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ANA PAULA BATISTA CADETE DE SOUZA - SAUDE MENTAL

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12
 (
 
PROJETO INTEGRADO
r
 I
 
I
)
REVISÃO DE LITERATURA: SAÚDE MENTAL - DEPRESSÃO
 (
BARRA 
DO GARÇAS
2021
)
 (
maria de f
á
tima cunha pena
maria auxiliadora rodrigues
polliana lima fernandes figueiredo
an
n
a paula batista cadete de souza
edna carvalho melo
)
maria de fátima cunha pena
maria auxiliadora rodrigues
polliana lima fernandes figueiredo
anna paula batista cadete de souza
edna carvalho melo
 (
Trabalho
 Acadêmico apresentado ao Curso Técnico 
em Agente Comunitário de Saúde 
como requisito para aprovação da disciplina
 
Projeto Integrador
 II
)
 (
BARRA 
DO GARÇAS
2021
)
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	METODOLOGIA	4
3	DEPRESSÃO	4
4	DA ANTIGUIDADE AOS DIAS ATUAIS	4
5	TRISTEZA X DEPRESSÃO	5
6	CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL E ESTIGMAS SOCIAIS	6
7	DEPRESSÃO COMO DOENÇA PSICOSSOMÁTICA	7
8	CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
REFERÊNCIAS	12
 
