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Apostila de Raças Equinas

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Lúcia Helena Salvetti De Cicco 
 
 
 
 
 
By Vanessa Rocha 
 
 
 
2010 
Site: http://www.saudeanimal.com.br/cavaraca2.htm 
Sumário 
1. Akhal-Teke ................................................................................................... 3 
2. Altér-Real ..................................................................................................... 4 
3. Anglo Árabe ................................................................................................. 6 
4. Anglo-Normando .......................................................................................... 7 
5. Árabe ........................................................................................................... 8 
6. Appaloosa .................................................................................................. 12 
7. Ardenês Ardennais .................................................................................... 14 
8. Argentino ................................................................................................... 15 
9. Baio de Cleveland ...................................................................................... 16 
10. Berbere ................................................................................................... 17 
11. Bolonhês ................................................................................................ 18 
12. BRABANTINO (Brabant) ........................................................................ 19 
13. Bretão de Tiro ......................................................................................... 20 
14. Búlgaro ................................................................................................... 21 
15. Campolina .............................................................................................. 22 
16. Crioulo .................................................................................................... 23 
17. Cob Irlandês ........................................................................................... 26 
18. Clydesdale .............................................................................................. 27 
19. Derashouri .............................................................................................. 28 
20. Dole ........................................................................................................ 29 
21. Don ......................................................................................................... 30 
22. Einsieder ................................................................................................ 31 
23. Mangalarga Marchador .......................................................................... 32 
24. Paint Horse ............................................................................................. 34 
25. Quarto de Milha ...................................................................................... 36 
 
