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Sistema Gastrointestinal

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GASTROINTESTINAL 
GASTRITE
Ideologia / Causa:
Sinônimos: inflamação do estômago;
Gastrite é a inflamação, infecção ou erosão do revestimento do estômago. Ela pode durar por pouco tempo, na chamada gastrite aguda, ou pode durar meses e até mesmo anos;
A causa se da por meio da fraqueza da barreira mucosa que protege a parede estomacal, permitindo que os sucos digestivos produzidos pelo estômago causem danos ao tecido que reveste o órgão.
Sinais e Sintomas:
Indigestão
Queimação e azia
Náuseas
Vômitos
Perda de apetite
Dores abdominais.
Em caso de sangramento da parede do estômago:
Fezes escuras
Vômito de sangue ou material semelhante à borra do café.
Exames para diagnóstico:
O médico avaliará seu histórico familiar e seus sintomas, mas isso não basta para o diagnóstico. Há alguns exames que ele poderá solicitar que ajudam na hora de determinar qual a causa dos sintomas do paciente, veja:
Exames para detectar a presença da bactéria no estômago é uma das opções mais comuns para o diagnóstico. Ele pode ser feito por exame de sangue ou por meio de um exame conhecido como “exame do hálito”, em que o paciente ingere uma solução líquida, sem gosto, que contém doses de carbono radioativo. Depois, o paciente assopra dentro de um saco. Se o hálito do paciente contiver amostras desse carbono, então o paciente estará diagnosticado com gastrite.
Endoscopia também é uma opção, em que o especialista analisa o estômago por meio de um endoscópio, em busca de sinais de inflamação. Em seguida, ele coletará pequenas amostras e as enviará para testes em laboratório, que determinarão se há presença da bactéria ou não.
Tratamento Clínico e Cirúrgico:
Pode ser usado outro medicamento de venda livre ou controlada que diminua a quantidade de ácido no estômago, como:
Antiácidos
Antagonistas H2
Inibidores da bomba de prótons (IBP), como omeprazol, esomeprazol, iansoprazol, rabeprazol e pantoprazol
Antibióticos.
Dieta específica: 
Algumas medidas podem ajudar na recuperação e facilitar o tratamento.
Comer menos e com menos intervalo entre as refeições pode ajudar no controle da produção de ácidos do estômago. Isso ajuda na digestão e evita desconfortos
Evite alimentos que possam causar ainda mais irritação ao seu estômago, especialmente frituras
Evite bebidas alcóolicas
Se necessário, faça uso de medicamentos para amenizar a dor. Alguns desses remédios não precisam de receita médica e podem ser encontrados na farmácia
Evite estresse.
O tratamento para gastrite geralmente é bem sucedido. Dependendo da causa, a recuperação pode demorar mais do que o previsto. O importante é iniciar logo o tratamento para evitar complicações mais graves.
Cuidados da enfermagem:
Proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e tranquilo;
 Manter uma ventilação adequada no ambiente;
 Dar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do paciente;
Orientar as visitas e familiares para evitar conversas que perturbem o paciente;
Diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda e várias vezes ao dia;
 Higiene oral, 3x/dia com uma solução anti-séptica;
Verificar e anotar os SSVV, 4/4 horas;
 Administrar a medicação prescrita.
ÚLCERA GÁSTRICA
Ideologia / Causa:
A úlcera gástrica, úlcera péptica ou úlcera no estômago é uma ferida que geralmente é causada por diversos fatores, entre eles:
Fator genético
Alimentação
Presença da Helicobacter Pylori 
Estresse
 Ela apresenta como sintoma a dor de estômago, especialmente após comer, e normalmente não é uma situação muito grave.
Sinais e Sintomas:​
Dor abdominal forte, em forma de pontada, que piora ao comer ou ao beber;
Dor em forma de queimação na "boca do estômago";
Enjoo;
Vômito;
Dor de cabeça;
Perda de peso.
 Exames para diagnóstico: 
Para identificar a úlcera gástrica, recomenda-se uma endoscopia digestiva alta. Nela, o médico irá colocar uma sonda, com uma microcâmera na ponta, dentro da boca do indivíduo até o seu estômago, conseguindo visualizar com clareza as paredes internas do estômago e suas lesões.
A biópsia do tecido do estômago poderá confirmar a presença da bactéria.
Tratamento Clínico e Cirúrgico:
É feito com o uso de antiácidos, que evitam que o suco gástrico utilizado na digestão aumente o tamanho da ferida.
