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Introdução ao Estudo da Assessoria de Imprensa - Rosildo Brito

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UFCG
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
DISCIPLINA: ASSESSORIA DE IMPRENSA EM EDUCOM
PROFESSOR: Rosildo R. Brito
PARTE II
ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA
O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
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ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA
O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO MÓDULO RESTANTE DA DISCIPLINA
1 - ABORDAGEM CONCEITUAL SOBRE A ATIVIDADE DE ASSESSORIA DE IMPRENSA: o que é; para que serve uma AI e quais as funções do assessor de imprensa; 
2 - A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a europa( o duelo entre jornalista e Relações Públicas);
3 - A RELAÇÃO CONFLITUOSA QUE ENVOLVE A DUALIDADE: JORNALISTA/ASSESSOR DE IMPRENSA: Os conflitos que caracterizam a relação profissional entre o ser jornalista e o ser assessor de imprensa;
4 – A VISÃO PRAGMÁTICA DA ATIVIDADE DE AI: Os produtos e serviços que caracterizam a atividade de AI; 
5 - ANÁLISE SOBRE AS PRINCIPAIS FALHAS DETECTADAS EM AI;
6 - ELABORAÇÃO DO PLANO DE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: Descrição conceitual e prática das etapas técnico-operacionais que constituem um Plano de Mídia
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ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA
O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
O QUE SE ENTENDE POR ASSESSORIA DE IMPRENSA?
Segmento de assessoria em comunicação estratégica consolidado no mercado de comunicação mediada e que envolve o profissional de jornalismo;
Serviço prestado à orgãos públicos e/ou privados, bem como pessoas públicas, voltado à conquista de espaço gratuito na mídia, através do uso das técnicas de noticiabilidade;
Trabalho jornalístico continuado centrado na produção e gerenciamento do fluxo de informação que alimenta a cadeia informacional da imprensa e que mais emprega jornalistas no país;
Atividade de gestão comunicacional estratégica baseada nos princípios da noticiabilidade voltada não apenas ao fluxo de informação da imprensa, mas também ao trabalho de consolidação da imagem pública de instituições públicas, empresas, ONG´s, sindicatos e dos agentes públicos, junto aos diversos públicos; 
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ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA
O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
	
PARA QUE SERVE UMA AI?
São muitas as finalidades e objetivos de uma AI, dos quais, pode-se destacar:
Manter o diálogo eficaz com a mídia;
Conhecer os interesses da imprensa e do assessorado;
Orientar o assessorado no relacionamento com a mídia;
Ocupar e criar espaços na mídia de maneira gratuita;
Atividade de apoio no processo de captação e distribuição de notícias, de que se valem os órgãos de imprensa diariamente;
Criar planos de comunicação voltados à necessidade do assessorado junto à imprensa e diversos públicos-alvo;
Ajudar instituições, agentes públicos e empresas no desafiante processo de consolidação de imagem pública, através da mídia.
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ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA
O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
QUAL O PAPEL DO JORNALISTA NUMA AI?
Dentre as diversas missões que fazem parte do cotidiano de um jornalista na atividade de assessor de imprensa, destacam-se as seguintes:
Conhecer bem a rotina de produção dos órgãos de imprensa;
Manter um relacionamento amigável e estratégico com os meios de comunicação;
Ser bem informado;
Compreender bem os fatos;
Conhecer bem o mercado de comunicação e da área em que assessora;
Capacidade de transmitir informações;
Estimular as fontes;
Mediar de maneira eficiente o fluxo de informação entre imprensa e assessorado;
Conhecer bem os critérios de criação de pauta;
Capacidade de gerenciar crises de imagem.
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 ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a Europa;
A AI NA EUROPA 
Diferentemente do Brasil e EUA, nos países europeus, a AI é uma atividade privativa de relações públicas e portanto, incompatível com o jornalismo. 
Isto está registrado tanto nos registros do ensino de RP como na legislação que regula o jornalismo e nos códigos deontológicos da profissão.
Parágrafo 2 do Estatuto do Jornalista de Portugal (Lei nº 1, 13 de janeiro de 1999) assevera que:
“[...] Não constitui atividade jornalística o exercício das funções referidas no número anterior quando desempenhadas ao serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo, objetivo específico, seja publicitar empresas, instituições, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial”.	