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, as doenças mentais tiveram um aumento considerável. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo assim, parte dessas pessoas não possuem assistência médica adequada. 
A depressão é o mal do século XXI. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros. Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas.
METODOLOGIA
O levantamento de estudos bibliográficos foi realizado nas bases de dados indexadas: Literatura LatinoAmericana em Ciência de Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e na Scientific Eletronic Library Online (SciELO).
DEPRESSÃO
A depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Algumas pesquisas genéticas indicam que o risco de depressão resulta da influência de vários genes que atuam em conjunto com fatores ambientais ou outros.
Alguns tipos de depressão tendem a ocorrer em famílias. No entanto, a depressão também pode ocorrer em pessoas sem histórico familiar do transtorno. Nem todas as pessoas com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. A gravidade, frequência e duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica.
DA ANTIGUIDADE AOS DIAS ATUAIS 
A depressão é considerada por muitos a “Doença do Século” ou “Mal do século”, no entanto, ao avaliar a história desde a antiguidade até os dias atuais, é possível notar semelhanças entre o que era chamado de “melancolia” e o que se define hoje como depressão.
Uma revisão bibliográfica que perpassou todas as fases da história da depressão “Depressão, O Mal Do Século: De Que Século?” 2 abre um questionamento sobre a caracterização da depressão como um “fenômeno pós-moderno” e a necessidade do médico conhecer os paradigmas históricos da depressão, para melhor abordar seus pacientes.
Na antiguidade, a melancolia foi definida por Hipócrates como mêlas = negro e kholê = bile (Melankholia = bile negra) sendo considerada um dos humores do corpo humano, assim como a bile amarela, o sangue e a fleuma, e poderia gerar “problemas” caso houvesse desequilíbrio desses componentes do corpo humano.
Já no século XIX, a melancolia teve reflexo positivo na produção literária, pois influenciou o surgimento do movimento chamado Byronismo, inspirado no famoso poeta Inglês Lord Byron. Os seguidores do Byronismo, tinham em comum, os sentimentos de mal-estar, tédio, solidão, desajuste, desencanto, o que deu origem a expressão “mal do século”, já nessa época.
Na atualidade, o que era chamado de “melancolia” tem impacto social negativo, visto que o homem ideal precisa estar em constante equilíbrio de humor, sempre feliz, positivo e divertido, o que não faz parte da realidade da maioria da população, cuja rotina é desgastante. Por este e outros motivos, existe, na maioria das vezes, uma grande dificuldade de diferenciação entre tristeza e depressão, tanto pela população em geral, quanto pela classe médica, fazendo com que haja um superdiagnóstico da doença, ou até mesmo uma baixa procura ou adesão ao tratamento pelos pacientes.
TRISTEZA X DEPRESSÃO
A tristeza pode ser considerada uma resposta humana universal motivada, ou seja, uma reação às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades que podem ser duradouras a depender da gravidade da situação sendo, portanto, um estado afetivo normal do ser humano.
Já a depressão enquanto síndrome e doença, é definida por um transtorno psiquiátrico caracterizado por desregulação do humor em que o paciente apresenta alteração de humor transitório sem motivações ou desproporcionais às causas, além de alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas, além de estar associada, na maioria das vezes à transtornos ansiosos.
Em linhas gerais, as alterações de humor devem estar presentes por no mínimo 02 semanas, e o paciente apresenta sintomas de humor deprimido (sentimento de inutilidade, rejeição, incompetência), fadiga, lerdeza, incapacidade de tomar decisões, desinteresse, anedonia (incapacidade de sentir prazer), entre outros. Além disso, pode apresentar dificuldade de concentração, alteração de sono e de apetite, e até mesmo sintomas como dores no corpo, náusea e vômito (os critérios diagnósticos serão aprofundados mais adiante).
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO ATUAL E ESTIGMAS SOCIAIS
Segundo o relatório Mundial de Saúde da OMS (organização Mundial da Saúde), em 2020, a depressão seria a segunda doença que causaria maior ônus entre todas as doenças, perdendo apenas para a doença isquêmica cardíaca3
Dados publicados pela OMS, em 2017, revelam cerca de 332 milhões de casos de depressão no mundo, enquanto no Brasil, são registrados cerca de 12 milhões de casos, sendo considerada a maior taxa de depressão da América Latina.5 Ademais, a doença afeta mais mulheres do que homens e pode estar presente em diferentes faixas etárias (infância e adolescência, vida adulta e idosos).
Por conta dos estigmas associados a doença, ela é denominada por muitos como: “condição de fraqueza espiritual”, e as vezes descrita por expressões do tipo: “bastar lavar uma pia cheia de louça ou um tanque cheio de roupa”, “essa tristeza é falta do que fazer” e assim por diante. Tais estigmas reduzem a procura dos pacientes por ajuda médica e agrava ainda mais o quadro depressivo, podendo tornar-se crônico ou até mesmo levar ao suicídio.
Por estes e outros motivos, o médico deve estar apto a reconhecer esses estigmas e orientar como for possível, a população ao seu redor (familiares, pacientes, colegas de trabalho, entre outros), sobre a gravidade da doença, bem com realizar o diagnóstico corretamente, segundo critérios precisos, além de saber tratar ou encaminhar quando necessário.
 DEPRESSÃO COMO DOENÇA PSICOSSOMÁTICA
O aparecimento da depressão está associado a múltiplos fatores como: predisposição genética, exposição a ambiente estressor, características de personalidade e temperamento, entre outros.
 Hábitos de vida associados
Um estudo realizado no Brasil em 2013 “Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros – PNS 2013”; correlacionou alguns comportamentos relacionados à saúde, à presença e o tipo de depressão em adultos brasileiros. Os comportamentos avaliados foram: tabagismo, ingestão de bebida alcoólica, sedentarismo e má alimentação, e os resultados evidenciaram que “Indivíduos com depressão apresentaram maior prevalência de quase todos os comportamentos nocivos à saúde estudados, sendo as principais, o tabagismo e o sedentarismo.” 
