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Tributos as transferencias para os Estados e Municipios

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Tributos: as transferências para os Estados e Municípios 
Essas transferências ocorrem a partir da constituição dos seguintes fundos: 
1) Fundo de Participação dos Estados - FPE 
2) Fundo de Participação dos Municípios - FPM 
3) Fundos de desenvolvimento regional 
4) Fundos de compensação das exportações de produtos industrializados 
5) Outras no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, diretas ao cidadão (bolsa 
família), voluntárias ou por determinação legal 
6) 
Boa parte dos recursos oriundos da arrecadação do IR (47%) e do IPI (57%) (Giambiagi 
& Além, 2011) são destinados a esses fundos. A Constituição de 1988, na verdade, 
privilegiou os estados e municípios, ampliando, por exemplo, seu grau de autonomia 
fiscal, na fixação das alíquotas de seu principal imposto, o ICMS. Na verdade, 
... reduziu os recursos disponíveis para a União, através do aumento das 
transferências tributárias e da limitação de suas bases impositivas, sem 
prover, ao mesmo tempo, os meios, legais e financeiros, para que 
houvesse um processo ordenado de descentralização dos encargos. 
(Giambiagi & Além, 2011) 
Como resultado, a União passou a lançar mão de novos tributos ou a elevar as alíquotas 
dos já existentes, aumentando a participação dos impostos cumulativos, como a criação 
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL e o aumento da alíquota da 
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – Cofins, além do IOF e da extinta 
CPMF (Giambiagi & Além, 2011). 
O imposto cumulativo é aquele que incide sobre as etapas de produção e comercialização 
sem desonerar o imposto pago em etapa anterior, isto é, incidindo sobre si mesmo. 
Como vimos é o caso do Cofins e do CSLL. Por exemplo: 
Produção: preço – 100,00 + imposto – 10% = 100,00+10,00=110,00 
Comercialização: (custo da mercadoria – 110,00 + margem – digamos, 100%) + 
imposto – 10% = (110,00 + 110,00) + 22,00 = 242,00 
Total de imposto cobrado = 10,00 + 22,00 = 32,00 
O imposto não cumulativo permite que na etapa posterior da produção/circulação seja 
descontado o imposto pago anteriormente, isto é, ele incide apenas sobre o valor 
agregado em cada etapa. É o caso do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços (nome abreviado) e do IPI – Imposto sobre produtos Industrializados. Por 
exemplo: 
Produção: preço – 100,00 + imposto – 10% = 100,00+10,00=110,00 
Comercialização: (custo da mercadoria – 110,00 + margem – digamos, 100%) + 
imposto – 10% - imposto já pago – 10,00 = (110,00 + 110,00) + 22,00 – 10,00 = 
232,00 
Total de imposto cobrado = 10,00 + 12,00 = 22,00 
Obs: o nome completo do ICMS é “Imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e 
de comunicação”, conforme a LEI COMPLEMENTAR Nº 87, DE 13 DE SETEMBRO DE 1996, 
a chamada Lei Kandir. 
 
 
 
 
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