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 ESTUDO SOBRE ASSESSORIA DE IMPRENSA O papel do assessor de imprensa no processo de gestão de comunicação estratégica
A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a Europa;
A AI NA EUROPA
Por esta razão, para exercer a função de AI, o jornalista tem de devolver sua carteira profissional à Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas (Souza e Moutinho, apud Duarte, 2002)
O ensino da AI na europa se restringe aos cursos de Relações Públicas e Publicidade e, em geral, as disciplinas de jornalismo se restringem às técnicas de rádio, tv, jornais, etc. As pesquisas demonstram que não há técnicas voltadas especificamente à assessoria de imprensa. Ou seja, não é feita nenhuma distinção entre as disciplinas que abordam as técnicas de RP e de AI.
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A AI NOS EUA
	NOS EUA, A FUNÇÃO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA NÃO É PRIVATIVA DOS RELAÇÕES PÚBLICAS. APESAR DE SER UMA ATIVIDADE REGULAMENTADA E ATRIBUÍDA A ESTES, A RELAÇÃO COM A IMPRENSA TAMBÉM É REALIZADA POR JORNALISTAS, SEM NENHUMA PROIBIÇÃO.
A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a Europa;
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A atividade de AI no Brasil
	“Embora a profissão de relações públicas tivesse entre suas funções ‘divulgação jornalística interna’ e ‘elaborar publicações de empresa’, estudos jurídicos feitos pela Associação Brasileira de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sustentam que essa é uma responsabilidade privativa dos jornalistas profissionais” (DUARTE, 2004, p.25)
A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a Europa;
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	Fundamentos da profissão: Jornalista é uma atividade essencialmente crítica, de oposição, ao passo que o RP é promocional.
A AI NO BRASIL E NO MUNDO: Os aspectos que diferenciam a atividade de AI no Brasil em relação aos EUA e a Europa.
Beltrão (1992, p. 67): “jornalismo é a INFORMAÇÃO de fatos correntes, devidamente INTERPRETADOS E TRANSMITIDOS PERIODICAMENTE à sociedade, com o objetivo de DIFUNDIR CONHECIMENTOS E ORIENTAR A OPINIÃO PÚBLICA, no sentido de PROMOVER O BEM COMUM”.
Marques de Melo explica que existe uma fronteira entre o jornalismo e as relações públicas e a propaganda. Esta fronteira é a persuasão, que nas últimas chega a apelar para o imaginário e o inconsciente, enquanto que o jornalismo “atém-se ao real, exercendo um papel de orientação racional” (Melo, 1985, p. 9).
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3 - A RELAÇÃO CONFLITUOSA QUE ENVOLVE A DUALIDADE: JORNALISTA/ASSESSOR DE IMPRENSA: Os conflitos que caracterizam a relação profissional entre o ser jornalista e o ser assessor de imprensa;
QUESTÃO PARA DISCUSSÃO: 
	É possível ao jornalista exercer de maneira paralela e com ética, o papel de assessor de imprensa e jornalista atuante em algum órgãos de imprensa?
OS DOIS DILEMAS QUE A QUESTÃO ENVOLVE:
1. O conflito de interesses nem sempre condizentes e coerentes aos dois lados ( o particular x público);
2. Incoerência com as funções investigativa, pluralista e denunciativa
do jornalismo com a função ‘promocional’ da assessoria de imprensa.
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3 - A RELAÇÃO CONFLITUOSA QUE ENVOLVE A DUALIDADE: JORNALISTA/ASSESSOR DE IMPRENSA: Os conflitos que caracterizam a relação profissional entre o ser jornalista e o ser assessor de imprensa.
CONTRIBUIÇÃO DE AUTORES PARA A DISCUSSÃO EM QUESTÃO:
“O fato de o jornalista trabalhar em uma empresa não-jornalística não implica numa adesão a uma única versão dos fatos, mas sim na especialização dos assuntos pertinentes à instituição assessorada” 
(Cheida, 1993, Apud Duarte, 2002, p. 116)
A condição de que o assessor de imprensa somente apresenta os fatos a partir do ponto de vista da organização ou do assessorado é fato claro no jogo de relações e aceito tacitamente pelas redações, a quem cabe o papel de agir criticamente e investigar as informações recebidas. (DUARTE, 2002, p.34).
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 	A atividade dos assessores de imprensa tem seu controle feito nas redações como um filtro e nelas é que a credibilidade e competência do profissional são testadas diariamente. O assessor de imprensa tem como capital pessoal para realizar seu trabalho a técnica jornalística e seu relacionamento pessoal com as redações (Duarte, 2002).
	“Do ponto de vista dos jornalistas, não há necessariamente problema em trabalhar em uma organização não-jornalística. Afinal, os veículos de comunicação de massa atendem à necessidade social de informação, se são também uma propriedade industrial e comercial como qualquer outra, tanto que seu desenvolvimento está ligado à ampliação das trocas comerciais e da publicidade. (DUARTE,2002, p.37). 