Ou seja, existe uma forte associação entre o aparecimento da depressão, e os hábitos de vida citados acima, e por este motivo, é importante que você conheça essa correlação e tenha embasamento de evidências científicas, no momento de apoiar o paciente na cessação de tais hábitos, tanto para prevenção da depressão, quanto na vigência do tratamentodela.
A bioquímica da depressão
Uma das explicações do aparecimento da depressão, está na hipótese do hipofuncionamento dos neurotransmissores, principalmente da Noradrenalina, e da Serotonina, mas também da dopamina.
A noradrenalina, também conhecida como Norepinefrina, apresenta função de manter o indivíduo alerta, prazer, manutenção da pressão arterial sistêmica, além de proporcionar “boa memória”. Já a serotonina, também conhecida como 5-hydroxytryptamine (5HT), é um hormônio/neurotransmissor, envolvido no controle da frequência cardíaca, regulação do ciclo sono-vigília, juntamente com a melatonina, entre outras funções.
A dopamina, por sua vez, faz parte do sistema de recompensa cerebral, e está ligada ao prazer. Portanto, o conhecimento sobre essa teoria é importante, pois ela é a base do mecanismo de ação da maior parte dos fármacos envolvidos no tratamento da depressão.
Transtornos depressivos em adultos
Os transtornos depressivos, são caracterizados, segundo DSM-5, como transtorno afetivo unipolare (presença apenas do polo depressivo) o que os difere do transtorno afetivo bipolar, que apresenta episódios de mania e depressão. Os episódios depressivos são caracterizados por: “Humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam de forma significativa a capacidade funcional do indivíduo”
Segundo o DSM-5, os principais transtornos depressivos são:
Transtorno disruptivo da desregulação do humor
Transtorno depressivo maior
Transtorno depressivo persistente (distimia)
Os transtornos depressivos devem ser especificados de acordo com a gravidade, visto que o tratamento é diferente a depender do grau da doença:
Leve (presença de 5 a 6 sintomas depressivos): indivíduo apresenta poucos sintomas além do necessário para fazer o diagnóstico, há pouco prejuízo social e profissional.
Moderada: o número de sintomas, sua intensidade e/ou o prejuízo funcional estão entre aqueles especificados para “leve” e “grave”.
Grave (presença de 7 a 9 sintomas depressivos): o indivíduo apresenta muito mais sintomas do que é necessário para fazer o diagnóstico, e a intensidade deles causa sofrimento grave e não manejável. Os sintomas causam acentuado prejuízo social e profissional
 Transtorno disruptivo da desregulação do humor:
O transtorno disruptivo da desregulação do humor é caracterizado por irritabilidade generalizada e por intolerância a frustração. O paciente apresenta explosões de raiva, violência verbal e/ou física que são consideradas desproporcionais a situação causal. As explosões de raiva ocorrem por 03 ou mais vezes /semana.
 Transtorno depressivo Maior
Presença de pelo menos cinco entre os nove critérios, presente por pelo menos duas semanas, sendo que um dos sintomas ser obrigatoriamente humor deprimido ou perda de interesse/prazer
Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex. sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa (p. ex., parece choroso) (Nota: em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável).
Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação).
Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (por exemplo, mudança de mais de 5% do peso corporal em menos de um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: em crianças, considerar o insucesso em obter o peso esperado).
Insônia ou hipersonia quase diária.
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
 Transtorno depressivo persistente (distimia)
Presença de humor deprimido, durante um período de dois anos na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outra pessoa
Para o diagnóstico é necessária a presença enquanto deprimido de duas ou mais das seguintes características:
Apetite diminuído ou alimentação em excesso.
Insônia ou hipersonia.
Baixa energia ou fadiga.
Baixa autoestima.
Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.
Sentimentos de desesperança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo fato de a depressão ser uma doença comum e recorrente, é importante que você considere a necessidade de reconhecer os sinais, sintomas e riscos dos transtornos depressivos, bem como saber prescrever um tratamento medicamentoso e não-medicamentoso eficaz, se necessário, afim de evitar complicações como o suicídio e a cronificação da doença.
Ademais, é importante que entendamos o papel primordial do médico na orientação que transcende o ambulatório médico, em relação aos estigmas sociais da depressão, para que a depressão passe a ser vista e cuidada com bons olhos, pela população em geral, e pelo próprio doente.
REFERÊNCIAS
ALVES, V. S. Modelos de Atenção À Saúde de Usuários de Álcool e Outras Drogas: Discursos Políticos, Saberes e Práticas. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, p. 2309-2319, 2009.
ALVES, V. S.; LIMA, I. M. S. O. Atenção à Saúde De Usuários de Álcool e Outras Drogas no Brasil: Convergência Entre a Saúde Pública e os Direitos Humanos. Revista de Direito Sanitário, v. 13, n. 3, p. 9-32, 2013.
ANTUNES, B.; COIMBRA, V. C. C.; SOUZA, S. D.; ARGILES, C. T. L.; SANTOS, E. D.; NADAL, M. C. Visita Domiciliar no Cuidado a Usuários em um Centro de Atenção Psicossocial: Relato de Experiência. Ciênc Cuid Saude, v. 11, n. 3, p. 600-4, 2012.
BARBOSA, G. C.; COSTA, T. G. D.; MORENO, V. Movimento da Luta Antimanicomial: Trajetória, Avanços e Desafios/The Anti-Asylum Fight Movement: Trajectory, Progress and Challenges. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, v. 4, n. 8, p. 45-50, 2012.
BARBOSA, K. G. B. D. M. Saúde Mental e Demandas Profissionais para o Serviço Social. Dissertação (Mestrado). Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2006.
BERNARDI, A. B.; KANAN, L. A. Características dos Serviços Públicos de Saúde Mental (Capsi, Capsad, Caps III) do Estado de Santa Catarina. Saúde em Debate, v. 39, p. 1105-1116, 2015.
MARI, J. D. J. Um Balanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 4593-4596, 2011.

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