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Livro Teoria Geral da Administracao TGA web

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Teoria Geral da Administração 
1 
Teoria Geral da 
Administração 
Jonas Lobato 
2ª
 e
di
çã
o 
Teoria Geral da Administração 
2 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Marcio Barros Dutra 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Diretora Claudia Antunes Ruas Guimarães 
Assessora Andrea Jardim 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Jonas Lonato 
Revisão: Lívia Antunes Faria Maria e Walter P. Valverde Júnior 
Projeto Gráfico e Editoração: Andreza Nacif, Antonia Machado, Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus 
Ilustração: Leonardo Siebra, Tatiana Galliac e Eduardo Bordoni 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliotecária: ELIZABETH FRANCO MARTINS – CRB 7/4990 
 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
L796t Lobato, Jonas. 
 
 Teoria geral da administração / Jonas Lobato. – 
Niterói, RJ: UNIVERSO, 2010. 
353 p. 
 
1. Teoria da administração. 2. Relações humanas. 3. 
Comportamento organizacional. 4. Teoria dos 
sistemas. 5. Administração de presas. I. Título. 
 
CDD 658 
Teoria Geral da Administração 
3 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD ! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora 
Teoria Geral da Administração 
4 
Teoria Geral da Administração 
5 
 
 
Sumário 
 
1. Apresentação da disciplina ....................................................................................... 07 
2. Plano da disciplina ..................................................................................................... 09 
3. Unidade 1 – Introdução ao Estudo da Teoria Geral da Administração ............... 13 
4. Unidade 2 – Abordagem Clássica da Administração ............................................ 33 
5. Unidade 3 – Teoria das Relações Humanas ............................................................ 85 
6. Unidade 4 –.Teoria da Burocracia ............................................................................ 107 
7. Unidade 5 – Teoria Comportamental ...................................................................... 128 
8. Unidade 6 – Teoria Estruturalista ............................................................................. 158 
9. Unidade 7 – Teoria de Sistemas ............................................................................... 176 
10. Unidade 8 –. Teoria Neoclássica .............................................................................. 202 
11. Unidade 9 – Teoria da Contingência ....................................................................... 238 
12. Unidade 10 – Funções Administrativas ................................................................... 264 
13. Considerações finais .................................................................................................. 340 
14. Conhecendo o autor .................................................................................................. 342 
15. Referências .................................................................................................................. 344 
16. Anexos ......................................................................................................................... 346 
Teoria Geral da Administração 
6 
Teoria Geral da Administração 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
A Teoria Geral da Administração é constituída por um conjunto de oito teorias 
que serão consideradas por nós independentes e até divergentes entre si, na 
maioria das vezes, sendo umas mais completas do que outras, mas que no seu 
conjunto se complementam e formam uma disciplina que se destina a orientar 
profissionais das organizações em sua conduta profissional em relação à ação 
administrativa. 
A TGA, como é denominada, se destina fundamentalmente a orientar não só o 
estudante de Administração, Ciências Contábeis, Engenharia de Produção, 
Sistemas de Informações, Comércio Exterior, mas também a todos aqueles que 
necessitam de uma base teórica requisitada pelo dia-a-dia de convivência com 
administração de empresas. 
É a base teórica proporcionada pela TGA que possibilitará aos profissionais 
envolvidos com a administração das organizações as condições para desenvolver 
as habilidades técnicas e conceituais de relacionamento com pessoas, no exercício 
da função diária, ao lidar com situações administrativas simples, complexas, 
previstas, imprevistas, programadas e não programadas, utilizando referenciais 
para a análise, avaliação e ponderação para efeito de tomada de decisão. É sobre os 
aspectos do que fazer, o que deve ser considerado e do por que fazer, de um modo 
mais geral, que estão situados os ensinamentos do TGA. 
Vejamos algumas das questões tratadas pela TGA: 
 o modo pelo qual se estruturam as organizações, se formam e se 
relacionam as pessoas nos grupos de trabalho; a concepção da natureza humana para efeito de comportamento 
esperado e tipo de incentivo mais apropriado para estimulá-las a 
produzir cada vez mais; 
 os tipos de liderança que podem ser estabelecidos entre os 
superiores e os subordinados; 
Teoria Geral da Administração 
8 
 
 os tipos de objetivos admitidos ou esperados entre indivíduos e 
organização, a consideração ou não da tecnologia e do ambiente 
externo e os tipos de resultados esperados para a organização, sob 
as concepções normativas ou descritivas, respectivamente das 
teorias que formam em seu conjunto o que se denomina de Teoria 
Geral da Administração. 
 
Ao cursar a disciplina TGA sob o método de Ensino a Distância, você terá certa 
flexibilidade para efetuar o seu estudo e realizar os exercícios destinados ao 
desenvolvimento do seu aprendizado. Não esqueça de que existe um prazo 
estabelecido para a conclusão da disciplina. Não deixe suas tarefas para o último 
momento. Siga atentamente as instruções de como proceder. 
Esperamos que você tenha um ótimo desempenho e um excelente 
aproveitamento. 
Bons estudos! 
 
Teoria Geral da Administração 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
A disciplina tem como objetivo explicitar e consolidar um arcabouço teórico 
indispensável para uma boa formação acadêmica e profissional. Neste sentido, as 
unidades traduzem as principais teorias administrativas utilizadas nos dois 
universos citados naqueles dois contextos. 
 
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO 
 Perfil do Administrador 
 Perspectivas Profissionais 
 Administração: Ciência Técnica ou Arte? 
 Antecedentes da Administração 
 
UNIDADE 2: ABORDAGEM CLÁSSICA 
 Administração Científica 
 Teoria Clássica 
 
UNIDADE 3: TEORIAS DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 Origens da Teoria das Relações Humanas. 
 As quatro fases da pesquisa de Elton Mayo. 
 Liderança. 
 As principais críticas dirigidas à Teoria de Relações Humanas. 
 
UNIDADE 4: TEORIA DA BUROCRACIA 
 Max Weber (1864-1920). 
 Uma noção de Burocracia. 
 Críticas à Teoria da Burocracia. 
Teoria Geral da Administração 
10 
UNIDADE 5: TEORIA COMPORTAMENTAL 
 Origens da Teoria Comportamental. 
 Concepções da Teoria Comportamental. 
 Conflito entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais. 
 Teorias da motivação. 
 Estilos de administração. 
 Críticas à Teoria Comportamental. 
 Dimensões bipolares da Teoria Comportamental. 
 
UNIDADE 6: TEORIA ESTRUTURAL 
 Origens da Teoria Estruturalista. 
 A abordagem quanto à organização. 
 As características do homem organizacional segundo os 
estruturalistas. 
 Tipos de poder como forma de controle para a obtenção da 
disciplina. 
 Tipos de organizações conforme as formas de utilização do poder. 
 
UNIDADE 7: TEORIA DE SISTEMAS 
 Origem da Teoria dos Sistemas. 
 O que é um sistema? 
 Classificação dos sistemas. 
 Características das organizações como Sistemas Abertos abordadas 
por Katz e Kahn (1970). 
 Conceitos importantes surgidos com a Teoria dos Sistemas. 
 Principais críticas ou comentários sobre a Teoria de Sistemas 
Teoria Geral da Administração 
11 
 
UNIDADE 8: TEORIA NEOCLÁSSICA 
 Origens da Teoria neoclássica. 
 Biografia de Peter F. Drucker, o pai da Teoria Neoclássica. 
 Administração para Peter F. Drucker. 
 Características da Teoria Neoclássica. 
 Princípios de organização assumidos pela Teoria Neoclássica. 
 
UNIDADE 9: TEORIA DA CONTINGÊNCIA 
 Origens da Teoria da Contingência. 
 Tipologia de tecnologia de James D. Thompson. 
 Novas abordagens de Desenho Organizacional. 
 Abordagens em Redes (rede dinâmica ou organizações virtuais). 
 As principais críticas dirigidas à Teoria da Contingência. 
 
UNIDADE 10: FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS 
 Planejamento. 
 Organização. 
 Controle. 
Teoria Geral da Administração 
12 
 
Referências: 
 
Bibliografia Básica: 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 7ª ed. 
Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração: Da 
Escola Científica a Competitividade em Economia Globalizada. São Paulo: Atlas, 
1997. 
 
Bibliografia Complementar: 
KATZ, Daniel; KAHN, L. Robert. Psicologia Social das Organizações. São 
Paulo: Atlas, 1967. 
MONTANA, J, Patrick; CHARNOV, H. Bruce. Administração. 2ª edição. São 
Paulo: Saraiva, 2003. 
TAYLOR, W. Frederick. Princípios de Administração Científica. 7ª edição. São 
Paulo: Atlas, 1978. 
 
Teoria Geral da Administração 
13 
Introdução ao estudo da 
Teoria Geral da 
Administração 
O perfil do profissional que exerce a profissão de Administrador. 
O que se espera do futuro Administrador. 
Campos privativos do Administrador. 
Perspectivas profissionais. 
A Administração é Ciência, Técnica ou Arte? 
Antecedentes da Administração. 
 