Pode-se recorrer ainda a analgésicos, para controlar as dores, e a calmantes, para que o indivíduo fique mais relaxado, uma vez que o ácido gástrico é produzido em maior quantidade sob estresse.
Para eliminar a bactéria, recorre-se a antibióticos, como, por exemplo, a Amoxicilina.
Dieta específica: 
A alimentação deve ser feita com frutas, legumes e verduras cozidos, grãos, laticínios light, pão, e carnes magras, devendo-se evitar alimentos muito quentes, bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, fast food, frituras e doces em geral. Evite também alimentos que promovem a liberação do ácido gástrico, como café, chá preto, mate, condimentos, molhos picantes e frutas ácidas como caju, laranja, limão e abacaxi.
Cuidados da enfermagem:
Instruir o paciente em relação a:
Ingestão alimentar ; 
 Reduzir o estresse; 
Evitar o tabagismo; 
Explicar as complicações
ÚLCERA DUODENAL
É uma infecção bacteriana causada pela bactéria Helicobacter pylori. Esta bactéria atua causando a ruptura do revestimento interno do estômago e do tacto digestivo. 
 Tabagismo;
 Ingestão excessiva de cafeína;
 Álcool;
Estresse.
Ideologia / Causa:
Sinais e Sintomas:​
Dor abdominal intensa, principalmente entre o esterno e o umbigo;
Azia, especialmente após as refeições;
Flatulência excessiva, estômago arrotos;
Náuseas e vômitos;
A falta de apetite;
A perda de peso;
Fadiga excessiva e fraqueza;
Úlceras hemorrágicas.
Exames para diagnóstico:
O médico avalia os sintomas do paciente, a história médica e realizar testes, tais como raios-x, em que o paciente engole líquido de bário para detectar a úlcera na radiografia. O paciente pode também ser submetido a exame de sangue e fezes para observar se tem presença de bactéria.
Tratamento Clínico e Cirúrgico:
O tratamento depende principalmente da causa e gravidade da doença. O médico pode prescrever medicamentos para reduzir a quantidade de ácido do estômago. Antibióticos ou agentes protetores das mucosas, tais como antiácidos pode ser utilizado para formar uma barreira protetora no local da úlcera. No entanto, se essas drogas não são suficientemente eficazes para reduzir a úlcera duodenal, o paciente pode ser submetido a cirurgia.
Dieta específica: 
Evitar ingerir os alimentos em temperatura quente;
 Observar quais os alimentos causam desconforto e evitá-los;
 Evitar o grão do feijão (utilizar somente o caldo), balas, chicletes, o reaproveitamento de gorduras;
 Fazer refeições pouco volumosas e mais frequentes (o ideal é fazer de 5 a 6 refeições por dia);
 Deve- se comer devagar, mastigando bem os alimentos;
 Evitar o fumo.
Cuidados da enfermagem:
Proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e tranquilo;
 Manter uma ventilação adequada no ambiente;
Orientar as visitas e familiares para evitar conversas que perturbem o paciente;
Diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda e várias vezes ao dia;
Higiene oral, 3x/dia com uma solução anti-séptica;
 Administrar a medicação prescrita;
Controle dos sinais vitais;
Controle hídrico;
 Observar a distensão abdominal;
 Observar as características das fezes;
Evitar excesso de alimentação;
Manter o paciente confortável;
Orientar sobre os cuidados .
Refluxo Gástrico
É o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e em direção à boca, causando dor e inflamação.
Uma vez que a comida está no estômago, um anel de fibras musculares impede que o alimento se mova para trás, em direção ao esôfago. Essas fibras musculares são chamadas de esfíncter .Se o esfíncter não fechar bem, tudo o que a pessoa comeu, bebeu e até mesmo o suco gástrico usado na digestão pode
vazar de volta para o esôfago. 
Ideologia / Causa:
Sinais e Sintomas:
Azia
Dor no peito
Dificuldade para engolir
Tosse seca
Rouquidão
Dor de garganta
Regurgitação e refluxo de suco gástrico
Inchaço na garganta
Náusea após refeições.
Exames para diagnóstico:
Raio-x da parte superior do sistema digestivo, a fim de buscar anomalias e outros problemas na região do esôfago e do estômago.
Endoscopia é, geralmente, um método eficiente para procurar anomalias no trato digestório. 
A quantidade de ácido presente no esôfago também é um critério bastante utilizado para fazer o diagnóstico. O especialista usará um medidor que será inserido no interior do esôfago do paciente. Este medidor verificará a quantidade de ácido presente no tubo. Este exame é conhecido como monitoramento contínuo do pH esofágico.
