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TRABALHO EM GRUPO – TG Fernanda Leal Tomazi - RA 1512758 Alyne Manzzi – RA 1321537 Amparo 2017 QUESTÃO: Artigos jornalísticos e artigos científicos No dia a dia, uma fonte importante e recorrente de informações são os jornais. Podem ser televisivos, radiofônicos, virtuais ou mesmo os tradicionais jornais impressos. Se pegarmos, por exemplo, um artigo de um grande veículo que trate de futebol, a apresentação, informações e problematização serão apresentados de uma determinada forma. Quando o mesmo assunto é tratado em um artigo científico, ele deve apresentar certas peculiaridades na forma e no conteúdo. Faça uma breve reflexão sobre as principais características de um artigo cientifico que analise aspectos relacionados ao futebol, diferenciando-o do texto jornalístico. Resposta: Primeiramente, necessário que façamos uma breve definição de ciência, tal modo como a trataremos, pois, antes de afirmarmos o que é ciência, para depois definirmos o que é um artigo científico, e é necessário lembrar que, quando pesquisarmos e analisarmos o que chamamos de ciência, compreenderemos um emaranhado de formas de tentar definir mais ou menos uma coisa, surgindo deste modo à epistemologia, que em suma definiremos aqui como a filosofia da ciência, pois, se no passado a ciência e a filosofia eram praticamente a mesma coisa, com o passar dos séculos, a ciência e a filosofia estão se distanciando cada vez mais, e por isso hoje tratamos de vertentes da física, como a astrofísica e a quântica como ciência, uma vez que estamos ampliando nossa capacidade de racionalizar e obter respostas cada vez menos refutadas vai deste como incluindo o conhecimento, “cientizando”. Em simples palavras, vamos ampliando a definição de ciência, e “fenômenos” como o efeito ideomotor e tantos outros que já são conhecidos por sociedades científicas como ciência, não havendo como refuta-los. Agora que fizemos uma breve definição de ciência, temos melhores condições de definir o que é um artigo científico. Esta definição se faz necessária, porque percebemos, ao analisar a temática da proposta, futebol, já colocaremos em discussão se ele poderia ser considerado como objeto de estudo científico, havendo epistêmicos que enquadram no campo cientificismo, uma vez que o futebol em si não é passível de tornar-se um objeto de estudo, uma vez que cada partida é única, deste modo podendo ser observada apenas suas expressões, tais quais as oriundas das relações sociais que envolvem o tema. Outros epistêmicos enquadrariam o futebol como ciência, pois, se é única cada partida analisando o movimento de cada jogador num momento de partida, poderíamos dentro de um aspecto estatístico, definir uma probabilidade, possivelmente verificável e repetível. Uma vez que um artigo científico não visa toda a complexidade cientifica inerte à própria ciência, seu objeto é apenas realizar estudo, uma observação de um objeto, com parâmetros já estabelecidos por uma metodologia já definida, e a partir disso, ter certa consubstanciação em suas afirmativas, para que seja tomado como algo passível de análise e consideração, tomado como um artigo científico. Considerando as observações acima, é necessário que partamos da premissa de que o futebol é tema de análise de um artigo científico. Se as mídias em gera possuem natural reprodução da temática futebol, uma vez que seu papel é meramente reprodutor, informativo, expositivo do observado sem maiores critérios, o mesmo não se dá com um artigo científico, que se deve buscar um objeto específico para analisar, gerando deste modo uma informação concreta, circunscrita à uma temática proposta, deve estar completamente delineados no artigo científico todos os elementos à serem observados, para que possa haver uma qualificação dos mesmos, e que possa ser repetível a observação, embora não necessariamente repetíveis os resultados, pois, um artigo é científico pelo método-trato com o seu objeto de estudo e não pelo trato do objeto para com o artigo, sequer havendo qualquer inexorável legítima em si. Levadas em efeito, as informações jornalísticas, artigos comuns de matéria de futebol, estas possuem objetivos meramente informativos do observado no ocorrido que envolve o tema referido. Já um artigo científico, deve partir de um ponto em específico, de um tema específico, reproduzível, verificável e repetível, como por exemplo, em questões do tipo: taxas de violência associada aos torcedores de times de futebol, movimentos de jogadores dentro de uma partida, aspectos econômicos relacionados ao futebol e o fomento deles indicativos de alguns resultados, etc., enfim, algo especificado, para que possa ser qualificado como objeto de estudo, de informações que sirvam de base de desenvolvimento do tema, de estrutura para novos estudos a partir de então, de resultantes concretas do objeto estudado. Além do acima exposto, diferentemente de um texto jornalístico, um artigo científico, deve respeitar as normas estabelecidas pelo “meio científico” para o qual ele é desenvolvido, deve respeitar as normas estabelecidas por esse meio, constituído por universidades ou sociedades científicas, respeitando o consensualmente definido pelo “meio científico” o qual ele está sendo voltado. Meio científico é uma forma de estabelecermos um referencial, um ponto do qual partiremos e para o qual direcionaremos, pois, a própria definição de ciência não é unanimemente estabelecida, pois, a ciência não sendo extática, sendo um “rescaldo” da filosofia, é indefinível em si mesma, uma vez que constantemente ampliam-se suas definições, e até seus métodos são ampliados e novos são desenvolvidos. Seguidas algumas formalidades, um artigo científico deve-se evitar pelo teoricismo e pelo excesso de erudição em detrimento da própria qualidade do estudo, para que o artigo faça jus ao seu propósito inicial, de trazer o concreto, o verificável, a ciência e não o proselitismo bem polido, o cientificismo. Um artigo cientifico não deve ser apenas um repetidor que altera apenas as palavras utilizadas, já ditas sistematicamente. Para fazer jus ao nome, um artigo deve surpreender o leitor, oferecendo-lhe algo novo (o concreto), para que possa então ser qualificado como ciência, como elemento inclusor de conhecimento. Um artigo verdadeiramente cientifico deve levar o leitor à nunca mais pensar do mesmo modo. Fontes: Curso de Serviço Social da Unip. Trabalho desenvolvido predominantemente com bases nas disciplinas do curso em seu 1°, 2°, 3° e 4° semestres. CFESS: http://www.cfess.org.br/ CREPOP: http://crepop.pol.org.br/novo/ ABRAPSO: http://www.abrapso.org.br/ Wikipedia – Society Psychical Research: http://pt.wikipedia.org/wiki/Society_for_Psychical_Research Wikipédia – Ciência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia Wikipedia – Michel Foucault: https://pt.wikipedia.org/wiki/MichelFoucault IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formatação profissional. São Paulo: Ed. Cortez, 2011. JUNG, C. G.. Phénomènes occultes. Paris: Ed. Montaigne, 1939. FOUCAULT, M. “Soberania e disciplina”. In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979, p. 182.
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