Buscar

Recursos 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estrutura do Poder Judiciário no Âmbito Cível 
Os Juizados Especiais, tanto os Estaduais quanto os Federais, 
constituem o órgão de 1º grau. Dentro da estrutura dos Juizados 
Especiais Estaduais, há um órgão de 2ª instância composta por um 
colegiado denominado de Turmas Recursais. Mesmos essas Turmas são 
enquadradas como órgãos de 1º grau de jurisdição (é uma estrutura de 
1º grau com a figura de duas instâncias). Já nos Juizados Especiais 
Federal há a presença de 3 instâncias (juiz singular, Turma Recursal 
Federal e Turma de Uniformização Regional) 
Qualquer demanda, independente de grau, poderá sofrer com recurso 
passível de ser analisada pelo STF 
Recursos 
Etimologia: Recursus 
Origem: no direito romano 
1º: Período das legis actiones (ações legais). Direito positivado na lei 
das 12 tábuas. Não havia um processo. Forma de resolução de conflitos 
primitiva. As partes seguiam o que era convencionado (por um árbitro). 
Não tinha como refazer os atos porque era tudo feito oralmente – 
caráter privado da jurisdição 
2º: Período formulário ou por fórmula. O direito romano só era 
aplicado aos romanos e ao não romanos aplicava o direito local. O 
pretor era responsável pela verificação de qual direito deveria ser 
aplicado ao caso concreto a partir da verificação dos requisitos para a 
aplicação do Direito. Atendendo os requisitos, o pretor entregava os 
fatos para o árbitro (um particular) para que este proferisse a sua 
decisão. Início do processo documentado perante o pretor. Nesta fase 
surgiu advogado. As partes podiam ser representadas por um terceiro 
perante o pretor. Início da publicização da jurisdição. – litiscontestatio – 
caráter privado da jurisdição 
3º: Período cognitio extraordinem. O imperador avoca o poder 
jurisdicional. A jurisdição se torna pública. Poder avocado pelo 
imperador e delegado aos pretores. A decisão do pretor poderia estar 
viciada, então tinha que ter um mecanismo para devolver o poder 
jurisdicional para o imperador. Daí vem o nome: efeito devolutivo. Da 
“setentia” cabia uma “appellatio” - Art. 1.009, CPC. Da sentença cabe 
apelação 
Juízo de 1º grau → Juízo de 2º grau → Tribunais 
Superiores
- Federal (Seções 
Judiciárias) →
TRF (é por regiões) Acórdão do TRF ou 
TJ 
- Com fundamento 
em lei federal: 
ensejo de resp 
julgado pelo STJ 
- Com fundamento 
na CF: ensejo de 
recurso 
extraordinário 
julgado pelo STF 
- Estadual 
(Comarcas ou 
Circunscrições 
Judiciárias) → 
TJ (sede nas capitais 
dos Estados) 
Razão de ser dos meios de impugnação 
Funções dos recursos 
- Preventiva: prevenir equívocos do magistrado, evitar decisões 
equivocadas 
- Corretiva: mecanismo para corrigir erros do magistrado 
- Uniformização: uniformizar a interpretação e aplicação do direito 
- Necessidade humana: satisfazer uma necessidade humana de ouvir 
uma outra opinião. Possibilidade de rever aquela decisão por um 
órgão diferente 
Art. 105. Compete ao STJ: III - julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do DF e Territórios, quando a 
decisão recorrida: c) der a lei federal interpretação divergente da que 
lhe haja atribuído outro tribunal 
Conceito jurídico - Recurso 
- Meio processual voluntário apto a levar à reforma, invalidação ou 
integração de uma decisão judicial, dentro do mesmo processo 
- Remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a 
reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão 
judicial que se impugna 
Recurso propriamente dito 
- Utilizados dentro do mesmo processo - se usa o verbo interpor 
- Mesmo sendo dentro do mesmo processo, poderá ser processado em 
apartado. Ex: agravo de instrumento 
- Podemos ter outros recursos que não estão no CPC: recurso 
inominado, embargos infringentes de alçada e etc 
Ações autônomas de impugnação 
- Dá origem a um novo processo, nova relação jurídica processual - 
podem envolver as mesmas partes, mas, o objeto/causa de pedir é 
diferente da ação original onde foi proferida a decisão que se deseja 
impugnar 
- Objetivo: desconstituir ou invalidar uma decisão judicial 
- Ex: Embargos de terceiro, ação rescisória (depois da extinção do 
processo em que se proferiu a decisão atacada, ou seja, depois de 
consumada a coisa julgada), querela nullitatis (ação declaratória de 
inexistência, é uma ação que tem por escopo anular uma sentença 
que se encontre maculada de alguma nulidade), mandado de 
segurança contra ato judicial (excepcionalmente): antes da coisa 
julgada, ação de reclamação, impugnação ao cumprimento de 
sentença 
Sentindo Estrito: meio processual voluntário por disposição das 
partes, MP ou terceiro prejudicado apto a levar a reforma, invalidação 
ou integração de uma decisão judicial dentro do mesmo processo. Ex.: 
apelação, embargos de divergência, recurso ordinário, recurso 
extraordinário, recurso especial, agravo de instrumento (ocorrerá em 
autos apartados, mas, o processo será único) - Disposição Legal: Art. 
994 do CPC. O recurso será interposto, pois, é posto dentro do mesmo 
processo 
Autos: documentação do processo (petição inicial, intimação da parte) 
Processo: relação jurídica processual, é uma sequência de atos 
ordenados para se chegar a um fim que seja a solução do litígio 
Agravo de instrumento (que é um recurso): tem uma tramitação 
paralela, no tribunal de segundo grau, porém continua o mesmo 
processo 
Impugnação: novo processo, mas nos mesmos autos 
Recurso devolutivo: transfere de um órgão para o outro a função de 
reexaminar a decisão judicial 
Art. 994. recursos cabíveis: 
I - Apelação; (devolutivo) 
II - Agravo de instrumento; (misto) 
IV - Embargos de declaração; (não devolutivo) 
- Juízo de 1º grau admite tais recursos 
III - Agravo interno; (misto) 
VIII - Agravo em recurso especial ou extraordinário 
- Juízo de 2º grau admite tais recursos 
IV - Embargos de declaração; (não devolutivo) 
V - Recurso ordinário; (devolutivo) para STJ e STF 
VI - Recurso especial; (devolutivo) 
VII - Recurso extraordinário; (devolutivo) 
IX - Embargos de divergência. No STF e STJ 
- Acórdãos de tribunais que admitem recurso 
Classificação dos recursos quanto ao juízo que se encarrega do 
julgamento 
a) Devolutivos ou reiterativos: a questão julgada por um órgão judicial 
é devolvida ao conhecimento de outro órgão. É o que se passa com 
o recurso ordinário, o especial, o extraordinário, a apelação 
b) Não devolutivos ou iterativos: impugnação é julgada pelo mesmo 
órgão que proferiu a decisão recorrida, tal como se passa nos 
embargos de declaração 
c) Mistos: quando tanto permitem o reexame pelo órgão superior 
como pelo próprio prolator do ato decisório impugnado, como é o 
caso do agravo 
Os recursos em geral se prestam ao questionamento de qualquer 
matéria jurídica, seja de mérito ou de preliminar processual. Há, 
porém, os que, como os embargos de declaração, o recurso 
extraordinário e o especial, somente são admissíveis quando a 
respectiva fundamentação for enquadrável nos permissivos da lei: 
a) Para recorrer por meio dos embargos de declaração, a parte somente 
pode alegar a ocorrência de obscuridade, lacuna, contradição no 
conteúdo do ato judicial impugnado ou erro material (art. 1.022 
CPC) 
b) Para manejar o recurso extraordinário, a parte haverá de apontar um 
dos defeitos de natureza constitucional arrolados no art. 102, III, CF 
c) O recurso especial só será admitido quando fundado num dos 
questionamentos, relacionados à lei federal, autorizados pelo art. 
105, III, CF 
Quanto à marcha do processo rumo à execução da decisão 
impugnada: 
a) Suspensivos: os que impedem o início da execução provisória ou 
definitiva 
b) Não suspensivos: os que, mesmo na pendência do recurso, 
permitem seja processada a execução provisória, e, às vezes, até a 
execução definitiva, da sentença ou decisão interlocutória 
impugnada 
No sistema do Código os recursos em geral não impedemo 
prosseguimento do feito e, por isso, autorizam a execução provisória 
(art. 995). Entretanto, a apelação, em regra, suspende os efeitos da 
sentença impugnada, não ensejando execução provisória, a não ser nos 
casos excepcionais arrolados em lei (art. 1.012, § 1º) 
Natureza jurídica dos recursos - correntes doutrinárias 
Novo exercício do direito de ação: tem pouco adeptos no Brasil. 
