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Rousseau conceitua o governo como “ corpo intermediário estabelecido entre os súditos e o soberano para sua mutua correspondência, encarregado da execução das leis e da manutenção da liberdade, tanto civil como politica”. O governo é responsável pelo ato de colocar em prática as leis fundamentais pode ser declaradas pelo soberano a zelar pela sua observância por partes do súditos.
Quanto a pessoa a quem cabe o exercício do poder executivo, poderá ser o príncipe ou o magistrado, que tanto pode ser um homem ou um corpo formado por alguns ou vários magistrados independente da denominação ou do número, o príncipe ou magistrado é considerado um “empregado” do soberano,o soberano é uma pessoa ou corpo a quem é confiado o poder de executar aquilo que foi declarado pela vontade geral.
Como corpo intermediário, o governo estabelece uma relação entre o soberano e o Estado.
Dessa forma, se o Estado é composto de muitos súditos o governo deverá aplicar uma força maior em sua administração e o soberano, por sua vez deverá ter mais força para conter o Governo.
Rousseau trata do princípio que constitui as várias formas de governo. É o principio do número, ou seja, relaciona-se com número de membros que compõe governo. Mas primordialmente esse princípio e o legitimidade, ou seja a forma governo deve ser expressão da vontade geral. Cada forma de governo corresponde a um princípio: na democracia é a virtude, na aristocracia é a moderação e na monarquia é a falsa honra.
Levando-se em conta que a pessoa que compõe o governo possui três vontades diversas: a vontade própria do individuo, a vontade do corpo politico e a vontade soberana, no governo de um só confunde-se a vontade própria particular do monarca com a vontade geral, e há o perigo de que os atos do monarca não passem de seu próprios interesses.
Estabelecida as noções e o principio do governo Rousseau discorre acerca da divisão do governo. Se o soberano confia o governo a todo povo ou a maior parte do povo ,essa forma de governo é a democracia, se ao contrário, confia o governo a um reduzido número essa forma de governo é a aristocracia , agora se o governo se concentra na mão de um só , essa forma de governo é a monarquia. 
O autor não defende uma forma de governo particular, afirmando que a conveniência de se adotar está ou aquela forma depende da cada caso , ou seja de fatores como tamanho do território, número de súditos e a relação de riqueza. O filósofo acreditava se a forma de governo escolhida é a verdadeira expressão da vontade geral, então e um governo legitimo .
Ao passar a discorrer sobre cada forma de governo, o filósofo em principio observa que na democracia haveria a vantagem de que “aquele que faz a lei sabe melhor do que ninguém, como deve se ela posta em execução e interpretada”. 
A democracia no entanto é a forma de governo que está mais sujeita a guerra pois há interferência direta dos mais variados interesses particulares e pressiona a democracia de tal forma, que é preciso mais força e coragem por parte dos cidadãos para manter a forma original.
Rousseau trata também da aristocracia, na qual o governo é confiado a um número reduzido de magistrado ao contrario da democracia, em que as figuras do governo e do soberano se confunde ao mesmo corpo ( povo ) , já na aristocracia a distinção entre este é bem nítida.
Existem três espécies de aristocracia; a natural, a hereditária e a eletiva, na qual o governo é confiado a um pequeno número de magistrado através de eleições, onde o autor só conhece a eletiva como forma legitima de governo. A aristocracia eletiva dentre essas três espécies e a melhor que se encaixa no conceito de república legitima, na medida em que só ela seria a verdadeira expressão da vontade geral.

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