Tratamento Clínico e Cirúrgico:
Medicamentos (buscopan, omeprazol, bromoprida, digesan, entre outros) para impedir a produção de suco gástrico no estômago e ajudar na cicatrização do esôfago. 
Antiácidos vendidos sem receita podem ser usados após as refeições e na hora de dormir, embora não durem muito tempo. Efeitos colaterais comuns de antiácidos incluem diarreia ou constipação.
Operações antirrefluxo podem ser uma opção para pacientes cujos sintomas não passam com mudanças de estilo de vida e drogas.
Dieta específica:
Evitar o consumo de alimentos e bebidas que possam contribuir para um quadro de azia, como álcool, cafeína, bebidas gasosas, chocolate, frutas e sucos cítricos, tomates, molhos de tomate, alimentos picantes ou gordurosos, produtos derivados de leite integral, menta e hortelã.
Alimentar-se com porções menores nas refeições.
Comer devagar.
Não deitar-se após as refeições.
Dormir com a cabeça mais elevada em relação ao corpo.
Evitar o fumo e o consumo exacerbado de bebidas alcoólicas.
Beba muita água.
Reduza o estresse.
Cuidados da enfermagem:
Proporcionar conforto e segurança, um ambiente repousante, calmo e tranquilo;
 Manter uma ventilação adequada no ambiente;
Diminuir a atividade motora do estômago oferecendo uma dieta branda e várias vezes ao dia;
 Higiene oral, 3x/dia com uma solução anti-séptica;
Verificar e anotar os SSVV, 4/4 horas;
 Administrar a medicação prescrita.
MEGACÓLON
É uma dilatação e alongamento anormais do intestino grosso, congênito ou adquirido, frequentemente associado à presença de obstruções intestinais. 
No megacólon congênito, presente desde o nascimento, ocorre um defeito genético em que partes do intestino grosso não recebem as terminações nervosas que controlam as contrações intestinais.
O megacólon adquirido pode ser de natureza tóxica ou estar associado a outras doenças como Hipotireoidismo, Doença de Chagas, etc.
Ideologia / Causa:
Sinais e Sintomas:​
 No megacólon ocorre destruição irreversível das células ganglionares periféricas do sistema nervoso autonômico e/ou central durante a fase aguda da doença provocando, com o passar do tempo, o aparecimento de dilatações. Os principais sinais e sintomas são uma prisão de ventre crônica e progressiva que exige cada vez doses maiores de laxativos, até se tornar não responsiva a eles e uma distensão abdominal, que quando muito evoluída, pode levar à ocorrência de vômitos fecais, em razão de um refluxo de fezes.
Exames para diagnóstico:
Após a suspeita clínica o diagnóstico é feito realizando-se uma proctossigmoidoscopia e uma colonoscopia que evidenciará o sigmoide dilatado. Pode ser difícil realizar a endoscopia em todo cólon. Entretanto, não são vistas lesões obstrutivas (que geralmente ocorre nos cânceres). A impactação fecal prolonga poderá ocasionar úlceras na mucosa intestinal, com pequeno sangramento.
Tratamento Clinico e Cirúrgico 
Somente os casos muito leves podem ser tratados clinicamente, por meio de laxativos. O uso de enemas (introdução de líquido no ânus, para lavagem) pode aliviar os sintomas do paciente, mas o uso repetido deles pode lesar a parede intestinal e causar laceração, gerando uma grave complicação.
 O tratamento definitivo do megacólon é feito por meio de cirurgias, seja para realização de uma colostomia (estabelecimento de um orifício na parede abdominal para eliminação das fezes), seja para conectar a porção do intestino normal ao ânus, desprezando a parte doente.
Dieta específica: 
Alimente-se em horários regulares;           
 Mastigue bem os alimentos;
Prefira refeições variadas, ricas em frutas, verduras e cereais;
Reduza a quantidade de gordura ingerida; 
Evite bebidas alcoólicas;
Evite alimentos que levem a produção excessiva de gases, como: brócolis, cebola, couve-flor, feijão;                                                                     
Pratique exercício físico regularmente;
Beba bastante líquido, em torno de 2 litros por dia;
Determine um horário específico para evacuar;
Obedeça sempre que possível à vontade de evacuar;
Não utilize laxantes por conta própria.
HÉRNIA DE HIATO 
Ideologia / Causa:​
A hérnia de hiato é uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura no diafragma.