Corrente doutrinária europeia em que não há distinção entre recurso e 
ação autônoma de impugnação 
- Ao propor uma ação, exerce o direito de provocar o Estado Juiz a 
fazer sua pregação jurisdicional de forma a solucionar determinado 
conflito de interesses. Proferido a decisão judicial, ao interpor 
recurso, estaria exercendo um diferente e novo exercício do direito 
de ação. No Brasil, esta corrente não é adotada, pois, uma vez citado 
o réu, somente poderá alterar o pedido se o réu concordar e, após a 
fase de saneamento, não será mais possível ocorrer esta alteração. 
Portanto, no Brasil, a partir do momento de saneamento do processo 
há a estabilização da demanda 
Extensão do direito de ação: recurso é uma mera extensão do direito 
de ação exercido no processo - doutrina dominante 
- Será ordinariamente exercido pela propositura da demanda. Ao 
interpor recurso, não será possível propor um pedido diferente 
daquilo que foi proposto 
Ônus processual: recurso é extensão do direito de ação qualificado por 
um ônus processual. Constitui na prática de um ato jurídico que pode 
resultar em benefício próprio e a não prática consolida como definitivos 
os efeitos da sucumbência 
Atos sujeitos a recursos 
- No processo são praticados os chamados atos processuais, ora pelas 
partes, ora por serventuários da Justiça, ora por peritos, ora por 
terceiros e ora pelo juiz. Apenas dos atos do juiz é que cabem os 
recursos. E, ainda, não de todos, mas de alguns atos do juiz 
- Art. 203: os pronunciamentos do juiz consistirão em “sentenças”, 
“decisões interlocutórias” e “despachos”. Todos eles figuram na 
categoria dos atos de autoridade, mas nem todos ensejam a 
interposição de recurso 
- As sentenças e decisões são sempre recorríveis, qualquer que seja o 
valor da causa (arts. 1.009 e 1.015). Dos despachos que são atos 
judiciais que apenas impulsionam a marcha processual, sem 
prejudicar ou favorecer qualquer das partes, não cabe recurso algum 
Ato integrante do Poder Judiciário: só cabe recurso contra ato de 
integrante do Poder Judiciário. Ex.: Juiz, Ministro, Desembargador ou 
de Órgão Colegiado de um Tribunal (Turma, Câmara, Sessão, Órgão 
Especial ou Plenário) 
Ato praticado no exercício da função jurisdicional 
- Súmula 733, STF: não cabe recurso extraordinário contra decisão 
proferida no processamento de precatórios (porque é um ato 
meramente administrativo) 
- Súmula 311, STJ: os atos do presidente do tribunal que disponham 
sobre processamento e pagamento de precatório não têm caráter 
jurisdicional 
- Súmula 637 STF: não cabe recurso extraordinário contra acórdão de 
tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em 
município - função administrativa 
Ato com conteúdo decisório 
- Se nada foi decidido não posso recorrer. Dos despachos não cabe 
recurso porque se nada foi decidido, não há do que recorrer 
OBS.: cabe recurso nas decisões interlocutórias 
Atos de juízes (singular de 1º grau) - art. 203 
1º) Sentença: ato do juiz que põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum, bem como extingue a execução 
- Art. 1.009 §1º. Da sentença cabe apelação 
2º) Decisão Interlocutória: todo pronunciamento judicial que não se 
enquadre no conceito de sentença 
- Agravo de instrumento: cabe excepcionalmente se estiver no rol do 
art. 1015, CPC (se não estiver nesse rol, aguarda e espera o final da 
fase cognitiva para a apelação) 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - Tutelas provisórias 
II - Mérito do processo 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem 
IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do 
pedido de sua revogação 
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa 
VII - exclusão de litisconsorte 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio 
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros 
X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos 
embargos à execução 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei 
- Também caberá agravo de instrumento contra decisões 
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de 
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de 
inventário 
Se no processo tem pedido de danos emergentes e danos morais, o juiz 
julga procedente os danos emergentes e prossegue a demanda para 
julgar os danos morais, essa decisão que concede os danos emergentes 
é decisão interlocutória porque não pôs fim a fase cognitiva do 
processo em relação aos danos materiais 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos 
pedidos formulados ou parcela deles: II - estiver em condições de 
imediato julgamento, nos termos do art. 355 
Atos de colegiado/membros integrantes de tribunais 
Acórdão (art. 204, CPC): julgamento colegiado proferido pelos 
tribunais 
- Recurso cabível: depende do Tribunal que proferiu a decisão - 
podem ser: recurso ordinário, recurso extraordinário, recurso 
especial, embargos de divergência 
Decisões monocráticas - arts. 932, 1.021, 1.030 e 1.042 
- Excepcionalmente podemos ter nos tribunais uma decisão unipessoal 
- Decisões isoladas e unipessoais proferidas ou pelo Relator ou pelo 
Presidente ou pelo Vice-Presidente do Tribunal 
- Cabe agravo interno: contra decisão proferida pelo relator para o 
respectivo órgão colegiado 
- Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do 
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso 
especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento 
firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de 
recursos repetitivos 
Art. 932. Incumbe ao relator: (principais hipóteses de decisão 
monocrática) 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à 
produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos 
de competência originária do tribunal 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não 
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal 
b) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos 
repetitivos 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento 
ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal 
b) acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos 
repetitivos 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, 
quando este for instaurado originariamente perante o tribunal 
VII - determinar a intimação do MP, quando for o caso 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do 
tribunal 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator 
concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído 
imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, 
incisos III a V 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seuvoto para 
julgamento do recurso pelo órgão colegiado 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do 
tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões 
no prazo de 15 dias, findo o qual os autos serão conclusos ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o 
STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a 
recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em 
conformidade com entendimento do STF exarado no regime de 
repercussão geral 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra 
acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF ou do 
STJ, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos 
repetitivos 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo 
de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STF 
ou do STJ exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral 
ou de recursos repetitivos 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter 
repetitivo ainda não decidida pelo STF ou pelo STJ, conforme se trate 
de matéria constitucional ou infraconstitucional 
IV selecionar o recurso como representativo de controvérsia 
constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao 
STF ou ao STJ, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão 
geral ou de julgamento de recursos repetitivos 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da 
controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no 
inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá 
agravo interno, nos termos do art. 1.021 
Tipos de vício das decisões judiciais 
- Constitui o mérito recursal (saber se a decisão contém um dos 2 
vícios abaixo) 
- O mesmo ato decisório pode padecer dos 2 - deve alegar todos os 
vícios no mesmo recurso 
- No sistema brasileiro, para cabimento do recurso, é irrelevante o tipo 
de vício da decisão 
- Da sentença cabe apelação. Não importa se o erro é em procedendo 
ou iudicando 
- No julgamento do recurso, antes de se verificar se o recorrente 
apresenta ou não razão (se a decisão judicial padece de vício de 
forma ou conteúdo), há de se realizar uma análise do próprio recurso, 
ou seja, se este apresenta condições de julgamento. Se o recurso não 
tiver as condições de admissibilidade estará impedida a análise do 
mérito recursal 
- O impedimento do recurso implicará na sua inadmissibilidade. Isto 
não irá resultar na extinção do processo, pois, o que se compromete é 
somente o próprio recurso (somente o mérito de recurso não será 
julgado) 
Error in procedendo 
- Vício de procedimento/forma: uma formalidade que não foi 
observada 
- Afeta a validade do ato, acarreta nulidade do ato. A decisão será 
cassada, anulada 
- Nulidade processual: seja do ato decisório ou de ato anterior que 
contamina os posteriores (ex.: citação nula) 
- O vício de forma pode estar no processo ou no próprio ato decisório. 
