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Reprodução Humana.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
Bacharelado em Biomedicina
Criopreservação de Sêmen, Óvulos e Embriões
Elisama Lopes 1502672
Jundiaí 
2017
O que é criopreservação?
É o congelamento ou vitrificação de óvulos, espermatozoides ou embriões em 196º negativos com nitrogênio líquido permitindo bloquear a atividade metabólica das células na função de preservá-los para uso posterior. Isso acontece quando um (a) paciente deseja adiar a maternidade/paternidade sem perder a fertilidade do organismo ou quando existem embriões excedentes após o procedimento de fertilização IN VITRO (FIV) ou fertilização IN VITRO com micromanipulação de gametas (ICSI).
Não há tempo limite das estruturas congeladas, há casos de bebês nascidos a partir de óvulos e espermatozoides permanecidos por mais de 20 anos congelados.
Na década de 80 nasceu o primeiro bebê gerado de um embrião criopreservado.
 Procedimento:
Antes de tudo é necessário fazer a coleta dos espermatozoides e óvulos que serão criopreservados. No caso dos gametas masculinos isso é feito principalmente através da masturbação. Alguns homens que possuem ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado devido a alguma obstrução (vasectomia, por exemplo) podem coletar através de um procedimento medico de punção testicular. Muitas vezes o sêmen coletado por punção também pode ser criopreservado.
E nas mulheres?
Primeiro é preciso se submeter a uma indução de ovulação (Uso de medicamentos para aumentar a chance de ovulação em mulheres com dificuldade para engravidar devido a alterações hormonais ovarianas). A coleta é um procedimento cirúrgico simples que requer uma sedação e dura em média 20 minutos. Trata-se de uma punção transvaginal guiada por ultrassom. A paciente fica em posição ginecológica e com uma agulha fina, aspira-se o líquido do interior dos folículos. Junto com esse líquido obtém-se os óvulos, que são vistos apenas depois da coleta, no microscópio. Na maioria das vezes são coletados todos os óvulos que a paciente produziu, ou seja, a quantidade de óvulos recolhida dependerá da resposta de cada paciente. Logo, a reserva ovariana e a resposta aos remédios da indução da ovulação é que determinarão a quantidade de óvulos que a paciente irá congelar.
CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN 
CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN
Criopreservação de Sêmen
É indicado em casais em tratamento, quando não é possível que ambos estejam presentes durante o ciclo de tratamento, por exemplo, quando o parceiro viaja muito e consequentemente poderá estar longe no momento exato necessário.
Também é indicado para pacientes que tenham desejo de fazer a vasectomia porém gostariam de preservar seus espermatozoides para uma futura gravidez.
Pacientes com diagnóstico de câncer, antes de iniciar tratamento com radioterapia ou quimioterapia, podem preservar sua fertilidade congelando seu sêmen.
A técnica é simples. Inicialmente avalia-se a qualidade seminal através de um espermograma, não havendo anormalidade que necessite de tratamento colhe-se o material em laboratório especializado por meio de masturbação, ou, se não for possível, por punção testicular. Depois da coleta, capacita-se o sêmen e faz-se o congelamento. Uma parte da amostra do sêmen é separada para análise. O restante é diluído numa substância protetora. Em seguida, o citoplasma da célula é resfriado pelo vapor de nitrogênio líquido por um processo de diminuição contínua de temperatura até 100ºC negativos, quando ocorre a cristalização do sêmen. Após isto, o material é armazenado em nitrogênio líquido a 196ºC negativos.
O sêmen congelado não tem validade.
Procedimentos:
Logo após a coleta é realizada a análise seminal, seguindo os parâmetros da organização mundial de saúde (OMS).
Análise macroscópica: Volume, viscosidade, cor, pH, liquefação.
Análise microscópica: Concentração, motilidade, contagem de células redondas, verificar a presença de elementos agregados.
Teste de Endtz (se necessário)
Teste Eosina
Teste Hiposmótico (se necessário)
Morfologia estrita de Kruger
Após a análise do material, as substâncias crioprotetoras são adicionadas e o material é aliquotado em criotubos específicos, devidamente etiquetados e identificados com código de barras. Daí então, são acondicionados em um contêiner contendo nitrogênio líquido, onde ficarão armazenados até o momento de sua utilização.
