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Teoria do fato jurídico
	Fato social -> Fato jurídico, dividido nestas possibilidades: 
Fato jurídico em sentido estrito;
Ato fato jurídico
Ato jurídico – em sentido amplo: . ato jurídico em sentido estrito
				 . negócio jurídico
	Fato jurídico em sentido amplo seria todo o acontecimento natural ou humano que possa criar, modificar, conversar ou extinguir relações jurídicas.	
	Todo o fato jurídico é antes um fato social. O direito busca nas situações sociais aquilo que será convertido em fato jurídico. Quem faz a seleção dos fatos sociais são as fontes do direito, será a seleção daquilo que é importante ser trazido para o direito. Em especial a norma jurídica é que vai fazer esta seleção dos fatos sociais relevantes. Além da norma, temos os costumes, os princípios, etc., que servirão também como fonte jurídica para selecionar o que é importante no mundo dos fatos.
	Juridicização é a transformação do fato social em fato jurídico, termo utilizado pelo Pontes de Miranda. Ela pressupõe a existência de uma hipótese de incidência (que são as normas, costumes e princípios), ou seja, previsões de incidência (Ex., quando alguém completar 18 anos este alguém se tornará maior e terá certas consequências jurídicas, é a norma indicando uma hipótese de incidência). Essa incidência vai surgir diante de um suporte fático, que é o fato em si, que suporta a incidência, ou seja, que recebe a incidência. Para ocorrer o suporte fático, esta incidência deve ser perfeita, completa, deve haver uma perfeita harmonia entre a hipótese de incidência e o fato, o que resultará na juricidização! Podemos comparar com a tipificação penal, para ser tipificado o fato, deve estar adequado com a norma jurídica.
	Para estabelecer a catagolação acima, Pontes dividiu de acordo com a vontade do sujeito de direito.
	Fato jurídico em sentido estrito: é aquele acontecimento natural que independe da vontade do sujeito de direito. É um simples acontecimento social, não é algo artificial. Ex.: uma tempestade, uma seca, o nascimento, a morte, implemento de certa idade, etc. São fatos naturais relevantes para o direito. 
	O fato jurídico divide-se em fato jurídico em sentido estrito (acontecimentos naturais), em ato-fato jurídico (ação humana sem manifestação de vontade) e em Ação humana (que se divide em ato jurídico em sentido amplo e ato ilícito).
Ato-fato jurídico se dá quando a vontade humana é irrelevante, ou seja, o que importa é o resultado, a intenção humana é irrelevante, lembrar da hipótese de um louco pintar e adquirir a obra por especificação ou de uma criança achar um tesouro, tomando para si a propriedade móvel, ou seja, a intenção dela não foi essa, ela não escavou o quintal com o propósito de encontrar um tesouro. 
 Ato jurídico – em sentido amplo: ato é artificial, é criado pela própria pessoa. Ex.: contratos, é o exemplo mais comum, podemos tratar da emancipação, renúncia, herança, o pagamento, interpelação para constituir alguém em mora. Poderíamos trazer exemplos para fins ilícitos, quando alguém causa um dano a outrem. Divide-se em: - ato jurídico em sentido estrito e – negócio jurídico. 
Ato jurídico em sentido estrito (ato não negocial, não se pode definir suas consequencias) decorre do simples comportamento humano deflagrador de efeitos previamente estabelecidos por lei. Ex.: fixação do domicílio; reconhecimento de filiação; ou, ainda, a emancipação voluntária, é realizado pela vontade das partes, mas o direito é que define as consequências, pois não se pode emancipar para certos fins, apenas de forma geral. No negócio jurídico, nós conseguimos moldar a vontade, conseguimos definir os efeitos que vão ocorrer em função da prática deste negócio jurídico, ou seja, temos como influenciar nos efeitos do ato. Ex.: contratos, é fruto da vontade dos contratantes, de regra podem mexer nos efeitos, podem moldar os efeitos, portanto, se trata de emissão de vontade, mas uma vontade que poderá influenciar na limitação dos efeitos jurídicos.
	Negócio jurídico pode ser dividido em três espécies quanto aos declarantes:
Unilateral: é aquele onde apenas um polo manifesta vontade. Ex.: testamento, renúncia, proposta, oferta, promessa de recompensa, declarações de vontade em geral: denuncia um contrato, ou seja, declara a vontade de romper um contrato.
Bilateral: Exemplo típico é o contrato, temos dois polos que manifestarão vontades contrapostas, vontades que se encontram, que se combinam. Contrato de trabalho é um típico exemplo de negócio jurídico bilateral.
Plurilateral: Teremos dois ou mais polos dirigindo vontade a um fim comum. Contratos de sociedade Ltda., o que se chama de afeto societário. 
	Ato-fato jurídico: é uma situação intermediária entre o fato jurídico em sentido estrito e do ato jurídico em sentido amplo. Muitos autores criticam essa possibilidade, mas nesta ideia do Pontes é o acontecimento que surge como ato, surge como fruto de um comportamento de alguém, de uma conduta, mas é tratado pelo direito como se fosse fato, não iremos analisar a qualidade da vontade de criação desse ato-fato, basta que exista esta conduta criando o ato-fato. Ele vem para o direito como ato e depois que ele ingressou no direito ele é tratado como fato. Ex.: Caça, pesca, pois depende de um ato de alguém, mas depois de realizado será tratado como fato, não importa se quem realizou era capaz ou incapaz, o que importa é que foi realizado. Aqui se tem também, a especificação, quando alguém pega uma pedra e transforma em uma escultura, é uma transformação de matéria bruta em escultura. Não se analisa a capacidade de quem fez. O Exemplo mais atual é a posse, é o que ainda dá utilidade prática para o ato-fato jurídico, depende da conduta de alguém.
	É ausente a análise da vontade, assim como no fato jurídico em sentido estrito (ato não negocial), pois pode ser cometido por incapaz, que não tem expressão de vontade.
	Alguns autores passaram a criar uma subespécie de ato-fato jurídico, que recebe três nomes, de acordo com cada autor: conduta social típica; contato social; ato existencial. São três expressões que querem dizer a mesma coisa. Essas expressões são típicas da sociedade moderna, da sociedade atual, onde o excesso de massificação torna o elemento vontade irrelevante, são situações que se justifica que se deixe de lado a análise da vontade. Ex.: um menor de 15 anos vai até o supermercado e adquire uma barra de chocolate, não há necessidade de se analisar esta conduta, outro exemplo é o uso de transporte coletivo, não importa a capacidade do agente para utilizar o transporte.