Pode acontecer um erro em procedendo num ato anterior a decisão, 
mas que contamina o próprio ato decisório 
- Quando se aponta o vício o que se pretende é a cassação/anulação do 
ato, quando gerar prejuízo. Via de regra, que os autos retornem à 
origem para que seja refeita do ponto em que foi reconhecida a 
nulidade 
- Interposto o recurso, caso verificado um vício de nulidade 
processual, o Tribunal irá anular o ato decisório de forma a fazer 
com que os autos retornem para o juízo de origem para que uma 
nova decisão seja proferida sem o vício. Caso o Tribunal tenha 
condições, ele mesmo poderá proferir a sentença (ocorre nos casos 
em que não houver a necessidade de produção de provas). Não há 
nulidade se não houver prejuízo. Quando se interpõe um recurso por 
este tipo de erro, o Tribunal (órgão ad quem) cassa/anula a decisão 
de forma a retornar os autos para o órgão jurídico de forma a proferir 
uma nova decisão sem o vício 
Error in iudicando 
- Vício de conteúdo 
- A decisão proferida é injusta, houve uma má apreciação da norma 
jurídica. Reconhecido o vício, a decisão é reformada 
- O normal é que seja uma questão de direito material. Ex: há ou não 
vínculo familiar 
- Quando se aponta o vício, pretende-se a reforma da decisão 
recorrida, ou seja, que seja proferida outra decisão pelo Tribunal. Os 
autos não irão retornar à origem 
- “Causa madura” para julgamento do mérito (art. 1013, §3º, II): 
reconhece o erro e julga o mérito 
- Observa os princípios da primazia do julgamento do mérito e da 
celeridade 
- O recorrente pretende que a decisão seja reformada pelo o Tribunal 
de modo diverso da decisão proferida (não será o juiz de origem que 
irá reformar a decisão). É possível impor um recuso alegando mais 
de um vício da decisão judicial (geralmente, interpõe o recurso que 
indique o erro in procedendo) 
- Quando se interpõe um recurso para este tipo de erro, o Tribunal irá 
reformar a decisão judicial de forma a proferir uma outra decisão 
judicial diferente da decisão recorrida 
- Geralmente, é um erro ligado a uma má interpretação de um 
dispositivo de direito material. Mas, este erro também poderá está 
relacionado a uma má apreciação dos fatos ou provas produzidas 
Procedimento recursal - Juízo de Admissibilidade e Juízo de Mérito 
- Objeto do recurso: pedido de reforma ou de integração da decisão 
impugnada 
- Apreciação do recurso pelo órgão revisor: depende de pressupostos e 
condicionamentos definidos na lei processual. Cabe ao órgão a que 
se endereçou o recurso 2 ordens de deliberação: o juízo de 
admissibilidade e o juízo de mérito 
Juízo de Admissibilidade 
- Constitui uma matéria de ordem pública: o magistrado deverá aferir 
independentemente de provocação das partes 
- É uma preliminar do recurso 
- Apresenta um caráter declaratório (verificação se o recurso apresenta 
ou não os requisitos de admissibilidade) 
- Interposto o recurso, intima-se a parte contrária para apresentar 
resposta. Respondendo, ou não, encaminha-se o processo para o 
órgão de destino. Neste órgão, irá aferir se há a apresenta ou não dos 
requisitos de admissibilidade 
- Resolvem-se as preliminares relativas ao cabimento, ou não, do 
recurso interposto. Verifica-se se o recorrente tem legitimidade para 
recorrer, se o recurso é previsto em lei e se é adequado ao ato 
atacado, e, finalmente, se foi manejado em tempo hábil, sob forma 
correta e com atendimento dos respectivos encargos econômicos. Se 
a verificação chegar a um resultado positivo, o órgão revisor 
“conhecerá do recurso”. Caso contrário, dele “não conhecerá”, ou 
seja, o recurso será rejeitado, sem exame do pedido de novo 
julgamento da questão que fora solucionada pelo decisório recorrido. 
Dá-se a morte do procedimento recursal no estágio das preliminares 
- Preliminares, na espécie: apresentam questões prejudiciais ao 
julgamento de mérito, já que este só acontecerá se o recurso for 
conhecido no juízo de admissibilidade. Superado, com êxito, esse 
primeiro estágio da apreciação, o julgamento de mérito consistirá em 
dar ou negar provimento ao recurso. Se se confirma o decisório 
impugnado, nega-se provimento ao recurso. Se se altera o 
julgamento originário, dá-se provimento ao recurso 
- Sendo 2 julgamentos distintos e inconfundíveis, todos os 
participantes da turma julgadora votarão tanto no juízo de 
admissibilidade como no juízo de mérito do recurso (NCPC, art. 
939). Não se exime de votar no mérito nem mesmo aquele que, na 
fase preliminar, votou vencido contra o cabimento do recurso 
- Barbosa Moreira: considera que a não completude dos votos na fase 
de mérito compromete a higidez do julgamento- Jurisprudência: considera julgamento omisso o que se encerra sem 
colher, no mérito, o voto do vencido na preliminar de cabimento do 
recurso, podendo a falha ser corrigida por meio de embargos de 
declaração 
Recursos com duplo juízo 
- Negativo: não recebimento (inviabiliza a análise de mérito recursal) 
- Positivo: recebimento - encaminhamento para o órgão ad quem (de 
destino). O juízo de admissibilidade é prévio. Se o 1º juízo (órgão de 
interposição) admite/recebe o recurso especial envia para o órgão de 
destino (que é o 2º juízo). Se não admite/não recebe o recurso 
especial é porque falta algum requisito de admissibilidade, nem será 
encaminhado para o órgão de destino. Evitar que o órgão de destino 
trabalhe inutilmente, é por isso que tem esse duplo grau de juízo. 
Cabe agravo de recurso especial para o STJ (tribunal de destino, 2º 
juízo) quando na origem (1º juízo) o recurso não foi admitido - 
Análise prévia pelo órgão de interposição 
- Ocorre apenas para recurso extraordinário e especial 
Recursos com juízo único 
- Negativo: não conhecimento 
- Positivo: conhecimento do recurso: significa que o órgão de destino 
concluiu que todos os requisitos de admissibilidade estão presentes. 
Já está habilitado o juízo de mérito 
Juízo de Mérito 
- Posterior ao juízo de admissibilidade 
- Verifica se o recurso é ou não fundado 
- O julgamento de mérito, no juízo recursal, pode ser, ainda, de 
acolhida total ou parcial da impugnação. O órgão revisor pode 
manter ou reformar toda a decisão recorrida, ou pode limitar-se a 
modificá-la em parte 
- Uma vez interposto o recurso, a parte pretende reformar ou cassar a 
decisão, de forma a apontar erro in procedendo ou erro in judicando 
da decisão judicial - Mérito Recursal 
Positivo: provimento: se o recorrente tive razão 
Negativo: desprovimento: o recurso preencheu os requisitos de 
admissibilidade, mas o recorrente não tem razão 
_________________________________________________________ 
Órgão a quo - art. 1.010 
- Autuar a petição recursal, apresentar resposta e encaminhar os autos 
para o órgão de destino 
- Órgão de origem, a parte interpõe os recursos, concretiza-se o 
contraditório e os autos são encaminhados para o órgão de destino. O 
órgão de interposição não faz o juízo de admissibilidade, porque isso 
é feito no órgão de destino 
- Intimação da parte contrária para responder 
- Possibilidade de interposição de recurso adesivo 
- Intimação para resposta do adesivo 
- Encaminhamento para o órgão de destino 
- Recursos com juízo de admissibilidade único: encaminhamento para 
o órgão de destino 
- Recursos com duplo juízo de admissibilidade: exame dos 
pressupostos de admissibilidade art. 1.030, V, CPC 
Órgão ad quem - art. 1.011, 929 e seguintes CPC 
- Órgão de destino que vê os requisitos de admissibilidade: cabimento, 
legitimidade interesse recursal, inexistência de fato impeditivo de 
recorrer e etc. (são 7) 
- Distribuição 
- Conclusão ao relator (art. 932, inc. I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, e 
§ único, CPC) 
- Análise da existência de matéria apreciável de ofício (art. 933, 
CPC) 
- Análise da aplicabilidade do art. 932, inc. III, IV e V, CPC 
- Positivo: julgamento por decisão monocrática 
- Negativo: inclusão em pauta (art. 934, CPC), mínimo 5 dias (art. 
935, caput, CPC), julgamento pelo órgão colegiado (art. 936 e 
seguintes, CPC) 
- Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o 
prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível 
- Art. 932 - 936 
Julgamento no órgão colegiado 
- Previsão de sustentação oral por videoconferência (art. 937, § 4o, 
CPC) 
- Primazia do juízo de mérito (art. 6o, CPC) 
- Constatação de ocorrência de fato superveniente ou de matéria 
apreciável de ofício (art. 933, CPC) 
- Saneamento de vícios (art. 938, § 1º, CPC) 
- Provocação do incidente de assunção de competência (art. 947, CPC) 
- Votos dos integrantes do colegiado (art. 939, CPC) 
- Possibilidade de pedido de vista (Art. 940, CPC) 
- Necessidade de reinclusão em pauta (art. 940, caput, CPC) 
- Proclamação do resultado do julgamento (art. 941, CPC) 
Julgamento – monocrático ou colegiado 
- Art. 10, CPC (observância do contraditório) 
- Objetivo: evitar a decisão surpresa 
- Dever de uniformidade, estabilidade, integridade e coerência 
- Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e 
mantê-la estável, íntegra e coerente 
- Para evitar que cada turma profira uma situação diferente para casos 
assemelhados, porque isso quebra a isonomia 
- IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas) serve para 
evitar decisões dispersas 
- Incidente de Assunção de Competência: sai de uma turma e vai para 
um órgão de maior composição para definir qual entendimento do 
tribunal de determinada matéria 
- Estabilidade para que haja uma previsibilidade, não deve mudar a 
todo momento. Não é para engessar o entendimento do tribunal 
- Integridade e coerência: a decisão seja integra, o tribunal não pode 
dar conotações diferentes a mesma situação. Ex: união de pessoas do 
mesmo sexo dá ensejo a pensão previdenciária, mas não pode herdar 
bens: não pode isso, porque precisa ter coerência 
- Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: … 
- Alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em 
julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências 
públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que 
possam contribuir para a rediscussão da tese (art. 927, § 2o, CPC) 
- Deve haver a modulação de efeitos das decisões judiciais (art. 927, § 
4o, CPC): para que o entendimento do tribunal, uma vez alterado, 
não atinja fatos passados 
- Dever de fundamentação das decisões (art. 489, § 1o, CPC) 
- Fixação de honorários recursais (art. 85, §§ 1o e 11, CPC). Há a 
possibilidade de majoração dos honorário em qualquer recurso 
- Estabelece que o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, 
sobre uma questão que não tenha sido previamente submetida ao 
contraditório - Busca evitar as decisões surpresas 
- Ex. Art. 933: Ao julgar um recurso, se o relator tiver que analisar um 
fato superveniente ou uma questão de ordem pública que não tenha 
sido previamente submetida ao contraditório, este deverá suspender 
o processo de forma a intimar as partes para se manifestar. 