 
1. Akhal-Teke 
PELAGEM: Predominantemente alazã-
dourada, mas há incidência de castanhos e 
tordilhos e ocasionais pintas brancas sobre a 
pelagem básica. 
FUNÇÃO: Todas. As tribos usam o cavalo para 
a lida e para o lazer, inclusive corridas e 
práticas de salto. 
Origem: 3.000-2.000 a.C. 
Temperamento: Sangue quente 
Meio Ambiente: Deserto 
Características: 
���� Olhos grandes; 
���� Narinas bem abertas, o que resulta numa expressão atrevida; 
���� Pernas longas e magras, com juntas altas em relação ao solo; 
���� Corpo longo, estreito, tubular; 
���� Cabeça elegante de perfil retilíneo. Cabeça num ângulo de 45º 
���� Pescoço comprido e fino, posto muito alto e levado quase verticalmente ao 
corpo; 
���� pouca profundidade à altura da barrigueira, devido ao comprimento 
excepcional das pernas. 
O akhal-teke é um cavalo de estatura mediana, quase sempre de pelagem dourada, com 
um físico mais longo do que encorpado. 
Tem todas as características do cavalo do deserto: magro de pele fina, resistente ao 
calor. A cabeça possui um perfil reto, a ganacha é desproporcionalmente larga em 
relação ao focinho e as orelhas são grandes. A cernelha é acentuada e a garupa é 
caida, com a resultante inserção baixa da cauda. 
De um modo geral, esta raça exibem permanente agressividade, com as orelhas para 
trás,achatadas contra a cabeça, e edentes à mostra. 
Talvez haja até uma relação entre o akhal-teke e o árabe munaghi, raça de cavalos de 
corrida. O akhal-teke existe há mais de 3 mil anos na área da atual Turcomênia. É 
oriundo dos oásis do deserto de KaraKum, com suas colinas áridase suas depressões. O 
principal centro de criação fica em Ashkahabad, no sopé dos montes Kopet-Dag, a 30 
km da fronteira com o Irâ. 
A raça contribuiu para o aperfeiçoamento de muitas outras sem ser influenciada por 
nenhuma. Os turcomanos tinham o akhal-teke como cavalo de corridas, preparando-o 
para isso com extremo cuidado: dieta de alfafa, bolas de gordura de carneiro, ovos, 
cevada e bolos de farinha. Para defendê-los do calor e do frio, esses corredores eram 
envolvidos pelos seus criadores em mantas de feltro. 
O akhal-teke não se ajusta aos padrões ocidentais. O cavalo tem robustez e resistência 
sem limites, e seu desempenho, cobrindo distâncias imensas em condições desérticas, é 
excepcional. 
Conta-se que um animal cobriu 4.152 km em 84 dias, distância entre Ashkabad e 
Moscou, atravessando mais de 400 km de deserto, com ração mínima de alimento e 
água. 
2. Altér-Real 
 O Altér-real é uma raça Portuguesa 
relativamente desconhecida que foi 
desenvolvida para servir a realeza. Foi trazida 
para o Brasil por D. João VI, no tempo de seu 
reinado. 
História 
O surgimento da raça Altér-real começou em 1748 
pela Casa de Braganza em Villa do Portel. O 
objetivo era prover cavalos para os Estábulos Reais em Lisboa que eram excelentes 
cavalos para equitação clássica, e também, para carruagem. Depois de 8 anos a 
coudelaria foi transferida para Altér, uma cidade conhecida por terra rica mineral e 
um alto conteúdo de nutriente em seus pastos. Isso explica a primeira parte do nome, 
como para Real que é em função da realeza portuguesa. 
A primeira coudelaria tinha 300 das mais finas éguas andaluzas levadas para Portugal 
da região de Jerez de La Frontera, o mais famoso centro espanhol de criação e, 
garanhões Árabes. Floresceu em Alter, fornecendo montarias para a corte, e a raça 
ficou conhecida graças às apresentações promovidas em Lisboa. No começo do século 
XIX, todavia, muitos dos cavalos se perderam ou foram roubados com o saque do haras 
pelas tropas napoleônicas do general Junot (1804-14). 
Em 1834, outros desastres sobrevieram e culminaram com o fechamento dos estábulos 
reais. Uma reorganização chegou a ser ensaiada sob D. Maria Pia, no fim do século, 
com a introdução de sangue estrangeiro - inglês, normando, hanoveriano e, 
principalmente árabe. 
Os experimentos foram mal sucedidos e a raça quase se arruinou. No final do século a 
raça foi salva pela importação de cavalos andaluzes. Os arquivos dos estábulos foram 
destruídos com o advento da republica (1910). Quando a monarquia em Portugal 
acabou, a coudelaria também acabou, e por conseqüência a raça, teria desaparecido. 
Dr. Ruy d'Andrade, a maior autoridade eqüestre de Portugal, previu isto, então ele 
continuou com uma pequena criação de Altér-real, e seus sucessores surgiram de 2 
garanhões. 
Em 1932 o Ministério da Economia tomou a iniciativa de reconstituir a criação dos 
alter-reais. Desde então a raça foi melhorada selecionando éguas adequadas e usando 
só os melhores garanhões. Ainda não há muito Altér-real, mas eles não estão em perigo 
de extinção. Esta raça é uma parte da herança cultural de Portugal. 
Características 
Dizem que hoje o Altér-Realse parecem a raça original do início de 1700 e, a despeito 
das vicissitudes por que a raça passou, o alter moderno, virtualmente andaluz outra 
vez, sobrevive como um cavalo valente, de extravagante, vistosa, altamente apropriada 
à Haute Ecole. 
Sua altura esta entre 15 e 16 hh e, as cores primárias são baía, marrom e cinza. O 
pescoço é curvado, musculoso, pequeno e naturalmente alto. A cabeça se assemelha ao 
Andaluz o e é freqüentemente definida como nobre mas comparativamente pequena, 
com perfil reto ou levemente convexo. Um jarrete poderoso, bem colocado. A cauda é 
de crina farta , luxuriantes. O corpo é compacto e curto e a garupa se inclina com rabo 
de baixo inserção. Eles são inteligentes, sensíveis de grande coragem e seu caráter é 
próprio e inconfundível. 
3. Anglo Árabe 
Trata-se de um cavalo com características que 
podem enganar até um perito, à primeira vista. 
O Puro - Sangue Inglês, que descende do Árabe, 
ainda apresenta indivíduos com características 
marcantes do cavalo Árabe. 
Como o Anglo- Árabe é produto da reintrodução 
do sangue Árabe no PSI, pode haver dúvidas se 
determinado animal seria um Anglo- Árabe de 
porte elevado, ou um Puro - Sangue Inglês apresentando fortes características de sua 
origem Árabe. 
Carga genética: A cruza de um animal Árabe com um Puro - Sangue Inglês resulta em 
um produto que obtera registro como um Puro - Sangue Anglo - Árabe. Contudo, não é 
só o produto com 50% de cada raça que obtém registro: nos vários países onde criam 
estes animais, admite-se nova cruza com uma das duas raças tendo o produto 75% de 
carga genética de uma raça e 25% da outra. Em alguns países é permitida mais uma 
cruza, reduzindo a 12,5% a carga de uma das raças. 
Histórico: Criadores europeus, sobretudo ingleses, franceses e poloneses, decidiram 
dar nova infusão de sangue Árabe no PSI para torná-lo mais resistente para esportes 
amadores, como o salto, além de reduzir o temperamento nervoso do PSI . Note-se que 
a nova infusão de sangue Árabe visa somente a animais com maior resistência, pois em 
termos de velocidade, para o turfe, o produto perde em rendimento. 
Função: O esporte amador, em geral, reunindo o porte e a energia do PSI à resistência 
e docilidade do Árabe. 
Altura: de 1,5 a 1,65m se utilizados reprodutores de porte ideal. 
 Pelagem: Alazã ou castanha, passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos 
genitores o forem. 
4. Anglo-Normando 
Trata-se de animal garboso e 
harmonioso, como se imagina que seja 
um Puro -Sangue Inglês, do qual difere, 
contudo, por ter o dorso e a anca mais 
curtos e a garupa mais musculosa. Os 
membros possuem boa ossatura e são 
mais curtos nas canas e abaixo dos 
curvilhões, que os do longilíneo modelo 
clássico do Puro - Sangue Inglês. 
Sangue autóctone da normândia, provavelmente do Berbere primordial, com infusões 
de sangue praticamente similar de regiões germânicas e escandinavas, além de cruzas 
com cavalos Árabes trazidos por conquistadores, desde os tempos de César. 
Modernamente, a raça, que era de porte mais pesado na idade Média, foi agilizada por 
seguidas cruzas com o Puro - Sangue Inglês, visando a obtenção de cavalos de salto. 
O que se poderia chamar, simplesmente, de cavalo Normando já existia há mil anos, 
sendo utilizado para a tração. Muitos foram, inclusive, levados à Inglaterra por 
Guilherme, o conquistador, após a consolidação de sua soberania na Ilha. As cruzas 
com animais germânicos e escandinavos datam do final da Idade Média , no século 17, 
resultando em cavalos militares potentes porém mais ágeis que animais de tração. 
Com o fim das armaduras, houve necessidade de maior agilidade e menor capacidade 
para suportar peso. No início do século 19, Napoleão Bonaparte reativou a remonta 
militar e o emprego do Puro- Sangue Inglês foi incrementado. 
Com a mecanização da Cavalaria e a desativação do animal para fins militares, novas 
dosagens de PSI foram dadas para agilizar ainda mais a raça no esporte. 
Função: Perfeito animal de sela para os esportes amadores, sobretudo o salto. 
Altura: de 1,52 a 1,65m. 
Pelagem: Usualmente alazã ou castanha. 
5. Árabe 
O cavalo da raça Árabe é rapidamente 
identificado pela cabeça delicada, com 
seu perfil côncavo, olhos expressivos, 
orelhas pequenas e focinho curto. 
Igualmente, outra característica 
marcante é formado do pescoço e o seu 
porte: sinuoso e arqueado, chamado de 
cisne, e o cavalo o torna mais 
expressivo, elevando a cabeça. 
Finalmente, sua garupa é praticamente reta e o rabo, com inserção alta, é levantado 
pelo animal, como que desfraldando a cauda. 
Carga Genética: Trata-se da raça básica que deu carga genética às demais cultivadas 
na atualidade. 
Quando o cavalo evoluiu, através de milhões de anos, desde a Pré- História, partiu da 
Ásia Central uma linhagem de animais delicados e exuberantes, denominados por 
muitos pesquisadores como o Cavalo Ágil. Esta linhagem desceu para os desertos da 
península arábica e, posteriormente, pelo Egito, chegou aos desertos do Norte da 
África. 
As invasões muçulmanas e os animais 
capturados por Europeus em combate 
com os árabes, difundiram a raça por 
toda a parte. 
A criação teve seu auge nos sultanatos 
turcos, depois decaiu com o fim do 
Império turco, para ressurgir graças 
ao interesse de criadores europeus. 
 Trata-se de um grande raçador, dando 
nobreza aos produtos resultantes de 
sua cruza com equinos de raças mais 
rudes; nos esportes, sua fantástica 
resistência é quase insuperável. 
O Cavalo Árabe tem uma cabeça pequena e côncava, percoço arqueado, linha de 
garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. 
Altura: de 1,42 a 1,51m, embora os puristas não aceitem mais de 1,45m como ideal. 
Pelagem: Castanha ou alazã, passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos 
genitores o for. 
LENDA DO CAVALO ÁRABE: Alá disse ao Vento Sul: "Transforma-te em carne sólida, pois 
de ti farei uma nova criatura, para a honra do Meu Sagrado Senhor e a desonra dos Meus inimigos, e 
para ser um criado daqueles que estão sujeitos a Mim". E o vento Sul respondeu: "Senhor, assim se 
faça por Vós". Então Alá tomou um punhado do Vento Sul e o assoprou, criando o cavalo e dizendo: 
"Teu nome será Árabe, e a virtude estará no pêlo de teu topete e a pilhagem estará em teu dorso. 
Tenho preferido a ti entre as bestas de carga, pois fiz de teu patrão teu amigo. Dei-te o poder de voar 
sem as asas, Lenda seja numa investida violenta como numa retirada. Colocarei homens em teu dorso, 
cuja honra e louvor sejam a Mim dirigidos e que cantem Aleluia em Meu nome". 
 