1 
Teoria Geral da Administração 
 
14 
 
Nesta primeira unidade, estudaremos a introdução ao estudo de Teoria Geral 
da Administração, envolvendo: o perfil do profissional que exerce a profissão de 
Administrador; quem emprega os administradores; o porquê da escolha do curso; 
o que se espera do futuro Administrador - os conhecimentos, as habilidades, 
competências, atitudes e os campos privativos do administrador; as perspectivas 
profissionais; questionaremos se a Administração é ciência, técnica ou arte. E ainda 
veremos os antecedentes da Administração. 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE: 
Conhecer o perfil atual do profissional de administração; as características do 
empregador; o que se exige de conhecimentos; as habilidades, competências, 
atitudes e os campos privativos do administrador; a natureza da Administração, 
ciência, técnica ou arte? Os antecedentes históricos da Administração. 
 
PLANO DA UNIDADE: 
 O perfil do profissional que exerce a profissão de Administrador. 
 O que se espera do futuro Administrador. 
 Campos privativos do Administrador. 
 Perspectivas profissionais. 
 A Administração é Ciência, Técnica ou Arte? 
 Antecedentes da Administração. 
 
Bons estudos! 
Teoria Geral da Administração 
 
15 
 
O perfil do profissional que exerce a profissão da 
Administrador 
Em relação ao perfil do administrador, ao que se espera do administrador, às 
perspectivas profissionais e aos campos privativos do administrador, você está 
lidando com dados oficiais de mercado em relação ao Brasil, extraídos do trabalho 
produzido pelo Conselho Federal de Administração e organizada pelo seu 
presidente, prof. adm. Rui Otávio B. de Andrade e equipe, Pesquisa Nacional: 
Perfil. Formação, atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 
(Verificar) É importante salientar que esta pesquisa, de caráter nacional, foi obtida 
através de questionário recebido de 115.623 respondentes. As questões 
relacionadas às habilidades, competências, atitudes e conhecimentos, admitiam 
mais de uma resposta, por isto sua soma será superior a 100%. 
 
O perfil do administrador 
A maioria: 
 São do sexo masculino, casados e sem dependentes; 
 Estão na faixa etária de até 30 anos; 
 São egressos de universidades particulares; 
 Concluiu o curso de administração entre 2000 e 2005. 
 Recebem de 6 a 20 salários mínimos; 
 Trabalha nos setores de serviços, indústria e em órgãos públicos 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional:Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
16 
 
Quem emprega os administradores 
A maioria : 
 São proprietários. 
 Atua na área de Administração Geral. 
 O faturamento apuradofoi de R$ 121.000,00 a R$ 1.200.000,00. 
 Seu quadro de pessoal é de até 10 empregados, sendo que mais de 
50% têm curso universitário e destes 5% são administradores. 
 Até 5% dos administradores ocupam cargos de presidência, diretoria 
ou gerência. 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006 
 
O porquê da escolha do curso 
As principais respostas: 
 24,97% afirmaram que o motivo principal foi o seu PROJETO 
PROFISSIONAL (abrir empresa, ampliar negócio, carreira, etc.); 
 21,52 % visaram a uma FORMAÇÃO GENERALISTA E ABRANGENTE; 
 15,81 % dos administradores pesquisados escolheram cursar 
Administração por VOCAÇÃO. 
 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006. 
 
O que se espera do futuro Administradror 
 
 
Conhecimentos, Habilidades, competências e atitudes indicadas por 
administradores, professores e empregadores. 
Teoria Geral da Administração 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conhecimentos 
Os conhecimentos necessários aos Administradores e oferecidos aos alunos 
pelas universidades, destacam-se os conhecimentos relacionados a “administração 
de pessoas” e “financeira e orçamentária”: 
Administração de pessoal /equipe. 62,19% 
Administração Financeira e Orçamentária. 60,12% 
Administração Estratégica. 57,45% 
Visão ampla, profunda e articulada de conjunto das 
áreas de conhecimento. 
54,60% 
Administração de vendas e marketing 51,90% 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006 
Teoria Geral da Administração 
 
18 
 
 Habilidades 
Nas habilidades, destaca-se a “visão do todo” como imprescindível na 
formação do administrador e o “ relacionamento interpessoal”, o que remete ao 
quadro anterior que apontava a gestão de pessoas, como principal conhecimento 
específico necessário ao administrador: 
 
 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006. 
 
 Competências 
 
“Identificar problemas, formular e implantar soluções” é a principal 
competência exigida dos administradores: 
 
Identificar problemas, formular e implantar soluções. 71,19% 
Desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico sobre a 
realidade organizacional. 
63,13%% 
Assumir o processo decisório das ações de planejamento, 
organização, direção e controle. 
60,50%% 
Desenvolver e socializar o conhecimento alcançado no 
ambiente de trabalho. 
54,91%% 
Elaborar e interpretar cenários 46,80% 
 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006. 
Visão do todo. 74,04% 
Relacionamento interpessoal 71,50 % 
Adaptação e transformação. 61,79% 
Liderança. 61,07% 
Criatividade e inovação. 55,37% 
Teoria Geral da Administração 
 
19 
 
 Atitudes 
Como não poderia deixar de ser, o “comportamento ético” é a atitude 
sinalizada como a mais importante para o profissional de administração: 
 
Comportamento ético. 75,21% 
Profissionalismo. 73,05% 
Comprometimento. 71,16% 
Aprendizado contínuo. 69,61% 
Atitude empreendedora / iniciativa. 62,32% 
 
Fonte: CFA, Pesquisa Nacional: Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador. 2006. 
 
CAMPOS PRIVATIVOS DO ADMINISTRADOR 
 
Fonte: CFA, ANGRAD, FIA/USP. Pesquisa: o Administrador e o Mercado de Trabalho 2003. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
20 
 
Perspectivas profissionais – Uma pesquisa recente 
 
CFA, 13/04/2006 
 
Alunos de Administração sofrem menos com o desemprego 
 
 A Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), publicada em fevereiro, aponta que 46,3% dos desempregados 
do país estão na faixa dos 16 a 24 anos. Destes, 20,3% buscam sua primeira 
oportunidade de emprego. Em contraste com a realidade nacional, 47,5% dos 
estudantes de Administração que se formam já estão atuando na área, segundo 
dados elaborados pelo Observatório Universitário com base no Provão do 
Ministério da Educação de 2003. 
 Nos últimos anos, os investimentos em tecnologia e automação 
reduziram o número de vagas na indústria. E os setores de serviço e comércio não 
se expandiram o suficiente para absorver toda a mão-de-obra excedente. Dessa 
forma, os mais criativos e especializados conseguiram uma maior inserção no 
mercado de trabalho ou passaram a montar seus próprios negócios. Este dado é 
constatado pelo Observatório Universitário, que aponta que 17,3% dos estudantes 
de Administração buscam abrir empresas depois da conclusão do curso de 
bacharelado. 
 Os jovens em busca de sua primeira oportunidade necessitam de cursos 
de qualificação profissional para conseguir uma chance. Esta informação 
demonstra que a alta taxa de estudantes da área inseridos no mercado de trabalho, 
apontada pelo Observatório Universitário, está relacionada com a formação 
generalista do profissional, que prima por uma base sólida de conteúdos – 
conhecimentos científicos, técnicos, culturais e práticos. Estes dados serão 
comprovados no dia 12 de novembro, quando o Exame Nacional de Desempenho 
de Estudantes (Enade, 2006), avaliará pela primeira vez, os alunos dos cursos de 
bacharelado em Administração. 
Teoria Geral da Administração 
 
21 
 
A Administração é ciência, técnica ou arte? 
 
Não encontraremos uma posição unânime entre os autores, mas vejamos a 
posição de um autor consagrado, Chiavenato (1998, p.11-12) [...] “pelo que vimos a 
respeito do conteúdo da arte, concluímos que é impossível considerar a 
administração uma arte, pois nela não cabem vivências espirituais nem as 
interpretações subjetivas da realidade”; [...] “A administração é uma ciência que 
estuda as organizações e as empresas com fins descritivos para compreender seu 
funcionamento, sua evolução, seu crescimento e seu comportamento. Neste 
sentido, como ciência, a administração gera teorias e hipóteses que permitem uma 
abordagem prescritiva e normativa intimamente vinculada à técnica de 
administração, que trata de conduzir as organizações e empresas aos objetivos 
visados. Sem a técnica, sem o conhecimento, do que está acontecendo, ela passa a 
ser um ensaio meramente empírico e não científico. Assim, Ciência e técnica de 
administração atuam de forma complementar e interativa: o campo explicativo da 
ciência alimenta a técnica; dos progressos da técnica surge a realimentação para o 
campo da avaliação e redefinição das explicações científicas. Estes revertem logo 
ao campo explicativo e aprofundam, reorientam ou recriam o conhecimento 
científico”. 
 
 
Antecedentes da Administração 
 
Ao longo do tempo, a Administração foi sofrendo a influência de várias fontes, 
dentre elas podemos considerar: 
 dos filósofos; 
 da organização da igreja católica; 
 da organização militar; 
 da revolução industrial; 
Teoria Geral da Administração 
 
22 
 
 dos economistas liberais e 
 dos pioneiros da administração, a exemplo dos atores da 
Abordagem Clássica: Administração Científica e Teoria Clássica da 
Administração. 
 
