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Conceituação de Transferência A transferência junto com a resistência e a interpretação formam o tripé fundamental da pratica da psicanalise. Conjunto de todas as formas pelas quais o paciente vivencia com a pessoa do psicanalista , na experiencia emocional da relação analítica, todas as representações que ele tem do seu próprio self, as relações objetais, e os conteúdos psíquicos que estão organizados como fantasias inconscientes , de modo a permitir interpretações do analista permitindo assim a integração do presente-passado, imaginário-real, inconsciente-consciente. Freud � Inicialmente valorizava tão-somente a ocorrência da repressão na determinação das neuroses – o fenômeno transferencial e contratransferencial passou despercebido no relato de Breuer. � 1895 – Estudos sobre a histeria – primeira vez que o termo é empregado, no sentido de uma forma de resistência, como um obstáculo à análise (o paciente repete em lugar de recordar). � 1905 – Caso Dora – o paciente não recorda o que reprimiu, mas expressa-o pela atuação. Inicialmente Freud não se deu conta da transferência de Ana para Breuer e da contratransferência de Breuer Foi no estudo sobre histeria de Freud empregou pela primeira vez o termo transferência no sentido de uma forma de resistência como um obstáculo à análise a fim de evitar o acesso ao resíduo da sexualidade infantil que ainda persistia ligada a zonas erógenas as quais na evolução normal já deveriam estar desligadas A transferência é o pior obstáculo que podemos encontrar e conclui conceituando a como uma forma de um falso enlace do paciente com terapeuta No caso Dora ele afirma que o paciente não recorda de coisa alguma do que aconteceu e reprimiu mas o expressa pela atuação ou seja ele reproduz o reprimido , Não como lembrança mas como uma ação repetitiva sem naturalmente saber conscientemente do que está fazendo. Após ter escrito isso Freud faz um comentário de que o caso Dora fracassou devido ao fato de ele não haver reconhecido e trabalhado suficientemente O que podemos chamar de transferência de Vingança ele não reconheceu as fantasias homossexuais dessa paciente adolescente que estavam sendo veiculadas pela sua transferência Breuer podia ter continuado a terapia de Ana e lidado com a transferência. Ela estava apaixonada pela figura que ocupava e não por ele. Transferência como forma de resistência que se opõe ao processo analítico Ao invés de recordar a paciente se apaixona - ela está repetindo....ela não está recordando...ela lá está repetindo com a transferência que seria uma resistência Isso não é útil...a transferência é mais uma parte que precisa ser vencida pelo analista. Repetir no lugar de recordar é uma defesa. E uma resistência ao tratamento. Contra transferência - exemplo uma angústia que não é sua…que vc percebe que é do paciente...pois vc não tem nenhum problema vc estava bem antes da terapia. � 1909 – Homem dos Ratos – primeira referência à transferência como agente terapêutico. Posteriormente 1909 em homem dos Ratos a transferência foi vista como um caminho penoso porém necessário para que o paciente possa reviver seus conflitos com o pai morto agora internalizado no inconsciente = transferência como um agente terapêutico A transferência para tal como um campo de batalha em que a Vitória, ou seja a cura da neurose, tem que ser conquistada - depois ele afirma que a repetição da transferência pode libertar as lembranças reprimidas e assim evitar uma eterna compulsão à repetição Em 1915 Freud classifica as transferências como positivas ou seja as amorosas e negativas ou seja sexuais 1916 ele faz a distinção entre neuroses transferenciais e não físicas deixando Uma clássica afirmação de que as neuroses narcísicas que era como ele se referia as psicoses não poderiam ser tratadas psicanaliticamente por não haver libido disponível para a formação da transferência � 1920 – Além do princípio do prazer – postula a existência de uma pulsão de morte e inclui o fenômeno da transferência como um exemplo de compulsão à repetição do material reprimido ligado a algum vestígio da sexualidade edípica. 