 
PADRÃO DA RAÇA: (ABCCA) 
Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao 
deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram 
privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso 
foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de 
geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre 
eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais 
perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela. 
Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas espécimes de animais do 
deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma 
excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus 
predadores. 
Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou está 
excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se 
encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas 
mais secos como no deserto. 
Maxilares - O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no 
cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagemde sua desenvolvida 
traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação 
de ar. 
Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito 
mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento 
da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a 
traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células 
vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio 
mais eficientemente. 
Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza 
ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos 
reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do 
cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais 
rapidamente. 
Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele 
quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar, 
resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em 
longas jornadas. 
Crina - Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o 
pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do 
reflexo e da poeira. 
Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do 
deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho 
e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos 
pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente 
comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas 
jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas 
gramas e ervas. 
Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras 
lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o 
pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos 
proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo 
Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco 
vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual 
número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe 
que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis. 
Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da cauda é resultado da 
singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à 
parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças 
que se inclina para baixo. 
A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da 
raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito 
admiradas pelos beduínos. 
Jibbah - é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros 
possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal 
proporcionando maior capacidade respiratória. 
Afnas - O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro é a depressão no osso 
frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil 
da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza, 
nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje 
nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é 
considerada boa e típica quando possui:olhos grandes, salientes, bem separados e 
situados logo abaixo da testa;testa larga;narinas grandes e flexíveis;cabeça 
descarnada e seca;a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz.Os chamados "olhos 
humanos" ou "branco nos olhos" no qual é visível a esclerótica branca em torno da íris 
é um ponto polêmico na criação do cavalo Árabe. Margaret Greeley em seu livro 
"Arabian Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o branco nos olhos não era um sinal 
de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica desejada pelos beduínos. 
Muitos juízes e criadores modernos, no entando, desgostam e penalizam os cavalos que 
possuem essa característica a despeito do fato dela aparecer em certas antigas e 
valiosas linhagens. 
6. Appaloosa 
 