 Filósofos (Século A. C.) 
 
Platão - Contribuição para a Administração Pública. Considerou as três formas 
de Administração Pública: 
 
1. Monarquia (uma pessoa governa); 
2. Oligarquia (uma elite governa); 
3. Democracia (o povo governa). 
 
Descartes - criou o método cartesiano cujos principais fundamentos são: 
 
1º - Princípio da análise 
“Dividir cada dificuldade em tantas partes 
quantassejam possíveis e se tornem necessárias, 
para sua melhor solução.” 
2º - Princípio da síntese 
“Conduzir ordenadamente os nossos 
pensamentos, começando pelos objetos mais 
simples e fáceis de conhecer para ascendermos, 
gradualmente, aos mais complexos e difíceis”; 
Método cartesiano: Descartes 
institui a dúvida: Constituindo o 
Ceticismo Metodológico onde 
duvida-se de cada idéia que 
pode ser duvidada. Neste 
método só se pode dizer que 
existe aquilo que possa ser 
provado. 
Teoria Geral da Administração 
 
23 
 
3º - Princípio da enumeração 
“Fazer, em tudo, recontagens tão completas e revisões tão gerais que se fique 
seguro de nada haver omitido”. 
 
 Igreja Católica 
Contribuição quanto à forma de constituição de sua estrutura organizacional, 
conhecida como estrutura organizacional em linha. 
 
 Revolução Industrial (Séculos XIX e XX) 
Contribuição em relação ao avanço da tecnologia nos processos produtivos; 
aos desenvolvimentos do transportes, do aumento das populações nas cidades e 
da necessidade de criar meios de aumento do volume de produção para atender a 
um consumo em massa. 
 
 Economistas Liberais (Século XVIII) 
Corresponde à época de maior desenvolvimento da economia capitalista, 
quando se estabeleceu a idéia da livre concorrência, do confronto de objetivos 
entre capital e trabalho, sendo representativa a obra de Adam Smith “A Riqueza 
das Nações”. 
 Agora que você domina as informações básicas sobre a profissão de 
administrador, a natureza da Administração, ciência, técnica ou arte e seus 
antecedentes históricos, vamos para o próximo passo, ou seja, estudar a segunda 
unidade: A abordagem clássica da administração. 
DICA 
Qualquer dúvida sobre a profissão, legislação e o Curso, a pessoa mais 
indicada para orientá-lo é o Coordenador do Curso, converse com ele! Ele 
vai gostar de falar com você! 
 
Teoria Geral da Administração 
 
24 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 Sobre os primórdios da administração, influências, ciência e arte, e habilidades, 
leia em a Parte 1 “Administração: uma visão Geral” ANDRADE, Rui O. & AMBONI 
Nério. Teoria Geral da administração. Edição. Local de publicação: M. Books, 
ano de publicação. Total de páginas 
 Sobre a Pesquisa Nacional, procure a revista na biblioteca da Universidade. 
 
 
LINK 
 Você também poderá ter acesso à pesquisa Nacional no site do 
Conselho Federal de Administração: www.cfa.org.br. 
 
 Consulte também no site, os campos privativos do administrador; no link 
formação profissional veja a bibliografia básica ideal ao curso e as Diretrizes 
curriculares Nacionais do Curso de Administração; no link legislação: veja a Lei 
4769, de 09/09/65, que dispõe sobre o exercício da profissão de administrador 
e criou no Brasil a profissão que até então não era regulamentada. 
 
 
É HORA DE SE AVALIAR! 
Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo, 
presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de 
proporcionar sua autonomia no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, 
redija as respostas no caderno e depois as envie através do nosso ambiente virtual 
de aprendizagem (AVA) .Interaja conosco! 
 
Teoria Geral da Administração 
 
25 
Ao resolver os exercícios, caso você apresente mais de um erro, é sinal de que 
precisa aprimorar o seu nível de compreensão de texto, de que precisa aumentar a 
sua atenção ou freqüência na leitura ou as duas coisas. Aliás, este é o desafio 
permanente para todos nós, ler cada vez mais para aumentar o nosso nível de 
compreensão. Vamos para a Unidade II estudar a abordagem clássica da 
administração. 
Teoria Geral da Administração 
 
26 
 
Exercícios unidade 1 
 
1- Entre os campos de atuação do administrador não podemos considerar: 
 
a) administração de material (estoques de matérias-primas, produtos acabados, 
compras, armazenagem, movimentação, etc.). 
b) planejamento econômico do país. 
c) administração mercadológica (pesquisa de marketing, segmentação de 
mercado, concorrência, posicionamento, imagem institucional, lançamento 
de produtos, análise e fixação de preços, divulgação de produtos, 
distribuição,vendas, etc.). 
d) administração da produção (planejamento e controle da produção). 
e) administração financeira (busca e aplicação de recursos monetários, análise 
das demonstrações financeiras, etc.). 
 
2 - Em relação aos antecedentes da Administração, conforme o nosso texto 
introdutório, a administração veio recebendo fundamentalmente a influência de 
várias fontes para efeito de consolidação. Entre essas fontes NÃO podemos incluir: 
 
a) filósofos. 
b) igreja católica. 
c) revolução industrial. 
d) economistas liberais. 
e) os historiadores. 
Teoria Geral da Administração 
 
27 
 
Baseando-se apenas no texto abaixo, responda à questão 3. 
 
A Fábrica de Alfinetes 
 
Ao visitar uma fábrica de alfinetes, o economista liberal, Adam Smith 
observou: 
“Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, o terceiro o corta, um 
quarto faz as pontas, um quinto a afia nas pontas para a colocação da cabeça do 
alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 a 4 operações diferentes; 
montar a cabeça já é uma operação independente, alvejar os alfinetes é outra, a 
própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente”. 
Assim, a atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente 18 
operações distintas, as quais em algumas manufaturas são executadas por pessoas 
distintas, ao passo que em outras , o mesmo operário às vezes executa 2 ou 3 
delas”. 
(Smith, Adam- A Riqueza das Nações. São Paulo. Editor Victor Civita, 1983, p.42) 
 
 
3 - Identifique entre as alternativas abaixo, a que retrata fundamentalmente o 
que foi observado por Adam Smith: 
 
a) a produtividade do trabalhador - maior produção por período de tempo. 
b) a autonomia de cada operário poder optar por fazer um trabalho inteiro, do 
início até o fim. 
c) competitividade dos operários, à medida que cada um desejará produzir mais 
do que o outro. 
d) fragmentação de um trabalho inteiro (fabricar alfinete do início ao fim), ou 
seja, a divisão do trabalho em várias tarefas realizadas por operários 
diferentes. 
e) aumento da satisfação de cada operário por saber fabricar completamente um 
alfinete. 
Teoria Geral da Administração 
 
28 
 
Baseando-se apenas no texto abaixo, responda às questões 4 e 5. 
A Fábrica de Alfinetes 
 “Vi uma pequena manufatura desse tipo, com apenas 10 empregados, e na 
qual alguns desses executam 2 ou 3 operações diferentes. Essas 10 pessoas 
trabalhando conjuntamente, cada um realizando uma a duas tarefas necessárias à 
fabricação de um alfinete, no final de um dia conseguiam produzir 48.000 alfinetes. 
De outro modo, se cada um dos empregados trabalhasse isoladamente, sem ter 
sido treinado, não conseguiria produzir 20, ou mesmo um alfinete por dia”. 
 (Smith, Adam- A Riqueza das Nações. São Paulo. Editor Victor Civita, 1983, 
p.42) 
 
4-Identifique entre as alternativas abaixo, a que retrata a conclusão 
fundamental a que chegou Adam Smith: 
 
a) aumento da produtividade do trabalhador, por poder executar sozinho ou 
isoladamente todas as tarefas necessárias à produção completa de um 
alfinete. 
b) redução da produtividade, devido à subdivisão de um trabalho inteiro em 
várias tarefas perfeitamente identificáveis. 
c) aumento da autonomia de cada operário por poder ter a iniciativa de fazer 
o trabalho inteiro da maneira que preferissem. 
d) o trabalhador não precisaser treinado. 
e) aumento da produtividade, devido à subdivisão de um trabalho inteiro em 
várias tarefas perfeitamente identificáveis. 
Teoria Geral da Administração 
 
29 
 
5 - Do princípio da “Divisão do Trabalho”, denominado pelo filósofo e 
economista liberal Adam Smith, aplicado a um grupo de trabalhadores numa 
determinada fábrica, podemos concluir que: 
 
a) cada operário no estágio anterior, antes da prática da divisão do trabalho, 
produzia isoladamente e proporcionalmente mais unidades quando 
comparado com a produção dele mesmo, quando submetido ao princípio da 
divisão do trabalho, trabalhando conjuntamente com outros operários. 
b) cada operário quando submetido ao princípio da divisão do trabalho produzia 
mais quando participava de um conjunto de operários, onde cada qual 
realizava uma parte de um trabalho inteiro, do contrário não estaria sequer, 
realizando um trabalho ou um produto por inteiro. 
c) embora se sentido mais realizado por realizar apenas uma parte de um 
trabalho completo, o operário ficou menos especializado no que faz quando 
submetido ao princípio da divisão do trabalho. 
d) não houve relação direta entre divisão do trabalho e especialização do operário 
na realização da tarefa específica a ele destinada. 
e) a divisão do trabalho é que resultou da especialização do operário e não o 
contrário. 
 