1920 quando ele lança a existência de uma pulsão de morte inclui o fenômeno da transferência como exemplo de compulsão a uma repetição penosa infantil pela qual o paciente é obrigado a repetir ou atuar o material reprimido sempre ligado a algum vestígio da sexualidade edípica como se fosse uma experiência contemporânea realmente vivida com psicanalista E 1923 Freud amplia a importância do conceito de transferência não só a repetição das lembranças e porções reprimidas mas inclui a participação de figuras superegóicas e dos mecanismos de Defesa do ego referindo-se então a transferência como ambivalente Anna Freud � Prosseguiu alguns esboços do pai e descreveu a transferência de defesa como um recurso do ego para se proteger, como fizera no passado das consequências dos impulsos sexuais e agressivos. Klein � 1938 – Esquema de psicanálise – mostra-se novamente ambivalente em relação ao fenômeno transferencial. A atendeu crianças pequenas e ela tentou reconstruir uma criança, o bebê - ela buscou O que é mais primitivo no desenvolvimento de uma pessoa ela trabalhou numa fase do desenvolvimento que ainda não tinha acesso a linguagem Na teoria de Melanie Klein fica mais presente a definição de comunicação entre os inconscientes porque a criança ainda nem conseguiu acessar a linguagem, domina a linguagem, logo, como um terapeuta consegue atender se não usando o seu inconsciente como receptáculo Melanie sempre trabalhou com a questão da transferência especialmente a questão da transferência negativa. O trabalho dela está essencialmente naquilo que chamamos de manifestação de pulsões agressivas sádico destrutivo primitivos � Sempre trabalhou de forma sistemática na transferência, especialmente a negativa, decorrente das pulsões sádico-destrutivas. Como ela entende a transferência - da mesma forma - há uma reprodução na situação analítica - a figura do analista - de todos os primitivos objetos de relação internalizado no psiquismo da criança Ela é da escola de relações objetais, ou seja, ela entende que desde o início nós nos relacionamos com objetos, inicialmente os parciais, porque ainda não conseguimos nos relacionar com objetos totais � Entendia a transferência como uma reprodução, na figura do analista, de todos os primitivos objetos e relações objetais internalizadas no psiquismo do paciente, acompanhadas das respectivas pulsões, fantasias inconscientes, ansiedades e mecanismos de defesa. � Identificação projetiva Nós internalizamos esses objetos parciais e depois futuramente os objetos totais Nós também internalizamos a relação que nós tínhamos com esses objetos - e é isso que se reproduz na análise É como se eu na análise transferisse e reproduzisse com analista tudo aquilo que eu vivi ao meu nascimento, com o seio, pq a figura materna ainda não existe nessa fase. Representação coisa \ representação palavra = a representação coisa é do inconsciente \ a representação palavra é do pré-consciente e consciente a representação coisa precisa se juntar a representação palavra para então ir para o consciente A Representação palavra trabalha com a linguagem Melanie trabalhava com a representação coisa antes da criação da linguagem Nessa transferência o conteúdo que vai ser transferido é um conteúdo mais primitivo - Melanie pressupõe que as relações objetais internalizadas junto com suas respectivas funções - fantasias inconscientes, ansiedade e mecanismos de defesa - tudo isso vai entrar em cena na transferência. Em que consiste a identificação projetiva?? - ocorre o movimento - algo de mim que vai para o outro - mas não é só isso- não é sua projeção - ela fala em identificação - identificação projetiva - o paciente coloca ele próprio, ou seja, projeta algo dentro do analista- ele não projeta para qualquer lugar - é literalmente colocar dentro do analista . Vc analista Tem uma parte minha dentro de você e você fica com essa parte minha até poder voltar para mim É uma parte minha que eu coloco dentro de você - você agora carrega algo que é meu – Melanie vê que essa é uma forma muito primitiva de relação com o objeto - pode ser uma parte ruim ou pode ser uma parte boa. Reproduz com o analista as primitivas relações objetais Terapeuta fica com aquele algo dentro dele até que o paciente possa introjetar dentro dele novamente. Melanie não trabalhou a contratransferência Winnicott Foi discípulo da Melanie Klein e enfatiza muito mais os pactos constitutivos do bebê - a mãe é somente a objeto parcial- winnicott dá ênfase a mãe ambiente ele usa alguns termos para definir essa mãe ambiente - mãe não é só mãe é a função materna - ele fala de mãe suficiente boa e tudo que essa mãe suficiente boa tem que fazer no início do desenvolvimento para garantir que essa criança tenha um desenvolvimento saudável ele entende que na relação com analista o ambiente deve funcionar como uma mãe suficientemente boa - aquelas falhas vividas no começo dessa nova relação elas podem então ser revistas - ele pensa que a mãe tem um papel fundamental, ele propõe que a mãe tem que regredir que ela vai estabelecer inicialmente uma relação que é praticamente psicótica porque ela está regredida para conseguir vincular ao seu bebê ela tem que suportar todas as demandas do bebê e ela tem que ser suficientemente boa a mãe tem que criar para o bebê a ilusão de que o bebê sente fome o seio se materializou ao regredir ela consegue intuir o que o bebê precisa Para o bebe Quem criou o leite foi ele - ele