O gene que faz o cavalo malhado é tão antigo 
quanto o próprio eqüídeo mas, o crédito pela 
criação de uma raça distintiva de pelagem 
mosqueada cabe modernamente aos índios Nez 
Percé da América do Norte, que vivem no 
noroeste Nez Percé da AMérica do Norte, que 
viviam no noroeste do atual estado do Oregon. 
Suas terras incluíam o vale do rio Palouse (ou 
Palousy), e foi o rio que deu nome aos cavalos. 
Geneticamente, os animais tinham sangue Árabe, Berbere e a fusão destes com os 
autóctones, ibéricos, o Andaluz. Os animais que traziam na sua carga genética esta 
peculiaridade de pelagem, provavelmente eram descendentes de Árabes de origem 
persa. 
Todos os eqüinos das Américas descendem dos cavalos reintroduzidos pelos 
conquistadores ibéricos. Os indígenas norte- americanos capturaram eqüinos trazidos 
pelos exércitos espanhóis que invadiram o México. 
A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis. 
Nesse lote havia exemplares de pelagem salpicada descendentes remotos de cavalos da 
África Central. Os Nez Percé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam 
rigorosas políticas seletivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para 
qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente prático. 
Em 1877, a tribo e a manada quase foram exterminadas quando o governo da União 
ocupou as reservas. Todavia, em 1938, com a fundação do Appaloosa Horse Club, em 
Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. Seu registro é hoje o terceiro 
mais numeroso do mundo. 
No Brasil, a raça foi introduzida pelo criador Carlos Raul Consoni, na década de 70, 
em São Paulo. 
Um Appaloosa é identificado, de imediato, pelas pintas que apresenta na sua pelagem, 
usualmente concentradas numa região do corpo, como a garupa, mas pode apresentar-
se com pintas em todo o corpo. 
Em termos de estrutura, é semelhante ao Quarto de Milha de lida, ou seja, um animal 
mais troncudo do que longilíneo, apresentando sólida ossatura. Os olhos possuem 
esclerótica branca em torno da íris; a cabeça de desenho refinado, com caráter 
distintivo; a pele do nariz conspicuamente mosqueada; possui lineamente compacto, 
com quarto robusto, resultado da introdução de sangue quarto de milha; os membros 
são adequados, um pré-requisito de qualidade e os cascos são duros, em geral com 
listras verticais. Altura: de 1,42 a 1,52m. 
O Appaloosa moderno é reprodutor, mas também animal de competição (corrida e 
salto), notável pela resistência, vigor e boa índole. 
Praticamente qualquer fundo básico sobre o qual se apresentem as pintas, que podem 
ser claras ou escuras, para contrastar. Há cinco pelagens oficiais de Apaloosa: blanket 
(cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost 
(geada). O Appaloosa é dócil, ágil e vigoroso, um excelente animal de lida, além de ser 
cultivado por simples motivos estéticos. 
7. Ardenês Ardennais 
 
 Identificação: Cavalo de tração, 
compacto e musculoso, com membros 
desproporcionadamente curtos e de 
ossatura extremamente larga abaixo 
dos joelhos e dos curvilhões . A cabeça 
é uniformemente grande e levemente 
convexa. A potência do pescoço e dos 
músculos, tanto da paleta quanto da 
garupa e nádegas, faz parecer que não 
há dorso ou anca entre o peito e os 
quartos posteriores . As patas são 
grandes e peludas. 
Carga Genética: Trata-se de uma raça autóctone da França e da Bélgica, uma 
linhagem que evoluiu no Norte da Europa a partirda milenar migração do Berbere, 
cuja rota se fez da Ásia Central para o Oeste, transformando-se num ramo do chamado 
Cavalo Nórdico. 
Histórico: A raça possui sua aparência atual há mais de dois mil anos, ao que se sabe, 
sendo primordialmente da França e da Bélgica, embora o cavalo das Ardenas tenha 
sido levado, posteriormente, para a Suécia também. 
Supostamente, trata-se de uma das linhagens autóctones das nações francas, 
mencionada por Júlio César em suas narrativas das guerras no que ele chamava de 
Gália. Na Suécia, a utilização da raça é recente e a 
potência dos animais sofre nas regiões escandinavas mais 
frias. 
Função: até a era da mecanização, o Ardenês, assim 
como outros cavalos de tiro nórdicos, prestou inestimável 
contribuição à agricultura. 
Nos dias atuais, contudo, seus serviços não estão de todo 
dispensados, sendo utilizados em regiões madeireiras de difícil acesso para veículos, 
mesmo para tratores. 
Altura: na França e na Bélgica, em torno de 1,53m e, na Suécia, pode atingir 1,60m, 
sendo, porém, menos compacto e musculoso. 
Pelagem: Alazã e castanha, com casos de castanho- interpolado (ruão), ou seja, mescla 
de pêlos brancos, negros e vermelhos, ou de brancos e vermelhos, com crinas e 
membros negros. 
 
8. Argentino 
 
Função: Animal altamente competitivo para os 
esportes amadores. 
Altura: Quando atingem de 1,60 a 1,70m são 
destinados ao salto ou ao adestramento; 
quando menores que 1,50m são destinados ao 
pólo. 
Pelagem: Alazã, castanha e tordilha. 
 
Animal harmonioso que se confundiria com o 
Anglo Árabe se não fosse a chanfro convexo em 
vez de reto ou até mesmo côncavo do Anglo- Árabe. Possui porte altivo como um Puro- 
Sangue Inglês, embora os indivíduos de conformação ideal sejam mais curtos de dorso 
e anca, possuam braços mais verticais e quartelas mais curtas que o PSI. 
Originalmente denominado de Anglo- Argentino, este cavalo excepcional para a 
prática de esportes amadores resultou da cruza do puro- Sangue Inglês com o Crioulo; 
portanto, tem sangue Árabe e Berbere, basicamente, as raças formadoras do PSI e do 
Andaluz, este sendo o gerador do Crioulo na América do Sul. 
As pastagens Argentinas são mundialmente famosas por sua excelência para a 
equinocultura . Além da criação de excepcionais Crioulos, usados precipuamentes na 
lida, os argentinos desenvolveram uma raça voltada para o esporte, através da cruza 
com o PSI. 
Do cavalo de corrida obtiveram o porte e a vivacidade; do crioulo colheram a 
resistência e os úmeros mais verticais e quertelas mais curtas, que fazem o animal 
perder em velocidade mas ganhar em termos de resistência, sobretudo, nos saltos. 
Em 1983, a raça foi oficialmente redenominada de Sela - Argentina, tanto por motivos 
políticos resultantes do conflito com a Inglaterra sobre a posse das ilhas Malvinas 
quanto para evitar incongruências quando da utilização de linguagens germânicas, 
como as Trakehner, Hanoveriana etc., em novas cruzas na atualidade. 
 
