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ARTRITE REUMATOIDE Inflamação crônica das articulações; Na artrite reumatoide, o sistema imunológico ataca os tecidos do próprio corpo, incluindo articulações; Pode levar à erosão do osso e deformidade da articulação. MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA Pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas; Rigidez principalmente pela manhã e que pode durar horas até melhorar; Corresponde à inflamação de algum dos componentes da estrutura articular (cartilagem articular, osso subcondral ou membrana sinovial); O cansaço (fadiga) também é uma manifestação frequente. TRATAMENTO A classe de fármacos utilizados no tratamento, são os “Antirreumáticos Modificadores da Doença”; Agem no sistema imunológico e ajudam a impedir a progressão da doença. Possui início de ação mais lenta; Pode ser necessário a utilização de corticosteróides ou anti-inflamatórios não esteroidais para o controle das dores no início do tratamento. GOTA Considerada a forma mais comum de artrite em homens acima de 40 anos; Causada pelo acúmulo de ácido úrico; Mais de 2 milhões casos por ano (Brasil). MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA A cristalização do ácido úrico provoca a ação dos neutrófilos; Numerosos cristais levam ao recrutamento de muitos neutrófilos, provocando a inflamação do tecido = crise aguda; Geralmente a primeira crise acontece nos pés e dura cerca de 3 dias; Se não for tratada com atenção desde o primeiro episódio, pode acometer outras articulações, como joelho, cotovelos e mãos, tornando-se crônica. Cristais de urato de sódio aspirados do líquido sinovial em um caso de gota e examinados diretamente em luz polarizada. O tratamento é feito por meio de cuidados individuais e do uso de anti-inflamatórios; COLCHICINA Mecanismo de ação: tem efeitos antimitóticos, interrompendo a divisão celular em G1 pela interferência na formação dos microtúbulos e fusos; Esse efeito é maior em células com alta taxa de rotatividade; Destinada ao tratamento das crises agudas de gota e na prevenção das crises agudas em doentes crônicos; dor, tumefação e vermelhidão diminuem em 12h e cessam completamente entre 48-72h. O mais antigo. Mas hoje é um tratamento de segunda linha, por causa do seu estreito índice terapêutico e da alta taxa de efeitos colaterais; FARMACOCINÉTICA A ligação da colchicina às proteínas plasmáticas é baixa (~39%); O metabolismo da colchicina é hepático pela via CYP3A4, ela sofre recirculação enterohepática e tem excreção biliar e urinária (40 a 65% como droga não modificada); A meia-vida de eliminação varia de 27 a 31 horas. EFEITOS ADVERSOS Gastrointestinais: diarreia, vômitos, náuseas, cólicas, dor abdominal; Sistema nervoso central: fadiga, dor de cabeça; Endócrinos e metabólicos: gota; Respiratório: dor na faringe e na laringe; Outros efeitos adversos graves da terapia com colchicina incluem mielossupressão, leucopenia, granulocitopenia, trombopenia, anemia aplásica e rabdomiólise; As toxicidades potencialmente fatais são associadas à administração de terapia concomitante com glicoproteína P ou inibidores da CYP3A4. ALOPURINOL Mecanismo de ação: tanto o alopurinol quanto seu metabólito primário, o oxipurinol (aloxantina), inibem a xantina oxidase, enzima responsável pela transformação da xantina em ácido úrico; Facilita a dissolução dos tofos e previne a progressão da artrite gotosa crônica, por reduzir a concentração plasmática de ácido úrico (< 6,8 mg/dl); Disponível para uso oral e intravenoso. FARMACOCINÉTICA É rapidamente absorvido no trato gastrintestinal superior; Estimativas da biodisponibilidade variam de 67% a 90%; O tempo médio estimado para início da ação farmacológica do medicamento é de uma a duas semanas (efeito máximo); Aproximadamente 20% do alopurinol ingerido é excretado nas fezes e o oxipurinol é eliminado inalterado na urina. EFEITOS ADVERSOS Geralmente é bem tolerado, mas ocasionalmente induz sonolência; Os efeitos adversos mais comuns são reações de hipersensibilidade; Outros efeitos: Erupções cutâneas, febre, mal-estar, mialgias, hepatomegalia, elevação dos níveis plasmáticos das transaminases e insuficiência renal progressiva. Pacientes com insuficiência renal redução da dose de alopurinol FEBUXOSTATE Mecanismo de ação: é um inibidor da XO derivado de ácido tiazolocarboxícilico altamente específico. Inibe seletivamente tanto a forma oxidada quanto reduzida da XO, por mecanismos competitivos e não competitivos; Metabolismo essencialmente hepático, e pouca quantidade excretada na urina, opção promissora