Baseando-se apenas no texto abaixo, responda às questões 6 e 7 
 
A Fábrica de Alfinetes 
 
Segundo Adam Smith “Esse grande aumento da quantidade pelo trabalho , 
em conseqüência da divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de 
realizar, é devido a três circunstâncias distintas: em primeiro lugar, devido a maior 
 
Teoria Geral da Administração 
 
30 
destreza existente em cada trabalhador; segundo, à poupança daquele tempo, que 
geralmente seria costume perder ao passar de um tipo de trabalho para outro; 
finalmente, à invenção de máquinas que facilitam e abreviam o trabalho, 
possibilitando a uma única pessoa fazer o trabalho que, de outra forma, teria que 
ser realizado por muitas”. 
(Smith, Adam- A Riqueza das Nações. São Paulo. Editor Victor Civita, 1983, p.43) 
 
6 - Segundo Adam Smith, uma das circunstâncias favoráveis ao aumento de 
produtividade foi o(a): 
 
a) invenção de máquinas. 
b) estilo de chefia ou liderança adotado pelos supervisores. 
c) aumento do número de operários na fábrica. 
d) contratação de mais operários. 
e) aumento de tempo para a fabricação de alfinetes. 
 
7 - O texto menciona tarefas intermediárias, que são aquelas executadas 
obrigatoriamente pelo operário quando tem que realizar todas as tarefas 
necessárias à conclusão de um trabalho pelo método tradicional. Por exemplo: ao 
ter que executar uma tarefa, ele mesmo caminha, procura o material, separa, 
transporta, procura a ferramenta, pega a ferramenta, inicia a tarefa, executa, 
conclui, passa por tarefas intermediárias até iniciar a próxima tarefa e assim por 
diante até concluir o trabalho inteiro. 
Teoria Geral da Administração 
 
31 
 
Em relação às tarefas intermediárias, quando executadas pelo mesmo operário 
que execute uma tarefa produtiva, elas influenciam na: 
 
a) redução do tempo de execução de cada tarefa. 
b) aumento da produtividade. 
c) redução do custo de fabricação. 
d) aumento do tempo de execução de cada tarefa. 
e) melhoria da especialização do operário. 
 
8 .Em relação ao princípio da “divisão do trabalho”, o modelo “fábrica de 
alfinetes” significa: 
 
a) o funcionamento de uma fabricação tradicional. 
b) o desempenho de uma fabricação rudimentar. 
c) referencial exemplar. 
d) funcionamento de uma fabricação improvisada. 
e) um sistema de fabricação em que o operário tem livre iniciativa para 
trabalhar. 
 
 
Leia o texto abaixo, para responder às questões 9 e 10. 
A Kimóvel Ltda é uma empresa que está iniciando a fabricação de móveis 
padronizados em grande escala, destinados ao mercado de massa. Seus produtos 
principais são: mesas para escritórios e mesas com suporte para o conjunto: 
computador e impressora, de uso residencial. 
Teoria Geral da Administração 
 
32 
 
A empresa contratou 5 marceneiros e 4 auxiliares do tipo “faz tudo”, para cada 
um, num total de 20 auxiliares. Cada marceneiro é responsável pela fabricação de 
um único tipo de mesa. Ele inicia e executa todas as tarefas necessárias para a 
fabricação de uma mesa, com ajuda de seus auxiliares. 
 
9 -Considerando o que foi observado por Adam Smith na fábrica de alfinetes, o 
que está certamente acontecendo na empresa Kimóvel Ltda em relação ao tipo de 
processo de fabricação utilizado, e a influência em relação ao tempo necessário 
para a fabricação de cada mesa, e na produtividade de cada marceneiro e 
respectivos auxiliares ? 
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10 - Que decisão deverá ser tomada pelos sócios da Kimóvel Ltda, de modo a 
reduzir o tempo de fabricação de cada mesa e conseqüentemente obter maior 
eficiência e produtividade na fábrica? 
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Teoria Geral da Administração 
 
33 
 
A Administração Científica. 
Principais críticas dirigidas a Teoria da Administração Científica. 
Idéias novas trazidas pela Teoria Administração Científica. 
A Teoria Clássica – Fayolismo. 
Principais críticas dirigidas a Teoria Clássica. 
Idéias novas trazidas pela Teoria Clássica. 
2 Abordagem Clássica da Administração 
Teoria Geral da Administração 
 
34 
Nesta unidade, estudaremos a abordagem clássica da Administração que se 
subdivide em duas partes: Administração Científica e Teoria Clássica. Na primeira, 
estudaremos as origens e a biografia de Frederick W. Taylor, os fundamentos da 
Administração Científica e seus princípios, as contribuições da Administração 
Científica, a organização racional do trabalho, as experiências de Henry Ford e as 
principais idéias e críticas. Na segunda, seremos apresentados à biografia e às 
contribuições de Henri Fayol, às seis funções da empresa e funções administrativas, 
à definição de administração, à importância relativa das diversas capacidades do 
pessoal das empresas, aos princípios gerais de administração, aos elementos da 
administração, às principais idéias e críticas. 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE: 
 identificar as condições que possibilitaram o surgimento da 
Administração Científica, seus fundamentos e suas contribuições. 
 
PLANO DA UNIDADE 
 A Administração Científica. 
 Principais críticas dirigidas a Teoria da Administração Científica. 
 Idéias novas trazidas pela Teoria AdministraçãoCientífica. 
 A Teoria Clássica – Fayolismo. 
 Principais críticas dirigidas a Teoria Clássica. 
 Idéias novas trazidas pela Teoria Clássica. 
 
 
Bem-vindo à primeira unidade de estudos. 
Teoria Geral da Administração 
 
35 
 
Administração Científica 
 
Origens 
 
A Administração Científica é considerada a primeira abordagem da Teoria 
Geral da Administração. Sua origem se localiza no conjunto das experiências 
obtidas de trabalhos efetivos, acompanhadas de estudos mediante ao emprego de 
métodos empíricos sobre a realização do trabalho, em algumas fábricas 
americanas, nas quais Taylor prestou trabalho durante, praticamente, toda uma 
vida. 
 
A força impulsionadora desse esforço foi a de reduzir a improvisação e o 
desperdício nas fábricas, trazendo o conseqüente benefício para empregadores e 
empregados. Segundo Silva (1974), ao relatar algumas palavras de Taylor no último 
discurso de sua vida “o aumento da riqueza real do mundo... O aumento da 
felicidade do mundo... O advento de menos horas de trabalho, a oportunidade de 
melhor educação e mais recreação, de cultura artística, de música, de tudo enfim 
que torna a vida digna de ser vivida se relaciona com o aumento de produção do 
indivíduo”. 
Vejamos, agora, uma breve biografia de Taylor, um dos pioneiros da 
Administração. 
 Taylor 
Teoria Geral da Administração 
 
36 
 
Em 1874, aos 18 anos, Taylor empregou-se como aprendiz em uma pequena 
fábrica de bombas de água, em Filadélfia, de onde saiu torneiro mecânico. Mais 
tarde, fez carreira de engenheiro-chefe na Midvale Stell Company. 
 
Entre 1883 e 1890, nosso pioneiro colou grau de Engenheiro Mecânico e 
deixou a Midvale para trabalhar de diretor-geral da Manufacturing Investment 
Company, empresa que explorava em larga escala a indústria de papel. 
 
Três anos mais tarde, assumiu a profissão de systematizer, da qual foi criador e 
primeiro titular. Nessa qualidade de systematizer, Taylor foi contatado pela 
Bethlehem Steel Company, que estava interessada no seu sistema de 
administração industrial e no seu método de cortar metais. 
 
Em 1901, Taylor , resolveu dedicar sua vida à propagação gratuita de seu 
sistema de administração. Até a morte, Taylor não recebeu qualquer remuneração 
pelos discursos e conferências que pronunciou, artigos e livros que escreveu, 
reuniões em sua própria casa, em estabelecimentos industriais e em escolas e 
universidades a que compareceu para explicar os fundamentos do seu sistema. 
Como última homenagem, em sua sepultura, em Philadelphia, gravaram a inscrição 
‘Frederick Winslow Taylor – Pai da Administração Científica’. 
 
VAMOS REFLETIR! 
Mas por que Frederick Winslow Taylor pode ser considerado o ‘Pai 
da Administração Científica’? De que forma, esse homem contribuiu 
para a nossa Administração? Veremos, então! 
 