9. Baio de Cleveland 
 
Função: atualmente, é uma raça muito 
utilizada para puxar carruagens reais, servir 
de montaria oficial da rainha Elizabeth II, ou 
para as caçadas à raposa. 
Altura: de 1,52 a 1,61m 
Pelagem: Baio é tradução de em inglês, 
significando o nosso castanho. 
 
É uma das raças que possui a cabeça convexa, 
ou acarneirada, tendo pelagem uniformemente 
castanha, embora com eventuais tufos brancos nas extremidades dos membros. 
A cabeça é grande, o corpo é poderoso, com ampla cavidade toráxica e quartos 
traseiros potentes e cauda de implante alto. Os membros são um tanto curtos mas boa 
ossatura. 
Trata-se do cavalo que mais se poderia considerar o eqüino autóctone da Inglaterra . 
Deve descender de estirpes primordiais, tendo sofrido periódicas cruzas por parte de 
animais trazidos por invasores, como os nórdicos dos saxões ou os Andaluzes dos 
normandos. 
Nos últimos 100 anos sofreu, ainda, alguma infusão de Puro - Sangue Inglês, o que, 
contudo, não afetou o seu temperamento, continuando a ser um animal paciente e até 
pachorrento, sem o gênio irrequieto do PSI. 
O Baio de Cleveland é usado pelas diversas nações, ou tribos, britânicas desde tempos 
imemoriais. Já foi conhecido pela denominação de Chapman, e era o animal ideal, nos 
vilarejos ingleses, tanto para puxar suas carroças, quanto para ser utilizado montando. 
Nos séculos 17 e 18 a sua presença era generalizada na Inglaterra, e muitos nobres que 
se dedicaram à formação do PSI, o fizeram cruzando garanhões Árabes com matrizes 
de Cleveland, sobretudo em York-Shire 
. 
10. Berbere 
 
Função: É o cavalo de sela ideal nos países 
Árabes, sendo, como o Árabe, também um 
excelente raçador para formar plantéis de 
mestiços de lida ou esporte. 
Altura: de 1,52 a 1,60m. 
Pelagem: Alazã ou castanha, passível de se 
tornar tordilha se pelo menos um dos 
genitores também o for. 
De uma maneira simplista se poderia dizer 
que o Berbere é um Árabe de perfil 
acarneirado, ou, então, que o Berbere é um Andaluz menor, portanto, devemos reparar 
que o chanfro não é côncavo e que o pescoço é menos sinuoso que o Árabe, embora 
haja, ainda, uma leve diferença na garupa: a do Berbere é menos reta, sendo mais 
arredondada e, por conseqüência, a inserção do rabo se verifica mais baixa 
Tanto o Berbere quanto o Árabe são descendentes diretos do que alguns denominam de 
o Cavalo Ágil, ou seja, o Berbere e o Árabe são primos - irmãos, raças puras no 
processo evolutivo. Por este motivo, há muitos que confundem as duas estirpes ou 
ignoram a denominação de berbere para se referir às duas raças, indistintamente, 
como sendo Árabes, simplesmente. Há alguma justificativa para isto: afinal, o que se 
considera moderadamente como o mais puro dos cavalos Árabes, que é proveniente dos 
desertos egípcios, sem dúvida é descendente da cruza das duas estirpes. 
O Berbere foi levado da Ásia, por Tribos nômades, tanto para o Oriente Médio (onde se 
encontrou com o Árabe) quanto para o Norte da Europa, prosseguindo para o Sudoeste 
até a península ibérica. 
Na realidade, tanto no tempo das invasões muçulmanas quanto na cavalaria dos países 
Árabes da atualidade, o cavalo utilizado é o Berbere, por seu porte maior. 
 