Algumas questões geram dúvida quanto a sua natureza jurídica:
Pagamento: ato voluntário de cumprimento da obrigação, a consequência é a extinção da obrigação. É ato jurídico em sentido estrito (não negocial). Não é uma posição pacífica, tem autores que entendem que pode ser visto com o ato-fato jurídico, conduta onde o elemento capacidade é irrelevante. Ex.: pai entrega valor para o filho pagar a escola, será uma obrigação quitada por um incapaz. Há ainda autores que entendem que o pagamento pode ser um negócio jurídico bilateral, pela necessidade de aceitação do pagamento, tanto que se não aceitar é necessário o ajuizamento de ação de consignação em pagamento. A classificação mais comum é de ver o pagamento como ato jurídico em sentido estrito.	
Casamento: Autores mais antigo defendem o casamento como ato jurídico especial do direito de família, em função da origem no direito canônico. Maioria dos doutrinadores atuais dizem que o casamento é uma disposição de tutela de interesses legítimos, não necessariamente sobre o aspecto econômico. Deixou de ser uma teoria de negócio jurídico.
Outra questão que pode gerar dúvida é a diferença entre negócio jurídico bilateral e contrato bilateral:
Negócio jurídico bilateral: dois polos contrapostos – exemplo maior são os contratos e na teoria dos contratos temos a classificação entre o contrato unilateral e bilateral. Essa classificação tem relação com os seus efeitos que derivam do contrato e nãocom a sua formação. Tem a mesma nomenclatura, mas são distintas. O contrato na sua formação é um negócio jurídico bilateral, mas quando aos seus efeitos pode ser unilateral ou bilateral. O contrato unilateral é aquele onde as obrigações que derivam do contrato se concentram mais em um dos polos do contrato. Ex.: o contrato de mútuo, empréstimo em dinheiro, pode ser classificado como contrato unilateral, pois as obrigações ficam concentradas com o cliente que é o mutuário; no comodato, é no comodatário que se concentram as obrigações. Ou seja, contrato é negócio jurídico bilateral, mas pode ser contrato unilateral ou bilateral.
EXISTÊNCIA -> VALIDADE -> EFICÁCIA
	Existência significa a juridicização, tudo que for juridicizado existe para o direito. 
	Essa proposta é da teoria geral do direito civil, nem sempre vai se encaixar para o direito administrativo, bem como, para a classificação processual. Por vezes no processo encontramos a expressão ato inexistente, mas não tem relação com esta classificação que estamos estudando. Portanto, temos que cuidar para não usar as expressões existência, validade e eficácia fora do direito civil, mesmo que seja no processo civil, pois nem sempre vai se encaixar nessa classificação.
	CC não traz norma sobre a existência, pois ele parte do pressuposto que irá regular ao que já foi juridicizado, ao que já existe para o direito. Portanto, este conceito é teórico, foi criado pela doutrina.
	A validade, também chamado de plano da qualificação, ou plano da adjetivação. Esse plano permite a análise do que foi juridicizado, para verificar a perfeição do que foi juridicizado. Para pontes esse plano funciona como espécie de barreira para barrar o que não se enquadra naqueles não são perfeitos para o direito. Se for verificado que há vícios, se busca sanar esses vícios e seguir adiante. A meta do direito é buscar ‘curar’ esses vícios, que são as anulabilidades (defeitos menos graves). Quando o defeito for muito grave e não puder ser sanado estaremos diante de uma nulidade, essa situação é devolvida para o mundo dos fatos, pois não há uma solução jurídica. No CC temos a lista de requisitos de validade.
	Plano da eficácia. Passando pelo plano da eficácia, passará para o plano dos efeitos. Eficácia traduz a ideia de defeitos, aquilo que foi juridicizado e tem validade passará para o plano da eficácia. Os efeitos são próprios para cada situação. No nosso contexto esse plano é bastante amplo e está disposto no restante do CC e não na parte geral. Ex.: direito das sucessões, se estuda os efeitos da sucessão legítima; quando analisamos direitos de família temos os efeitos do casamento, do fim do casamento, do parentesco; na parte de responsabilidade civil, estudamos os efeitos do dano, como serão indenizados, etc.; no direito das coisas, se analisa os efeitos da posse, da aquisição e da perda da posse; em relação a propriedade serão analisados os direitos reais, usufruto, uso, habitação, garantias reais, hipoteca, penhor, etc.; nas obrigações, os efeitos do pagamento...
	O ponto mais importante na parte geral relativa a eficácia é dos efeitos no tempo da prescrição e decadência.
	Fatos jurídicos em sentido estrito (nascimento, por exemplo), o ato-fato jurídico (caça, pesca, etc.) e o ato jurídico ilícito vão direto para o plano da eficácia, pois não tem como ser valido ou inválido. 
	
Negócio Jurídico
- plano da existência:
Elementos gerais (requisitos) – art. 104 CC:
Agente
Objeto
Forma
Vontade
Professor indica para este assunto o livro “A obrigação como processo” de Clóvis Do Conto e Silva.
Não temos elementos claros de existência no CC, pois o código parte do pressuposto que o ato já existiu. Porém, no art. 104 nos dá elementos gerais da existência e validade do negócio jurídico:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
A vontade não está no artigo, mas é inerente ao negócio jurídico.
A expressão elementos gerais quer dizer que são indispensáveis para todo e qualquer ato jurídico. Ex. um contrato de compra e venda, uma promessa de recompensa... se pode visualizar a presença desses elementos gerais. São elementos que devem estar presentes em todo e qualquer negócio jurídico, serve também para o ato jurídico. 
Cada negócio jurídico poderá ter elementos naturais, elementos típicos que dão a classificação do negócio jurídico. Ex.: o preço é um elementos natural da compra e venda, pois é um elemento além dos essenciais, mas é tão necessário quanto. Algum autores chamam de elementos categoriais. No entanto, esses elementos não são estudados na parte geral, mas sim na parte especial do CC. Esse elemento é que vai dar a qualidade, ou seja, vai dizer que tipo de negócio estamos tratando.
Temos ainda os elementos acidentais, são aqueles em que as partes podem agregar, somar a certos contratos. 
