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Avaliação Nutricional Aula 4. Avaliação Nutricional Crianças Profa. Ma. Flávia R. Paggiaro Tintori Cardoso flavia.tintori@unip.docente.br UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO LIMEIRA / 2020 Introdução • Avaliar o estado nutricional da criança é importante para investigar se ela está crescendo dentro dos padrões recomendados. • Objetiva detectar precocemente os distúrbios nutricionais visando a elaboração de estratégias de intervenção. • Diminuir a morbidez e mortalidade tanto pela deficiência quanto excesso alimentar. “O crescimento é definido pelo aumento linear contínuo, mas não constante, das estruturas que o compõem e resultante da interação de fatores intrínsecos ( genéticos) ou orgânicos e extrínsecos ou ambientais (nutricionais, vínculo mãe e filho)” “OMS, MS e SBP preconizam o acompanhamento do crescimento como atividade de rotina da criança” Introdução Avaliação antropométrica Criança As medidas antropométricas mais utilizadas: ❖Peso ❖Comprimento e Estatura ❖Perímetros: cefálico, torácico e braquial. ❖Circunferência do braço, abdominal. ❖Dobras cutâneas: Triciptal e Subescapular. *Dobras: correlaciona-se com a gordura corporal total e percentual de gordura corporal. Bom indicador de reserva energética. 1. Recém Nascido ou Neonato • Compreende a fase do nascimento até os 28 dias de vida. • O EN reflete tanto condições intrauterinas quanto as perspectivas de crescimento e desenvolvimento. • Nessa fase o crescimento se caracteriza por uma perda de peso inicial seguida de recuperação. “A avaliação antropométrica no RN torna-se importante nesse período uma vez que distúrbios de crescimento irão acarretar sequelas a longo prazo” • Ferramentas: Curva de crescimento fetal que considera o peso ao nascer e a idade gestacional. • Parâmetros utilizados: peso, comprimento, Pcefálico e Ptorácico. Classificação nutricional do RN 1.Classificação do RN pelo peso ao nascer: • PN > ou = a 4.000 g: macrossomia • PN > ou = a 2.500 g: Peso adequado • PN < 2.500 g: RN de baixo peso (RNBP ou BPN) • PN < 1.500 g: RN de muito baixo peso (RNMBP) • PN < 1.000 g: RN de muitíssimo baixo peso • PN < 800 g: Micro prematuro Weffort ; Lopes (2009) 2.Classificação do RN pela IG: A estimativa da IG permite que seja feita a classificação da prematuridade, classificação que permite conhecer o RN mais profundamente e antecipar cuidados específicos de acordo com as peculiaridades desses neonatos. IG EN Antes de 37 semanas RN pré-termo (RNP) 37 a 42 semanas RN a termo (RNT) Após 42 semanas RN pós-termo 3. Classificação do RN pelo Peso ao Nascer em relação a IG: Essa classificação é realizada por meio de curvas de crescimento fetal, de acordo com as diferentes IG, utilizando-se os critérios de percentis. A curva mais utilizada é a proposta por Ramos 1983 (Anexo IV – Fig.IV2 p. 631) Percentil Classificação Abaixo do P10 PIG (pequeno para IG) Entre P 10 e P90 AIG (adequado para IG) Acima do P90 GIG (grande para IG) • RN, idade: 31 semanas e 4 dias • Peso: 1610 g • Conclusão: AIG • RN, idade:40 semanas • Peso: 2000 g • Conclusão: PIG • É importante ressaltar que a IG e a relação dela com o peso influenciarão o grau de maturidade morfofisiometabólica, interferindo não só nas necessidade fisiológicas do RN, mas também nas nutricionais e portanto em toda a abordagem clínica e nutricional. Parâmetros antropométricos Peso: • + utilizado para avaliar crescimento intrauterino e maturidade. (sensível a restrição de nutrientes) • Considerado padrão ouro (determinação exata e fácil) • Atentar-se se o RN apresenta edema (o que pode alterar o peso – doença renal, kwashiorkor), não refletindo seu correto EN. • O RN com oferta nutricional adequada deve crescer de 20 g a 40 g por dia, conforme curvas de crescimento intrauterino. Comprimento: • Reflete o potencial de crescimento e alterações cumulativas a longo prazo no EN. É afetado quando a deficiência nutricional é prolongada ou nos períodos de grande velocidade de crescimento. • Não se altera com o estado de hidratação. • É esperado crescimento de 1 cm por semana, sendo mensurado ao nascimento e posteriormente 1 x por semana. • 48 cm meninas e 50 cm