 
Teoria Geral da Administração 
 
37 
As contribuições de Taylor para a Administração dividiram-se em dois 
períodos. 
 
Primeiro período de contribuições 
de Frederick Winslow Taylor 
 
 
Segundo Chiavenato (1999), o primeiro período 
corresponde à época da publicação do seu livro, 
Shop Management (Administração de Oficinas), em 
1903, no qual se preocupa com as técnicas de 
racionalização do trabalho do operário, por meio do 
Estudo de Tempos e Movimentos (motion-time 
Study). Taylor começou seu trabalho, junto com os 
operários, decompondo os seus movimentos e 
processos de trabalho, aperfeiçoando-os e 
racionalizando-os gradativamente. 
 
Desta forma, percebemos que a abordagem de Taylor foi direcionada para o 
“fazer” e não fundamentalmente para a administração que se processa nos 
escritórios, aquela que se ocupa com a área comercial (termo da época), financeira, 
Administração de Pessoal, etc., conforme se ocuparão os estudiosos das próximas 
teorias da Administração. 
 
Podemos citar como contribuições de Taylor: 
 
1. O objetivo da Administração é pagar salários altos e ter baixos custos de 
produção. Para alcançar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos 
científicos e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das 
operações, os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços 
com materiais e condições de trabalho adequados, para que as normas 
Racionalização – tornar 
racional; tornar mais 
eficiente, aperfeiçoar 
(processos, métodos) para 
que se evitem perda de 
tempo e desperdícios. 
AMORA, Soares. 
Minidicionário da Língua 
Portuguesa. 
Teoria Geral da Administração 
 
38 
possam ser cumpridas e devem ser treinados para aperfeiçoar suas aptidões e 
executar uma tarefa para cumprir uma produção normal. 
 
 “... uma atmosfera de cooperação 
entre Administração e trabalhadores 
para garantir esse ambiente 
psicológico”. Claude (1968) 
 
A atuação de Taylor foi pioneira e ainda hoje muitos de seus princípios são 
utilizados por inúmeras empresas, apesar de ser a teoria mais severamente 
criticada, dentre todas as outras, conforme abordaremos mais adiante. 
 
Segundo período de contribuições de Frederick Winslow 
Taylor 
 
Para Chiavenato (1999), o segundo período se dá em 1911, com a publicação 
do livro Princípios de Administração Científica, quando Taylor concluiu que a 
racionalização do trabalho operário deve ser acompanhada de uma estruturação 
geral da empresa para tornar coerente a aplicação de seus princípios. Foi nesse 
período que se desenvolveu os seus estudos sobre a Administração Geral, 
denominada Administração Científica, sem deixar de se preocupar com a tarefa do 
operário. 
Taylor não parou por aí! Para ele, a Administração Científica tinha 7 
fundamentos: 
 
1. O objetivo principal da administração deve ser o de assegurar o máximo de 
prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, ao empregado; 
 
2. Identidade de interesses de empregadores e empregados - A 
Administração Científica tem, por seus fundamentos, a certeza de que os 
verdadeiros interesses de ambos são que a prosperidade do empregador não 
Teoria Geral da Administração 
 
39 
pode existir, por muitos anos, se não for acompanhada da prosperidade do 
empregado e vice-versa, e que é preciso dar ao trabalhador e ao empregador o que 
eles mais desejam. Ao primeiro, altos salários e, ao segundo, baixo custo de 
produção; 
 
VAMOS REFLETIR 
Diante do que você leu acima, você concorda com Taylor? Sim? 
Não?... Então, vou deixar a pergunta para mais tarde e vamos em frente! 
 
 
3. Influência da produção na prosperidade 
de empregadores e empregados - O 
objetivo mais importante para ambos deve ser 
a formação e o aperfeiçoamento do pessoal 
da empresa, de modo que os homens possam 
executar em ritmo mais rápido e com maior 
eficiência os tipos mais de trabalho, de acordo 
com suas aptidões naturais; 
 
4. Vadiagem no trabalho - O trabalhador, às 
vezes, faz menos do que realmente poderia – 
e isso vale também para a produção. Não mais 
do que um terço ou metade de um dia de 
trabalho é eficientemente preenchido; 
 
5. Ignorância dos Administradores sobre o tempo necessário para a execução 
dos serviços – O patrão ignorante, em relação ao tempo para realizar os trabalhos, 
auxilia o operário no objetivo de diminuir suas possibilidades de produção; 
Teoria Geral da Administração 
 
40 
 
6. Substituição dos Métodos Empíricos por Métodos Científicos – Em cada 
operação, dentre os vários instrumentos utilizados, existe sempre um melhor e 
mais rápido do que os demais. 
 
VAMOS REFLETIR 
Para Taylor, esse fundamento significa substituir a improvisação 
por métodoscientíficos. Você concorda com ele? 
 
7. Divisão do trabalho entre a gerência e os trabalhadores - A administração 
pode e deve planejar e executar muitos trabalhos dos quais os operários são 
encarregados. Os atos dos trabalhadores devem ser precedidos de atividades 
preparatórias que os habilitem a fazer seus trabalhos mais rápido e melhor. Cada 
homem deve ser instruído diariamente e receber o auxílio cordial de seus 
superiores, ao invés de ser coagido ou, em situação oposta, entregue à sua própria 
inspiração. A fim de que o trabalho seja feito de acordo com leis científicas, é 
necessário melhor divisão de responsabilidades entre a direção e o trabalhador. 
 
Efeitos da Administração Científica 
Não apresentamos aqui panacéia para resolver todas as dificuldades da classe 
obreira e dos patrões. Como certos indivíduos nascem preguiçosos e ineficientes e 
outros ambiciosos e grosseiros, como há o vício e crime, também sempre haverá 
pobreza, miséria e infelicidade. Nenhum sistema de administração, nenhum 
expediente sob controle de um homem ou grupo de homens pode assegurar 
prosperidade permanente a trabalhadores e patrões. A prosperidade depende de 
muitos fatores, inteiramente livres de controle de grupo humano, Estado ou Nação, 
e assim todos passam inevitavelmente por certos períodos e devem sofrer um 
pouco. Sustentamos, entretanto, que sob a administração científica, fases 
intermediárias serão muito mais prósperas, felizes e livres de discórdias ou 
dissensões. Também períodos de infortúnios serão em menor número, mais curtos 
e menos atrozes. E isso se tornará 
Teoria Geral da Administração 
 
41 
 
particularmente verídico no país, região ou Estado que em primeiro lugar 
substituir a administração empírica pela administração científica. O autor está 
plenamente convencido de que esses princípios tornar-se-ão de uso geral, no 
mundo civilizado, mais cedo ou mais tarde e, quanto mais cedo, tanto melhor 
para todos. 
(Taylor ) 
 
Princípios de Administração Científica 
ou Administração das Tarefas 
 
Veja o quadro a seguir: a proposta da Administração Científica de Taylor para 
substituir a Administração Tradicional (Iniciativa e Incentivo). 
 
Comparação da Administração Tradicional (Iniciativa e Incentivo) com a 
Administração Científica 
CARACTERÍSTICAS 
ADMINISTRAÇÃO 
(Iniciativa e Incentivo) 
ADMINISTRAÇÃO 
(Científica) 
Responsabilidade pela 
execução do trabalho. 
Quase toda é do 
trabalhador. 
Divisão eqüitativa entre direção e 
operário. 
Orientação para a 
execução da tarefa. 
Orientação pessoal e 
empírica do trabalhador. 
 
A administração se esforça 
para obter iniciativa do 
trabalhador para produzir, 
o que raramente 
consegue. 
Orientação da Administração. 
A gerência deve reunir todos os 
conhecimentos tradicionais até 
então utilizados pelos 
trabalhadores e classificá-los, 
tabulá-los e reduzi-los a muitas 
normas, leis e fórmulas úteis aos 
trabalhadores para a realização do 
trabalho diário. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
42 
 
Uso dos dados 
científicos. 
Não existe. 
Requer uma sala com livros, 
anotações de rendimentos 
máximos e uma mesa para o 
planejador de tarefas, que não é o 
trabalhador. 
O homem para planejar e 
executar as tarefas. 
É o mesmo para planejar 
ao seu critério e também 
para executar. 
Um homem da direção para 
planejar e o operário para executar, 
sob relação cordial e cooperativa. 
Como planejar a 
execução da tarefa? 
Empirismo. 
A forma mais econômica, mediante 
a divisão do trabalho 
(especialização), em cada operação 
mecânica, precedida de vários 
estudos preparatórios, realizados 
por outros homens – Padronização. 
Estudo dos tempos e 
movimentos. 
Empirismo. 
1º - Encontrar de 10 a 15 
trabalhadores hábeis, de várias 
empresas e regiões e fazer o 
trabalho que vai ser analisado; 
2º - Estudar o ciclo das operações 
ou movimentos e os instrumentos 
que cada um desses homens 
emprega; 
3º - Estudar com o cronômetro o 
tempo para cada movimento e 
escolher os meios mais rápidos; 
4º - Eliminar todos os movimentos 
falhos, lentos e inúteis; 
5º - Afastar todos os movimentos 
desnecessários, reunir em um ciclo 
os movimentos melhores e mais 
rápidos, assim como os melhores 
instrumentos. 
Seleção de pessoal. 
Os homens selecionam-se 
para realizar as tarefas na 
empresa. 
Seleção científica do trabalhador. 
Remuneração. Pagamento uniforme. 
Adicional de salário quando o 
trabalhador ultrapassar o maior 
desempenho do trabalho comum. 
Quadro organizado pelo Prof. Jonas P. Lobato, mediante cotejo das contribuições de Frederick W Taylor. 
Teoria Geral da Administração 
 
43 
 
Em relação ao estudo dos tempos e movimentos da tabela acima, Taylor, em 
suas experiências, atentou para dois percentuais: do período de tempo que o 
trabalhador pode carregar peso e do período de tempo que ele deve ficar livre, 
sem carregar peso. A essa constatação, ele deu o nome de “Lei da Fadiga”, o que 
veremos mais detalhadamente adiante. 
 