Resumindo temos a seguinte escala: elementos gerais (comuns a todos os atos e negócios jurídicos), depois temos os elementos naturais (também chamados de categoriais, que dão a indicação do tipo da categoria do negócio jurídico) e após teremos os elementos acidentais (que envolvem cláusulas eventuais, Ex.: cláusula de reserva de domínio em uma compra e venda).
Elementos gerais:
Agente: aquele que pratica o ato ou o negócio jurídico, é a pessoa natural, pessoa física, pessoa jurídica, associações, sociedades, entes despersonalizados (espólio, condomínio...), etc.;
Objeto: é o conteúdo do ato ou do negócio jurídico;
Forma: é a maneira como nós expressamos a vontade. Forma pode ser expressa ou tácita. Expressa pode ser escrita ou verbal. Na forma tácita temos o comportamento ou o silêncio. A forma é um elemento essencial, pois o direito só visualiza aquilo que for externado pelo agente, que será externado através da forma;
De regra o silêncio não serve como forma de manifestação de vontade, pois ele é uma ausência de manifestação de vontade, o silêncio é dúbio, ele não é preciso e a forma precisa de forma certa, sem ser dúbia, pois se busca a segurança e a certeza da vontade do agente. Porém, por vezes o silêncio tem um caráter unívoco, ou seja, perde o caráter dúbio, passa a ter um sentido único, pois se pode deduzir algo através do silêncio e essa indicação pode ser a ocorrência de forma. Em regra o silêncio não serve com maneira de expressar a vontade. Nesses casos de silêncio que expressa a vontade se tem um silêncio circunstanciado, que é guarnecido pelas circunstancias, um silêncio “que fala”, que se manifesta através de um contexto; Ex.: Lei de locação, passados os 30 meses obrigatórios do contrato de locação e as partes silenciarem, ele se dará como extinto; venda a distância, há a possibilidade do consumidor desistir da compra em 07 dias, se passar esse prazo o silêncio implica em aceitação da compra; art. 111 do CC:
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
O sentido do artigo é de que o silêncio é exceção, só gerará a anuência em certos casos. Não é regra.
Além do silêncio, temos a reserva mental, que é a vontade que ficou na mente do agente e não foi expressada. De regra essa reserva mental não interessa ao direito, pq ficou internalizada, não foi externada, não serve ao direito. Entretanto, há vontades internas e outras que são externadas, se discute a expressão de vontade como brincadeiras, se poderiam ser levadas em consideração. Ex.: “eu te compro esse lápis por um milhão de reais”, o que interessa é que o destinatário saiba que a intenção real não era de comprar um lápis por um milhão de reais. A reserva mental está disposta no art. 110 do CC:
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Portanto, o que interessa é a vontade externada e não o que ficou na mente do agente.
Vontade:não há muita discussão sobre a vontade, é o desejo do agente.
Cada um desses elementos terá reflexo no plano da validade.
Validade do agente: Ver capacidade do agente, a legitimação, etc., tudo que estudamos no primeiro bimestre.
Teoria da aparência: valoriza a aparência, é fundada no princípio da boa-fé. Logo o contrato que é feito pelo empregado em nome da empresa, por exemplo, será válido. Se levarmos “a risca” a ideia de representação legítima, essa teoria da aparência não poderia ser considerada. Porém, essa teoria é considerada e plenamente aplicável. Obviamente essa teoria não é utilizada em todas as situações, ex.: um banco não dará empréstimo para um estagiário em nome da empresa. Deve ser analisada caso a caso.
Validade do objeto: o objeto deve ser lícito, possível, determinado ou determinável. Lícito é quando o objeto é autorizado por lei, ou ao menos, quando não contraria a lei, havendo objeto ilícito teremos nulidade do negócio jurídico. Pacto corvino, não pode ser negociada a herança de pessoa viva, portanto, o objeto será nulo. Negociações sobre jogos de azar, igualmente serão nulas. Em princípio o direito não interfere no negócio particular, porém, se envolver objeto ilícito teremos a influência do estado. O objeto deve ser lícito e possível, a possibilidade é de ser possível prestar o objeto, Ex.: a venda de um terreno na rua não é possível, a consequência é a nulidade do negócio. No Brasil a compra de um terreno na Lua é nulo, existem países que fazem esse tipo de negociação de forma válida. Objeto deve ser determinado ou determinável (não tão importante quando lícito e possível) quer dizer que não preciso ter o objeto específico no momento da negociação, ou seja, pode se ter a compra de coisa futura (sagra que sequer foi plantada, apartamento que ainda não foi construído, etc.)
Validade da forma: regra geral é a liberdade de forma, pode ser verbal, tácita, escrita, silenciosa, etc. Alguns negócios exigem forma específica:
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Se não forem observadas as formas específicas, esse negócio será nulo.
Validade da vontade: a vontade deve ser livre e sem vícios. Os vícios da vontade são:
Erro ou ignorância – art. 138 do CC
Dolo – art. 145 do CC
Coação – art. 151 do CC
Estado de perigo - art. 156 do CC
Lesão – art. 157 do CC
Esses vícios são excepcionais 
Vícios de vontade
Erro ou ignorância: é uma figura mais teórica do que de ordem prática, erro é analisado de uma forma subjetiva, levando em conta as condições pessoais do agente, se ele tinha condições ou não de perceber o erro que estaria cometendo, a discussão é mais teórica, pois não há exemplos práticos para o erro, não se aplica as regras do erro da parte geral na área de família, pois tem regramento próprio quando se trata de erro. A ocorrência do erro é capaz de anular o negócio jurídico e temos o prazo decadencial de 04 anos para buscar essa anulação (art. 178 do CC). Sendo caso de anulação, depende de iniciativa da parte para buscar, senão o vício acaba sendo sanado.
 Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
O erro é o exemplo típico de vício da vontade, pois estamos manifestando uma vontade que não corresponde a realidade.
Art. 138: 
Sentido
Tipos
Peculiaridades
Dolo: art. 145
No dolo alguém é induzido em erro. Corresponde (no plano civil) ao estelionato do direito penal.
Induz alguém a acreditar em uma realidade que não existe. Quando alguém se faz passar por outra pessoa, etc. Situação em que a vítima é induzida em erro, onde se cria um “teatro” para que ela possa ser enganada. Há muita semelhança com o erro, porém, o dolo é sempre intencional, quem pratica o dolo está de má-fé.