11. Bolonhês 
 
 O Bolonhês é um dos cavalos mais 
harmoniosos cavalos de tiro da 
Europa, pois a infusão de sangue 
oriental foi muito forte. Assim, apesar 
de possuir as características gerais do 
animal de tração, como o aspecto 
compacto e as pernas curtas e grossas, 
com articulações grandes, possui 
também um chanfro bastante reto e às 
vezes até côncavo, lembrando o perfil 
do Árabe. As orelhas são pequenas, o 
pescoço poderoso, as crinas são 
espessas e a pelagem sedosa é 
usualmente tordilha. 
Desenvolvido no Norte da França, na região de País de Calais, trata-se do resultado de 
inúmeras cruzas através dos séculos, tendo como base o cavalo nórdico (que alguns 
preferem denominar das florestas) cujas origens milenares estão na migração do 
Berbere que se deslocou para o Oeste pela Europa. Na Idade Média houve grande 
infusão de sangue Andaluz, ou seja, mais carga genética de origens Berbere e Árabe. 
Como todos os animais nórdicos, a potência foi sempre um elemento primordial a ser 
explorado pelo homem primitivo, sendo vital nos seus primeiros esforços agrícolas, 
comerciais e militares, lançando mão do cavalo para puxar arados, transportar 
carretas de produtos, transportar carretas de produtos e, finalmente, artefatos bélicos. 
No caso específico do Bolonhês, contudo, o animal foi utilizado ainda como montaria 
na Idade Média, suportando a carga de um cavalheiro com sua pesada armadura 
blindada. 
Função: Na atualidade, puxar arados em granjas. 
Altura: Em torno de 1,62m; no máximo 1,65m. 
Pelagem: As pelagens são as básicas, castanha e alazã, mas quase todos se tornam 
tordilhos com o tempo.12. BRABANTINO (Brabant) 
O Brabantino é possuidor das usuais 
características dos potentes cavalos de 
tração, com o pescoço bem 
desenvolvido, conjunto dorso/anca bem 
curto, pernas curtas e grossas, etc. 
Contudo, para os que já ,conseguem ir 
sentindo as pequenas nuanças da 
conformação eqüina, não é difícil 
distinguir o Brabantino dos demais 
pela sua cabeça desproporcionalmente 
pequena em relação ao corpo, e por sua grande estatura. 
o Brabantino é tido por muitas autoridades como o verdadeiro chefe de raça de todos 
os cavalos nórdicos, o primordial cavalo das florestas que se desenvolveu a partir do 
Berbere pré - histórico. 
Como o original cavalo dito de sangue frio ( mera expressão referente à região nórdica 
a ao temperamento frio), o Brabantino foi a base dos demais cavalos pesados da 
Bélgica, do Norte da França, etc. Alguns o chamaram de cavalo de Flandes, raça que 
não existe, exceto em citações históricas, tratando-se, portanto, do Brabantino mesmo. 
Embora outras raças tenham sido desenvolvidas a partir deste cavalo, através de 
cruzas, sobretudo, com cavalos orientais, o brabantino é 
cultivado e selecionado, até os dias atuais, mantendo as 
suas características 
obviamente, trata-se de um animal de tração, mas a sua 
nobreza faz com que os seus atuais criadores, quando 
puristas, o reservam para exposições. 
Altura: Nórdicos puro, supera 1,70m na cernelha. 
Pelagem: Embora outras sejam possíveis, a usual é a do 
ruão, mescla de pêlos vermelhos, negros e brancos, com pequenas manchas negras pelo 
corpo todo. 
 
13. Bretão de Tiro 
 
O Bretão é um animal nativo da região bretã francesa e 
foi sendo cruzado, através dos tempos, com as demais 
raças de tiro, como as raças Percheron, Ardenesa e 
Bolonhesa. Da tração de coches, após cruzas com o 
Hackney e o Tratador Norfolk. As cruzas com Árabe e o 
Puro -Sangue Inglês resultaram em um Bretão para 
charretes e até mesmo a montaria. 
O Chamado Bretão de Tiro, que pode atingir até a altura de 1,60m ainda usado na 
agricultura; o tratador ainda potente, com 1,50m de altura, serve para as carruagens e, 
finalmente, o Bretão, que alguns apelidaram de Corlay, com 1,52m, serve para 
montaria. 
A herança genética do Bretão é a mesma dos demais cavalos nórdicos, ou seja, do 
Berbere pré-histórico que veio da Ásia para a Europa pela rota das estepes e originou 
os chamados cavalos da floresta. Na atualidade, o Bretão sofreu infusões de sangues 
oriental e Anglo - saxão. 
 
Altura: Como vemos acima, pelas funções a que se 
destinam determinadas criações, o animal pesado de 
tiro não deve variar muito de 1,60m, assim como o de 
tração a trote não deve variar muito de 1,50m. Contudo, 
o tipo mais leve pode perder porte até cair a 1,48m. 
 
Pelagem: Temos básicas, alazã e castanha, com grande ocorrência do ruão, mescla de 
pêlos vermelhos, negros e brancos. Contudo, é muito rara a aparição do castanho 
quase negro, como se desconhece o tordilho. 
O pescoço correspondente ao conjunto, é curto, grosso e arqueado. As orelhas são 
pequenas e móveis. A cabeça é quadrada e de perfil reto. A anca são largas e 
quadradas, com musculatura acentuada e movimentação particularmente franca e 
livre. As pernas são curtas e fortes, com pouco plumagem e os pés duros, bem formados 
e não muito grandes. A cauda, costuma-se encurtar como a do norman cob. 
14. Búlgaro 
 
Também conhecido como Búlgaro 
Oriental, trata-se de um Anglo - 
Árabe, na realidade! As 
características são as uma estrutura 
longilínea, altiva, chanfro reto às 
vezes até côncavo; a garupa 
horizontal do Árabe e a espádua 
oblíqua do PSI. 
A mesma do Anglo - Árabe e Berbere 
com o autóctone britânico, 
descendente do Berbere pré- 
histórico. 
Há numerosos países que desenvolvem supostas raças nacionais que, na realidade, não 
passam de uma versão local de outra raça. Obviamente, tais supostas raças precisam 
entrar em trabalhos como este, já que possuem registro. Em alguns países, a raça ao 
menos é formada em diversas etapas, recebendo diferentes infusões periódicas de 
numerosas raças, na procura de determinado padrão. Isto foi feito, no Brasil, em 
relação ao Campolina, e atualmente do Brasileiro de Hipismo. Contudo, o Búlgaro é 
simplesmente um Anglo Árabe , sem qualquer outra influência racial. Trata-se de 
animal criado pela Fazenda Estatal Vassil Kolarov. 
Função: Os animais são empregados tanto no salto, embora não possuam estatura 
recomendável, quanto em corridas de obstáculos, para as quais são ideais, unindo a 
velocidade do PSI à resistência do Árabe. 
Altura: Embora o haras estatal só introduza novas cruzas com PSI na atualidade, a 
média é de 1,53m. 
Pelagem: As usuais alazã e castanha. Por motivos de preferência estética, os búlgaros 
concentram a seleção em pelagens alazã e castanho praticamente negro, desprezando o 
castanho comum, de tom marrom : 
15. Campolina 
 