Identificação e Registro
Todas as amostras seminais devem ser cuidadosamente identificadas, para assegurar com precisão e confiabilidade sua utilização em técnicas de reprodução humana assistida (inseminação intrauterina, fertilização “in vitro” ou injeção intracitoplasmática de espermatozoide), permitindo boas taxas de sucesso no que se refere à obtenção da gestação. 
	A amostra criopreservada é registrada e classificada em categorias por um sistema de cor e código de barras, como é explicado a seguir:
Neoplastia: Cor amarela
Câncer de Testículo
Carcinoma
Linfomas
Leucemia
Sarcomas
Outros tumores malignos
Tumores benignos
Doenças autoimunes
Sem Categoria
Vasectomia: Cor cinza
Reprodução assistida: Cor azul
Recuperação cirúrgica: Cor vermelha
Doador: Cor verde
 
Doação 
Para ser considerado um doador, o indivíduo é avaliado por uma equipe especializada. Inicialmente, é realizada uma entrevista que visa traçar o perfil do indivíduo e caracterizar sua intenção na doação de sêmen. É então encaminhado para uma bateria de exames laboratoriais principalmente relacionados às sorologias para doenças potencialmente transmissíveis e/ou genéticas.
Deverá:
Ter idade entre 18 e 40 anos;
Ser saudável e não ter doenças hereditárias em família;
Concordar com o anonimato;
Passar por uma triagem rigorosa:
Todo candidato a doador deverá passar por uma consulta médica para avaliação e esclarecimentos; esta consulta é com hora marcada e gratuita.
Se aprovado pelo médico, o doador deverá realizar exames de sangue.
Efetuar a coleta do sêmen (se estiver com, no mínimo, 2 dias de abstinência sexual e no máximo 5 dias).
Seis meses após, convocamos o doador para nova coleta de sangue para podermos liberar o sêmen (que ficou em quarentena).
CRIOPRESERVAÇÃO DE ÓVULOS
CRIOPRESERVAÇÃO DE ÓVULOS
Objetivo:
Mulheres que queiram adiar a maternidade por problemas pessoais ou para mulheres que apresentem um câncer em idade reprodutiva.
Existem muitas neoplasias malignas, por exemplo o câncer de mama, que acontecem com mulheres jovens e hoje as possibilidades de cura são imensas. No entanto, a quimioterapia e radioterapia podem levar a esterilidade, por isso é prudente congelar os óvulos antes de passar por esse tratamento.
Percebemos que na atualidade a mulher adia cada vez mais a maternidade em detrimento da profissão, no entanto a fertilidade diminui acentuadamente após 35 anos porque os óvulos envelhecem e perdem a capacidade de formarem bons embriões e, consequentemente, uma possível gestação. Para essas mulheres, a vitrificação de óvulos é uma opção para posterior gravidez.
Como funciona?
	Para se realizar a criopreservação dos óvulos, até o 3º dia da menstruação, a paciente fará aplicação de medicamentos especiais para estimulação ovariana, ou seja, para ajudar no crescimento dos óvulos. Assim que os óvulos estiverem no tamanho ideal, conforme orientação médica, se iniciará o preparo para captação dos óvulos. Para esse procedimento é necessário uso de anestesia, o processo gira em torno de 30 minutos, não sendo necessária a internação. Após a captação, a paciente será liberada, os óvulos serão encaminhados ao laboratório e armazenados na incubadora para finalizar a maturação. Após esse processo, será realizada uma seleção dos óvulos maduros, ou seja, os ideais para uma futura fertilização, e posteriormente serão congelados em nitrogênio líquido a – 196º C
CRIOPRESERVAÇÃO DE EMBRIÕES 
CRIOPRESERVAÇÃO DE EMBRIÕES
 Conceito:
É um procedimento realizado quando existem embriões excedentes e de boa qualidade após uma tentativa de Fertilização in Vitro (FIV).