Dolus Malus é a expressão utilizada para indicar que a vítima, intencionalmente, será enganada. Existe também o Dolus Bonus, é a “conversa de vendedor”, aquela situação onde o vendedor enaltece as qualidades do bem objeto da negociação e essa conversa é algo natural na negociação, não é capaz em induzir em erro. O CC só trata do Dolus Malus. Surge a dúvida, o Dolus Bonus é compatível com o Código do Consumidor? Essa questão chegou ao STJ e ele afirmou que é possível o Dolus Bonus ser aplicado juntamente com o CDC, porém, ele só pode ser utilizado em caráter subjetivo (dizer que é o carro mais bonito, etc., não pode dizer que é o carro mais econômico da categoria se não for). Na doutrina essa questão não é pacífica, há autores que entendem que o Dolus Bonus é incompatível com o CDC. 
Temos duas espécies de dolo:
Dolo essencial/principal: aquele que incide sobre uma informação, sobre um elemento muito relevante da negociação. A ponto de que, se a parte soubesse, não teria efetuado o negócio; A consequência é gerar a anulação do negócio jurídico – art. 145 CC – anulação está no art. 178 do CC. Se ocorrer perdas e danos a parte deverá ser indenizada por perdas e danos, dano moral, enfim, todos os prejuízos que advém desse dolo.
Dolo acidental/secundário: incide sobre um elemento ou informação não essencial que por si só não justifica, portanto, a anulação do negócio jurídico. Nesse caso, teremos apenas a oportunidade de postular o ressarcimento das despesas e não a anulação do negócio jurídico. A lei não diz qual é o prazo para buscar as perdas e danos, então se pressupõe que são três anos (art. 402 ou 403 do CC), prazo da indenização normal.
Outra classificação que se utiliza:
Dolo por ação: quando a parte age.
Dolo por omissão: dolo onde a parte se omite em relação a aspectos relevantes, que iria influenciar na negociação. Ex. Alguém vende a sua casa, sabendo que há um decreto expropriatório. Não se exige que o vendedor indique todas as informações do produto, mas ele não pode esconder informações importantes. (art. 147).
Outras três disposições do CC. Essas previsões não são muito pacíficas na doutrina, mas para concurso é melhor seguirmos o texto do CC, pois não há muita jurisprudência sobre o assunto:
Dolo de terceiro: art. 148 do CC – Temos um negócio entre A e B, por algum motivo, um terceiro influencia na negociação de B. O CC trabalha com a hipótese do terceiro estar em conluio com o A (parte beneficiada no contrato), daí justifica a sua anulação mais indenização por perdas e danos. O CC também, traz a hipótese de que o beneficiado não saiba que está sendo beneficiado, pelo CC não teria a anulação do negócio jurídico, mas teria a indenização por perdas e danos. 
Dolo do representante: art. 149 – representante é uma pessoa que firma o negócio jurídico em nome alheio. Existe a chamada representação voluntária (através de procuração ou outro mandato para que alguém nos represente) e existe a representação legal (caso dos filhos que deve ser representado pelos pais, etc.). Se for representante legal o representado só responde pelo benefício econômico que teve, ou seja, só se obriga a devolver o valor que teve a mais, não responderá por perdas e danos, exatamente por ser um representante que não foi escolhido. No caso do representante voluntário teremos a reparação por perdas e danos, pois eu que escolhi o representante assumo o risco (culpa in vigilando), a responsabilidade será solidária. Dolo do representante não afasta a anulação do negócio jurídico.
Dolo recíproco: art. 150 do CC – é o dolo de ambas as partes, ambos venham agir com dolo.
No CDC o dolo é objetivo, não importa se houve má-fé ou não de induzir o consumidor em erro. No direito civil não há dúvida que o dolo é subjetivo. 
Coação
Art. 151/155 do CC. A coaçãoregulada pelo CC é a chamada coação moral ou coação psicológica. Podemos sintetizar como medo, forçando a alguém a agir de determinada forma em razão do medo. Alguns autores chamam de vis compulsiva. Coato ou paciente é a vítima. A coação é mais comum no direito penal. Se a ameaça for justa não há coação, Ex.: se credor disser que se o devedor não lhe pagar irá escrever seu nome no SPC, isso não é coação – art. 
153 do CC. A promessa de um exercício regular de direito não é considerado coação. A coação gera a anulação do negócio jurídico. Prazo é de 04 anos a partir do momento em que cessa a coação. Não se pode enquadrar a coação civil na área trabalhista, pois esta tem regramento próprio no art. 9º, serão nulos de pleno direito os atos praticados através de coação na esfera trabalhista.
Estado de Perigo
Art. 156 do CC. Estado de perito acaba se confundindo com lesão, pois são originários de um mesmo princípio, que é o princípio da eticidade. Além disso, os dois se originaram de uma mesma situação prática, uma tentativa de resolver a situação do Hospital que exige valor exagerado para atendimento de urgência.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
Requisitos subjetivos: sobre o agente (conhecimento do perigo – chamado pela doutrina de dolo de aproveitamento, tomar proveito da fraqueza da outra parte) e sobre a vítima (perigo de vida/saúde)
Requisito objetivo: há um contrato com uma obrigação excessivamente onerosa. Não há uma tabela que diga o valor que seria considerado oneroso, o Juiz que vai analisar e decidir se foi oneroso ou não.
A consequência do estado de perigo é a anulação no prazo de 04 anos. Entretanto a doutrina entende que é aplicável ao estado de perigo a previsão do art. 157, paragrafo 2º. 
Lesão
Ela é mais genérica, é mais abrangente, se aplica onde não se encaixe o estado de perigo. 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Requisito subjetivo: Vítima – necessidade/inexperiência. Não há referência na conduta do agente. 
Requisito objetivo: desproporção na onerosidade.
Ex.: uma empresa, para evitar a falência, assume uma dívida com um agiota de juros expressivos, caracteriza o estado de necessidade.
A consequência é a mesma do estado de perigo, valendo também o art. 157 do CC.
Lesão de direito civil na área trabalhista ocorre quando o empregador obrigada o empregado a comprar produtos de outra empresa de sua propriedade. 