- Portanto, qualquer questão, antes de ser decidida, deve ser submetida 
previamente ao contraditório (as partes têm o direito de influenciar o 
magistrado na criação/construção do Direito) 
- Quanto ao julgamento de um determinado recurso, o Tribunal deve 
primar pela Uniformidade (visa evitar que em um mesmo Tribunal 
haja decisões diferentes), Estabilidade (visa evitar posicionamentos 
divergentes), Integridade e Coerência 
- Verificando uma eventual divergência dentro do Tribunal, há 
mecanismos para equacionar esta divergência, sendo uma dessas 
formas o Incidente de Assunção de Incompetência (Art. 456) - O 
Tribunal, ao julgar um recurso/causa, para prevenir divergência 
interna, dada a relevância da matéria, afeta-se o julgamento para o 
órgão de maior hierarquia dentro do próprio Tribunal 
- Em casos de demandas repetitivas, poderá suscitar o Incidente de 
Resolução de Demandas Repetitivas (I.R.D.R). Para os Tribunais de 
Justiça é válido Recurso Especial (R.E). As demandas repetitivas que 
estiverem no Tribunal Regional Federal há de suscitar o Incidente de 
Resolução de Demandas Repetitivas (I.R.D.R). No caso do STJ, há a 
possibilidade de ajuizar um Recurso Especial Repetitivo (Resp. 
Repetitivo). Mas, para o STF, há o Recurso Extraordinário 
Repetitivo (R.E. Repetitivo) - Mecanismos para Uniformizar a 
Jurisprudência 
Requisitos de admissibilidade 
- Exigências legais para que o órgão julgador possa ingressar no 
mérito recursal 
- Ausência de um dos requisitos: inviabiliza o julgamento de mérito 
do recurso, pois, constituem matéria de ordem pública (portanto, não 
dependendo de provocação do recorrido)- Aferição desses requisitos: matéria de ordem pública, ou seja, o 
órgão julgador tem o dever de analisar os requisitos de 
admissibilidade de ofício, portanto, sem necessidade de provocação 
das partes 
Requisitos de admissibilidade intrínsecos 
Ligados a própria existência do direito de recorrer 
1. Cabimento 
2. Legitimidade recursal 
3. Interesse recursal 
4. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer 
Classificação
Intrínsecos Extrínsecos
1. Cabimento 1. Tempestividade 
2. Legitimidade recursal 2. Regularidade formal 
3. Interesse recursal 3. Preparo
4. Inexistência de fato extintivo 
ou impeditivo do direito de 
recorrer
1. Cabimento do recurso 
- Utilização do recurso adequado, dentre os previstos em lei 
a) Recorribilidade da decisão - há decisões irrecorríveis: 
- Art. 1.007, § 6º 
- Art. 1.035. Decisão do STF quando analisa repercussão geral 
- Art. 1.022 
- Decisão irrecorrível: não apresenta recurso próprio para atacar a 
decisão - nada o impede de usar os Embargos de Declaração (é o 
único recurso que é cabível para toda e qualquer decisão judicial). É 
válida até mesmo das decisão nos casos de decisões irrecorríveis. A 
finalidade dos Embargos a Declaração é integrar/esclarecer uma 
decisão judicial que padeça de omissão, obscuridade, contradição e 
erro material 
b) Adequação 
- Princípio da singularidade recursal e esgotamento das vias recursais 
- Existem sentenças que não cabe apelação. Ex: art. 1.027, II, b. 
proferida a sentença aqui não cabe apelação, cabe recurso ordinário 
- Há de se utilizar o recurso adequado entre aqueles previstos na 
legislação 
- Exceção: aplicação do princípio da fungibilidade afasta a inadmissão 
do recurso pelo não cabimento: só quando houver a dúvida objetiva 
quanto ao recurso adequado 
2. Legitimidade recursal 
- Somente pode ser interposto recurso por quem possui autorização 
legal (art. 996): parte vencida, terceiro prejudicado e MP, como parte 
ou como fiscal da ordem jurídica - as partes no processo são além do 
autor e do réu, de forma a abranger qualquer forma de intervenção de 
terceiro e que venha praticar atos processuais 
Amicus curiae - Amigo da Corte (Legitimidade para ED e no 
IRDR) - art. 138, §§1° e 3°, CPC 
- Modalidade de intervenção de terceiro 
- Requer seu ingresso ou é convidado para influenciar o judiciário, 
ajudar a formar o seu convencimento 
- Ao requerer o ingresso na demanda poderá ou não ser atingido pelo 
resultado da demanda 
- Garante a participação de órgãos públicos e entidades da sociedade 
civil em processos judiciais. A participação se dá com base em 
manifestações sobre assuntos polêmicos ou que necessitem de 
conhecimento técnico para análise 
- Vem de fora do processo para trazer informações, dados e opiniões 
para fundamentar as decisões judiciais - garante maior participação 
da população em julgamentos, democratizando as decisões 
- Não tem legitimidade recursal, ressalvadas as hipóteses de embargo 
de declaração 
- Não é uma pessoa imparcial, visto que sua figura se faz presente para 
defender determinado posicionamento (traz elementos para a 
convicção do magistrado para uma determinada tese) 
- Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a 
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da 
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a 
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar 
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou 
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo 
de 15 dias de sua intimação - A intervenção não implica alteração de 
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a 
oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º 
- Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a 
intervenção, definir os poderes do amicus curiae 
- § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente 
de resolução de demandas repetitivas (e embargos de declaração) 
Juiz no incidente de incompetência ou de suspeição (art. 146, §5º) 
- Juiz é condenado a pagar custas processuais o tribunal remeterá os 
autos ao substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. 
Hipótese de quando o juiz é provocado para se manifestar sobre um 
impedimento ou suspeição, mas, não o faz); Impedimento é uma 
matéria de ordem pública - deve ser analisado de ofício 
Parte: integra polo ativo ou passivo (litisconsortes). Terceiro 
interveniente 
Advogado: pode recorrer em nome próprio para majoração de seus 
honorários 
OBS: Legitimidade: 
- Ad causam tem a ver com direito material, quem pode postular em 
juízo 
- Recursal tem a ver com o processo, quem é parte pode 
 
Legitimidade recursal na assistência: ocorre quando alguém que não 
faz parte no processo, mas tem interesse jurídico e pede para entrar no 
processo para praticar atos processuais em benefício de uma das partes 
no processo para que este saia vencedor 
- Simples: o direito posto em juízo não pertence ao assistente, mas 
sim, exclusivamente ao assistido (ex: casos do sub-locatário). O 
assistente simples jamais poderá praticar atos contrários ao interesse 
do assistido (caso o assistido pratique qualquer ato de disposição do 
direito, o assistente simples perderá a legitimidade recursal) - o 
direito discutido em juízo não pertence ao assistente. O assistente 
simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos 
poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido 
- Litisconsorcial: o direito posto em causa pertence tanto ao assistido 
quando ao assistente. O assistente poderia ser parte, originalmente, 
no processo, de forma que este ingresso somente após de ter ajuizado 
a demanda, litisconsórcio ulterior (ex: obrigações solidárias). O 
assistente pratica atos em proveito próprio, visto que o direito é dele 
(portanto, sendo possível praticar atos contrários ao interesse do 
assistido) - o direito que está sendo discutido em juízo lhe pertence e 
este já poderia ser litisconsorte desde o início do processo. O 
litisconsorte pode recorrer, inclusive contra os interesses do assistido 
Terceiro Prejudicado - art. 996 
- Alguém que não faz parte do processo e será atingido pela decisão 
judicial. ≠ Na assistência a pessoa não faz parte do processo e pode 
ser atingida pela decisão judicial 
- Entra como assistente, pode ser simples ou litisconsorcial 
- É terceiro prejudicado enquanto não faz parte do processo, a partir 
do momento em que seu recurso foi recebido, ele se torna parte 
- Não pode ingressar recorrendo adesivamente, porque recurso 
adesivo é um recurso de parte e ele, até então, não é parte no 
processo. Ele pode recorrer pela via independente. Após ele recorrer, 
ele se torna parte. Após ele ingressar no processo vem um acórdão, 
então ele já pode recorrer adesivamente ou pela via independente 
- Cumpre demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação 
jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se 
afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto 
processual (ideia de legitimidade recursal de terceiro prejudicado 
onde alguém demonstra que ele poderia ter sido um substituto 
processual 
- O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro 
prejudicado e pelo MP, como parte ou como fiscal da ordem jurídica 
- Intervenção de 3o na fase recursal 
- Demonstração do interesse jurídico 
- Legitimado para agir como substituto 
- Não pode interpor recurso adesivo 
- Na assistência há a possibilidade de ingresso a qualquer tempo e a 
qualquer grau de jurisdição em qualquer fase do processo até antes 
do trânsito em julgado. Já o terceiro prejudicado há um momento 
específico para o ingresso, que ocorre quando já há uma decisão 
jurídica e está no prazo para o recurso (adentra no processo pelo ato 
de interposição do recurso). A partir do momento que o terceiro 
interessado tem o seu ingresso admitido elese torna parte no 
processo; O recurso deve adentrar pela via independente. 