aos pacientes com doença renal crônica; Se comparado com o alopurinol, não necessita de ajustes de dose e tem menos interações medicamentosas. EFEITOS ADVERSOS Alterações nas provas de função hepática; Possibilidade de um efeito cardiovascular adverso; Podem aparecer também: Náuseas, dor nas articulações e erupção cutânea. AGENTES URICOSÚRICOS A Probenecida, o Benzobromarona e a Sulfinpirazona, são os ag. uricosúricos utilizados no tratamento; O principal efeito é aumentar a excreção renal de ácido úrico; A benzobromarona era amplamente disponível, mas foi restrita em 2003, após relatos de hepatotoxicidade grave e supressão da medula óssea; A probenecida é o único agente uricosúrico atualmente disponível nos EUA; Os uricosúricos são agentes de segunda linha no tratamento da GOTA. Além disso, essas drogas aumentam consideravelmente a concentração de ácido úrico nos ductos coletores e predispõe a cálculos. DOENÇA DE CROHN Doença intestinal inflamatória crônica que afeta o revestimento do trato digestivo; Comum: mais de 150 mil casos por ano (Brasil); pode afetar todas as idades; A doença de Crohn pode causar complicações com risco de vida. COMPLICAÇÕES:Uma delas é obstrução da câmara de ar intestinal devido ao inchamento e à inflamação severos dos forros internos. A outra é formação de fístula. (canal anormal que se forma entre a extremidade do intestino ou reto e tecido em torno do ânus). FISIOPATOLOGIA Doença inflamatória crônica da mucosa, que se estende por todas as camadas da parede intestinal (transmural), afetando-a de forma segmentar e assimétrica (lesões salteadas); Etiologia desconhecida. diferenciando-a da retocolite ulcerativa (RCU), que apresenta envolvimento confinado à mucosa do cólon e reto, de forma contínua MANIFESTAÇÃO DA DOENÇA Os sintomas iniciais, em geral, são: diarréia persistente, dor abdominal, febre moderada e perda de peso corporal; em alguns casos, as manifestações podem iniciar por sintomas extra-intestinais (boca, língua, esôfago, estômago e duodeno), dificultando seu diagnóstico clínico; A apresentação clínica da DC é extremamente variável. Sintomas iniciais eventualmente, não são de intensidade suficiente para merecer investigação mais detalhada, resultando em atraso do diagnóstico por alguns anos. TRATAMENTO OBJETIVOS TERAPÊUTICOS REDUZIR A INFLAMAÇÃO CONTROLAR OS SINTOMAS INDUZIR E MANTER A REMISSÃO DA DOENÇA EVITAR AS COMPLICAÇÕES As drogas anti-inflamatórias geralmente são o primeiro passo no tratamento; Elas incluem: sulfassalazina, mesalazina, olsalazine, balsalazide e corticóides. Inibem a inflamação em diferentes níveis, porém, apesar ser efetiva em reduzir sintomas, Muitos pacientes não aderem ao tratamento por apresentar diversos efeitos colaterais: diminuição do apetite, náusea, vômito, erupção na pele e dor de cabeça, quando são usados sulfassalazina e mesalazina; face de "lua cheia", crescimento de pelos na face, suores noturnos, insônia e hiperatividade quando são usados corticóides. SULFASSALAZINA É destinada para os seguintes casos: Gastroenterologia: tratamento da retocolite ulcerativa inespecífica, tratamento da colite ulcerativa de gravidade moderada, terapia adjuvante na colite ulcerativa grave e na doença de Crohn. Reumatologia: tratamento da artrite reumatoide e espondilite anquilosante. Efeito anti inflamatório, antimicrobiano e imunomodulador. MECANISMO DE AÇÃO Seu modo de ação não está completamente elucidado, mas parece estar relacionado com suas propriedades antiinflamatórias e imunossupressoras in vitro; Mecanismos propostos: Inibe a produção de prostaglandinas e leucotrienos; Inibe a quimiotaxia de neutrófilos; Promove a remoção de radicais livres; Inibe a proliferação de linfócitos B; Inibe a liberação de TNF-α, IL-1, IL-6 e IL-12. FARMACOCINÉTICA A sulfassalazina é uma pró-droga composta; Após a administração oral, é parcialmente absorvida (10% - 20%) e extensivamente metabolizada; É reduzida pela enzima azoredutase em seus componentes: Ácido 5-aminossalicílico e Sulfapiridina; A maior parte da SP é absorvida, enquanto somente cerca de um terço do 5-ASA é absorvido, sendo o restante excretado nas fezes. 5-ASA é responsável pela eficácia da sulfassalazina na doença de Crohn SP provavelmente é o componente ativo no tratamento da artrite reumatoide EFEITOS ADVERSOS Sistema nervoso central: cefaleia; Dermatológico: erupções cutâneas; Gastrointestinais: náusea, vômito, anorexia; Sistema genitourinário: infertilidade reversível nos homens; Outros: Neutropenia transitória, toxicidade pulmonar.
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