Vícios sociais
Fraude a credores – art. 158/165, significa prejudicar credores, tirar a garantia dos credores que é o patrimônio do devedor (garantia natural dos negócios jurídicos), responsabilidade patrimonial, Ex.: divórcio simulado em que o devedor renuncia todo o seu patrimônio. Antigamente a garantia era pessoal, ou seja, a própria vida do devedor que sofreria punições, poderia ser preso, ser reduzido a condição de escravo, etc. Portanto, se o devedor se desfaz de seus bens tornando-se insolvente os credores podem rebelar-se contra isso e pedir a nulidade desses atos.
. sentido: prejuízo à garantia patrimonial dos credores.
. requisitos para que ocorra a fraude a credores: 
 - eventus damni – dano/prejuízo
 - consilium fraudis – criar a fraude aos credores 
. tipos: 
 - fraude a credores objetiva: negócios jurídicos gratuitos, Ex.: alguém renuncia a herança. Neste tipo se tem a presunção absoluta do consilium fraudis (não precisará ser provado), é indiferente que se tenha o consilium fraudis. Não se prejudicará os filhos do sujeito que receberá a herança, pois eles não estão perdendo bens, apenas não receberão o que não seria deles.
 - fraude a credores subjetiva: Negócio jurídico oneroso. Não basta provar o prejuízo, deverá ser provado o conluio, a intenção de quem comprou e de quem vendeu em prejudicar o credor. É uma ação muito difícil de ser provada. Venda de bens para parentes próximos. Circulação muito rápida de bens, também é uma técnica de fraudes.
Ação Pauliana – também chamada de ação revocatória, ação anulatória ou ação por fraude a credores - é a ação utilizada para pedir a nulidade do ato que fraudou o credor. Cabe tutela antecipada, Ex.: para manter o valor em uma conta bancária, professor acha que o mais adequado seria uma medida cautelar preparatória. Criada pelo juris consulto Paulo. Revocatória quer dizer para chamar de volta o bem vendido. O nome ação anulatória decorre do objetivo que é anular a venda, o negócio jurídico. Apesar do nome diferenciado a ação pauliana segue o rito comum. O prazo é de 04 anos a partir do contrato, a partir da venda do bem que fraudou o credor. Qualquer credor, como regra geral, pode propor a ação pauliana, ou seja, não é necessário formar um litisconsórcio de credor para propor a ação. 
Entretanto, autor só pode pleitear a anulação de negócio jurídico depois que se tornou credor, mesmo que não tenha crédito vencido, basta que tenha se tornado credor. De regra o credor que propõe a ação pauliana é credor quirografário, ou seja, credor comum, credor sem garantia real. Garantia real pode tornar-se insuficiente, nesse caso se o devedor se desfizer de outros bens posso propor a ação pauliana. Quanto a garantia real perecer, igualmente poderá ser proposta a ação, se o credor agir com fraude e vender ou se desfazer de outros bens.
Réu da ação pauliana será o devedor e o terceiro de má-fé (litisconsórcio passivo necessário pela natureza da relação jurídica). É necessário que se tragam todos os contratantes do negócio jurídico que deu origem a fraude. 
Se houverem várias vendas se terá o litisconsórcio passivo necessário de quem vendeu, quem comprou e o último da cadeia que estiver na propriedade do bem. 
Art. 159 – quando existir notoriedade de insolvência do devedor, estaremos diante de uma fraude a credores objetiva (fraude a credores objetiva):
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Art. 160 – cria uma espécie de tábua de salvação para quem fizer o negócio após ser notória a insolvência do devedor:
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.
Art. 163 cuida de garantia não gêmea com a dívida, ou seja, não nascem juntas (fraude a credores objetiva):
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Art. 164 trabalha com a situação oposta da fraude objetiva, onde se presume a boa-fé, quando se trata de negociações normais, que são necessárias para o desenvolvimento da empresa do devedor, ou em situações que se busque a subsistência do devedor e de sua família:
Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
Diferença entre fraude a credores e fraude a execução:
Frade a credores - se localiza dentro do contexto do plano da validade. Diz respeito a direito disponível. Nunca pode ser reconhecida de ofício. Precisamos deuma ação judicial (ação pauliana, revocatória, etc.). Pode ser objetiva ou subjetiva. O resultado será de uma sentença constitutiva negativa. Para propor a ação basta ser credor, pode ser proposta antes mesmo de seu crédito vencer.
Fraude a execução - fica no plano da eficácia (dos efeitos), o negócio será ineficaz e não anulado. Desrespeito ao poder judiciário, então é violada norma de ordem pública, juiz pode agir de ofício. Não se precisa de uma ação própria para discutir, ela é um incidente ao processo de execução. Em tese é objetiva, em tese pois o STJ tem flexibilizado essa questão, há discussão se é objetiva ou não. O resultado será uma decisão declaratória, o Juiz declara a ocorrência da fraude a execução e ao declarar, retira os efeitos daquela negociação. Se pressupõe, no mínimo, uma ação judicial entre as partes em andamento (na doutrina teremos sete teorias sobre esse assunto, ações em andamento na fraude a execução).
Simulação – art. 167 do CC
Tem o sentido de burlar a realidade, é falsear a realidade, criar uma falsa visão da realidade. Essa simulação é intencional, quando as partes firmam um contrato que não corresponde a realidade para ter um tipo de proveito. Chama-se de simulação maliciosa, nociva ou intencional. No código passado se tinha a indicação de simulação inocente e simulação nocente. Uma simulação inocente (cheque pré-datado, pois, por regra, o cheque é uma ordem de pagamento a vista, no entanto, quando pré-datamos não estamos colocando a data de hoje).
- simulação absoluta: temos meramente uma forma jurídica que não corresponde a realidade. Negócio jurídico simulado é nulo.
- simulação relativa: temos dois negócios jurídicos. Um é chamado de negócio jurídico simulado, que é essa falsa forma que criamos juridicamente e que não corresponde a realidade. O outro negócio jurídico é o dissimulado, que é o negócio jurídico real, mas que ficou escondido. Ex.: simulação relativa com negócio jurídico simulado seria o comodato, já o negócio jurídico dissimulado seria o arrendamento, o segundo pode ser aproveitado, nem sempre será nulo.
Aquele que participou do negócio jurídico simulado, não poderia ir a juízo pedir a anulação daquele negócio: proibição de venire contra factum proprium.
Única que gera nulidade é a simulação.