MP (art. 996, caput, CPC) 
- Tem legitimidade recursal, seja como parte, seja como fiscal da 
ordem jurídica (quando há algum interesse público evidenciado pela 
natureza da lide: ações coletivas ou pela qualidade da parte: interesse 
de incapaz) 
- Como parte da ordem jurídica: pode interpor recurso adesivo 
- Como fiscal: não tem legitimidade para recorrer adesivamente, 
porque ele não é parte no processo. Não é obrigado a recorrer. Não 
depende da anuência de quaisquer das partes. Súmula 99, STJ. tem 
legitimidade para recorrer no processo que oficiou como fiscal da lei, 
ainda que não haja recurso da parte - Não pode interpor recurso 
adesivo - o MP não precisa demonstrar interesse recursal visto que 
ele já é presumido - ao MP é possível recorrer ainda que cause 
prejuízo ao ente interesse público 
3. Interesse recursal 
- Necessidade e utilidade: se o resultado do recurso não se mostrar 
vantajoso ao recorrente, não há interesse recursal 
- STJ analisa obrigatoriamente a tempestividade do recurso 
- Interposto pela parte vencida no processo: este apresenta um 
interesse de reformar a decisão (o interesse recursal está relacionado 
a existência de uma sucumbência) 
- O interesse recursal poderá ocorrer no momento da interposição 
recurso, mas, não é possível que não haja mais o interesse recursal 
no plano de seu julgamento 
“parte vencida” - Sucumbência (art. 996 CPC) 
- Para ter interesse recursal tem que ter uma sucumbência, no caso do 
autor receber o que pediu, não há sucumbência para o autor, logo, 
não há interesse recursal deste. O réu, neste caso, sofreu 
sucumbência, então tem interesse recursal 
Interesse nos limites da sucumbência 
- Há sucumbência recíproca quando autor e réu se sentem 
prejudicados 
- Ex: autor pede 100 mil e juiz decide que ele receba 10 mil. Autor e 
réu sofreram sucumbência recíproca 
- Há interesse recursal nos limites da sucumbência, no que foi pedido 
e no que foi concedido pela decisão judicial 
- Sucumbência material: há casos em que mesmo que a parte não 
tenha tido a sucumbência material (aquilo que foi pedido foi dado) 
ainda assim, poderá haver um interesse recursal - apesar de haver 
improcedência do pedido, a parte ver uma solução mais vantajosa 
- Sucumbência formal: o que foi pedido não foi dado 
 
Recurso interposto pela parte vencedora 
Interesse recursal do MP 
- Tem que ver se ele está atuando como parte ou fiscal da ordem 
jurídica. Como parte ele só tem interesse se for houver a 
sucumbência 
- Se ele for fiscal da ordem jurídica, não há sucumbência porque ele 
está zelando pela melhor solução do litígio. O interesse recursal é 
presumido. Ele pode simplesmente recorrer e apontar a melhor 
forma para a decisão recursal 
- Tem interesse recursal para recorrer no caso de incapaz porque que 
tenha a melhor solução jurídica, zelando pela ordem e não pelo 
interesse do incapaz 
Interesse recursal do amicus curiae: interesse que sua tese jurídica 
prevaleça. Embargos de declaração 
4. Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer 
 
FATOS EXTINTIVOS: 
1. RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRER 
- Art. 999, CPC. A renúncia ao direito de recorrer independe da 
aceitação da outra parte 
- Abdicação ao direito de recorrer: a parte abre mão do direito de 
recorrer daquela decisão judicial 
- Antes da interposição do recurso 
- Tem que ser sempre expressa. Uma vez manifestada ela é irretratável 
- A parte que não exercer o direito de recorrer, não pode mais recorrer 
- Tipos de renúncia: 
- Total: integralidade dos itens em que a parte foi sucumbente 
- Parcial: a renúncia atinge apenas uma parcela da parte sucumbente 
- Em regra, a renúncia é expressa e poderá ocorrer por escrito ou oral. 
Para alguns doutrinadores é possível que ocorra a renúncia tácita, 
que ocorreria quando a parte não interpôs o recurso no tempo hábil. 
Mas, a doutrina majoritária adota a ideia de que não há renúncia 
tácita, pelo fato de que nos casos de litisconsórcio simples, caso o 
assistido não recorrer (e, consequentemente o renunciando 
tacitamente o seu direito de recorrer), o assistente não poderia 
recorrer, pois, o assistente simples não poderá praticar atos 
incompatíveis com a vontade do assistido 
- Em princípio, a renúncia ao direito de recorrer irá fazer com que a 
decisão transita em julgado (fará coisa material se a decisão for de 
mérito, mas, em caso de decisão interlocutória, gerará preclusão em 
relação a ela). Em princípio, a renúncia gera coisa julgada, mas, nos 
casos de litisconsórcio unitário não será possível realizar a coisa 
julgada, pois, o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos 
irá aproveitar (ex: ação de nulidade de casamento). No caso de 
litisconsórcio simples, aquele que renunciou não poderá ser 
beneficiado pelo recurso do outro litisconsorte 
- A renúncia pressupõe a existência de uma decisão judicial (não é 
possível a renúncia antes de ter a decisão judicial). Somente haverá a 
renúncia ao direito de recorrer caso a parte não tenha interposto 
recurso. Se já tiver interposto, não caberá renúncia, mas sim, uma 
desistência do recurso 
- Só pode exercer após a prolação da decisão e antes da interposição 
do recurso 
- Negócio jurídico processual unilateral (manifestado por apenas uma 
das partes) e não recepticío (independe da vontade da outra parte e 
dos litisconsortes) 
- Direito que não depende da anuência da outra parte e nem de 
eventuais listisconsortes. Em caso de vários listisconsortes, a 
renúncia ao direito de recorrer de um não irá se estender aos demais, 
mas, aquele que renunciou não mais poderá recorrer 
- No litisconsórcio unitário um pode recorrer e o outro pode renunciar, 
havendo recurso de um litisconsorte atinge aquele que não recorreu 
- A renúncia pode ser oral em audiência 
- Não há a necessidade de homologação judicial 
2. ACEITAÇÃO DA DECISÃO - art. 1000 
- Independe da vontade da outra parte e litisconsortes 
- Impede o recurso adesivo 
- Negócio jurídico unilateral, não reptício, irretratável 
- Aceitação total: integralidade dos itens em que a parte foi 
sucumbente 
- Aceitação parcial: a renúncia atinge apenas uma parcela da parte 
sucumbente 
- A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá 
recorrer 
- Aceitação expressa: manifestação de vontade escrita ou oralmente 
- Aceitação tácita: sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a 
vontade de recorrer = ligada a uma preclusão lógica, ou seja, a perda 
da oportunidade de praticar validamente um ato processual por 
praticar um ato incompatível com o ato de recorrer (ex.: nos casos de 
cumprimento espontâneo da decisão judicial) - Quando a parte 
cumpre a de forma espontânea a decisão, mas, com ressalva, não 
houve uma aceitação tácita 
- Quando a pessoa paga o que foi determinado na sentença e depois 
recorre, isso é ato incompatível com a vontade de recorrer. O juiz 
determina a entrega do bem para o autor, o réu entrega com a 
ressalva de que só entregou para não ser responsável pela 
conservação, como teve ressalva, pode recorrer 
- Aquele que aceitar a decisão não poderá recorrer, pois, extinguiu o 
seu direito de interpor o recurso 
- Quem aceita a decisão judicial não poderão recorrer. Uma vez 
aceitado a decisão judicial, em princípio, fará com que a sentença 
transite em julgado (exceto no caso de litisconsórcio unitário) 
- É possível uma aceitação mesmo após a interposição do recurso 
FATOS IMPEDITIVOS: 
1. DESISTÊNCIA DO RECURSO 
- Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do 
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso 
- A parte abre mão do recurso interposto 
- Negócio jurídico, unilateral, não reptício e não depende da 
homologação judicial 
- Pode ser total ou parcial e tem que ser expressa, por escrito ou oral 
- A qualquer tempo: logo após a interposição do recurso. Se a pessoa 
desistir, ela já exerceu o direito de recorrer,então não pode recorrer 
novamente. Recurso já julgado não tem como desistir, então tem que 
ser antes do julgamento do recurso. Antes de iniciada a votação 
(antes do relator votar), porque senão a desistência seria uma 
manipulação do resultado do julgamento 
- OBS: A apelação adesiva fica subordinada a da outra parte que será a 
principal 
- Recurso repetitivo: 
- Art. 998, Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a 
análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido 
reconhecida e daquele objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos 
- Momento: até o julgamento do recurso 
- Não depende da concordância da outra parte ou litisconsorte. 
2. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO DE MULTA PROCESSUAL 
- A multa é devida na fase de cumprimento de sentença 
- Se a parte estiver abusando do direito de recorrer, ele pagará uma 
multa processual (Art. 80, VII e 81) 
- Possibilidade de o magistrado sancionar as partes com uma multa 
processual (geralmente, ocorre nos casos de litigância de má-fé). 
Geralmente, essas multas processuais somente serão exigíveis na 
fase de cumprimento de sentença (após o trânsito julgado da 
sentença) 
- Ato de litigância de má-fé a interposição de recurso com intuito 
protelatório. A multa aplicada somente será cobrada ao final, quando 
ocorrer o trânsito em julgado. Mas, há exceção a essa regra em 2 
casos: agravo interno e embargos de declaração 
- Qualquer recurso pode levar a sanção da parte, se for recurso 
manifestamente protelatório 
- Considera-se litigante de má-fé aquele que: interpuser recurso com 
intuito manifestamente protelatório 
- De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a 
pagar multa, que deverá ser superior a 1% e inferior a 10 % do valor 
corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que 
esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as 
despesas que efetuou 
- Vislumbrando o magistrado a interposição de embargos de 
declaração apenas proletário, sanciona a parte com uma multa de até 
2% o valor da causa (§2º) 
- Se houve uma sentença e a parte entra com embargos de declaração e 
o juiz declara que este é protelatório, a parte paga multa de até 2% 
sobre o valor da causa. Não satisfeita a parte entra com embargos de 
declaração e novamente o juiz declara protelatório, então recai sobre 
o § 3º, multa de até 10% sobre o valor atualizado da causa. Daí 
incide o § 4º pois, já interpôs 2 embargos 
- Art. 1.026: Os embargos de declaração não possuem efeito 
suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso 
- Art. 1.026, § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos 
de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, 
condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente 
a 2 % sobre o valor atualizado da causa 
- § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente 
protelatórios, a multa será elevada a até 10 % sobre o valor 
atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará 
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da 
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a 
recolherão ao final 
- § 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 
anteriores houverem sido considerados protelatórios 
- A primeira vez que a parte interpõe embargos de declaração com 
intuito protelatório, a multa fixada pelo juiz deverá ser de até 2% do 
valor atualizado da causa 
- Esta multa não é impeditiva de recurso, ou seja, pela regra geral, está 
multa será exigida após o trânsito em julgado 
- A parte que interpôs novamente embargos declaratórias com intuito 
de protelar o processo, o juiz poderá majorar a multa em até 10% do 
valor da causa. Portanto, após a interposição deste 2º recurso, 
qualquer interposição de recurso ficará condicionado ao depósito 
prévio do valor da multa (esta multa será impeditiva de recurso) 
- Tanto para a Fazenda Pública quanto para os beneficiários da justiça 
gratuita, em caso de sanção, devem realizar o pagamento da multa, 
mas, o realizarão ao final do processo (na fase de cumprimento de 
sentença). Nestas hipóteses, a multa não será impeditiva de recurso 
- Esta multa não será aplicada se o embargo advir uma uma nova 
decisão 
- Art. 1.021 
- § 2º: O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para 
manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, 
não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão 
colegiado, com inclusão em pauta 
- § 3º: É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da 
decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno 
- § 4º. Quando o agravo interno for declarado manifestamente 
inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão 
colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar 
ao agravado multa fixada entre 1 e 5 % do valor atualizado da causa 
- §5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao 
depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da 
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão 
o pagamento ao final 
- Agravo interno ataca decisões monocráticas contra decisão do 
relator, presidente e vice do tribunal. Interposição de agravo interno 
inadmissível ou improcedente, cabe multa impeditiva de recurso. 
Deve haver má-fé da parte, abuso do direito de recorrer 
- Todas elas são ato de disposição de direito homologado pelo juiz ou 
pelo relator 
- O relator somente poderá decidir se houver um precedente 
obrigatório (deve ocorrer a superação ou a diferenciação do 
entendimento). Se não houver, o recurso será manifestamente 
improcedente 
- Nem sempre que o recuso for inadimissível ou improcedente haverá 
a aplicação de multa, pois, é necessário que haja uma votação 
unânime para o desprovimento ou aplicação da multa (deve estar 
caraterizado um abuso do direito de recorrer) 
- Embargos de Declaração: ocorre nos casos de reiteração de 
embargos de declaratórios protelatórios. Os embargos de declaração 
constituem um recurso contra qualquer decisão judicial, uma vez que 
o objetivo deste recurso não é levar a reforma ou a invalidação de 
uma decisão judicial, mas sim, apresenta uma finalidade integrativa 
(integra a decisão judicial quando padece de obscuridade, omissão, 
contradição ou erro material). Por ser utilizável em qualquer decisão, 
muitos advogados o utilizam com intuito protelatório 
3. DESISTÊNCIA DA AÇÃO 
- Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VIII - homologar a 
desistência da ação 
- § 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença 
- O autor pode abrir mão do seu direito processual, o réu não pode. 
Passado o prazo para contestação o réu tem que ser ouvido e pode se 
opor da desistência do autor 
- Só pode desistir da ação antes da decisão de mérito 
- Negócio jurídico processual unilateral, receptício (depende da 
anuência do réu) 
 
4. RENÚNCIA AO DIREITO SOBRE QUE SE FUNDA A AÇÃO (art. 
487, III, “c”, CPC) 
- Se o autor abriu mão do seu direito material, julgada a renúncia 
tenho coisa julgada material. Negócio jurídico processual unilateral 
não receptício (não depende da anuência do réu) 
5. RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO (art. 487, 
III, “a”, CPC) 
- Réu se manifesta, não depende a anuência do autor 
- Põe fim da fase cognitiva com resolução de mérito 
6. TRANSAÇÃO (art. 487, III, “b”, CPC) 
- Pode se dar a qualquer tempo e grau de jurisdição 
- As partes entram em acordo 
- Art. 966, § 4º. Os atos de disposição de direitos, praticados pelas 
partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo 
juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da 
execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei 
- Se passou a fase de recurso a parte pode propor uma ação anulatória 
Requisitos de admissibilidade extrínsecos 
Ligados a forma do exercício do direito 
1. Tempestividade 
2. Regularidade formal 
3. Preparo 
1. TEMPESTIVIDADE- Preclusão temporal: não pode praticar validamente um ato 
processual por já ter passado o prazo 
- Se for intempestivo, seus efeitos retroagem no tempo 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em 
que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a 
Defensoria Pública ou o MP são intimados da decisão 
§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em 
audiência quando nesta for proferida a decisão 
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de 
interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente 
à citação 
§ 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada 
em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, 
ressalvado o disposto em regra especial 
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, 
será considerada como data de interposição a data de postagem. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os 
recursos e para responder-lhes é de 15 dias 
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de 
interposição do recurso 
Art. 218 e seguintes, CPC 
Possibilidade de alteração de prazo peremptório 
- Art. 139, VI, CPC 
- Art. 222, § 1o, CPC 
Tipos de prazos 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam 
autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular 
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e 
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais, antes ou durante o processo 
Dilatórios Podem ser reduzidos ou dilatados pela vontade das 
partes
Peremptórios Não podem ser modificados pela vontade das partes. 