meninos (RN adequados) Parâmetros antropométricos Perímetro cefálico: indica crescimento adequado e prognóstico neurológico. • Medida especialmente importante em crianças que sofreram retardo do crescimento uterino. • O PC é a medida menos afetada por uma nutrição inadequada, porém a primeira a crescer quando se atinge oferta proteico- calórica ideal. • Espera-se 1 cm de crescimento por semana. • Pediatria: PC é utilizado para diagnóstico do estado patológico de microcefalia, macrocefalia ou hidrocefalia. Valores do RN: 34 a 35 cm. Perímetro Torácico: indicador de reserva de gordura do RN que pode ser utilizado isoladamente ou em associação com o PC. • Medido com o RN em decúbito dorsal com uma fita métrica inextensível situada na altura dos mamilos. • • A avaliação do EN Pode ser realizada a partir da relação com PB Objetivo: ressaltar proporcionalidade do crescimento intrauterino e pós natal. Auxilia na detecção da restrição do crescimento. • Relação PT/PC: Indicador de desnutrição. 0 aos 6 meses PT/PC = 1 normal 6 meses aos 5 anos PT/PC > 1 normal 6 meses aos 5 anos PT/PC < 1 Indicativo de desnutrição energético-protéica Relação de parâmetros antropométricos Relação PT/PC • Do nascimento até os 6 meses de idade, os perímetros cefálico e torácico são aproximadamente iguais, resultando em uma relação PT/PC=1. Dos 6 meses aos 5 anos, uma relação sempre maior que 1 é o normal. Uma relação < que 1 é indicativa de desnutrição na medida em que o perímetro torácico não se desenvolve em função da atrofia do músculo torácico e da redução do tecido adiposo. • O monitoramento do PC em cças de até 5 anos deve ser realizado pelas curvas de crescimento expressas em percentis, que relacionam o PC com as variáveis gênero e idade e foram publicadas pela OMS em 2006. • Relação entre peso e comprimento: (Índice Ponderal de Rohrer) melhor maneira de se avaliar a relação entre peso e comprimento do RN; é mais fidedigno para demonstrar a desnutrição intrauterina, tendo em vista utilizar o e peso como variável. • Valores < 2,0 considera-se RN desnutrido com restrição do crescimento intrauterino. Risco desenvolvimento de hipoglicemia no período neonato imediato. • Útil para diferenciar os RN pequenos para IG, simétricos ou proporcionados dos assimétricos ou desproporcionados. • Se a restrição nutricional for aguda, somente o peso sofrerá influência = RN assimétrico ou desproporcionado • Restrição crônica com déficit estatural = RN simétrico ou proporcionado. Índice de Rohrer = Peso (g) x 100 Comprimento (cm³) • RN PIG simétrico: IP menor do que o percentil 10 (desnutrição intrauterina aguda) • RN PIG simétrico: IP entre percentil 10 e 90 (desnutrição intrauterina crônica). Correção da idade cronológica • Usada para RNP visto que esse indivíduos são privados no último trimestre de gestação (período de rápido crescimento intrauterino) • Fundamental no diagnóstico CORRETO do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. Ex: um prematuro de 28 semanas sem correção da idade aos 2 anos implica 12 % de diferença em seu desempenho nos testes de desenvolvimento = classificação errada e fora dos parâmetros. • A idade corrigida é a idade pós natal menos (-) o número de semanas que faltou entre o nascimento prematuro e o nascimento a termo (assumindo 40 semanas como referência para gestação normal). • Ex: criança com idade atual de 6 meses, nasceu com IG de 32 semanas. Esta deverá ser avaliada pela idade de 4 meses. • 6 meses= 24 semanas, faltavam 8 semanas para completar as 40, (24 – 8 = 16 semanas), logo a idade corrigida dessa criança é16 semanas = 4 meses. Correção da idade cronológica Considerações • A utilização de curvas de crescimento intrauterino baseia-se na hipótese de existir uma relação de causa e efeito entre IG e Peso ao nascer, considerando peso, comprimento, PC para cada IG. • Essas curvas são usadas para avaliar a adequação do peso ao nascer da criança em função de sua IG. • A avaliação do crescimento pós natal não deve basear-se exclusivamente nas curvas de referência, mas também nos vários fatores que possam interferir nesse crescimento, associada a testes laboratoriais (ex: avaliação de proteínas séricas de meia vida curta que ajudam