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Livre comércio entre países

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TRABALHO EM GRUPO-TG
Aluno(s):
André Luiz B. Teixeira R.A: 1427201
Marcia da Silva Fernandes R.A: 1420372
POLO
SÃO CARLOS
2017
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Livre comércio entre países
Área de livre comércio é um grupo de países formando um bloco econômico regional, com o intuito de diminuir ou até eliminar as taxas alfandegárias entre os países participantes do bloco. A finalidade do livre comércio é aquecer e estimular o comércio entre os membros participantes, favorecendo assim o crescimento regional da economia.
Criada após a Segunda Guerra Mundial, as áreas de livre comércio foram o estímulo para a criação também de blocos com objetivos geopolíticos, assim foram criadas as uniões aduaneiras, que é a abertura de mercados internos entre os países participantes, ou com nações externas, ou ainda de mercados comuns, que é a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais.
O Brasil faz parte do bloco econômico denominado Mercosul (Mercado Comum do Sul), criado em 1991, formado pelos países: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Para os países industrializados, a elevação do fluxo comercial, foco do livre comércio, reduz o custo dos produtos, tonando uma vantagem competitiva. Porém, se os estados-membros não tiveram uma capacidade produtiva muito avançada pode fazer com que o país tenha a necessidade de elevar os preços de seus produtos a seus parceiros num patamar acima dos preços internacionais, portanto, os acordos de livre comércio que deram mais certos nas histórias são acordos que os países membros são mais parecidos, politicamente, geograficamente, e principalmente economicamente.
Outro fator importante que determina o sucesso de um acordo é um bom entendimento entre os países, sendo assim, países da América Central e África tem mais dificuldade no estabelecimento de acordos comerciais. Nesses países o conflito político existente na região faz com que muitas tentativas de acordos sejam quebradas por algum membro, causando instabilidade comercial pois nunca se sabe se as regras serão cumpridas ou não.
O maior adversário que os blocos econômicos enfrentam são as correntes liberalista. Os liberalistas defendem a teoria da globalização, em que todos os países do mundo devem fazer acordos comerciais entre si, e não apenas entre um grupo formado por poucos membros. Alguns autores definiram os problemas que as formações de blocos regionais podem trazer para a globalização, entre eles, (KRUGMAN, 1992, p.18-27). Os principais seriam:
- A maximização do bem-estar não é levada em conta;
- Mesmo que se admita a eficiência de acordos regionais face a um acordo global, duas questões aparecem. Podemos aceitar uma liberalização das trocas em dois ritmos diferentes ou duas velocidades? ou, seria necessário proibir os acordos particulares e exigir que cada país ofereça a qualquer um dos demais vantagens idênticas àquelas ofertadas a qualquer um dos seus parceiros?
Falando um pouco mais do Brasil, que faz parte do Mercosul, temos um privilégio de fazer parte desse bloco, pois comparado a outros blocos econômicos, como a união europeia, por exemplo, temos uma maior potência de crescimento, cabendo aos políticos e empresários dos membros participantes saberem utilizar esse fator positivo a nosso favor. Dentre as políticas e benefícios do Mercosul para os membros participantes, podemos citar:
-Menor esforço de marketing (envio de catálogos, amostras, participação em feiras, etc.);
-Imposto de importação reduzido à ZERO ou muito próximo a este valor;
-Agilidade logística no envio e recebimento de produtos;
-Possibilidade de iniciar negócios com volumes reduzidos, minimizando assim os riscos;
-Comodidade e maior agilidade em exportar/importar entre países vizinhos.
Todavia, afetado diretamente pela crise política no Brasil, membro mais forte do Mercosul, o maior bloco econômico da América Latina vem passando, desde 2016, sua maior crise da história. Outro motivo também, além da crise política no Brasil, que afetou o andamento do Mercosul foi o impasse entre os membros participantes, que impediu o Uruguai, em julho de 2016, a transferir a presidência rotativa para a Venezuela.
Segundo regra do acordo, cada integrante assume o comando do bloco por seis meses, seguindo a ordem alfabética. No entanto, Argentina, Brasil e Paraguai não aceitaram que a Venezuela assumisse a presidência do Mercosul. Estas nações alegaram que os venezuelanos tiveram 4 anos – desde o ingresso do bloco em 2012 – para cumprir todas as regras de adesão ao bloco e não fizeram. Isso impediria a Venezuela não só de assumir a presidência do Mercosul como poderia levar o país a ser rebaixado no bloco, deixando de ser membro pleno. Já o Uruguai não via nenhum impedimento jurídico para transferir o comando à Venezuela, isso fez com que o bloco ficasse por bastante tempo sem presidência, afetando a credibilidade da instituição.
Os blocos regionais nos dias atuais são uma tendência no mundo. A recente crise econômica mundial comprova que o mundo tende, perante ao relativo fracasso das negociações multilaterais, a se reestruturar em forma de áreas de livre comércio (blocos), em que em seu interior o liberalismo econômico é o combustível central de seu andamento.
Todavia, muitas dúvidas permanecem sobre as vantagens e desvantagens de tal formação mundial. Para os países subdesenvolvidos muitas dúvidas ficam, principalmente sobre entrar ou não em uma zona de livre comércio, tendo em vista que para esses países as desvantagens podem ser maiores que as vantagens.
Assim sendo, como em toda transação comercial, na formação de zonas de livre comércio haverá ganhadores e perdedores a nível das nações, mas também a nível das classes sociais e mesmo dos indivíduos.
Referências:
https://www.significados.com.br/zona-de-livre-comercio/
http://www.audacetrade.com.br/single-post/2014/10/30/MERCOSUL-Vantagens-na-importa%C3%A7%C3%A3o-e-exporta%C3%A7%C3%A3o
KRUGMAN, P. (1992), L'emergence des zones regionales de libre-écliange: justifications
économiques et politiques. Problèmes Economiques, Paris: La Documentation Française, n.2289, p.18-27,2 sept. 
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/mercosul-o-maior-bloco-latino-americano-enfrenta-sua-pior-crise/

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