há de se utilizar o recurso adequado entre aqueles previstos na legislação - Exceção: aplicação do princípio da fungibilidade afasta a inadmissão do recurso pelo não cabimento: só quando houver a dúvida objetiva quanto ao recurso adequado 2. Legitimidade recursal - Somente pode ser interposto recurso por quem possui autorização legal (art. 996): parte vencida, terceiro prejudicado e MP, como parte ou como fiscal da ordem jurídica - as partes no processo são além do autor e do réu, de forma a abranger qualquer forma de intervenção de terceiro e que venha praticar atos processuais Amicus curiae - Amigo da Corte (Legitimidade para ED e no IRDR) - art. 138, §§1° e 3°, CPC - Modalidade de intervenção de terceiro - Requer seu ingresso ou é convidado para influenciar o judiciário, ajudar a formar o seu convencimento - Ao requerer o ingresso na demanda poderá ou não ser atingido pelo resultado da demanda - Garante a participação de órgãos públicos e entidades da sociedade civil em processos judiciais. A participação se dá com base em manifestações sobre assuntos polêmicos ou que necessitem de conhecimento técnico para análise - Vem de fora do processo para trazer informações, dados e opiniões para fundamentar as decisões judiciais - garante maior participação da população em julgamentos, democratizando as decisões - Não tem legitimidade recursal, ressalvadas as hipóteses de embargo de declaração - Não é uma pessoa imparcial, visto que sua figura se faz presente para defender determinado posicionamento (traz elementos para a convicção do magistrado para uma determinada tese) - Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias de sua intimação - A intervenção não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º - Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae - § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas (e embargos de declaração) Juiz no incidente de incompetência ou de suspeição (art. 146, §5º) - Juiz é condenado a pagar custas processuais o tribunal remeterá os autos ao substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. Hipótese de quando o juiz é provocado para se manifestar sobre um impedimento ou suspeição, mas, não o faz); Impedimento é uma matéria de ordem pública - deve ser analisado de ofício Parte: integra polo ativo ou passivo (litisconsortes). Terceiro interveniente Advogado: pode recorrer em nome próprio para majoração de seus honorários OBS: Legitimidade: - Ad causam tem a ver com direito material, quem pode postular em juízo - Recursal tem a ver com o processo, quem é parte pode Legitimidade recursal na assistência: ocorre quando alguém que não faz parte no processo, mas tem interesse jurídico e pede para entrar no processo para praticar atos processuais em benefício de uma das partes no processo para que este saia vencedor - Simples: o direito posto em juízo não pertence ao assistente, mas sim, exclusivamente ao assistido (ex: casos do sub-locatário). O assistente simples jamais poderá praticar atos contrários ao interesse do assistido (caso o assistido pratique qualquer ato de disposição do direito, o assistente simples perderá a legitimidade recursal) - o direito discutido em juízo não pertence ao assistente. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido - Litisconsorcial: o direito posto em causa pertence tanto ao assistido quando ao assistente. O assistente poderia ser parte, originalmente, no processo, de forma que este ingresso somente após de ter ajuizado a demanda, litisconsórcio ulterior (ex: obrigações solidárias). O assistente pratica atos em proveito próprio, visto que o direito é dele (portanto, sendo possível praticar atos contrários ao interesse do assistido) - o direito que está sendo discutido em juízo lhe pertence e este já poderia ser litisconsorte desde o início do processo. O litisconsorte pode recorrer, inclusive contra os interesses do assistido Terceiro Prejudicado - art. 996 - Alguém que não faz parte do processo e será atingido pela decisão judicial. ≠ Na assistência a pessoa não faz parte do processo e pode ser atingida pela decisão judicial - Entra como assistente, pode ser simples ou litisconsorcial - É terceiro prejudicado enquanto não faz parte do processo, a partir do momento em que seu recurso foi recebido, ele se torna parte - Não pode ingressar recorrendo adesivamente, porque recurso adesivo é um recurso de parte e ele, até então, não é parte no processo. Ele pode recorrer pela via independente. Após ele recorrer, ele se torna parte. Após ele ingressar no processo vem um acórdão, então ele já pode recorrer adesivamente ou pela via independente - Cumpre demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual (ideia de legitimidade recursal de terceiro prejudicado onde alguém demonstra que ele poderia ter sido um substituto processual - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo MP, como parte ou como fiscal da ordem jurídica - Intervenção de 3o na fase recursal - Demonstração do interesse jurídico - Legitimado para agir como substituto - Não pode interpor recurso adesivo - Na assistência há a possibilidade de ingresso a qualquer tempo e a qualquer grau de jurisdição em qualquer fase do processo até antes do trânsito em julgado. Já o terceiro prejudicado há um momento específico para o ingresso, que ocorre quando já há uma decisão jurídica e está no prazo para o recurso (adentra no processo pelo ato de interposição do recurso). A partir do momento que o terceiro interessado tem o seu ingresso admitido elese torna parte no processo; O recurso deve adentrar pela via independente. MP (art. 996, caput, CPC) - Tem legitimidade recursal, seja como parte, seja como fiscal da ordem jurídica (quando há algum interesse público evidenciado pela natureza da lide: ações coletivas ou pela qualidade da parte: interesse de incapaz) - Como parte da ordem jurídica: pode interpor recurso adesivo - Como fiscal: não tem legitimidade para recorrer adesivamente, porque ele não é parte no processo. Não é obrigado a recorrer. Não depende da anuência de quaisquer das partes. Súmula 99, STJ. tem legitimidade para recorrer no processo que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte - Não pode interpor recurso adesivo - o MP não precisa demonstrar interesse recursal visto que ele já é presumido - ao MP é possível recorrer ainda que cause prejuízo ao ente interesse público 3. Interesse recursal - Necessidade e utilidade: se o resultado do recurso não se mostrar vantajoso ao recorrente, não há interesse recursal - STJ analisa obrigatoriamente a tempestividade do recurso - Interposto pela parte vencida no processo: este apresenta um interesse de reformar a decisão (o interesse recursal está relacionado a existência de uma sucumbência) - O interesse recursal poderá ocorrer no momento da interposição recurso, mas, não é possível que não haja mais o interesse recursal no plano de seu julgamento “parte vencida” - Sucumbência (art. 996 CPC) - Para ter interesse recursal tem que ter uma sucumbência, no caso do autor receber o que pediu, não há sucumbência para o autor, logo, não há interesse recursal deste. O réu, neste caso, sofreu sucumbência, então tem interesse recursal Interesse nos limites da sucumbência - Há sucumbência recíproca quando autor e réu se sentem prejudicados - Ex: autor pede 100 mil e juiz decide que ele receba 10 mil. Autor e réu sofreram sucumbência recíproca - Há interesse recursal nos limites da sucumbência, no que foi pedido e no que foi concedido pela decisão judicial - Sucumbência material: há casos em que mesmo que a parte não tenha tido a sucumbência material (aquilo que foi pedido foi dado) ainda assim, poderá haver um interesse recursal - apesar de haver improcedência do pedido, a parte ver uma solução mais vantajosa - Sucumbência formal: o que foi pedido não foi dado Recurso interposto pela parte vencedora Interesse recursal do MP - Tem que ver se ele está atuando como parte ou fiscal da ordem jurídica. Como parte ele só tem interesse se for houver a sucumbência - Se ele for fiscal da ordem jurídica, não há sucumbência porque ele está zelando pela melhor solução do litígio. O interesse recursal é presumido. Ele pode simplesmente recorrer e apontar a melhor forma para a decisão recursal - Tem interesse recursal para recorrer no caso de incapaz porque que tenha a melhor solução jurídica, zelando pela ordem e não pelo interesse do incapaz Interesse recursal do amicus curiae: interesse que sua tese jurídica prevaleça. Embargos de declaração 4. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer FATOS EXTINTIVOS: 1. RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRER - Art. 999, CPC. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte - Abdicação ao direito de recorrer: a parte abre mão do direito de recorrer daquela decisão judicial - Antes da interposição do recurso - Tem que ser sempre expressa. Uma vez manifestada ela é irretratável - A parte que não exercer o direito de recorrer, não pode mais recorrer - Tipos de renúncia: - Total: integralidade dos itens em que a parte foi sucumbente - Parcial: a renúncia atinge apenas uma parcela da parte sucumbente - Em regra, a renúncia é expressa e poderá ocorrer por escrito ou oral. Para alguns doutrinadores é possível que ocorra a renúncia tácita, que ocorreria quando a parte não interpôs o recurso no tempo hábil. Mas, a doutrina majoritária adota a ideia de que não há renúncia tácita, pelo fato de que nos casos de litisconsórcio simples, caso o assistido não recorrer (e, consequentemente o renunciando tacitamente o seu direito de recorrer), o assistente não poderia recorrer, pois, o assistente simples não poderá praticar atos incompatíveis com a vontade do assistido - Em princípio, a renúncia ao direito de recorrer irá fazer com que a decisão transita em julgado (fará coisa material se a decisão for de mérito, mas, em caso de decisão interlocutória, gerará preclusão em relação a ela). Em princípio, a renúncia gera coisa julgada, mas, nos casos de litisconsórcio unitário não será possível realizar a coisa julgada, pois, o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos irá aproveitar (ex: ação de nulidade de casamento). No caso de litisconsórcio simples, aquele que renunciou não poderá ser beneficiado pelo recurso do outro litisconsorte - A renúncia pressupõe a existência de uma decisão judicial (não é possível a renúncia antes de ter a decisão judicial). Somente haverá a renúncia ao direito de recorrer caso a parte não tenha interposto recurso. Se já tiver interposto, não caberá renúncia, mas sim, uma desistência do recurso - Só pode exercer após a prolação da decisão e antes da interposição do recurso - Negócio jurídico processual unilateral (manifestado por apenas uma das partes) e não recepticío (independe da vontade da outra parte e dos litisconsortes) - Direito que não depende da anuência da outra parte e nem de eventuais listisconsortes. Em caso de vários listisconsortes, a renúncia ao direito de recorrer de um não irá se estender aos demais, mas, aquele que renunciou não mais poderá recorrer - No litisconsórcio unitário um pode recorrer e o outro pode renunciar, havendo recurso de um litisconsorte atinge aquele que não recorreu - A renúncia pode ser oral em audiência - Não há a necessidade de homologação judicial 2. ACEITAÇÃO DA DECISÃO - art. 1000 - Independe da vontade da outra parte e litisconsortes - Impede o recurso adesivo - Negócio jurídico unilateral, não reptício, irretratável - Aceitação total: integralidade dos itens em que a parte foi sucumbente - Aceitação parcial: a renúncia atinge apenas uma parcela da parte sucumbente - A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer - Aceitação expressa: manifestação de vontade escrita ou oralmente - Aceitação tácita: sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer = ligada a uma preclusão lógica, ou seja, a perda da oportunidade de praticar validamente um ato processual por praticar um ato incompatível com o ato de recorrer (ex.: nos casos de cumprimento espontâneo da decisão judicial) - Quando a parte cumpre a de forma espontânea a decisão, mas, com ressalva, não houve uma aceitação tácita - Quando a pessoa paga o que foi determinado na sentença e depois recorre, isso é ato incompatível com a vontade de recorrer. O juiz determina a entrega do bem para o autor, o réu entrega com a ressalva de que só entregou para não ser responsável pela conservação, como teve ressalva, pode recorrer - Aquele que aceitar a decisão não poderá recorrer, pois, extinguiu o seu direito de interpor o recurso - Quem aceita a decisão judicial não poderão recorrer. Uma vez aceitado a decisão judicial, em princípio, fará com que a sentença transite em julgado (exceto no caso de litisconsórcio unitário) - É possível uma aceitação mesmo após a interposição do recurso FATOS IMPEDITIVOS: 1. DESISTÊNCIA DO RECURSO - Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso - A parte abre mão do recurso interposto - Negócio jurídico, unilateral, não reptício e não depende da homologação judicial - Pode ser total ou parcial e tem que ser expressa, por escrito ou oral - A qualquer tempo: logo após a interposição do recurso. Se a pessoa desistir, ela já exerceu o direito de recorrer,então não pode recorrer novamente. Recurso já julgado não tem como desistir, então tem que ser antes do julgamento do recurso. Antes de iniciada a votação (antes do relator votar), porque senão a desistência seria uma manipulação do resultado do julgamento - OBS: A apelação adesiva fica subordinada a da outra parte que será a principal - Recurso repetitivo: - Art. 998, Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquele objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos - Momento: até o julgamento do recurso - Não depende da concordância da outra parte ou litisconsorte. 2. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO DE MULTA PROCESSUAL - A multa é devida na fase de cumprimento de sentença - Se a parte estiver abusando do direito de recorrer, ele pagará uma multa processual (Art. 80, VII e 81) - Possibilidade de o magistrado sancionar as partes com uma multa processual (geralmente, ocorre nos casos de litigância de má-fé). Geralmente, essas multas processuais somente serão exigíveis na fase de cumprimento de sentença (após o trânsito julgado da sentença) - Ato de litigância de má-fé a interposição de recurso com intuito protelatório. A multa aplicada somente será cobrada ao final, quando ocorrer o trânsito em julgado. Mas, há exceção a essa regra em 2 casos: agravo interno e embargos de declaração - Qualquer recurso pode levar a sanção da parte, se for recurso manifestamente protelatório - Considera-se litigante de má-fé aquele que: interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório - De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10 % do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou - Vislumbrando o magistrado a interposição de embargos de declaração apenas proletário, sanciona a parte com uma multa de até 2% o valor da causa (§2º) - Se houve uma sentença e a parte entra com embargos de declaração e o juiz declara que este é protelatório, a parte paga multa de até 2% sobre o valor da causa. Não satisfeita a parte entra com embargos de declaração e novamente o juiz declara protelatório, então recai sobre o § 3º, multa de até 10% sobre o valor atualizado da causa. Daí incide o § 4º pois, já interpôs 2 embargos - Art. 1.026: Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso - Art. 1.026, § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a 2 % sobre o valor atualizado da causa - § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até 10 % sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final - § 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 anteriores houverem sido considerados protelatórios - A primeira vez que a parte interpõe embargos de declaração com intuito protelatório, a multa fixada pelo juiz deverá ser de até 2% do valor atualizado da causa - Esta multa não é impeditiva de recurso, ou seja, pela regra geral, está multa será exigida após o trânsito em julgado - A parte que interpôs novamente embargos declaratórias com intuito de protelar o processo, o juiz poderá majorar a multa em até 10% do valor da causa. Portanto, após a interposição deste 2º recurso, qualquer interposição de recurso ficará condicionado ao depósito prévio do valor da multa (esta multa será impeditiva de recurso) - Tanto para a Fazenda Pública quanto para os beneficiários da justiça gratuita, em caso de sanção, devem realizar o pagamento da multa, mas, o realizarão ao final do processo (na fase de cumprimento de sentença). Nestas hipóteses, a multa não será impeditiva de recurso - Esta multa não será aplicada se o embargo advir uma uma nova decisão - Art. 1.021 - § 2º: O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta - § 3º: É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno - § 4º. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1 e 5 % do valor atualizado da causa - §5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final - Agravo interno ataca decisões monocráticas contra decisão do relator, presidente e vice do tribunal. Interposição de agravo interno inadmissível ou improcedente, cabe multa impeditiva de recurso. Deve haver má-fé da parte, abuso do direito de recorrer - Todas elas são ato de disposição de direito homologado pelo juiz ou pelo relator - O relator somente poderá decidir se houver um precedente obrigatório (deve ocorrer a superação ou a diferenciação do entendimento). Se não houver, o recurso será manifestamente improcedente - Nem sempre que o recuso for inadimissível ou improcedente haverá a aplicação de multa, pois, é necessário que haja uma votação unânime para o desprovimento ou aplicação da multa (deve estar caraterizado um abuso do direito de recorrer) - Embargos de Declaração: ocorre nos casos de reiteração de embargos de declaratórios protelatórios. Os embargos de declaração constituem um recurso contra qualquer decisão judicial, uma vez que o objetivo deste recurso não é levar a reforma ou a invalidação de uma decisão judicial, mas sim, apresenta uma finalidade integrativa (integra a decisão judicial quando padece de obscuridade, omissão, contradição ou erro material). Por ser utilizável em qualquer decisão, muitos advogados o utilizam com intuito protelatório 3. DESISTÊNCIA DA AÇÃO - Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VIII - homologar a desistência da ação - § 