INVALIDADES
Inclui as expressões anuláveis e nulas.
A anulabilidade representa um vício menor, que não é tão grave, um vício sobre uma questão disponível, quem decide se vai reclamar sobre esse vício são as partes. Se vale para uma questão econômica. – art. 171 do CC
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
O incapaz participa das negociações, mas deve estar acompanhado pelo seu representante legal.
Art. 496 do CC – temos uma situação de anulabilidade, cuida da venda de bem de ascendente para descendente, precisamos da anuência dos demais dependentes, não tendo a anuência teremos a anulabilidade.
Art. 1.647 exige outorga do cônjuge para praticar vários atos jurídicos, se não houver a outorga será anulável o ato.
Ver também Art. 1.649.
Art. art. 172 complementa o art. 171, quando o vicio puder ser sanado por vontade das partes. Essa opção por sanar o vício pode ser tácita, não necessita ser expressa.
Art. 174 traz a confirmação tácita. 
Art. 175 reafirma a ideia de confirmação tácita.
Prazo para buscar a anulação:
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 179 traz uma regra geral quando a lei não estabelecer outro prazo, será de 02 anos, regra subsidiária para todo o texto do CC, a contar da data da conclusão do ato. Esse prazo é decadencial. No código antigo o prazo era de 20 anos e era prescricional.
Súmula 494 do STF – não é mais aplicada, mesmo que o STF não tenha revogado a súmula*, dizia que o prazo era o de 20 anos, o prazo utilizado é o do CC (02 anos).
*STF só revoga se vem outra sumula falando sobre o assunto.
Em concurso aparece mais o art. 496 e o art. 1.647
Nulidade, tonar nulo é o oposto, se aplica ao vício mais grave que se pode ter no plano civil, vício que viola normas de ordem pública, não apenas ao interesse jurídico da parte. 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Consequências estão nos arts. 169 e 168:
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
Exceção do art. 169 é o art. 167 (possibilidade de se aproveitar o negócio jurídico simulado) e art. 170 (conversão substancial do negócio jurídico nulo – converter, transformar em outro negócio jurídico na sua substância, ou seja, transformar em outro negócio jurídico; Ex.: compra e venda de bem móvel firmada por instrumento particular, A e B firmam contrato de compra e venda de imóvel de valor elevado, que exigiria escritura pública, a forma não está correta, então estamos diante de um caso de nulidade – aplicando a teoria da conversão substancial do negócio jurídico, teríamos a possibilidade de converter a compra e venda em uma promessa de compra e venda e estaríamos atendendo a intenção das partes e a forma estaria correta, pois depois de paga a promessa se pode ter a adjudicação compulsória, ou seja, forçar a transferência do bem de forma pública, caso não seja transferida voluntariamente / outro exemplo normalmente utilizado é da nota promissória, se realiza uma venda e, ao invés de fazer um contrato de compra e venda se utiliza de uma nota promissória, porém se faltar o nome “nota promissória” no título ela é nula, neste caso a nota servirá como uma confissão de dívida e não mais como nota promissória). Esse artigo também expressa a noção de boa-fé. 
Na anulação se convalida, ao invés de se converter, na anulação não muda a substância, apenas se confirma, apenas se sana aquele defeito. CUIDAR COM ESSAS DIFERENÇAS!!! Essa nulidade não vale para o direito de família que tem regramento próprio.
Outra consequência do nulo é identificada no art. 168 – exceção art. 51 do CDC nulidade das cláusulas contratuais que sejam abusivas. Entretanto, essa questão da nulidade acabou criando uma discussão judicial, pois usando a teoria tradicional o juiz poderia de ofício conhecer a nulidade das cláusulas contratuais, entretanto, o judiciário entende que o juiz não deve conhecer de ofício das cláusulas abusivas, por mais que sejam causa de nulidade. STJ adotou este entendimento não com fundamento jurídico, mas com entendimento de política judiciária, senão juiz teria que analisar cada cláusula e colocaria o juiz como um revisor de contratos de consumo o que seria inviável. Cabe a parte apontar as cláusulas nulas e abusivas. Ver súmula 381 do STJ: "Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas." (súmula bem comum em concurso!!!)
Comparação entre anulabilidadese 
	Nulidade
	Anulabilidade
	Vício grave
	Vício leve
	Envolve violação de norma indisponível/ norma de ordem pública
	Vai contra norma disponível
	De regra, pode ser conhecida de ofício pelo Juiz
	Não pode ser conhecida de ofício, só pode ser conhecida se alegada pela parte
	Não pode ser corrigida, não convalece
	Como regra geral é passível de ser sanada, inclusive tacitamente
	Não sofre prescrição e nem decadência
	Está sujeita a decadência, quando não tiver prazo específico, será de dois anos
	Pleiteada mediante uma tutela declaratória/ a nulidade é declarada em juízo
	Será desconstitutiva ou constitutiva negativa
	Efeito da decisão judicial é ex tunc/ retroage a data da formação, volta no tempo ao momento da formação do negócio jurídico para apagar os seus efeitos. T de “tunc” ajuda a decorar que apaga Todos os efeitos.
	Efeito da decisão judicial é ex nunc/ do momento da sentença pra frente é que apagarão os efeitos. 
Art. 180 do CC, negociação com menor, se ocultou a idade de forma dolosa – teremos como válido o negócio jurídico (mantem a negociação) pensando na segurança jurídica e na confiança da outra parte.
Art. 181 traz situação de contrato firmado com incapaz e pede a devolução do que pagou frente a anulação da negociação, a parte terá direito se provar que se reverteu em benefício do menor, se de alguma forma o menor teve proveito do que recebeu. Portanto, quem paga a incapaz tem esse ônus de provar que o valor ficou com o incapaz. De regra o pagamento reverte em proveito de quem recebeu, neste caso, o incapaz. 
Próxima aula – plano da eficácia, prescrição e decadência!
Plano da eficácia – eficácia toma conta de todo o código civil, pois temos que saber quais os efeitos da matéria do Código civil, ex.: qual a eficácia da abertura de uma sucessão, qual a eficácia de um ato ilícito, etc. – grande parte está na parte especial do CC, na parte geral temos uma abordagem mais restrita, mas não menos importante. Portanto, vamos estudar algumas questões que são específicas da parte geral e não de todo o texto do CC. 
