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DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS3


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AVALIAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL DE CRIANÇAS 
Profª Beatriz Della Líbera 
Acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento 
• (MS): Ação básica para controle da mortalidade infantil e 
desnutrição 
• Ação central da VAN de crianças: criança que cresce e ganha peso 
satisfatoriamente está em equilíbrio no que se refere às condições 
de saúde e de nutrição. 
• Acompanhamento: identificação precoce de agravos nutricionais 
(BP e OB), proporcionando intervenção imediata. 
• Valores em escore-z. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 Recém-nascidos 
 
• Indicadores preconizados 
 
 Peso ao nascer 
 
• Retrata as condições de crescimento intrauterino, podendo refletir 
problemas nutricionais ocorridos durante a gestação. 
 
• Dever ser medido dentro da primeira hora de vida. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
Classificação do peso ao nascer: 
 
• Peso adequado: igual ou superior a 2.500g 
 
• Baixo peso ao nascer: menos de 2.500g 
 
• Peso muito baixo ao nascer: menos de 1.500g 
 
• Peso extremamente baixo ao nascer: menos de 1.000g 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
• Crianças com baixo peso ao nascer: apresentam maior risco de 
adoecer e morrer nos primeiros anos de vida. 
 
• Pelas doenças apresentadas, podem evoluir para uma desnutrição 
subseqüente, com comprometimento do desenvolvimento 
intelectual e dificuldades de aprendizagem. 
 
• BPN pode estar relacionado: má nutrição materna, fumo, álcool e 
outras drogas na gestação, hipertensão materna, doenças 
infecciosas, intervalo interpartal < 2 anos, gestação múltipla e 
partos cesáreos indicados precocemente. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Comprimento – retrata o crescimento linear do RN e deve ser 
medido dentro das primeiras 24h. 
 
• Valor normal: em torno de 49 cm. 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 Perímetro cefálico 
 
• Os valores de PC estão diretamente relacionados ao crescimento 
cerebral, à desnutrição precoce e ao desenvolvimento neuromotor. 
 
• Fornece dados sobre a nutrição ocorrida desde a concepção até os 
dois anos de idade e permite a identificação de enfermidades não 
relacionadas a alterações nutricionais como hidrocefalia, 
microcefalia. 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
• Índices: PC/I, P/I, C ou E/I, IMC/I 
• Classificação: tabelas ou curvas 
Escore-Z 0 = 
16,0kg/m2 
Percentil 
 
• Percentil – é a distribuição dos indivíduos de uma determinada 
amostra populacional em relação às medidas antropométricas. 
 
• É a frequência com que ocorre determinado peso ou estatura em 
um determinado grupo de acordo com sexo, faixa etária ou estado 
fisiológico. 
Percentil 
• O P50 é considerado ideal, pois considera que 50% da população 
apresentam o valor referido, indicando, portanto, “normalidade” 
naquela população. 
Percentil 
• Exemplo: Criança no P50 de estatura para idade = isto significa que 
50% das crianças da população tomada como referencial 
apresentam essa estatura. 
Ex. meninas, 
6 anos, 
H=115cm 
Escore Z 
• Escore Z 
• É a medida de quanto o indivíduo se afasta ou se aproxima da 
mediana em desvios-padrão (DP). 
 
Escore Z 
• Se o valor do escore Z for zero, isso significa que o valor da medida 
da criança é exatamente igual ao valor do referencial – no caso, o 
valor do percentil 50. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 Crianças menores de cinco anos de idade 
 
• Indicadores preconizados 
 
• 0 – 2 anos de idade: perímetro cefálico para idade, peso para 
idade, comprimento para idade e IMC para idade 
 
• 2 – 5 anos de idade: peso para idade, altura para idade e IMC 
para idade 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Peso – expressa a dimensão da massa ou do volume corporal, 
constituído tanto pelo tecido adiposo quanto pela massa magra. 
 
• É passível de mudanças em curtos intervalos de tempo e seu 
acompanhamento permite o diagnóstico precoce da desnutrição, 
constituindo-se também em indicador de recuperação do estado 
nutricional. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
 Estatura – Indicador do tamanho corporal e do crescimento da 
criança. Variações na estatura são mais lentas, de forma que os 
déficits refletem agravos nutricionais a longo prazo, o que pode 
significar o comprometimento dos compartimentos protéicos. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
• Informação de boa qualidade: 
 
• Peso - profissional capacitado, balança regulada, criança com o 
mínimo de roupa (sem fralda, sem sapatos, de preferência nua), 
registro imediato após pesagem. 
 