Trata-se de um animal de grande 
estatura e marchador. Possue as 
características básicas do Marchador 
Mangalarga, do qual foi evoluído, mas 
em porte mais imponente. A cabeça é 
forte e muitas vezes o chanfro é 
acarneirado, mais próximo ao perfil do 
Crioulo do que propriamente do 
Mangalarga, os anteriores são mais 
imponentes que os quartos posteriores, 
sendo os ombros fortes e inclinados e a cavidade toráxica ampla e profunda, canas 
curtas e de bons ossos, mas, proporcionalmente, a garupa é estreita. 
A base da raça, o Marchador e, ainda, o Crioulo (que era levado do Rio Grande do Sul 
para Minas Gerais) é, proveniente dos animais trazidos da Península Ibérica, portanto, 
Berbere e Árabe. 
O Criador Cassiano A. da Silva Campolina ganhou uma égua, Medéia, da raça 
Marchador Mangalarga, que havia sido cruzada com um garanhão Andaluz, de 
Antônio Cruz, que pretendia obter um produto mais robusto. Nasceu um potro, 
Monarca, do qual se desenvolveu a raça, recebendo infusões de sangue Anglo - 
Normando (do Garanhão Menelicke e, posteriormente, de PSI.) 
Originalmente, o Campolina foi utilizado para a tração de tróleis e carruagens. 
Atualmente, é um excelente animal para o lazer, reunindo o conforto da marcha ao 
porte robusto para passeios rurais. 
Altura: Se provir de boa criação, atinge 1,65m. Pelagem: Além das básicas, alazã e 
castanha, há a báia, de cor amarelada, crinas e membros negros e , às vezes, zebruras 
listras, raia da cernelha à garupa, etc. 
 
16. Crioulo 
 
Trata-se de um animal harmonioso nativo 
da República Argentina, o crioulo pode 
ser encontrado, sob formas ligeiramente 
difrentes e uma grande variedade de 
nomes. Com o chanfro acarneirado, 
herança esta de sua ascendência ibérica, 
não possui a desproporção que se 
observa no Andaluz e na maioria dos 
Mangalargas entre os quartos traseiros 
Descendente dos animais ibéricos, a 
garupa genética é a do Berbere e a do 
Árabe. O cavalo desapareceu dos 
territórios americanos na Pré Historia, sendo reintroduzido somente na colonização 
ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, ao 
México, e para o Sul , até o Peru. Do México, o cavalo espalhou-se pelo que hoje 
constituiu os Estados Unidos, e, do Peru, o cavalo seguiu para o sul, numa rota 
paralela à costa do Oceano Pacífico, via Chile, até invadir a Argentina e o Rio grande 
do Sul, onde o cultivamos, originalmente, no Brasil. Atualmente, a raça está sendo bem 
difundida em todo território nacional. 
Pelagem: Praticamente qualquer uma, predominante o baio gateado ( com estrias 
escuras nos joelhos e jarretes). A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um 
báio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha, 
a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: 
oveira e tobiana, indesejáveis. 
Função: Trata-se de excepcional cavalo de lida, potente,dócil e resistente, com incrível 
capacidade de trabalho e subsistência sob condições. Nos dias atuais, está sendo 
descoberto pelos praticantes do hipismo rural, com crescente sucesso esportivo. É 
educado num galope especial, curto, porém continuado, que permite fazer muitos 
quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, 
de acordo com os terrenos planos do sul. 
 
 
PADRÃO DA RAÇA: 
 
1 – CABEÇA: 
 
PERFIL: Sub-Convexo; Retilíneo; Sub-Côncavo 
COMPRIMENTO: Curta 
GANACHA: Delineada; Forte e moderadamente afastada 
LARGURA: Fronte – larga e bem desenvolvida 
 Chanfro – Largo e curto 
ORELHAS: Afastadas; Curtas; Bem inseridas; Com mobilidade 
OLHOS: Proeminência; Vivacidade 
 
2 – PESCOÇO: 
 
INSERÇÕES: Cabeça – Limpa e resistente;Tórax – Rigorosamente apoiada no peito 
BORDO SUPERIOR: Sub-Convexo; Crinas grossas e abundantes 
BORDO INFERIOR: Retilíneo 
LARGURA: Amplo; Forte; Musculoso 
COMPRIMENTO: Mediano 
 
3 – LINHA SUPERIOR: 
 
CERNELHA: Destaque moderado; Musculosa 
DORSO: Mediano; Musculoso; Bem unido a cernelha e ao lombo 
LOMBO: Musculoso; Unindo suavemente o dorso e a garupa 
GARUPA: Moderadamente larga e comprida; Levemente inclinada proporcionando 
boa descida muscular para os posteriores 
COLA: Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. 
Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes. 
 