desejou - ele materializou o leite - ele é extremamente onipotente - mas depois essa mãe vai começar desiludir esse bebê - começa gradativamente a dar parcelas de realidade para o bebê � A transferência é muito mais do que repetição de impulsos e defesas. � Com pacientes regredidos não há desejos e sim necessidades que o analista deve acima de tudo intuir a fim de reparar o fracasso do ambiente que nos primeiros anos da criança lhe interrompeu o desenvolvimento do self. � A transferência deve ser compreendida como uma nova relação um novo espaço que o paciente conquista para poder se relacionar com o analista � Função de holding do terapeuta, capacidade de sobreviver aos ataques do paciente, risco da análise aparentemente bem-sucedida encobrir um falso self e prioridade dos aspectos construtivos e o dos vazios existenciais. O terapeuta deve intuir o que o paciente deseja, o que o paciente precisa, para ser um terapeuta suficientemente bom Ele dá muita importância nessa função de holding - essa função de ser suficientemente boa é muito mais do que a repetição de algo que aconteceu no passado - de impulsos - é uma nova relação e nessa nova relação você pode reparar o fracasso do ambiente nos primeiros anos de vida Capacidade de sobreviver aos ataques do paciente = o paciente ele ataca, ele não ataca verbalmente , ele taca por atos, a capacidade de sobreviver é o que basta - você não precisa interpretar o que o paciente fez - como por exemplo você tem horário marcado com o paciente e você não pode ir porque seu filho está com febre e você remarca para o dia seguinte, no dia seguinte ele não aparece, não te avisa e te deixa esperando - na semana seguinte no dia e no horário dele por ele chega no atendimento fala para o terapeuta Nossa você veio Lacan � Acredita que a ênfase do analista na interpretação sistemática da transferência não faz mais do que reforçar um vínculo de natureza especular (estágio do espelho, no qual o sujeito reconhece seu ego no outro). � Alerta quanto ao abuso transferencial – papel do sujeito suposto saber. � Para Lacan a análise é um processo dialético pelo qual o paciente traz sua tese, o analista propõe um antítese, daí surge uma síntese (insight) que leva a novas teses. Para Lacan análise é um processo dialético o paciente traz uma tese o terapeuta contrapõe como antítese e desta contraposição vai surgir uma síntese e a partir da síntese novas teses novas antíteses e novas sínteses Para ele a transferência seria aquele momento do processo terapêutico que é o impasse = quando não flui esse processo dialético - então ele entende que está ocorrendo uma transferência- de alguma forma o trabalho está estagnado - e ele dá muita ênfase a importância, ao cuidados que se deve ter com o que ele chama de abuso transferencial ou seja interpretar tudo na análise como transferência - do ponto de vista dele não é algo positivo - por que pode levar o terapeuta a ocupar o papel de sujeito suposto saber - o terapeuta sabe, terapeuta detém o conhecimento -- o paciente depende do terapeuta para chegar no conhecimento – não é esse o objetivo. Essa posição de sujeito suposto saber é uma posição completamente antagônica do que ele propõe em termos de análise - o paciente ele tem o seu saber - o sujeito tem o seu saber - o que será complementado com a parte do analista - mas no fim das contas não é o terapeuta que vai dizer a respeito dele e sim o paciente que disse sobre si mesmo - o papel terapeuta é ampliar a visão que ele tem sobre ele mesmo O analista quando ele dá muita ênfase na interpretação sistemática da transferência ele vai fazer com que seu paciente fique preso em um vínculo de natureza especular porque ele vai entender que é uma fase do desenvolvimento chamada de fase do espelho onde a mãe funciona como ego auxiliar da criança = o sujeito se constitui a partir do Olhar do outro o meu ego espelhado na mãe é que vai dar a mim a Constituição de ser alguém, o terapeuta que só fica interpretando a transferência ele tá criando esse tipo de vínculo - o vínculo de espelhamento que é importante para o desenvolvimento - mas no início do desenvolvimento - é só uma fase e não algo que deve permanecer para sempre ele chama atenção então para não utilizar com muito afinco a Interpretação da transferência - para não manter o paciente preso nessa relação de espelhamento ... isso significa que a análise Está estagnada quanto o processo dialético ela parou só está vindo de um lado. E não tem essa relação dialética. Tipos de transferência Freud identificou apenas dois tipos de transferência 1. Transferência positiva 2. Transferência negativa não assimilar positivo como bom e negativo com ruim - não tem essa ligação a transferência positiva pode ser ruim e a transferência negativa pode ser boa O negativo e positivo estão