Modalidades dos negócios jurídicos – cláusulas que acrescentamos aos negócios jurídicos por vontade das partes. São detalhes que interessam para aquelas partes, são cláusulas eventuais. São três modalidades de cláusulas mais comuns:
*condição: Art. 121 do CC – é a vinculação dos efeitos do negócio jurídico a um evento futuro e incerto. São três elementos que compõem a condição: sempre será voluntária; sempre se refere a algo futuro (futuridade – vinculamos os efeitos); é fundada na incerteza. 
Ex.: comodato com a condição de começar a ser exercido se o beneficiado for transferido para trabalhar em POA. 
No nosso sistema temos dois grandes tipos de condições: condição inicial, também chamada de suspensiva (condição para começarem os efeitos – não existe ainda um direito, existe uma expectativa de direito, pois depende de algo incerto, algo futuro) e condição final, também chamada de condição resolutiva (condição que uma vez ocorrendo resolve o contrato, extingue os efeitos).
Liberdade na criação de condições: lidera a autonomia de vontade das partes. De regra as condições são livres, as partes podem fixar as condições que acharem convenientes, mesmo que possa não ter sentido. Temos algumas condições que não são aceitas, as que não estiverem de acordo com o ordenamento jurídico (art. 122, 123 e 124) Ex.: condição de realizar um crime para gerar os efeitos do negócio jurídico.
Condições simplesmente potestativas: A condição é colocada como uma forma de poder da parte mais forte do negócio jurídico, daí vem a palavra potestativa. Ex.: no comodato, o comodante é que incluirá condições. Sendo potestativa ela atribui poderes a uma das partes. Condição nasce de um poder e sendo implementada ela reforça o poder desta parte. Ex.: alugo a sala para um colega com a condição de me devolver imediatamente se eu passar na prova da OAB (aí eu tenho o poder de colocar essa condição e ela sendo implementada eu tenho o poder de exigir a sala de volta).
Condições puramente potestativas: essa é uma condição arbitrária, aquela condição que fere o nosso senso jurídico, fere a ideia de segurança mínima nas relações sociais. Ex.: firmo um contrato de comodato e coloco a condição que irei entregar a posse ao comodatário se eu quiser. Alguns autores incluem aqui as condições contraditórias ou perplexas.
Portanto, se aceita a condição simplesmente potestativa, mas não se aceitam as condições puramente potestativas.
Quando a lei proíbe uma consequência sem estabelecer consequências o negócio jurídico será nulo!
Inciso I do art. 123 do CC: Condições físicas ou juridicamente impossíveis: condições fisicamente impossíveis (Ex.: tempestade de chuva no deserto), as juridicamente impossíveis são aquelas que encontram uma barreira, uma limitação na norma jurídica, dentro do ordenamento jurídico (Ex.: se colocarmos com condição a emancipação do filho antes dos 16 anos, temos uma condição juridicamente impossível), essas são condições suspensivas do negócio jurídico. Temos um negócio jurídico que nunca vai gerar efeitos e, portanto, vai contra a ordem jurídica e merece a nulidade. 
Se a condição for física ou juridicamente impossível, mas for resolutiva ao invés de suspensiva apenas a cláusula não gerará efeitos – art. 124 do CC. Teremos por inexistente essa condição e o negócio jurídico permanecerá gerando seus efeitos.
Inciso II do art. 122 do CC: As condições ilícitas ou de fazer coisas ilícitas, geralmente vinculados a prática de um crime, por óbvio todo o negócio jurídico será nulo.
Inciso III do art. 122 do CC: incompreensíveis ou contraditórias (condição que contraria a natureza do negócio jurídico).
Termo: Efeitos vinculados a evento futuro e certo. Geralmente uma data específica, Ex.: contrato de locação por temporada. 
Termo incerto: acontecimento que é certo, mas em momento incerto. Ex.: vinculação dos efeitos ao evento morte, a morte é certa, mas de momento incerto. 
Utiliza-se da expressão “quando” “quando acontecer tal coisa”, sendo que a condição utiliza-se da expressão “se”, “se for realizada tal coisa”.
O Termo é mais usual do que a condição.
Encargo ou modo: representa a imposição de uma obrigação que vai vincular os efeitos nos negócios jurídicos que tenham caráter de liberalidade. Vinculamos os efeitos ao cumprimento de certa obrigação. Ex. alguém faz a doação de um terreno que fica ao lado da casa dos seus pais, a condição é que a pessoa que está recebendo o terreno cuide dos seus pais; ou alguém deixa um testamento com o encargo de que a pessoa cuide dos seus filhos, após a sua morte. Quando a outra parte aceitar o benefício, deverá aceitar, também o encargo. Condição não necessariamente depende da vontade do beneficiário, já o encargo impõe um ônus a parte e cabe a ela desempenhar esse encargo, não dependerá de um evento da natureza, ou qualquer outra situação como pode acontecer na condição. Esse encargo é que vai vincular aos efeitos jurídicos. Se não cumprido o encargo o negócio não será nulo, ele apenas não gerará os efeitos. Podemos ter encargo sem prazo, mas com possibilidade de exaurimento, no exemplo anterior pode ser que venham a falecer os pais do doador. Podemos ter encargo com prazo específico ou encargo que vai se exaurir pelo contexto fático. Se não houver prazo, nem exaurimento, se entende que ele durará uma geração, ele é vitalício, os herdeiros do beneficiário não ficarão vinculados ao negócio, pois é um contrato e um contrato vincula apenas as partes e não os herdeiros. 
É possível ser feita a doação de bens, etc., para o poder público com encargo.
Se não for cumprido o encargo o bem volta para o patrimônio da pessoa que doou. O encargo deve ser cumprido, pelo menos, incialmente pelo ente público, entretanto, é possível que em nome do interesse público no futuro se possa dar outra destinação ao bem, desde que adequada ao interesse público.
Por óbvio o encargo não pode ser de algo ilícito.
Prescriçãoe decadência (ainda no plano da eficácia)
Prescrição: é definida atualmente como a perda da pretensão pelo seu não exercício num certo período de tempo (art. 189 do CC). A pretensão é a exigibilidade que acompanha determinados direitos subjetivos. 
Temos um fato social que gerará um fato jurídico que gerará um direito subjetivo que gerará a pretensão (exigibilidade da prestação) que gerará a lide que gerará a ação judicial. 