Outras contribuições da Administração 
Científica 
 
A Administração Científica não tem contribuições apenas de Taylor, 
considerado pioneiro e o seu maior expoente, mas de outros estudiosos e também 
pioneiros da Teoria Geral da Administração. É da Administração Científica que 
recebemos os estudos e as publicações sobre a organização e racionalização do 
trabalho. 
 
Se pesquisarmos em Chiavenato (1999) veremos que a Organização Racional 
do Trabalho (ORT) baseia-se em alguns aspectos: 
 
1º - Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos 
Devemos encontrar de 10 a 15 trabalhadores de várias empresas e diferentes 
regiões com habilidade para o trabalho que será analisado. Depois, estudar as 
operações ou movimentos que cada homem empregará ao executar o trabalho, 
como também os instrumentos usados e, com o cronômetro de parada 
automática, verificar o tempo utilizado para cada movimento e, então, escolher os 
meios mais rápidos de realizar as fases do trabalho. Ao final, eliminamos todos os 
movimentos falhos, lentos e inúteis, afastamos os movimentos desnecessários e 
reunimos em um ciclo os movimentos melhores e mais rápidos, assim como os 
melhores instrumentos. 
Teoria Geral da Administração 
 
44 
 
Para esse autor os objetivos de tempos e movimentos são: 
 eliminação do desperdício; 
 adaptação dos operários à tarefa; 
 treinamento dos operários; 
 especialização do operário; 
 estabelecimento de normas de execução do trabalho. 
 
Os estudos de tempo e movimento encontram em Frank Bunker Gilbreth 
(1868-1924), engenheiro americano, e sua esposa Lilian Gilbreth os seus maiores 
expoentes. 
 
2º - Estudo da fadiga (Lei da fadiga ou do trabalho penoso) 
 
Taylor deu início ao estudo do esforço humano de modo a obter o que 
denominou de lei da fadiga. 
A fadiga é o cansaço do trabalhador resultante da realização de esforço em 
relação a um trabalho penoso. 
Ele procurou mostrar isso após alguns tipos de experiências com 
trabalhadores, carregando cargas com determinados pesos, 45Kg e 22kg, e os 
respectivos percentuais do tempo de um dia de trabalho no qual o trabalhador 
deveria trabalhar e descansar respectivamente. 
Teoria Geral da Administração 
 
45 
 
Taylor, Gilbreth e outros estudiosos da Administração Científica, deram o 
passo inicial para o desenvolvimento da moderna ergonomia - ciência responsável 
pela adaptação do trabalho ao homem, ao contrário da Administração Científica, 
que procurava adaptar o homem ao trabalho. 
 
Variáveis do trabalhador. 
(dependente) 
Variáveis do ambiente,equipamentos e utensílios. 
Variáveis do movimento 
1 – anatomia. 1 - qualidade dos utensílios. 1 - aceleração. 
2 – musculatura. 2 – roupas. 2 – automação. 
3 – motivação. 3 – cores. 
3 - combinação com outros 
movimentos e seqüências. 
4 – credo. 4 - distrações (músicas...). 4 – custo. 
5 - capacidade produtiva. 
5 - temperatura, refrigeração 
e ventilação. 
5 – direção. 
6 – experiência. 6 – iluminação. 6 – efetividade. 
7 – fadiga. 7 - qualidade do material. 7 - pés-libras 
8 – hábitos. 8 - recompensas e castigo. 
8 - inércia momentum 
vencida. 
9 – saúde. 9 - tamanho da carga. 9 – comprimento. 
10 - modo de viver. 
10 - recursos especiais para 
reduzir a fadiga. 
10 – necessidade. 
11 – nutrição. 11 - salubridade e atrativos. 11 – caminho. 
12 – tamanho. 12 – utensílios. 12 – movimento. 
13 – agilidade. 13 - regulamentos sindicais. 13 – velocidade. 
14 – temperamento. 14 - peso da carga. 
15 – treino. 
Fonte: Adaptação de A. Nogueira de Faria, A. Introdução a Administração. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1993. 
 
3º - Divisão do trabalho e especialização do trabalhador 
Como planejar a execução da tarefa para redução de custo e aumento de 
produtividade? 
Teoria Geral da Administração 
 
46 
 
A forma mais econômica é mediante a divisão do trabalho, visando o aumento 
da eficiência mediante a especialização, em cada operação mecânica, precedida de 
vários estudos preparatórios realizados por outros homens. 
 
Conseqüentemente, o trabalhador perde a autonomia, a liberdade e a 
iniciativa para escolher o método de realizar o trabalho e passa a executá-lo de 
forma mecânica e repetitiva, por isso o trabalhador submetido a essa condição 
passou a ser denominado de homem-máquina. Um trabalho inteiro passa a ser 
fragmentado em partes para ser realizado por operações ou tarefas manuais, 
simples e repetitivas (monótonas). 
 
VÍDEO 
Assistiu ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin? Não? Pois, 
então, recomendo que assista. Você verá a grande crítica feita através 
desse filme e identificará o que acabamos de ler. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
47 
 
4º - Desenho (design) dos cargos e tarefas 
O estudo de racionalização em relação aos cargos se 
inicia sobre o modo como o cargo é desempenhado para 
se chegar ao modo com que ele deve ser desempenhado. 
 
Taylor foi o primeiro a realizar tentativas para 
estabelecer racionalmente os cargos e as tarefas. Em 
seguida, ele passa a conceituar e apontar as principais 
vantagens da racionalização dos desenhos dos cargos: 
 Admissão de empregados com qualificações e 
salários mínimos, a fim de diminuir os custos de 
produção; 
 Baixar os custos de treinamento; 
 Diminuição de erros na execução e dos refugos 
e rejeições; 
 Facilidade de supervisão, melhor controle de 
um número maior de subordinados; 
 Aumento da eficiência do trabalhador e, 
conseqüentemente, maior produtividade. 
 
Podemos acrescentar aqui outras vantagens: 
 
 Facilidade de balanceamento das cargas (pelo estudo da fadiga); 
 Redução dos riscos dos acidentes de trabalho pela redução de atos 
inseguros. 
Cargo: conjunto de 
tarefas executadas de 
maneira cíclica e 
repetitiva. 
Tarefa: é toda e 
qualquer atividade 
executada por uma 
pessoa no seu trabalho. 
É a menor unidade 
dentro da divisão do 
trabalho em uma 
organização. 
Desenhar um cargo é 
especificar seu 
conteúdo (tarefas), 
métodos de executar as 
tarefas e as relações 
com os demais cargos 
existentes. 
Teoria Geral da Administração 
 
48 
 
5º - Incentivos salariais e prêmios de produção 
A partir de uma quantidade média de produção padronizada, ultrapassada, o 
trabalhador receberia um pagamento adicional, “um prêmio” pela eficiência, além 
do pagamento normal pelo dia de trabalho. 
 
6º - Conceito de homo economicus 
Aqui, o homem seria motivado a trabalhar por causa da fome e da necessidade 
de dinheiro para viver. Assim, um pagamento adicional e os prêmios de produção 
influenciariam muito os esforços de cada trabalhador na sua tarefa, fazendo com 
que ele se envolvesse cada vez mais na produção. Esta visão de ‘o homem 
econômico’ via no operário da época, um indivíduo limitado, preguiçoso e culpado 
pelo desperdício das empresas. 
 
7ª - Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto, etc. 
Taylor, juntamente com seus seguidores, verificou que a eficiência dos 
trabalhadores não se concentra somente no incentivo salarial, mas também em um 
conjunto de condições trabalhistas que garantam o bem-estar físico e diminuam a 
fadiga do trabalhador. Essas condições de trabalho seriam: 
 
 Instrumentos e ferramentas adequados ao trabalho, minimizando, assim, o 
esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa; 
 
 Distribuição espacial das máquinas e equipamentos em geral, objetivando 
melhores fluxos de produção; 
 
 Um ambiente físico de trabalho com menos ruído, maior ventilação, boa 
iluminação; 
 
 Instrumentos e equipamentos especiais, a fim de reduzir movimentos 
desnecessários. 
Teoria Geral da Administração 
 
49 
 
8ª - Padronização de métodos e de máquinas 
 
Como você já deve saber, padronização vem de padrão 
e este é uma medida, um critério a ser adotado. Aqui, falamos 
em padronização das máquinas e equipamentos, instrumentos 
de trabalho, matérias primas, etc., a fim de reduzir a diversidade 
no processo produtivo e, por conseguinte, eliminar o 
desperdício, aumentando a eficiência. 
 