Somente poderá haver modificação do prazo 
peremptório nos casos excepcionais de dificuldade de 
transporte, para comarcas localizadas em local de 
difícil acesso, ou na ocorrência de calamidade 
pública. Prazos recursais são peremptórios, mas 
podem ser reduzidos ou dilatados
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art231
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário 
para a prática dos atos processuais, quando for o caso 
 
Regra (art. 190): o prazo recursal é previsto em lei, mas não impede 
que haja convenção entre as partes 
Contagem dos prazos - art. 219, caput, CPC 
Os prazos, quando estabelecidos em dias, serão contados em dias 
úteis! 
- Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo 
juiz, computar-se-ão somente os dias úteis - aplica-se somente aos 
prazos processuais 
Prazo em hora: conta minuto a minuto 
Prazo em meses: conta no mesmo dia do mês subsequente. 
Independente se o mês tem 30, 31 ou 28 dias 
Prazo em ano: mesmo dia do mesmo mês do ano subsequente, pouco 
importa se é ano bissexto 
Protraição (prorrogação) do prazo (art. 224, § 1o, CPC) 
- Dias do começo e do vencimento do prazo: serão protraídos para o 1º 
dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente 
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou 
houver indisponibilidade da comunicação eletrônica 
Prazos (art. 224 § 3o, CPC) 
- Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o 
dia do começo e incluindo o dia do vencimento 
- Dia do começo do prazo: ocorre com a intimação da parte 
- Contagem: ocorre no 1° dia útil subsequente 
Interrupção dos prazos 
- Cessada a causa interruptiva o prazo reinicia do zero (descarta o 
prazo transcorrido) 
Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, 
sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou ocorrer 
motivo de força maior (incêndio, inundação…) que suspenda o curso 
do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do 
Próprios Aqueles cuja inobservância gerará preclusão - prazos 
para as partes. Ex.: recurso
Impróprios Aqueles cuja inobservância não gerará preclusão - 
prazos para os magistrados
Legais Previstos na lei
Judicial Não previsto na lei e fixado por magistrado
Convencional A critérios das partes
Comum Quando for dirigido para mais de uma das partes praticar 
aquele ato processual, ou que de um polo só estamos 
diante de um litisconsorte com diferentes procuradores
Particular O prazo é para apenas uma das partes praticar o ato e se 
for litisconsórcio representado por um advogado. 
Recurso: ora pode ser prazo comum, ora particular
herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr 
novamente depois da intimação 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e 
interrompem o prazo para a interposição de recurso 
Sentença 
- 15 dias para apelação 
- 5 dias para embargos de declaração 
- Interpõe um ou outro. Ofende o princípio da unirrecorribilidade. A 
parte só pode interpor uma única opção recursal contra a decisão 
Acórdão STJ 
- 15 dias para embargos de divergência 
- 15 dias para recurso extraordinário 
Cabe embargos de declaração contra qualquer decisão judicial 
- Exceção (art. 1.026, § 4o, CPC): se os 2 anteriores houverem sido 
considerados protelatórios 
Interposição de Embargos de Divergência no STJ (Art. 1.044, § 1o, 
CPC): interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário 
por qualquer das partes 
Suspensão dos prazos 
- Cessada a causa suspensiva o prazo retorna ao dia que parou 
(preserva-se os prazos que transcorreram) 
Férias forenses (somente há férias para tribunais superiores - para 
os outros tribunais, há um período de recesso de final de ano) - arts. 
214 e 220 
- De 2 de janeiro a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho 
- Dias não úteis para os tribunais 
Recesso de final de ano (art. 220, CPC) 
- Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos 
entre 20/12 e 20/01 
- Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os 
juízes, os membros do MP, da Defensoria Pública e da Advocacia 
Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante 
o período previsto no caput 
- Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem 
sessões de julgamento 
- Há expediente forense, mas não há computo dos prazos processuais 
- Normalmente para advogados que trabalham sozinhos terem férias 
Obstáculo (art. 221, CPC) 
- Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da 
parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313 , devendo o 
prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua 
complementação 
Programa de autocomposição (art. 221, § único, CPC) 
- Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído 
pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo 
aos tribunais especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos 
Suspensão do processo (art. 313, CPC) 
Art. 313. Suspende-se o processo: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art313
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das 
partes, de seu representante legal ou de seu procurador 
II - pela convenção das partes 
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição 
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas 
V - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de 
existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto 
principal de outro processo pendente 
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato 
ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo 
VI - por motivo de força maior 
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e 
fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo 
VIII - nos demais casos que este Código regula 
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada 
responsável pelo processo constituir a única patrona da causa 
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único 
patrono da causa e tornar-se pai 
Início do prazo - Dies a quo 
- Se dá com a intimação 
- Início do prazo ≠início da contagem: 1º dia útil a partir da intimação 
Regra geral - art. 1.003 e 230, CPC - art. 231, CPC 
- Sentença publicada em audiência – art. 1.003, § 1o, CPC 
- Início do prazo recursal: ocorre com a data da intimação 
Publicação no Diário de Justiça eletrônico – art. 272, caput, e 224, §§ 
2o e 3o, CPC 
Sentença Publicada em Audiência: tem-se intimado as partes na 
própria audiência (Art. 1.003, §1º) 
Publicação no DJE: Art. 272, caput, 224, §§ 2 e 3. 
Intimação eletrônica – art. 270 e 231, V, CPC 
- Divulgação: poderão ocorrer a qualquer momento do dia 
- Publicação: tem como intimado a parte no 1° dia útil subsequente ao 
dia da divulgação (há um prazo de 10 dias corridos após o envio pelo 
Tribunal para que o advogado visualize a intimação) 
Carga dos autos 
- Art. 231, VII 
- Art. 272, § 6o, CPC: se houver a retirada dos autos do cartório, está 
intimada de tudo 
- Têm-se como intimada por podas as decisões proferidas no processo 
Intimação pelo escrivão – art. 231, III, CPC 
Intimação por carta – art. 232, CPC - Da juntada do AR ao processo 
Litisconsortes – art. 231, § 2o, CPC 
- Interpor recuso: para cada um individualmente 
- Contestar: vale a data da citação do último litisconsorte. 231, § 1º 
- Quando houver + de um réu, o dia do começo do prazo para 
contestar corresponderá à última das datas a que se referem os 
incisos I a VI do caput 
- Havendo + de um intimado, o prazo para cada um é contado 
individualmente 
- Com diferentes procuradores: prazos diferentes para cada um dos 
advogados, pois, cada um poderá te sido intimado em dias diferentes 
- Com mesmo advogado iguais: os prazos são iguais. 
Réu revel – art. 346, CPC 
- Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da 
data de publicação do ato decisório no órgão oficial 
- Prazo começa a contar da intimação do seu advogado, se revel não 
tiver advogado vale a data do diário da justiça 
- À revelia ocorre quando o réu é devidamente citado e não contesta 
- Se o réu revel constitui advogado, este será indicado na figura de seu 
advogado 
- Se o réu é revel e não constitui advogado aos autos, há uma 
publicação no DJe 
Nulidade da intimação - art. 272, §§ 8o e 9o, CPC 
- A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do 
próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se 
o vício for reconhecido 
- Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade 
de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da 
intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão 
que a reconheça 
- Se por ex seu nome sair errado na citação, há uma nulidade na 
citação 
Intimação pessoal 
- MP (art. 180, caput, CPC): MP gozará de prazo em dobro para 
manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação 
pessoal. Findo o prazo para manifestação do MP sem o oferecimento 
de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo. 
Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o MP 
- Fazenda Pública (art. 183, caput, CPC): A União, os Estados, o DF, 
os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público 
- Defensoria Pública (art. 186, § 1o, CPC): tem prazo em dobro para 
falar nos autos. O prazo tem início com a intimação pessoal do 
defensor público 
Prazos diferenciados - estes membros terão o prazo em dobro para 
falar qualquer ato processual nos autos (seja no prazo para 
recorrer, contrarrazão ou contestar os fatos no processo) 
- MP (art. 180, caput, CPC) 
- Fazenda Pública (art. 183, caput, CPC) 
- Defensoria Pública (art. 186, § 1o, CPC) 
- Escritórios de prática jurídica (art. 186, § 3o, CPC) - das faculdades 
de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam 
assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a 
Defensoria Pública - Defensor dativo tem prazo simples 
- Litisconsortes com diferentes procuradores, de diferentes escritórios 
de advocacia (art. 229 CPC): os litisconsortes que tiverem diferentes 
procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos 
contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer 
juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. Cessa a 
contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, é oferecida 
defesa por apenas um deles. Exceções: art. 229, § 2o, CPC - Não se 
aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos e 
enunciado de súmula 641, STF: não se conta em dobro o prazo para 
recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido 
- Não haverá prazo em dobro caso seja um prazo em que a lei 
expressamente determina para determinado entre (prazo privado) 
 
Aferição da tempestividade 
- Como consigo verificar se o recurso foi interposto ou não dentro do 
prazo? Ver a data da petição 
- Recurso tem que ser protocolizado onde os autos se encontram 
- Art. 1.003, § 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será 
protocolada em cartório ou conforme as normas de organização 
judiciária, ressalvado o disposto em regra especial 
Horário do protocolo 
- Art. 212, caput e § 3o, CPC 
- Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 às 
20 horas 
- § 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em 
autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de 
funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de 
organização judiciária local 
Art. 1.003, CPC 
- Envio pelo correio (art. 1.003, § 4o, CPC) § 4º Para aferição da 
tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada 
como data de interposição a data de postagem 
Protocolo integrado 
Peticionamento eletrônico (art. 213, CPC) 
- Necessariamente para autos eletrônicos. Se o tribunal disponibilizar 
o sistema, pode peticionar autos eletrônicos para autos físicos 
- Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em 
qualquer horário até as 24 horas do último dia do prazo 
- Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve 
ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo 
Interposição de recurso antes do início do prazo (Art. 218, § 4o, 
CPC): Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo 
inicial do prazo 
Requisitos de admissibilidade (continua) 
2. PREPARO (art. 1.007) 
- Pagamento dos encargos financeiros relativos a essa fase recursal. 