relacionados com Quais aspectos estão sendo editados naquela ação com terapeuta Transferência positiva � Refere-se a todas as pulsões e derivados da libido, especialmente os sentimentos carinhosos e afetuosos, mas também os eróticos, desde que sublimados sob a forma de amor não sexual. libido - energia da pulsão sexual - esses impulsos serão reeditados desde que sublimadas, e não como interesse sexual explicito. A transferência positiva pode encobrir aspectos ruins na análise - em qual sentido - no sentido de quando o paciente faz uma idealização Extrema e permanente do terapeuta - na idealização o objeto não sofreu nenhum tipo de alteração mas o nosso julgamento sobre eles sim Exemplo de idealização: quando as pessoas morrem viram santas Em que momento da terapia pode ocorrer??? Pode no início = que é o esperado, espera-se que o paciente idealize o terapeuta mas isso deve gradativamente ir mudando de configuração - porque uma idealização extrema pode colocar o terapeuta num lugar onde ele se sente na obrigaçãode Não falhar , de ser sempre o melhor, o que está em jogo aqui são os aspectos da libido outra coisa que pode acontecer é um acordo inconsciente - na forma de que o paciente e o terapeuta ficam numa posição de fraternidade onde não produzem, não surge um conflito, não emerge - então a terapia fica na superfície - também pode ocorrer a possibilidade do paciente que parece que está fazendo tudo pela análise - mas não está fazendo nada - ele não falta, ele não atrasa, ele paga em dia, ele não tenta quebrar nenhuma regra, todas as interpretações ele concorda, mas ele não está de fato envolvido com processo - ele não chega a mobilizar os afetos e entrar em contato com os conflitos ele só cumpre o papel de paciente � O que parece ser positivo pode na verdades ser negativo: � Idealização extrema e permanente; � Concluio inconsciente sob a forma de uma estéril e recíproca fascinação narcisista; � Pseudocolaboração – não está se envolvendo, não esta em contato consigo mesmo Transferência negativa � Predominância de pulsões agressivas e seus derivados, sob a forma de ciúmes, inveja, rivalidade, voracidade, ambição desmedida, destrutividade, etc. Na transferência negativa a predominância será de pulsões de morte - agressivas e de seus derivados, ciúmes, inveja, voracidade ,ambição geralmente quando existe transferência negativa são momentos mais delicados da análise os ataques do paciente estão localizados na transferência negativa - o terapeuta tem que entender que todos os aspectos negativos dirigidos a ele não são para ele - eles correspondem a pessoa que você está representando naquele momento = a pessoa que você está substituindo daquele momento � Uma análise que não transitou pela transferência negativa no mínimo está incompleta, uma vez que todo analisando tem conflitos manifestos ou latentes em relação à agressividade. � Experiência analítica enriquecedora: o paciente se permitir atacar o terapeuta e este sobreviver aos ataques. Uma análise que não tenha transitado pela transferência negativa ela ficou incompleta porque nós somos constituídos por pulsão de vida e de morte, se o paciente não foi capaz de se sentir livre para deixar vir à tona os impulsos destrutivos - a pulsão de morte - então ele só analisou uma parte da história e não o todo. essa porção fica reprimida por incompetência do terapeuta - porque ele não quer lidar com isso, não sabe lidar com isso, ou porque ele não quer lidar com essa contra transferência Tem paciente que consegue ter uma relação mais flexível com o terapeuta se sentem livres para falar o que quiser expor todos os seus sentimentos existem pacientes que falam para o terapeuta estou com raiva de você, tem outros que não consegue verbalizar então eles vão demonstrar de alguma forma gestos ou por alguma atuação. (faltar por exemplo depois que o paciente entra em contato com esse sentimento) Na contratransferência o terapeuta consegue identificar alguns aspectos da transferência negativa e trabalhar nisso. as modalidades que o terapeuta e paciente ficam frente a frente é mais fácil trabalhar isso É uma experiência engrandecedora quando o paciente se permite atacar o terapeuta e o terapeuta consegue sobreviver aos ataques do paciente Se o paciente consegue expressar essa característica agressiva e seu terapeuta consegue identificar e analisar utilizar essa ferramenta é porque provavelmente você vai ganhar algo Transferência especular � Quando é necessário que o terapeuta transitoriamente aceite funcionar como “ego auxiliar” do paciente, ao mesmo tempo em que gradativamente vá construindo o processo de diferenciação, que possibilita o paciente adquirir uma separação, individuação e uma posterior autonomia. A transferência especular tem a ver com que Foi explicado sobre Lacan na fase do