9ª - Supervisão funcional 
Taylor também propunha a supervisão funcional, ou seja, diversos 
supervisores, cada um especializado em determinada área, possuindo, assim, 
autoridade funcional. 
 
Encerramos aqui o estudo das contribuições da Administração Científica. Mas 
será que já aprendemos tudo sobre essa administração? Claro que não! Uma 
Administração Científica não se faz assim, da noite para o dia, e nem somente de 
contribuições. Precisamos empregar princípios para colocar tudo isso em prática. E 
já que falamos em princípios... que tal falarmos um pouco sobre eles agora? 
 
Os princípios da Administração 
Científica 
 
Segundo Chiavenato (1999), a Administração Científica possui alguns 
princípios, dos quais veremos abaixo. 
Padronização é a 
aplicação de 
padrões em uma 
organização ou 
sociedade para 
obter a 
uniformidade e 
reduzir os custos. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
50 
 
1º - Princípio do planejamento 
Substituir o critério individual do operário, a improvisação, a atuação 
empírico-prática pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir 
a improvisação pela ciência, por meio do planejamento dos métodos. 
 
2º - Princípio de preparo (Aplicação do método racional) 
Seleção e aperfeiçoamento científico do trabalhador, selecionar 
cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões, e prepará-los e 
treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. 
Além do preparo da mão de obra, também as máquinas e equipamentos de 
produção, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. 
 
3º - Princípio do Controle 
Controlar o trabalho para certificar que está sendo executado de acordo com 
as normas estabelecidas e o plano previsto. 
 
4º - Princípio da execução 
Distribuir as atribuições e as responsabilidades, para que execução do trabalho 
seja feito pelos operários. 
 
Até aqui estudamos a Administração Científica, sob o ponto de vista de um 
dos seus precursores – Taylor. Daqui em diante, continuaremos o nosso conteúdo,agora sobre o prisma de Henry Ford, o ‘Pai da produção em série’. 
Teoria Geral da Administração 
 
51 
 
1.2. Henry Ford (1863-1947) 
As experiências de Henry Ford 
 
Por ter nascido em fazenda, Henry se 
preocupava em encontrar meios de melhorar os 
transportes, “o carro sem cavalos”, tendo como 
acontecimento mais importante de sua vida ter 
encontrado um locomóvel, em 1875, na estrada 
de Detroit. 
 
Essa máquina o encantou desde o início e o 
levou a estudar carros automotores. Aos 
dezessete anos Henry deixou a escola e 
ingressou nas oficinas Drydock como aprendiz. 
Apesar da dificuldade, conseguiu diplomar-se 
em mecânico. 
Em 1879, Ford passou a trabalhar na Westinghouse Company, como técnico 
de montagem e consertos de locomóveis, mas não se agradou muito, por causa do 
peso e custo das máquinas, que só os grandes fazendeiros poderiam adquirir. 
Na condição de mecânico produziu, em 1893, o seu primeiro automóvel, “um 
calhambeque à gasolina”. Ele era barulhento, assustava os animais, congestionava 
o trânsito graças à curiosidade que causava e aos problemas com os agentes de 
polícia. Foi o primeiro e durante muito tempo o único automóvel de Detroit. Tendo 
percorrido nele 1.500 quilômetros, Henry depois o vendeu por 200 dólares. 
Henry Ford examinou um carro alemão, Benz, exposto em Nova York em 1895, 
mas não constatou nenhum aperfeiçoamento interessante, também usava correias 
e era pesado. Sendo assim, no ano seguinte, construiu seu segundo carro muito 
parecido com o primeiro, porém mais leve, ainda com correias como meio de 
transmissão. 
Teoria Geral da Administração 
 
52 
 
Alguns anos mais tarde Ford fundou sua primeira fábrica, que não deu certo. 
Mas ele não desistiu, continuou tentando e fazendo suas pesquisas, quando em 
1903 fundou a Motor Company, visando fabricar e vender carros a preços ao 
alcance da população. Estabeleceu o “sistema de vendas Ford” e o “serviço Ford”. 
Os carros adquiriam fama de resistentes, firmes, bem construídos. A fábrica 
produzia algumas peças, mas, na verdade, era uma atividade de montagem. Seu 
fundador trabalhava com a idéia de fabricar um modelo universal. 
 
De 1905 a 1906 fabricavam-se somente dois modelos de carros: um de 4 
cilindros de 2.000 dólares e outro destinado ao turismo por 1.000 dólares. 
 
Em 1907, tendo adquirido a maioria das ações, Ford decidiu mudar o rumo dos 
negócios: parou de fabricar o carro de turismo, fabricou um carro de 600 dólares e 
outro de 750 dólares. Conseguiu vender 8.423 carros, significando 20% apenas 
das melhores vendas anteriores. A partir dessa experiência, ele resolveu fabricar 
somente um modelo. Foram vendidos 10.000 carros e adquiriu-se um novo espaço 
para a construção de uma nova fábrica, introduzindo-se a Linha de produção. 
 
Entre 1910 e 1911, já com as novas instalações de produção, foram vendidos 
34.528. A partir daí se iniciou uma sistemática redução de preços. Em 1914 
estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia de oito horas, quando na maioria 
dos países, a jornada era de 10 a 12 horas, com salários muito mais baixos. 
Teoria Geral da Administração 
 
53 
 
VAMOS REFLETIR! 
Desculpe interromper seu raciocínio um instante, mas o que você 
achou, especialmente, sobre o parágrafo acima? Ford estabeleceu um 
salário mínimo de 5 dólares por 8 horas de trabalho, enquanto que em 
outros países a jornada era de 10 a 12 horas e os salário bem mais 
baixos. Será que ele era ‘bonzinho’ (com todo o respeito)? Ou será uma 
tática para incentivar seus funcionários? Deixarei essas e outras 
perguntas para você responder! Continuemos então! 
 
Segundo Moitinho (1961), em 1915, saiu das fábricas de Ford um milhão de 
carros, observando ainda os desempenhos em relação aos anos de 1926 a 1928. Em 
1926 possuía 88 usinas Ford e empregava entre homens e mulheres mais de 150 
mil pessoas, fabricando dois milhões de carros por ano; já em 1927 foi encerrada a 
fabricação do “modelo T” (Ford de bigode) e em 1928, nos primeiros dias do ano, 
foi lançado o “modelo A”, que iniciava uma nova fase dos carros da Ford. 
 
Curiosidade: 
No período de 1927 a 1930, Henry Ford desejando livrar-se do monopólio 
inglês da borracha, decidiu investir no cultivo da seringueira para a obtenção do 
látex na Amazônia brasileira, no Pará, às margens do Rio Tapajós. Para essa 
finalidade construiu uma vila com o nome de Fordlândia, que chegou a atrair mais 
de duas mil pessoas. Entretanto, esse projeto foi abandonado pela Ford em virtude 
de uma praga que atacou as folhas das seringueiras. A vila Fordlândia deu lugar à 
cidade de Belterra, que ainda guarda várias memórias daquela época, devido ao 
estilo arquitetônico das casas e objetos trazidos dos EUA. Atualmente, constitui-se 
numa área de turismo para a região. 
Enquanto Taylor, Gilbreth, Anderson, Gantt e outros realizavam estudos na 
condição de empregados em empresas industriais, Henry Ford pôde exercitar a 
Administração na condição de empreendedor, tendo que, antes de tudo, criar um 
produto viável para o mercado. Sendo assim, ele pôde nos transmitir informações 
mais gerais do que as experiências obtidas apenas no espaço da fábrica. 
Teoria Geral da Administração 
 
54 
 
Todas essas informações desse item foram extraídas de forma resumida do 
Livro de Henry Ford. Princípios da Prosperidade. Rio de Janeiro: Editora BRAND, 
1954, volume único, contendo seus três livros: Minha Vida e Minha Obra; Hoje e 
amanhã e Minha Filosofia de Vida, especificamente do Livro Minha Vida e Minha 
Obra. 
Sobre: Idéias de Henry Ford 
1- Negócio. 
“Primeiro fazer bem o trabalho para o freguês depois receber a justa 
recompensa”. ”O compromisso que o fabricante constrói com o freguês 
não termina no ato da venda; este ato apenas se inicia.” 
2 - Métodos de 
Trabalho 
na linha de 
montagem. 
 
Produção em 
massa para a 
redução do preço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Trazer o trabalho ao operário ao invés de levar o operário ao trabalho” 
“Nenhum operário deve ter mais que um passo a dar para realizar o seu 
trabalho.” 
 