Cada tribunal tem uma regulamentação diferente. Engloba as custas 
de processamento (na origem e no destino) e o chamado porte (de 
remessa e de retorno dos autos) 
- No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando 
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive 
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção 
Pagamento de encargos financeiros referentes ao recurso 
Custas de processamento: de origem (órgão de interposição) ou 
destino (órgão julgador) 
Portes de remessa e de retorno 
- Custas pelo deslocamento físico dos autos (estão dispensados do 
preparo: os processos eletrônicos 
- Autos eletrônicos: dispensa (art. 1.007, § 3o, CPC): É dispensado o 
recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos 
eletrônicos 
Pena de deserção 
- Inadmissão do recurso por alguma irregularidade no preparo 
- O recurso é considerado deserto 
- Ex.: quando a parte não realizar o preparo ou não comprovar o no 
ato de interposição do recurso 
Recolhimento em dobro (art. 1.007, §§ 4o e 5o, CPC) 
- § 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do 
recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, seráintimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o 
recolhimento em dobro, sob pena de deserção - antes de declarar 
inadmissível o recurso, o advogado será intimado para que haja o 
pagamento do preparo, mas, que agora será realizado em dobro 
- § 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do 
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento 
realizado na forma do § 4 
Justo impedimento (art. 1.007, § 6o, CPC) Provando o recorrente 
justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão 
irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 dias para efetuar o preparo 
Súmula 484/STJ: admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro 
dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer após o 
encerramento do expediente bancário - Requisitos: último dia do prazo 
para interpor o recurso + protocolo do recurso ocorrer após o 
expediente bancário 
Preparo insuficiente 
Complementação (art. 1.007, § 2o, CPC): a insuficiência no valor do 
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se 
o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo 
no prazo de 5 dias 
Ausência de preparo (pagamento em dobro) 
- Impossibilidade de complementação 
- Art. 1.007, § 5o, CPC 
Dispensa do preparo 
- Art. 1.007, § 1o, CPC: São dispensados de preparo, inclusive porte 
de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo MP, pela União, 
pelo DF, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e 
pelos que gozam de isenção legal 
- Recursos Dispensados do Preparo: Embargos de Declaração; Agravo 
em Recurso Especial ou Extraordinário; Recursos Interpostos pela 
União, Estados, Municípios e suas respectivas Autarquias; a Fazenda 
Pública; o MP e os beneficiários da justiça gratuita 
Gratuidade da justiça: não precisa pagar preparo de recurso o 
beneficiado com gratuidade de justiça 
Requerimento no próprio recurso (art. 99, § 7o, CPC) 
 
Revogação da gratuidade (art. 101, §§ 1o e 2o, CPC) 
 
Não abrange recurso fundado unicamente em majoração de 
honorários (art. 99, § 4o, CPC) 
- A assistência do requerente por advogado particular não impede a 
concessão de gratuidade da justiça - o recurso que verse 
exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados 
em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo 
se o próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade 
Irregularidade na guia – art. 1.007, § 7o, CPC 
3) REGULARIDADE FORMAL 
- A falta dela leva a invalidade do ato e sua inadmissão por deficiência 
processual 
- A interposição do recurso, por consistir uma prática de ato 
processual, para ser considerada válida deverá estar condicionada a 
uma forma estabelecida em lei (a não observância a forma implicará 
em invalidade do ato processual) 
Recurso deve ser apresentado de acordo com a forma estabelecida 
em lei 
Regularidade geral (art. 1.010, CPC) 
A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de 1° grau, conterá: 
I - Os nomes e a qualificação das partes 
II - A exposição do fato e do direito 
III - As razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade 
IV - O pedido de nova decisão 
A apelação deve ser interposta por petição 
Para saber se é petição: deve ser escrita e não oral 
Manifestação escrita sem ser por meio de petição é chamada de cota. 
Dirigida ao juízo de primeiro grau: a petição de apelação deve ser 
dirigida a esse juízo 
A petição é uma peça escrita, tem que ser apartada, que será 
protocolizada para então formar os autos do processo 
Impugnação dos fundamentos da decisão recorrida (art. 932, inc. 
III, in fine, CPC) 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não 
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida 
Súmula 182, STJ. É inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de 
atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada 
Súmula 283, STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a 
decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o 
recurso não abrange todos eles 
Súmula 284, STF. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a 
deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da 
controvérsia 
Razões recursais: parte + importante do recurso. Juiz não pode decidir 
fora da matéria impugnada. A matéria impugnada será transferida ao 
tribunal. Nas razões recursais que se transfere ao tribunal a matéria 
impugnada. O vício aqui é insanável 
Procuração (arts. 76, § 2o, e 104, CPC) 
- Descumprida a determinação em fase recursal perante TJ, TRF ou 
tribunal superior, o relator: 
I - Não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente 
II - Determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a 
providência couber ao recorrido 
- O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, 
salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para 
praticar ato considerado urgente 
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973%22%20%5Ct%20%22_blank%22%20%5Co%20%22cpc
Possibilidade de se relevar deficiências 
- Art. 932, § único, CPC. Antes de considerar inadmissível o recurso, 
o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja 
sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
Desdobramento do princípio da primazia do julgamento do mérito 
- Art. 1.029, § 3o, CPC. STF ou o STJ poderá desconsiderar vício 
formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que 
não o repute grave 
- Art. 1.017, § 3o, CPC. Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso 
de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo 
de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, 
parágrafo único 
PROVA ATÉ AQUI 
Efeitos dos recursos 
- Consequências jurídicas advindas da fase recursal 
- Os efeitos podem ser decorrentes da recorribilidade da decisão, da 
interposição do recurso ou de seu julgamento 
Efeito obstativo - art. 502, CPC 
- Visa impedir/adiar a formação da coisa julgada 
- Se a parte interpor a apelação fora do prazo: não impede o trânsito 
em julgado. Aquilo que não foi recorrido transita em julgado 
- Decorrente da recorribilidade e da interposição tempestiva do recurso 
- Só há efeito obstativo daquilo que foi objeto de recurso 
- Enquanto há pendência de recurso, não há a formação da coisa 
julgada 
- Também ocorrerá enquanto houver pendência de julgamento pelo 
tribunal (se extende para depois de interpor o recurso de forma 
tempestiva) 
Efeito suspensivo 
- Suspende os efeitos da decisão judicial 
- Adia os efeitos da decisão impugnada até o julgamento do mérito do 
recurso interposto 
- A ausência de efeito suspensivo enseja a execução provisória do 
julgado (art. 520, CPC) 
- Regra: ausência de efeito suspensivo – art. 995, CPC. Os recursos 
não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão 
judicial em sentido diverso 
- Regra: recursos não tem efeitos suspensivos! Uma vez publicada a 
sentença, ela já irá produzir efeitos (Art. 995). Exceção: apelação 
(art. 1.012) - enquanto for possível a recorribilidade do recurso os 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art932p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm%22%20%5Cl%20%22art932p
seus efeitos estarão suspensos. Os recursos especiais ou 
extraordinários também apresentam efeitos suspensivos (Art 987 §1) 
- Pode ser: 
- Efeito suspensivo pela própria lei (ope legis): apelação e RE e 
REsp interpostos no IRDR OU 
- Efeito suspensivo por uma decisão judicial (ope iudicis): qualquer 
recurso. Posso pleitear o efeito suspensivo que for a pedido do 
relator 
- Exceções: recurso de apelação: quebra a regra: tem efeito 
suspensivo, portanto já nasce sem produzir efeitos 
- Competência para atribuir efeito suspensivo 
- Art. 299, § único, CPC – antecipação de tutela recursal 
- Art. 932, II, CPC Incumbe ao relator: apreciar o pedido de tutela 
provisória nos recursos e nos processos

Continue navegando