espelho - o terapeuta entendendo que isso é algo importante para o desenvolvimento do seu cliente ele pode sim por alguns momentos entrar nessa transferência especular E servir como ego auxiliar do paciente em alguns momentos não pode continuar porque se não é criada uma relação de dependência e de não possibilidade de evolução do paciente – ao mesmo tempo em que gradativamente o paciente vai construindo o processo de diferenciação, permitindo a ele que crie uma individuação, depois ocorre um processo de separação O paciente precisa que o terapeuta espelhe para que ele exista, Pra que ele possa se enxergar , o paciente vai se constituindo e se formando e passa a não precisar mais do terapeuta como espelho. O que você espera??? - que ele não dependa mais disso - que ele consiga gradativamente ir se constituindo e se separando e não mais necessitando de você nessa função O bebê ao nascer não tem ideia de ser - não tem a imagem especular de si próprio - não é algo do tipo existo simplesmente. é um processo - ele existe a partir do Olhar do outro - ele vai existir a partir do Olhar da mãe - é o outro que me constitui - é o outro que me diz que eu sou e que existe um lugar para mim - é um ego auxiliar - porque o ego da criança não está plenamente formado - seu ego não está plenamente desenvolvido - ele não tem habilidade para lidar com o mundo e com a realidade – então é a mãe que faz o papel ela age como ego auxiliar Transferência idealizadora � Uma transferência inicial de intensa idealização pode representar uma necessidade básica para que o paciente, aos poucos, construa um verdadeiro vínculo com o terapeuta. Ou seja, pode ser positiva. � Risco dessa forma de transferência: o terapeuta seja portador de uma estrutura narcisista de modo a sentir-se gratificado com a idealização, o que impossibilita o surgimento de períodos de transferência negativa. Na transferência idealizadora existe um momento da terapia em que a gente idealiza o terapeuta para que possa confiar e reconhecer como válido aquilo que ele traz para o paciente se eu não acho que meu terapeuta é bom como eu vou confiar no que ele me diz Ocorre no começo pq acontece uma atitude suportista, ou seja dar maior acolhimento, passa para o paciente a ideia de estou aqui para vc, eu entendo e valido seu sofrimento. O risco da transferência idealizadora é que ela não termine - ela é saudável somente no início por um tempo - se o terapeuta tiver ego narcisista ele vai reforçar esta transferência e isso impede o surgimento de períodos de transferência negativa que precisa ocorrer. Transferência erótica e erotizada � Vai desde sentimentos afetuosos e carinhosos pelo analista até uma intensa atração sexual por ele, que se converte em um desejo sexual obcecado, permanente, consciente, egossintônico e resistente a qualquer análise. � A transferência erótica está mais vinculada a necessidade de ser amado e pode se fundir ou confundir em necessidade de contato físico; � A transferência erotizada com predominância de pulsões ligadas ao ódio e fantasias agressivas que visam a um controle sobre o analista e posse voraz do mesmo, que aparecem na situação analítica disfarçadas de necessidades amorosas e sexuais. � Riscos: diante da não gratificação o paciente atuar fora da situação analítica; e do analista ficar nela envolvido. é quando entra em questão a atração sexual com tentativas de extrapolar a relação terapêutica algo que é egossintônico, ou seja, não causa nenhuma perturbação ao ego logo ele não precisa se defender. alguns tipos de transferências eróticas são desta maneira - se não causa nenhuma perturbação ao Ego não tem porque ele se defender desses desejos- a transferência erótica está muitas vezes vinculada a necessidade de ser amado e pode ser confundido com necessidade de contato físico paciente interpreta como um desejo sexual mas na realidade não é um desejo sexual é uma necessidadede ser amado, provavelmente ele nunca experienciou isso na vida Na transferência erotizada a expressões de fantasias relacionadas ao ego são agressivas que visam uma posse voraz, aparece disfarçadas de necessidades efetivas sexuais, a transferência erotizada ela pode vir aparecer como como desejo sexual quando no fundo não desejo, é a necessidade de controle voraz Transferência perversa � É comum que os pacientes de alguma forma tentem perverter as combinações referentes ao setting analítico, procurando modificar as regras do jogo. � Não representa um risco desde que o terapeuta não saia do seu lugar de e função. � Risco: conluio perverso com um jogo de seduções. Transferência perversa ocorre quando por razões diversas o paciente tenta de alguma forma burlar as regras do contrato, dia ,horário e valor cabe o terapeuta ficar atento se é uma situação específica ou se é uma Constância