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença - O autor pode abrir mão do seu direito processual, o réu não pode. Passado o prazo para contestação o réu tem que ser ouvido e pode se opor da desistência do autor - Só pode desistir da ação antes da decisão de mérito - Negócio jurídico processual unilateral, receptício (depende da anuência do réu) 4. RENÚNCIA AO DIREITO SOBRE QUE SE FUNDA A AÇÃO (art. 487, III, “c”, CPC) - Se o autor abriu mão do seu direito material, julgada a renúncia tenho coisa julgada material. Negócio jurídico processual unilateral não receptício (não depende da anuência do réu) 5. RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO (art. 487, III, “a”, CPC) - Réu se manifesta, não depende a anuência do autor - Põe fim da fase cognitiva com resolução de mérito 6. TRANSAÇÃO (art. 487, III, “b”, CPC) - Pode se dar a qualquer tempo e grau de jurisdição - As partes entram em acordo - Art. 966, § 4º. Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei - Se passou a fase de recurso a parte pode propor uma ação anulatória Requisitos de admissibilidade extrínsecos Ligados a forma do exercício do direito 1. Tempestividade 2. Regularidade formal 3. Preparo 1. TEMPESTIVIDADE- Preclusão temporal: não pode praticar validamente um ato processual por já ter passado o prazo - Se for intempestivo, seus efeitos retroagem no tempo Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o MP são intimados da decisão § 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão § 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação § 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial § 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem. § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso Art. 218 e seguintes, CPC Possibilidade de alteração de prazo peremptório - Art. 139, VI, CPC - Art. 222, § 1o, CPC Tipos de prazos Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo Dilatórios Podem ser reduzidos ou dilatados pela vontade das partes Peremptórios Não podem ser modificados pela vontade das partes. Somente poderá haver modificação do prazo peremptório nos casos excepcionais de dificuldade de transporte, para comarcas localizadas em local de difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade pública. Prazos recursais são peremptórios, mas podem ser reduzidos ou dilatados http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art231 Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso Regra (art. 190): o prazo recursal é previsto em lei, mas não impede que haja convenção entre as partes Contagem dos prazos - art. 219, caput, CPC Os prazos, quando estabelecidos em dias, serão contados em dias úteis! - Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis - aplica-se somente aos prazos processuais Prazo em hora: conta minuto a minuto Prazo em meses: conta no mesmo dia do mês subsequente. Independente se o mês tem 30, 31 ou 28 dias Prazo em ano: mesmo dia do mesmo mês do ano subsequente, pouco importa se é ano bissexto Protraição (prorrogação) do prazo (art. 224, § 1o, CPC) - Dias do começo e do vencimento do prazo: serão protraídos para o 1º dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica Prazos (art. 224 § 3o, CPC) - Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento - Dia do começo do prazo: ocorre com a intimação da parte - Contagem: ocorre no 1° dia útil subsequente Interrupção dos prazos - Cessada a causa interruptiva o prazo reinicia do zero (descarta o prazo transcorrido) Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior (incêndio, inundação…) que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do Próprios Aqueles cuja inobservância gerará preclusão - prazos para as partes. Ex.: recurso Impróprios Aqueles cuja inobservância não gerará preclusão - prazos para os magistrados Legais Previstos na lei Judicial Não previsto na lei e fixado por magistrado Convencional A critérios das partes Comum Quando for dirigido para mais de uma das partes praticar aquele ato processual, ou que de um polo só estamos diante de um litisconsorte com diferentes procuradores Particular O prazo é para apenas uma das partes praticar o ato e se for litisconsórcio representado por um advogado. Recurso: ora pode ser prazo comum, ora particular herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso Sentença - 15 dias para apelação - 5 dias para embargos de declaração - Interpõe um ou outro. Ofende o princípio da unirrecorribilidade. A parte só pode interpor uma única opção recursal contra a decisão Acórdão STJ - 15 dias para embargos de divergência - 15 dias para recurso extraordinário Cabe embargos de declaração contra qualquer