a avaliar melhor o EN do RN. Referências p. 49 a 52 Avaliação Nutricional Aula 4. Avaliação Nutricional Crianças UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO LIMEIRA / 2020 Parte 2 2. Crianças São consideradas crianças a partir de 1 mês de vida até os 10 anos de vida. ❖Lactentes: menores de 1 ano de idade ❖Pré escolares: entre 1 e 7 anos de idade ❖Escolares: entre 7e 10 anos de idade. Parâmetros antropométricos: peso, altura, Pcefálico, Ptorácico, Pbraquial, DCT e DCSE. Dados analisados em função da idade e do sexo a partir dos índices antropométricos. • As medidas antropométricas isoladas não permitem uma avaliação precisa do EN da criança. • A partir das medidas antropométricas é possível construir índices e indicadores, com o objetivo de avaliar diversos aspectos do crescimento em função da idade e sexo. Índices antropométricos Fonte: SBP, 2009 Índices antropométricos Índices antropométricos • A avaliação dos indicadores antropométricos pode ser realizada com a utilização de várias escalas, sendo a mais comum o percentil e o escore-z. Os índices antropométricos mais amplamente usados são os recomendados pela OMS e adotados pelo MS para a avaliação do EN de crianças e adolescentes. O que é um percentil? Cada percentil (3, 15, 50, 85 e 97) representa a posição que aquele valor tem na distribuição ordenada dos valores considerados como normais. Ex: uma criança ter seu peso classificado na posição do percentil 50 significa que, entre as crianças de seu sexo e sua idade, a metade (50%) tem peso superior ao seu, enquanto a outra metade tem peso inferior. • Se a classificação correspondesse ao percentil 95, isso significaria que, para seu sexo e idade, apenas 5% das crianças apresentam peso maior do que o avaliado, enquanto 95% têm peso menor. Isso vale para qualquer idade e parâmetro antropométrico O que é um percentil? • Caracteriza deficiências (-2DP) ou excessos (+2DP). Escore Z positivo: significa que o valor da medida do indivíduo é maior do que a média da população de referência Escore Z negativo: corresponde a um valor menor que a média. Esta medida e útil para avaliar crianças que se encontram abaixo ou acima dos extremos de anormalidade. O que é um Escore-Z? Curvas de Crescimento • As curvas de crescimento constituem um importante instrumento técnico para medir, monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças e adolescentes de 0 a 19 anos independente da origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação. • Desnutrição, sobrepeso, obesidade e condições associadas ao crescimento e à nutrição da criança podem ser detectadas e encaminhadas precocemente. • A referência da OMS preenche a lacuna antes existente nas curvas de crescimento e correspondem à referência adequada para a avaliação nutricional das crianças e adolescentes do nascimento aos 19 anos, razão esta que fez este Ministério adotar essa referência para o Brasil. Curvas da OMS (2006) - 0 a 5 anos: http://www.who.int/childgrowth/en/ Curvas da OMS (2007) - 5 a 19 anos: http://www.who.int/growthref/en/ http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_vigilancia_alimentar.php?conte udo=curvas_de_crescimento http://www.who.int/childgrowth/en/ http://www.who.int/growthref/en/ Anterior as curvas da OMS: Referência internacional de crescimento do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS) Limitações ❖Menor precisão na predição do risco de mortalidade, ❖ Diferença no padrão de crescimento entre bebês com fórmula e bebês em aleitamento Curva – NCHS x OMS • OMS: demonstram que a desnutrição durante os primeiros seis meses de vida é um problema consideravelmente mais sério do que se pensava anteriormente reconciliando assim as taxas de desnutrição observadas em bebês jovens e a prevalência de baixa peso ao nascer e abandono precoce do aleitamento materno exclusivo. • OMS: melhoram a detecção precoce do excesso de ganho de peso entre bebês e crianças pequenas mostrando que a obesidade geralmente começa na primeira infância, assim como as medidas para combater essa ameaça global à saúde pública. Dicas de leitura eBOOK. Mercedes de Onis: https://ebook.ecog-obesity.eu/chapter- growth-charts-body- composition/world-health- organization-reference-curves/ https://ebook.ecog-obesity.eu/chapter-growth-charts-body-composition/world-health-organization-reference-curves/ Curvas e Indicadores OMS https://www.who.int/childgrowth/en/ https://www.who.int/childgrowth/en/ • Estatura/Idade • Peso/Idade • Peso/Estatura • IMC/I • Circunferência cefálica • Circunferência braquial • Dobras: DCT e DCSE • Gráficos (percentil como escore z) • Tabelas Peso/Idade - (P/I) ✓Reflete a massa corporal para a idade cronológica. ✓Recomendado para a avaliação do crescimento infantil e reflete a situação global do indivíduo. ✓Não diferencia o comprometimento nutricional atual (ou agudo) dos pregressos (ou crônicos). ✓É importante complementar essa avaliação Pontos de corte de peso por idade para crianças com 0 a10 anos Valores críticos Diagnóstico nutricional Percentil < 0,1 Escore-Z < -3 Peso muito baixo para a idade Percentil ≥ 0,1 e < 3 Escore-Z ≥ -3 e < -2 Peso baixo para a idade Percentil ≥ 3 e < 97 Escore-Z ≥ -2 e < +2 Peso adequado para a idade Percentil ≥ 97 Escore-Z ≥ +2 Peso elevado para a idade Peso/Estatura - (P/E) ✓Expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. ✓ Sensível para avaliação de recentes alterações de peso. ✓É utilizado tanto para identificar o emagrecimento quanto o excesso de peso da criança. ✓Deve ser correlacionado com o indicador E/I. Pontos de corte de peso por estatura para crianças com menos de 10 anos Valores críticos Diagnóstico nutricional Percentil < 0,1 Escore-Z < -3 Magreza acentuada Percentil ≥ 0,1 e < 3 Escore-Z ≥ -3 e < -2 Magreza Percentil ≥ 3 e ≤ 85 Escore-Z ≥ -2 e ≤ + 1 Eutrofia Percentil >85 e ≤ 97 Escore-Z ≥ +1 e ≤ + 2 Risco de sobrepeso Percentil >97 e ≤ 99,9 Escore-Z ≥ +2 e ≤ + 3 Sobrepeso Percentil > 99,9 Escore-Z > +3 Obesidade IMC/Idade - (IMC/I) ✓ Tem a vantagem de ser empregado em outras fases da vida. ✓O IMC para idade é recomendado internacionalmente no diagnóstico individual e coletivo dos distúrbios nutricionais, considerando a informação da idade do indivíduo. ✓ Validado como indicador de gordura corporal total nos percentis superiores, além de proporcionar continuidade em relação ao indicador utilizado entre adultos. Estatura/Idade - (E/I) ✓ Expressa o crescimento linear da criança. Na condição de índice que melhor aponta o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança, é considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. ✓ Faz parte da Caderneta de Saúde da Criança em conjunto com o indicador P/I. ✓ Indica déficit de crescimento em processo de longa duração = condição socioeconômica, aporte nutricional inadequado e infecções crônicas. Pontos de corte de estatura por idade para crianças 0 a 10 anos Valores críticos Diagnóstico nutricional Percentil < 0,1 Escore-Z < -3 Estatura muito baixa para idade Percentil ≥ 0,1 e < 3 Escore-Z ≥ -3 e < -2 Estatura baixa para a idade Percentil ≥ 3 Escore-Z ≥ -2 Estaturaadequada para a idade Avaliação Nutricional Aula 4. Avaliação Nutricional Crianças UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO LIMEIRA / 2020 Parte 3 Menores de 2 anos Lactentes • Para avaliar o EN da cça menor de 1 ano levamos em consideração o peso, comprimento e o PC. • Nos 6 primeiros meses de vida o ganho de peso mensal é a medida de maior importância para a avaliação nutricional da Valor médio de ganho de peso no primeiro ano de vida Período Ganho de Peso 1º Trimestre 700 g/mês 25 a 30 g/dia 2 º Trimestre 600 g/mês 20 g/dia 3 º Trimestre 500 g/mês 15 g/dia 4 º Trimestre 300 g/mês 10 g/dia Fonte: SBP (2009) • Peso: importante indicador de saúde e permite, além do diagnóstico de desnutrição, o acompanhamento do bom estado geral do RN e criança. • Fim do primeiro ano: peso é triplicado e o comprimento aumenta em 1,5 x. • Mudanças na composição corporal: aumento de 8% a 24% de massa gorda até 1 ano, e o dobro de aumento de massa magra. Menores de 2 anos – Peso e Comprimento LEMBRE-SE QUE: A superfície onde a balança está apoiada deve ser reta e deve-se tarar a balança a cada medida. Nunca pesar crianças: ❖Com fraldas, ❖Roupas pesadas, ❖Segurando objetos, ❖Com adereços no cabelo, pescoço ou pulseiras. Técnicas antropométricas • Comprimento termo usado para cça até 2 