Cientistas acreditam que este problema possa ser resultado de um tecido enfraquecido, que permite que o estômago inche através do diafragma. Tudo indica que a pressão sobre o estômago possa contribuir para a formação de hérnia de hiato.
Sinais e Sintomas:
As hérnias de hiato pequenas geralmente não causam nenhum sinal ou sintoma. Já as grandes podem causar uma série deles. Veja:
Azia, que costuma piorar quando a pessoa deita ou se curva para frente
Arrotos
Dificuldade para engolir
Fadiga
Dor no peito.
Na verdade, a hérnia de hiato por si só raramente causa sintomas. A dor e o desconforto são normalmente causados pelo refluxo de ácido gástrico, ar ou bile.
Exames para Diagnóstico:
A hérnia de hiato é frequentemente descoberta durante um exame de rotina ou procedimento para determinar a causa da azia ou de dor no peito ou dor abdominal. Tais testes ou procedimentos incluem:
Raio-X do trato digestivo superior
Endoscopia para examinar o interior do trato digestivo.
Tratamento Clinico e Cirúrgico:
Os medicamentos mais usados para o tratamento de hérnia de hiato são:
Digestivo (comprimidos)
Em alguns casos, a cirurgia talvez seja necessária. A cirurgia é geralmente reservada para situações de emergência e para pessoas que não obtiveram sucesso no tratamento com medicamentos para aliviar a azia e refluxo ácido.
Dieta Específica:
Comer devagar e mastigar bem os alimentos. Ter em mente que a digestão começa na boca, por isso mastigue o máximo que puder a comida, pois quanto menos tempo o alimento permanece no estômago maiores chances de diminuir o refluxo.
Evitar beber enquanto come, pois isso pode provocar refluxo. Coma primeiro e depois beba água ou outras bebidas.
Comer pequenas quantidades várias vezes ao dia. Este hábito vai te ajudar a perder peso de forma a tratar a hérnia de hiato. Não pule nenhuma refeição para atingir seu objetivo.
Não esquecer do exercício, uma vez que não só ajudam a aumentar o seu metabolismo, mas você libera energia, o que é benéfico para reduzir a ansiedade e evita também a inflamação da hérnia.
Cuidados da Enfermagem:
Instruir o paciente em relação a:
Ingestão alimentar ; 
 Reduzir o estresse; 
Evitar o tabagismo; 
Explicar as complicações.
DOENÇA DE CROHN
 É uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. A doença afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
 A causa da enfermidade é desconhecida, mas não estão descartadas as hipóteses de que seja provocada pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo.
Ideologia / Causa: 
Sinais e Sintomas:
Dor abdominal (geralmente no quadrante inferior direito) associada à diarreia (com ou sem sinais de muco e sangue) 
Perda de peso 
Enfraquecimento por causa da dificuldade
para absorver os nutrientes.
Febre
Aftas
Exames para Diagnóstico:
O exame clínico e o levantamento da história do paciente, assim como alguns exames de sangue, são instrumentos importantes para o diagnóstico da doença de Crohn. Também existem alguns exames, como:
Hemograma para detectar anemia
PCR (marcador de inflamação no corpo)
Endoscopia Digestiva Alta
Ileocolonoscopia
Ressonância Nuclear Magnética
Tomografia Computadorizada
Enterotomografia
Enteroressonância
Tratamento Clinico e Cirúrgico:
O tratamento para a doença deve ser feito em etapas. Existe um sistema de mensuração da atividade da doença baseado no número de evacuações, dor abdominal, indisposição geral, ocorrência de fístulas e de manifestações patológicas à distância, que permite classificar a doença em leve, moderada ou grave. 
O tratamento terapêutico da doença de Crohn é direcionado para reprimir o processo inflamatório desregulado. Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a inflamação e controlam os sintomas, mas não curam a doença. Isso porque a doença não tem cura, até o momento.
Dieta Específica:
A dieta não tem um papel definido na doença. Embora alguns alimentos agravem os sintomas, não há evidências que a inflamação intestinal seja alterada por qualquer alimento. Por isso, as recomendações devem ser individualizadas, conforme a reação de cada paciente.
 É sempre recomendado evitar alimentos ricos em fibras, frituras e fermentados, mas cada fase da doença e tipo de organismo responde à dieta de uma forma diferente.
Cuidados da Enfermagem:
Administrar medicamentos;
Registrar frequência e consistência das fezes;
Encorajar a ingestão oral de líquidos e monitorar a velocidade do fluxo
intravenoso;
Monitorar pesos diários;
Apoio emocional para reduzir a ansiedade;
Iniciar medidas para
disseminação da diarréia.

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