decisão judicial - Exceção (art. 1.026, § 4o, CPC): se os 2 anteriores houverem sido considerados protelatórios Interposição de Embargos de Divergência no STJ (Art. 1.044, § 1o, CPC): interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes Suspensão dos prazos - Cessada a causa suspensiva o prazo retorna ao dia que parou (preserva-se os prazos que transcorreram) Férias forenses (somente há férias para tribunais superiores - para os outros tribunais, há um período de recesso de final de ano) - arts. 214 e 220 - De 2 de janeiro a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho - Dias não úteis para os tribunais Recesso de final de ano (art. 220, CPC) - Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20/12 e 20/01 - Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do MP, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput - Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento - Há expediente forense, mas não há computo dos prazos processuais - Normalmente para advogados que trabalham sozinhos terem férias Obstáculo (art. 221, CPC) - Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313 , devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação Programa de autocomposição (art. 221, § único, CPC) - Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos Suspensão do processo (art. 313, CPC) Art. 313. Suspende-se o processo: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art313 I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador II - pela convenção das partes III - pela arguição de impedimento ou de suspeição IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo VI - por motivo de força maior VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo VIII - nos demais casos que este Código regula IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai Início do prazo - Dies a quo - Se dá com a intimação - Início do prazo ≠início da contagem: 1º dia útil a partir da intimação Regra geral - art. 1.003 e 230, CPC - art. 231, CPC - Sentença publicada em audiência – art. 1.003, § 1o, CPC - Início do prazo recursal: ocorre com a data da intimação Publicação no Diário de Justiça eletrônico – art. 272, caput, e 224, §§ 2o e 3o, CPC Sentença Publicada em Audiência: tem-se intimado as partes na própria audiência (Art. 1.003, §1º) Publicação no DJE: Art. 272, caput, 224, §§ 2 e 3. Intimação eletrônica – art. 270 e 231, V, CPC - Divulgação: poderão ocorrer a qualquer momento do dia - Publicação: tem como intimado a parte no 1° dia útil subsequente ao dia da divulgação (há um prazo de 10 dias corridos após o envio pelo Tribunal para que o advogado visualize a intimação) Carga dos autos - Art. 231, VII - Art. 272, § 6o, CPC: se houver a retirada dos autos do cartório, está intimada de tudo - Têm-se como intimada por podas as decisões proferidas no processo Intimação pelo escrivão – art. 231, III, CPC Intimação por carta – art. 232, CPC - Da juntada do AR ao processo Litisconsortes – art. 231, § 2o, CPC - Interpor recuso: para cada um individualmente - Contestar: vale a data da citação do último litisconsorte. 231, § 1º - Quando houver + de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput - Havendo + de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente - Com diferentes procuradores: prazos diferentes para cada um dos advogados, pois, cada um poderá te sido intimado em dias diferentes - Com mesmo advogado iguais: os prazos são iguais. Réu revel – art. 346, CPC - Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial - Prazo começa a contar da intimação do seu advogado, se revel não tiver advogado vale a data do diário da justiça - À revelia ocorre quando o réu é devidamente citado e não contesta - Se o réu revel constitui advogado, este será indicado na figura de seu advogado - Se o réu é revel e não constitui advogado aos autos, há uma publicação no DJe Nulidade da intimação - art. 272, §§ 8o e 9o, CPC - A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido - Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça - Se por ex seu nome sair errado na citação, há uma nulidade na citação Intimação pessoal - MP (art. 180, caput, CPC): MP gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal. Findo o prazo para manifestação do MP sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o MP - Fazenda Pública (art. 183, caput, CPC): A União, os Estados, o DF, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público - Defensoria Pública (art. 186, § 1o, CPC): tem prazo em dobro para falar nos autos. O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público Prazos diferenciados - estes membros terão o prazo em