anos. • Bom indicador de tamanho corporal e do crescimento linear da cça. • Alterações: refletem déficits e agravos nutricionais em longo prazo, o que pode significar o comprometimento do tecido proteico, sendo importante para o diagnóstico de desnutrição. Menores de 2 anos – Peso e Comprimento Comprimento: < 2 anos são medidas deitadas. Altura: > 2 anos são medidas em pé. Infantômetro Antropômetro horizontal com uma parte fixa onde se encontra a marca zero e onde deverá ser encostada a cabeça da criança. A outra parte é móvel e deve ser ajustada aos pés da cça para permitir leitura do comprimento. Velocidade de Crescimento • Representa o número de cm que a criança cresce ao ano. É o método mais sensível para reconhecer os desvios de crescimento normal. Idade VC (cm/ano) Até 6 meses 15 6- 12 meses 10 1- 2 anos 15 > 2 anos 5 -7 A partir de 11 anos (meninas) 9 A partir de 13 anos (meninos) 10 • Fatores nutricionais e ambientais possuem forte influência na velocidade no Primeiro ano de vida. • A partir de 1 ano a velocidade apresenta declínio gradativo e pronunciado, sendo esperado cerca de 15 cm até o 2º ano de vida. Velocidade de Crescimento • A partir dos 2 anos é praticamente constante (5 a 7 cm no ano), até a puberdade, onde volta a aumentar a velocidade. • Fase de estirão (em torno de 11 anos para meninas e 13 anos para meninos) os fatores genéticos e hormonais tem maior relevância. Velocidade de Crescimento Perímetro braquial ou CB: Recomendada para avaliações rápidas do EN. • Avalia massa muscular e massa gorda e possui relação direta com a IG e peso. • Em RNPT é uma medida mais acurada que peso e comprimento se a avaliação for seriada. • Recomenda-se aferição 1 x por semana. Valores percentil CB Maiores de 2 anos • Chamada de balança clínica, mecânica ou antropométrica. • Utilizada para pesagem de crianças maiores que 2 anos (em pé). • Capacidade de 150kg com divisão de 100g. Maiores de 2 anos – Peso e Comprimento Antropometria (1 ano até 10 anos) • PC: importante nos primeiros 2 anos de vida. Após 2 anos, o crescimento do PC é tão lento que essa medida deixa de ter utilidade para a avaliação nutricional, embora a OMS preconiza até os 5 anos. • CB: soma dos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço (Frisancho, 1999) • CMB: bom indicador da reserva de tecido muscular (Frisancho, 1999) • Dobras: DCSE e DCT = indicador de reserva energética, correlação com gordura corporal (Frisancho, 1999) • Estatura/altura = (alvo parental) Classificação CB • Valores abaixo do P3 são indicadores de risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição e valores acima do P97 representam risco de doenças relacionadas ao excesso de peso. Valores para crianças a partir dos 3 meses até 5 anos (OMS 2006): P3 e P97 e 2DP Adequado Valores < P3 e < -2DP Déficit energético Valores > P97 e > +2DP Excesso Para crianças com mais de 5 anos pode-se usar a referência publicada por Frisancho. Valores < P5 Risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição Valores > P85 Risco de doenças relacionadas ao excesso de peso Fonte: Frisancho (1999) < p5 Desnutrição p5 – p15 Risco de Desnutrição p15 – p85 Normal / Eutrófico > p85 Obesidade • Valores abaixo do P5 são indicadores de risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição. Diferentemente do que ocorre com as outras medidas, valores acima do P95 não indicam excesso de gordura corporal. < p5 Déficit de massa magra p5 – p10 Risco de déficit de massa magra p10 – p90 Normalidade > p90 Musculatura desenvolvida CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x DCT(mm) Fonte: Frisancho (1999) Classificação CMB Comparadas com percentis disponíveis para dobras de acordo com a faixa etária: • Curvas e tabelas OMS (2006): DCT, DCSE crianças a partir de 3 meses até 5 anos. • Frisancho (1999): crianças > 5 anos. Normalidade = P15 a 85. abaixo do P5 ou acima de P 85 considera-se déficit ou excesso de reserva energética. Com a soma dos valores das DCT e DCSE é possível obter a porcentagem de gordura corporal (% de GC). A partir dos 8 anos utiliza-se a equação de Slaughter et al. (1988) Classificação das Dobras Vamos praticar!
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