A prescrição vai atingir a pretensão (exigibilidade da prestação). 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
A prescrição não extingue o direito, mas sim a exigibilidade. Direito de ação é um direito público subjetivo e não se extingue com a prescrição.
Decadência: extingue o direito em si, pois não foi exercido no prazo estabelecido. É o direito que é extinto e não a pretensão. No direito do trabalho aparece na apuração de falta grave, se não for feita no prazo, decai o direito de apurar a falta grave.
Ver art. 178 do CC.
Critérios que ajudam a distinguir a prescrição e a decadência:
- critério do tipo de direito: 
Direito subjetivo de prestação, estaremos vinculados à ideia de prescrição (obrigação de pagamento, obrigação de fazer, obrigação de dar, etc. – quando se tem a possibilidade de exigir a pretensão)
Direito potestativo, também chamado de direito formativo, estaremos ligados a ideia de decandência. Quando existe um prazo para o exercício desse direito. Representa um poder que é outorgado a alguém. Potestativo está ligado ao poder. 
Ao direito subjetivo corresponde uma pretensão, enquanto ao direito potestativo vai corresponder a uma mera sujeição.
Alguns direitos potestativos não tem prazo para serem exercidos (empregador tem o poder de unilateralmente, como regra, romper a relação de emprego, mas não tem prazo; os pais tem o direito de emancipar os filhos maiores de 16 anos, mas não tem prazo), aqui nos interessam apenas os direitos que possuem prazo e que trarão a questão da decadência. Direito formativo é o direito de formar algo, o direito que é uma faculdade da parte, criar no sentido positivo ou negativo. 
Critério processual:
Quando estivermos diante de uma ação de caráter condenatório estamos frente a uma questão que envolve prescrição.
Quando estivermos diante de demandas que tenham caráter constitutivo positivo ou negativo com prazo para serem exercidas, indicam situação de decadência (Ex.: ação para anular negócio jurídico por erro). Se estiver diante de uma ação de caráter constitutivo positiva ou negativo sem prazo não teremos prescrição nem decadência.
Critério utilizado pelo código civil:
Todos os prazos de prescrição do CC estariam concentrados em dois artigos art. 205 e 206. Todos os demais prazos seriam de decadência, quer da parte especial quer da parte geral. 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
Art. 206. Prescreve:
§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Prescrição 
Sempre decorre de lei – art. 189 a 196. Contrato não pode fixar prescrição. 
Se em um contrato for fixado prazo de prescrição essa cláusula é nula, só o Estado pode estabelecer prazo de prescrição. Art. 192.
Art. 194 foi revogado e substituído por uma previsão do CPC – art. 219, pg. 5º.
Art. 193 diz até que momento a parte pode alegar a prescrição – em qualquer grau de jurisdição pela parte a quem aproveita, porém a matéria deve ser prequestionada em primeiro e segundo grau (requisito constitucional que se sobrepõe ao art. 193 do CC). A prescrição que não foi alegada no conhecimento não poderá ser alegada na execução porque viola a coisa julgada. Outra posição é de que se o juiz não conheceu de ofício a prescrição, violou uma norma de ordem pública e caberá ação rescisória (segundo entendimento minoritário de Nelson Nery Junior). A posição que prepondera é que devemos observar a coisa julgada como garantia constitucional.
Ver art. 475L, VI, parte final do inciso, do CPC.
Causas que suspendem a prescrição: são as do art. 197/201 do CC. Se usa suspender a prescrição quando ela já começou a correr, para de correr e recomeça de onde parou.
Causas que impedem a prescrição: ocorrem quando sequer começou a contagem do prazo. A incapacidade impede, mas apenas a incapacidade absoluta! Não a incapacidade relativa. (verificar). Com relação ao ausente a prescrição é normal, correrá normalmente. 
Causas que interrompem significa que ela a prescrição: art. 202/204 – quando se usa a expressão interromper começa integralmente. Recomeça do zero. A prescrição só se interrompe uma única vez! 
Súmula 153 do STF: “Simples protesto cambiário não interrompe a prescrição.”
Decadência
Art. 207/211
Art. 207/208 – contagem do prazo
Art. 209 – renuncia a decadência
Art. 210/2011 – conhecimento de oficio
De regra a decadência não se interrompe e não se suspende, a exceção é quando a lei determinar. O Exemplo padrão que temos é do art. 26 do CDC, a reclamação queo consumidor faz ao fornecedor, de forma extrajudicial, interrompe prazo decadencial até que venha a resposta correspondente. Outro exemplo é quando o MP instaura o inquérito civil para investigar algum fato relacionado a Direito do Consumidor fica interrompida a decadência, pois irá apurar elementos para uma futura ação coletiva. 
Segunda exceção se encontra no art. 208, aplica-se a decadência no disposto nos artigos 195 e 198, I do CC. 
*pode usar o código na prova.
Quando a lei fixa decadência pressupõe-se norma de ordem pública. Quando a decadência for convencional é possível a renuncia a ela, pois se foi criada pela vontade das partes, pode ser extinta pela vontade das partes.
Se a decadência for legal o juiz pode conhecer de oficio e não pode conhecer de oficio a decadência convencional.
Questões:
Fraude a credores atua no plano da validade, envolve direito disponível, ação pauliana, revogatória ou ação por fraude a credores, bem volta para o patrimônio do devedor e garante os credores em geral;
Fraude a execução atua no plano da eficácia, envolve uma violação a autoridade do poder judiciário (questão de ordem pública em que o juiz vai agir de ofício), não tem ação específica, é um incidente na execução, bem volta para aquela execução específica. 
*pode ser que ele peça a diferença entre nulo e anulável.
A forma processual adequada é a ação pauliana, revocatória ou ação por fraude a credores. O fundamento é o art. 158 CC. Legitimidade passiva será do João da Silva e cada um de seus filhos (consórcio passivo necessário). Prazo de 04 anos, art. 178 CC. Tens que se provar o dano, pois a fraude a credores é objetiva. 
Neste caso temos um distanciamento de valor. Podemos apontar o vício de lesão do art. 157 do CC. 
Sim, está presente o estado de perigo, conhecimento da outra parte, a onerosidade, etc. (apenas para esclarecer é caso de anulabilidade e não de nulidade). 
Não pode a parte alegar essa prescrição – art. 475-L.

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