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DUARTE, Jorge. Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia. São Paulo: Atlas, 2006.
FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS (FENAJ). Manual de Assessoria de Comunicação/imprensa.4ª Edição. São Paulo, 2007.
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Lembrando neste último topico, considerado a definição mais completa que, se inclui os publicos internos que são trabalhados dentro das organizações, afora a pluralidade dos publicos atingidos por meio dos meios de comunicação de massa.
Fazem parte dos agentes públicos diversas categorias, dentre as quais artistas, politicos, celebridades, etc..
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Falar do fato de que com as crescentes demandas no mercado de comunicação, com o advento da modernidade, a atividade de ai foi expandida para além da produçaõ e envio de relises, e marcação de entrevistas, direcionando para o que hoje se denomina de assessoria de comunicação, da qual a ai é uma parte integrante e que as agencias de comunicação vêm investindo...
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Em síntese, o desenvolvimento da assessoria na área de comunicação, é até hoje marcada por uma série de fatos polêmicos e alguns controversos, os quais são relatados minuciosamente no texto de Luiz Beltrão, intitulado a AI NOS EUA, contido no livro: AI E RELACIONAMEMTO COM A MIDIA, que recomendo para os mais interessados. Em se tratando de Portugal, por exemplo, trata-se de uma atividade restrita aos RP´s, como descreve o código deontológico da categoria.
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Em síntese, o desenvolvimento da assessoria na área de comunicação, é até hoje marcada por uma série de fatos polêmicos e alguns controversos, os quais são relatados minuciosamente no texto de Luiz Beltrão, intitulado a AI NOS EUA, contido no livro: AI E RELACIONAMEMTO COM A MIDIA, que recomendo para os mais interessados. Em se tratando de Portugal, por exemplo, trata-se de uma atividade restrita aos RP´s, como descreve o código deontológico da categoria.
ENTRETANTO, UMA FALHA DETECTADA PELOS ESTUDIOSOS BRASILEIROS É QUE EM NENUM CURRICULO DOS CURSOS DE RP HÁ UMA DISCIPLINA DAS TÉCNICAS DE AI. HÁ DE TV, RÁDIO, JORNAL, INTERNET, ETC. O MESMO É VISTO NOS CURSOS DE JORNALISMO, CONFORME APONTA DUARTE
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Como se vê as diferentes legislações e posturas diante do exercicio da AI envolve um certo conflito entre duas áreas, que é a de RP e Jornalismo, conflito esse que se transfere para os profissionais que por sua vez conclamam o direito da atividade para si, apresentando os diversos argumentos.. No Brasil isso ficou melhor solucionado através da formação profissional multidisciplinar nas ASCOM´s: RP, Jornalista e PP.
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Detalhe: APESAR DE SER UMA FUNÇÃO DE UM RELAÇÕES PÚBLICA, NOS EUA NÃO É EXIGIDO REGISTRO OU DIPLOMA DE ASSESSORES DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA O EXERCÍCIO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA, PODE SER EXERCIDO, POR EXEMPLO, LIVREMENTE POR JORNALISTAS FORMADOS, OU SEJA, NÃO É UMA FUNÇÃO PRIVATIVA DO RELAÇÕES PÚBLICA. O QUE CAUSA UM CERTO MAL ESTAR ENTRE ESTES PROFISSIONAIS, CONFORME VEREMOS MAIS A DIANTE..CONTUDO, NO BRASIL O ASSESSOR DE IMPRENSA CONQUISTOU UMA CERTA INDEPENDENCIA E RESPEITO, COMO VEREMOS A POSTEREIORI...
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Detalhe: APESAR DE SER UMA FUNÇÃO DE UM RELAÇÕES PÚBLICA, NOS EUA NÃO É EXIGIDO REGISTRO OU DIPLOMA DE ASSESSORES DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA O EXERCÍCIO DE ASSESSORIA DE IMPRENSA, PODE SER EXERCIDO, POR EXEMPLO, LIVREMENTE POR JORNALISTAS FORMADOS, OU SEJA, NÃO É UMA FUNÇÃO PRIVATIVA DO RELAÇÕES PÚBLICA. O QUE CAUSA UM CERTO MAL ESTAR ENTRE ESTES PROFISSIONAIS, CONFORME VEREMOS MAIS A DIANTE..CONTUDO, NO BRASIL O ASSESSOR DE IMPRENSA CONQUISTOU UMA CERTA INDEPENDENCIA E RESPEITO, COMO VEREMOS A POSTEREIORI...
LER A PÁGINA 79 SOBRE AS CONCLUSÕES ACERCA DESTA DISCUSSÃO....

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