dobro para falar qualquer ato processual nos autos (seja no prazo para recorrer, contrarrazão ou contestar os fatos no processo) - MP (art. 180, caput, CPC) - Fazenda Pública (art. 183, caput, CPC) - Defensoria Pública (art. 186, § 1o, CPC) - Escritórios de prática jurídica (art. 186, § 3o, CPC) - das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública - Defensor dativo tem prazo simples - Litisconsortes com diferentes procuradores, de diferentes escritórios de advocacia (art. 229 CPC): os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, é oferecida defesa por apenas um deles. Exceções: art. 229, § 2o, CPC - Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos e enunciado de súmula 641, STF: não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido - Não haverá prazo em dobro caso seja um prazo em que a lei expressamente determina para determinado entre (prazo privado) Aferição da tempestividade - Como consigo verificar se o recurso foi interposto ou não dentro do prazo? Ver a data da petição - Recurso tem que ser protocolizado onde os autos se encontram - Art. 1.003, § 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial Horário do protocolo - Art. 212, caput e § 3o, CPC - Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 às 20 horas - § 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local Art. 1.003, CPC - Envio pelo correio (art. 1.003, § 4o, CPC) § 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem Protocolo integrado Peticionamento eletrônico (art. 213, CPC) - Necessariamente para autos eletrônicos. Se o tribunal disponibilizar o sistema, pode peticionar autos eletrônicos para autos físicos - Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 horas do último dia do prazo - Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo Interposição de recurso antes do início do prazo (Art. 218, § 4o, CPC): Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo Requisitos de admissibilidade (continua) 2. PREPARO (art. 1.007) - Pagamento dos encargos financeiros relativos a essa fase recursal. Cada tribunal tem uma regulamentação diferente. Engloba as custas de processamento (na origem e no destino) e o chamado porte (de remessa e de retorno dos autos) - No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção Pagamento de encargos financeiros referentes ao recurso Custas de processamento: de origem (órgão de interposição) ou destino (órgão julgador) Portes de remessa e de retorno - Custas pelo deslocamento físico dos autos (estão dispensados do preparo: os processos eletrônicos - Autos eletrônicos: dispensa (art. 1.007, § 3o, CPC): É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos Pena de deserção - Inadmissão do recurso por alguma irregularidade no preparo - O recurso é considerado deserto - Ex.: quando a parte não realizar o preparo ou não comprovar o no ato de interposição do recurso Recolhimento em dobro (art. 1.007, §§ 4o e 5o, CPC) - § 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, seráintimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção - antes de declarar inadmissível o recurso, o advogado será intimado para que haja o pagamento do preparo, mas, que agora será realizado em dobro - § 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4 Justo impedimento (art. 1.007, § 6o, CPC) Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 dias para efetuar o preparo Súmula 484/STJ: admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário - Requisitos: último dia do prazo para interpor o recurso + protocolo do recurso ocorrer após o expediente bancário Preparo insuficiente Complementação (art. 1.007, § 2o, CPC): a insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 dias Ausência de preparo (pagamento em dobro) - Impossibilidade de complementação - Art. 1.007, § 5o, CPC Dispensa do preparo - Art. 1.007, § 1o, CPC: São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo MP, pela União, pelo DF, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal - Recursos Dispensados do Preparo: Embargos de Declaração; Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário; Recursos Interpostos pela União, Estados, Municípios e suas respectivas Autarquias; a Fazenda Pública; o MP e os beneficiários da justiça gratuita Gratuidade da justiça: não precisa pagar preparo de recurso o beneficiado com gratuidade de justiça Requerimento no próprio recurso (art. 99, § 7o, CPC) Revogação da gratuidade (art. 101, §§ 1o e 2o, CPC) Não abrange recurso fundado unicamente em majoração de honorários (art. 99, § 4o, CPC) - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça - o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade Irregularidade na guia – art. 1.007, § 7o, CPC 3) REGULARIDADE FORMAL - A falta dela leva a invalidade do ato e sua inadmissão por deficiência processual - A interposição do recurso, por consistir uma prática de ato processual, para ser considerada válida deverá estar condicionada a uma forma estabelecida em lei (a não observância a forma implicará em invalidade do ato processual) Recurso deve ser apresentado de acordo com a forma estabelecida em lei Regularidade geral (art. 1.010, CPC) A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de 1° grau, conterá: I - Os nomes e a qualificação das partes II - A exposição do fato e do direito III - As razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade IV - O pedido de nova decisão A apelação deve ser interposta por petição Para saber se é petição: deve ser escrita e não oral Manifestação escrita sem ser por meio de petição é chamada de cota. Dirigida ao juízo de primeiro grau: a petição de apelação deve ser dirigida a esse juízo A petição é uma peça escrita, tem que ser apartada, que será protocolizada para então formar os autos do processo Impugnação dos fundamentos da decisão recorrida (art. 932, inc. III, in fine, CPC) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida Súmula 182, STJ. É inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada Súmula 283, STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles Súmula 284, STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia Razões recursais: parte + importante do recurso. Juiz não pode decidir fora da matéria impugnada. A matéria impugnada será transferida ao tribunal. Nas razões recursais que se transfere ao tribunal a matéria impugnada. O vício aqui é insanável Procuração (arts. 76, § 2o, e 104, CPC) - Descumprida a determinação em fase recursal perante TJ, TRF ou tribunal superior, o relator: I - Não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente II - Determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido - O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973%22%20%5Ct%20%22_blank%22%20%5Co%20%22cpc Possibilidade de se relevar deficiências - Art. 932, § único, CPC. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Desdobramento do princípio da primazia do julgamento do mérito - Art. 1.029, § 3o, CPC. STF ou o STJ poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave - Art. 1.017, § 3o, CPC. Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único PROVA ATÉ AQUI Efeitos dos recursos - Consequências jurídicas advindas da fase recursal - Os efeitos podem ser decorrentes da recorribilidade da decisão, da interposição do recurso ou de seu julgamento Efeito obstativo - art. 502, CPC - Visa impedir/adiar a formação da coisa julgada - Se a parte interpor a apelação fora do prazo: não impede o trânsito em julgado. Aquilo que não foi recorrido transita em julgado - Decorrente da recorribilidade e da interposição tempestiva do recurso - Só há efeito obstativo daquilo que foi objeto de recurso - Enquanto há pendência de recurso, não há a formação da coisa julgada - Também ocorrerá enquanto houver pendência de julgamento pelo tribunal (se extende para depois de interpor o recurso de forma tempestiva) Efeito suspensivo - Suspende os efeitos da decisão judicial - Adia os efeitos da decisão impugnada até o julgamento do mérito do recurso interposto - A ausência de efeito suspensivo enseja a execução provisória do julgado (art. 520, CPC) - Regra: ausência de efeito suspensivo – art. 995, CPC. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso - Regra: recursos não tem efeitos suspensivos! Uma vez publicada a sentença, ela já irá produzir efeitos (Art. 995). Exceção: apelação (art. 1.012) - enquanto for possível a recorribilidade do recurso os http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art932p http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art932p seus efeitos estarão suspensos. Os recursos especiais ou extraordinários também apresentam efeitos suspensivos (Art 987 §1) - Pode ser: - Efeito suspensivo pela própria lei (ope legis): apelação e RE e REsp interpostos no IRDR OU - Efeito suspensivo por uma decisão judicial (ope iudicis): qualquer recurso. Posso pleitear o efeito suspensivo que for a pedido do relator - Exceções: recurso de apelação: quebra a regra: tem efeito suspensivo, portanto já nasce sem produzir efeitos - Competência para atribuir efeito suspensivo - Art. 299, § único, CPC – antecipação de tutela recursal - Art. 932, II, CPC Incumbe ao relator: apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos
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