Princípios da Montagem: 
1º Trabalhadores e ferramentas devem ser dispostos na ordem 
natural da operação de modo a ter a menor distância a percorrer; 
 
2º Empregar planos inclinados ou aparelhos para transferir peças de 
um trabalhador para outro, de modo que cada uma seja conduzida pelo 
próprio peso, sempre para um mesmo lugar; 
 
3º Usar uma rede de correias transportadoras das peças para que a 
montagem se distribua em distâncias convenientes. 
 
Resultados esperados: 
Economia de pensamento e redução dos movimentos dos operários. 
Sendo possível deve-se “fazer uma só coisa com um só movimento”. 
Especialização. 
Adotar a especialização. 
Não permitir que nenhum operário se considere fixo numa tarefa 
determinada, de modo a não poder trabalhar noutra. 
 
Teoria Geral da Administração 
 
55 
 
Trabalho. 
Princípio econômico - é o elemento humano que nos permite auferir 
benefícios. 
Princípio moral - é o direito que cada um tem sobre o seu trabalho. 
Igualdade dos 
homens. 
Não há maior absurdo. A natureza os fez desiguais e toda concepção 
democrática que tenta igualá-los resulta em esforço que retarda o 
progresso. Homens capazes que dirigem as massas permitem que os 
menos capazes vivam com menor esforço. 
Natureza humana. 
Nunca encontrei um homem completamente mau. No pior há sempre 
um lado bom. As pessoas, em nossas fábricas, não são aceitas ou 
repelidas pelo passado. 
Remuneração. 
Salário justo é o mais alto que a empresa possapagar. 
Em 1914 reparte parte do controle acionário com os empregados da 
empresa. 
Lucro. 
O público constrói nossas indústrias consumindo nossos produtos, 
possibilitando lucro. Devemos nos obrigar a reduzir o preço como uma 
espécie de retribuição a um investimento que fazem. 
Fonte: FORD, Henry. Princípios da Prosperidade. Rio de Janeiro: Editora BRAND, 1954. Dados e informações 
organizados pelo prof. Jonas P. Lobato. 
 
Os três princípios básicos de Ford 
 
Henry Ford tinha três princípios: de intensificação, economicidade e 
produtividade. O primeiro trata da diminuição do tempo de duração com o 
emprego dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no 
mercado; o segundo fala sobre a redução do estoque da matéria-prima em 
transformação. A intenção é que a velocidade da produção seja rápida, tão rápida 
que o produto seja pago à empresa antes mesmo do pagamento da matéria-prima; 
e o terceiro princípio preza pelo aumento da capacidade de produção do operário 
por meio da especialização e da linha de montagem. Assim, empresa e operário 
ganham. 
Teoria Geral da Administração 
 
56 
 
Apesar de tudo isso, algumas críticas foram dirigidas à Administração 
Científica. Aliás, em todos os aspectos, temos que ver as vantagens e desvantagens, 
ouvir os aplausos e as críticas. Então, vamos lá! 
 
Críticas dirigidas à Teoria da 
Administração Científica 
 
Segundo Chiavenato (1999), as críticas são as seguintes: 
 
 Mecanicismo da Administração Científica 
 
Embora a organização seja constituída de pessoas deu-se pouca atenção ao 
elemento humano e concebeu-se a organização como um “arranjo rígido e estático 
de peças” Katz & Kan (1970), ou seja, assim como construímos uma máquina dentro 
de uma série de peças e especificações, também construímos uma organização de 
acordo com um projeto. Daí, a denominação “a teoria da máquina”. Worthy (1950). 
Não só para a Administração Científica, mas para toda a Teoria Clássica da 
Administração. 
 
 Superespecialização do operário 
 
[...] “à medida que as tarefas vão se fracionando, a maneira de executá-las 
torna-se padronizada”. Katz & Kan (1979). “Essas formas de organização de tarefas 
não apenas privam os trabalhadores de satisfação no trabalho, mas, o que é pior, 
violam a dignidade humana”. Scott (1962). O filme Tempos Modernos, que 
recomendei a você anteriormente, retrata pitorescamente as agruras do operário 
americano robotizado pela extrema especialização de tarefas e pelo excesso de 
padronização dentro das fábricas. 
Teoria Geral da Administração 
 
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 Visão microscópica do homem 
 
[...] refere-se ao homem como empregado tomado individualmente, 
ignorando que o trabalhador é um ser humano e social. 
 Ausência de comprovação científica 
 
[...] pretende elaborar uma ciência, sem, todavia, apresentar comprovação 
científica das suas proposições e princípios. Os engenheiros americanos utilizaram 
pouquíssima pesquisa e experimentação científica para comprovar suas teses. Os 
aspectos mais importantes referem-se ao como e não ao porquê da ação do 
operário. 
 
 Abordagem incompleta da organização 
 
[...] é considerada uma abordagem incompleta, parcial e inacabada, por se 
restringir apenas aos aspectos formais da organização, omitindo completamente a 
organização informal e, principalmente, os aspectos humanos da organização [...] é 
também criticada por limitar-se aos problemas da fábrica, omitindo as demais 
áreas e partes da organização. 
 
 Limitação do campo de aplicação 
 
As observações de Taylor e seguidores foram limitadas a problemas de 
produção na fábrica não considerando os demais aspectos da vida da empresa, 
como financeiros, comerciais, etc. 
Teoria Geral da Administração 
 
58 
 
 Abordagem prescritiva normativa 
 
[...] visualizava a organização como ela deveria funcionar, ao invés de explicar 
o seu funcionamento. [...] procura padronizar situações para poder padronizar a 
maneira como elas deverão ser administradas. 
 Abordagem do sistema fechado 
 
[...] visualiza as empresas como se elas existissem no vácuo ou como se fossem 
entidades autônomas, absolutas e hermeticamente fechadas a qualquer influência 
vinda de fora delas. 
 
Diante das críticas dirigidas à Administração Científica, devemos proceder com 
cautela e considerar determinadas condições econômicas, sociais e de 
concorrência da época eram diferentes das condições atuais. Também devemos 
considerar a Teoria Clássica, que teve um foco importante na busca pelo aumento 
da produtividade na empresa. Após a Administração Científica, praticamente não 
surgiu nenhuma teoria com proposta para aumento da produtividade e eliminação 
dos desperdícios. A busca pelo aumento da produtividade só foi retomada com o 
movimento da qualidade total nos anos 80, quando as empresas passaram a sofrer 
uma concorrência intensa por parte dos países denominados de tigres asiáticos, 
tendo o Japão como o mais atuante. E ainda, diante de qualquer das teorias ou 
questões, é recomendável que ao invés de aprovar ou negar tudo, procuremos 
extrair os aspectos positivos e os negativos e fazer as considerações. 
Teoria Geral da Administração 
 
59 
 
Idéias novas trazidas pela Administração Científica 
 
 
Teoria Clássica - Fayolismo 
 
Da mesma forma que fizemos com a Administração 
Científica, nos conduziremos, agora, ao estudo da Teoria 
Clássica. Um dos grandes contribuidores dessa teoria foi 
Henri Fayol, sobre o qual conheceremos um pouco da 
sua história. 
 
 
 Henri Fayol (1841-1925) 
Teoria Geral da Administração 
 
60 
Engenheiro francês, Henri Fayol nasceu em Constantinopla, em 29 de junho de 
1841. Ele graduou-se aos 19 anos, colou grau de engenheiro na Escola Nacional de 
Minas de Saint-Etiene e no mesmo ano foi para a Empresa de Mineração 
Commentry-Fourchambault, na qual iniciou sua carreira de engenheiro e sua obra 
de criação administrativa. 
 
Em 1866, Fayol fez-se diretor das minas de carvão Commentr e 6 anos depois 
passou a dirigir cumulativamente as minas de carvão de Montircq. 
 
Em 1888, Henri começou a exercer o cargo de diretor-geral da Cia. Commentry 
Forchambault & Decazeville. Sua gestão venceu a crise em que empresa se 
encontrava e restabeleceu a prosperidade. 
 
Silva (1974) faz as seguintes considerações sobre Fayol: 
 
Fayol construiu a sua teoria administrativa com os materiais vivos da 
prática. Foi vendo administrar e administrando que vislumbrou, deduziu, 
identificou e enunciou os seus princípios administrativos. As observações 
de que se valeu para elaborar a sua doutrina, ele as colheu e analisou 
durante mais de 50 anos, ao longo de sua longa carreira de 
administrador; 
[...] O mérito principal de Fayol consiste no lançamento da idéia de que a 
administração pode e deve ser ensinada, e na introdução do raciocínio 
experimental nos domínios da administração; 
Teoria Geral da Administração 
 
61 
 
 
Teoria Clássica da Administração - A natureza 
das contribuições de Henri Fayol 
 
Fayol deu muitas contribuições para a Teoria Clássica da Administração, entre 
elas estão: as 5 funções essenciais da empresa; a definição de Administração; a 
importância relativa das diversas capacidades do pessoal das empresas; os 
princípios gerais de Administração e seus elementos. Estudaremos agora, cada 
uma delas. 
 
As seis funções essenciais da empresa 
 
Segundo Fayol, as seis funções essenciais da empresa são: 
 
1. Operações técnicas: produção, fabricação, transformação; 
2. Operações comerciais: compras, vendas, permutas;

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