• Idade – aproximação do cálculo: fração de idade até 15 dias 
(aproxima-se para baixo); fração de idade igual ou superior a 16 
dias (aproxima-se para cima). 
 
Ex.: 10 meses e 16 dias = 11 meses 
 2 anos, 1 mês e 21 dias: 2 anos e 2 meses 
 4 anos, 4 meses e 7 dias = 4 anos e 4 meses 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
• Avaliação de boa qualidade: 
 
• Estatura – profissional treinado, fita métrica/antropômetro em boas 
condições de conservação, criança sem acessórios no cabelo, 
registro imediato. 
 
• Interpretação dos gráficos: 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 Crianças de cinco a dez anos de idade 
 
• Ciclo da vida: menor incidência de doenças e menor demanda aos 
serviços de atenção básica à saúde. 
 
• Principais problemas nutricionais observados nesta faixa etária: 
- Déficit de crescimento – carência nutricional crônica; 
- Obesidade – alteração em ascensão no mundo moderno, com 
sérias repercussões na vida adulta; 
- Anemia – carência nutricional de grande magnitude nesta faixa 
etária. 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
• Indicadores preconizados: 
 
• 5 – 10 anos de idade: peso para idade, altura para idade e IMC para 
idade 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
Ex. 5 meses, 43 cm 
 
PC /I entre Z-escore -2 e 
+2 = adeq 
Ex. 1 ano e 6 
meses, 14kg 
 
P/I entre Z-escore 
+3 e +2 
Peso elevado para 
idade 
Ex. 2 anos e 4 
meses, 123cm 
 
E/I > Z-escore +3 
Estatura adequada 
para idade 
Ex. 3 anos e 8 
meses, 12,4kg/m2 
 
IMC/I entre Z-
escore -3 e -2 
Baixo IMC para 
idade 
Medidas de composição corporal 
 
• Medidas alternativas de avaliação do EN que podem ser utilizadas 
adicionalmente em situações nas quais não seja possível obter 
dados de peso e estatura , ou como medidas complementares do 
estado nutricional: 
 
• Circunferência do braço (CB) 
• Prega cutânea triciptal (PCT) 
• Circunferência muscular do braço (CMB) 
 
CB 
• Uma das medidas mais utilizadas, tendo como vantagem a 
facilidade de sua aferição, bem como o baixo custo de sua aferição. 
 
• Reflete tanto as reservas de energia como a massa protéica. 
 
• Recomendada para crianças de até 5 anos. 
 
• Ponto de corte de 12,5 cm = indicador de baixo peso. 
 
• Boa associação com mortalidade infantil – inclusão na rotina 
pediátrica. 
PCT e CMB 
• Representam alterações que ocorrem globalmente, afetando massa 
gorda e magra, respectivamente. 
 
• Dificuldade de obtenção de DCs = uso restrito na prática pediátrica. 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
• Exame físico 
AVALIAÇÃO DIETÉTICA 
• Informação dietética = indicador do risco nutricional 
 
• História alimentar pregressa – AM; idade e evolução do desmame. 
 
• História alimentar atual – nº refeições, horários, local, alimentos 
consumidos (qtd e freq), quem oferece a alimentação, ingestão 
hídrica. Intolerâncias e alergias alimentares. 
 
• Consumo de alimentos fonte de ferro e vitamina A 
 
• Instrumentos: Rec24h, QFA, 
Instrumento para 
avaliação da prática de 
aleitamento materno, 
introduçãode alimentos 
e alimentação habitual 
da criança menor de 5 
anos 
Instrumento 
para 
avaliação das 
práticas 
alimentares 
de crianças a 
partir dos 5 
anos (2011) 
Marcadores de 
consumo alimentar 
 
Orientações para 
Avaliação de 
Marcadores de 
Consumo Alimentar 
na Atenção Básica, 
2015 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
1. Anemia ferropriva 
 
• Crianças de 6-59 meses 
• Hemoglobina < 11g\dl 
 
• Crianças de 5-11 anos 
• Hemoglobina < 11,5g\dl 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
• Deficiência de vitamina A 
 
• Níveis séricos de retinol: < 1,05 μmo/L (carência subclínica) 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
• Glicemia 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
• Perfil lipídico 
 
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
• Outros parâmetros bioquímicos 
Agenda mínima para atendimento e ações 
de vigilância alimentar e nutricional para 
crianças sadias 
Agenda mínima para atendimento e ações 
de vigilância alimentar e nutricional para 
crianças em risco nutricional 
Agenda mínima para atendimento e ações 
de vigilância alimentar e nutricional para 
crianças em risco nutricional 
Agenda mínima para atendimento e ações 
de vigilância alimentar e nutricional para 
crianças em risco nutricional