Somente 20-30% dos ciclos de Fertilização in Vitro (FIV) terminam com embriões excedentes e com qualidade adequada para congelar.
Fatores Críticos:
Idade da paciente;
Número e qualidade dos embriões criopreservados.
Possuí duas etapas:
- Congelamento : A escolha do crioprotetor adequado ao estágio de desenvolvimento celular e ao programa de congelamento são fundamentais para o processo de desidratação 
- Descongelamento: O processo de rehidratação celular deve ocorrer gradativa e lentamente, para obtenção da sobrevida celular.
 Princípio da Criopreservação
O protocolo empregado na criopreservação de uma célula deve ser suficientemente lento para prevenir a cristalização da água intracelular e suficientemente rápido para prevenir a exposição das células a elevadas concentrações de eletrólitos antes da congelação.
 Danos: Desnaturação da proteína;
Membrana plasmática e Citoesqueleto.
Proteção:
Crioprotetores 
Proteção Celular;
Reduzem a formação de cristais de gelo;
Reduzem do ponto crioscópico da água;
Maior estabilidade a membrana celular;
Crioprotetores:
A grande dificuldade das técnicas de congelamento de células é a formação de gelo dentro da célula. Para isto, é retirada quantidade de água suficiente para que ocorra um mínimo de formação de gelo intracelular. As substâncias usadas no congelamento, chamadas de crioprotetores, tanto impedem a formação de gelo como previnem a exposição excessiva dos pré-embriões a altas concentrações de soluto, controlando a entrada e saída de substâncias estranhas á célula.
Vitrificação, técnica mais utilizada garantindo altas taxas de sobrevivência, pequenos dispositivos onde os embriões são colocados em contato direto com o nitrogênio líquido (sistema aberto), permitindo altas velocidades de resfriamento. São então identificados e armazenados em pequenas palhetas, permanecendo em tanques de nitrogênio líquido por tempo indeterminado
Métodos de criopreservação:
Congelamento Lento:
Convencional; 
One-Step;
Vitrificação: 
OPS;
Em grade de microscopia eletrônica de transmissão;
Cryollop;
Micropipetas de vidro – GMP;
Em superfície sólida de vitrificação – SSV;
Microgotas;
Hemi-palhetas (“Hemi Straw”).
Congelação Lenta:
São utilizados taxas de resfriamento que permitem a troca de água intracelular por crioprotetor, sem grandes efeitos osmóticos ou mudanças na forma celular, prejudiciais á funcionalidade das células. 
A primeira gravidez com oócito congelado ocorreu em 1986 e, desde então, houve grande progresso desta técnica. No início as taxas de gravidez eram baixas, ao redor de 1%.
O oócito é uma célula mais sensível que as demais, e carrega dentro de si uma quantidade maior de água quando comparada às outras. Quando se usava a técnica de congelamento habitual, a mesma que era utilizada para o congelamento de embriões, formava-se no interior do óvulo uma grande quantidade de cristais de gelo, os quais danificavam a estrutura da célula e causavam alterações cromossômicas que impediam ou dificultavam a fertilização da maioria dos óvulos, a divisão celular e a implantação dos embriões.
Referência Bibliográfica
Disponível em:<http://engravida.com.br/blog/o-que-e-criopreservacao/
https://fertilidade.org/content/congelamento-de-semen
http://clinicafertilizar.com.br/criopreservacao-de-ovulos
http://fertility.com.br/tratamentos/banco-de-semen/https://gravidezesaudedamulher.com/2014/10/14/inducao-de-ovulacao/
http://www.uece.br/lfcr/dmdocuments/BRA_criopreservacao%20embrioes.pdf
Disponível em:<https://www.clinicasesma.com.br/tratamentos/reproducao-humana/congelamento-de-ovulos?gclid=EAIaIQobChMIhN30opm-1wIVEgiRCh0InwNoEAAYASAAEgIcifD_BwE
http://www.minhavida.com.br/familia/tudo-sobre/16593-criopreservacao-uma-forma-de-preservar-a-fertilidade
OBRIGADA!!!!

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