4 – TÓRAX, VENTRE E FLANCO: 
 
PEITO: Amplo; Largo; Profundo; Encontros bem separados e musculosos 
PALETAS: Inclinação mediana; Comprimento mediano; Musculosas, caracterizando 
encontros bem separados 
COSTELAS: Arqueadas e profundas 
VENTRE: Sub –Convexo, com razoável volume; Perfeitamente unido ao tórax e flanco 
FLANCO: Curto; Cheio; Unindo harmonicamente o ventre ao posterior 
 
5 – MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES: 
 
BRAÇOS E COTOVELOS: Musculosos; Braços inclinados; Com cotovelos afastados 
do tórax 
ANTEBRAÇOS: Musculosos; Aprumados; Afinando-se até o joelho 
JOELHOS: Fortes, nítidos, no eixo 
CANELAS: Curtas, com tendões fortes e definidos; Aprumadas 
BOLETOS: Secos, arredondados, fortes e nítidos; Machinhos na parte posterior 
QUARTELAS: De comprimento médio; Fortes, espessas, nítidas e medianamente 
inclinadas 
CASCOS: De volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e 
medianamente inclinados. De preferência, pretos 
QUARTOS: Musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e, 
musculosas interna e externamente 
GARRÕES: Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo 
anterior medianamente aberto 
 
 
2.1 - MEDIDAS (M): 
#### Alçada Tórax Canela 
#### Min. Máx. (perímetro) Min.* (perímetro) Min.* 
MACHOS 1,40 1,50 1,68 0,18 
FÊMEAS 1,38 1,50 1,70 0,175 
CASTRADO 1,38 1,50 1,68 0,18 
* Não existe máximo estabelecido. 
17. Cob Irlandês 
 
O cob é um dos cavalos mais sedutores 
do mundo. Embora seja recomendável à 
primeira vista, não é uma raça, de vez 
que não há padrões determinados para o 
seu padrão. A maneira mais rápida de 
identificar o Cob Irlandês é verificar que 
se trata de um cavalo de tração cujas 
patas não são peludas. Esta raça de tiro 
possui um certo refinamento, apesar de 
manter as características dos eqüinos de 
sangue frio: pescoço curto e forte, cabeça de chanfro convexo, ombros poderosos, 
membros curtos e ossudos e patas grandes. 
Carga Genética: Obviamente um animal autóctone, descendente do Berbere pré 
histórico que, contudo, pode Ter recebido alguma carga genética de Árabes levados 
por invasores, sobretudo pelos romanos. 
Histórico: A existência da raça é milenar. Tendo sido utilizada tanto para tração 
quanto para montada. Nos séculos 18 e 19 , em especial, o Cob Irlandês foi 
aproveitado nos demais territórios britânicos. A partir dessa difusão da raça, também 
se desenvolveu uma nova estirpe, denominada Hunter, ou cavalo de caça. Trata-se da 
cruza do Cob com o Puro Sangue Inglês, cujo produto é um animal de cerca de 1,65m 
de altura, chanfro reto, garupa poderosa e oblíqua e excelente saltador, somando as 
qualidades mais desejáveis das duas raças: a resistência e potência do Cob com a 
vivacidade, o refinamento e o sangue quente do Puro Sangue Inglês. 
Função: O Cob tradicional ainda é usado em pequenas propriedades rurais ou em 
vilarejos pitorescos, para tração ou mero transporte de cavaleiros montados. 
Altura: de 1,50m a 1,60m, para o Cob de tiro. 
Pelagem: As usuais alazã, castanha ou tordilha, com uma certa predominância da 
castanha escura, quase negra, tanto no animal de tiro quanto no de caça. 
 
 
18. Clydesdale 
 
Uma das maneiras de se distinguir este 
cavalo de tração dos demais está na 
pelagem: o Clydesdale possui manchas 
brancas pelo corpo, sobretudo na cara e 
nos membros inferiores. Em movimento, 
sua ação é larga e compassada: quem 
observar por trás verá a sola das patas, 
bem elevadas em ação. As 
características gerais são comuns aos 
animais de tiro: pescoço forte e arqueado, 
cernelha alta, conjunto dorso/anca curto, 
espádua quase vertical e membros anteriores 
diretamente sob os ombros. Os ossos são 
largos e poderosos, a musculatura compacta 
e potente. 
 
 
 
 
Carga Genética: Basicamente, o Clydesdale é o 
produto do sangue Berbere de linhagens 
distantes e separadas entre si por séculos. Os 
escoceses cruzaram seus cavalos autóctones, 
descendentes do Berberes pré históricos, com 
animais nórdicos, sobretudo pela importação de 
garanhões da região continental de Flandes. 
Histórico: Com a abertura de estradas que 
permitiam a circulação de veículos de tração, os 
escoceses do condado de Lanarkshire, que é 
banhado pelo rio Clydesdale, resolveram 
desenvolver uma raça de tiro para escoar a 
produção de carvão de suas minas ali localizadas. 
Logo os agricultores também aderiram à nova 
raça, que recebeu o nome de rio. Com o passar do 
tempo, o cavalo ultrapassou as fronteiras da 
Escócia, sendo introduzido no Reino Unido, a 
partir do século 18. 
 
Função: Apenas a tração. 
Altura: Em média 1,62m. 
Pelagem: Predominantemente castanha, com as citadas manchas brancas; quando o 
alazã é tostado, também com as manchas. Finalmente, pode ser ruão com manchas. 
 
19. Derashouri 
 
Não seria fácil distinguir um cavalo da 
raça Darashouri de um Berbere, pois, 
na realidade, se trata de um animal 
tipicamente dessa linhagem, cultivado 
no Irã. Evidentemente, há a presença 
de sangue Árabe no cavalo da antiga 
Pérsia, que se faz notar, sobretudo, no 
perfil mais reto, menos acarneirado e, 
as vezes, até côncavo, tanto do 
Derashouri quanto no chamado cavalo 
Jaf, que é basicamente o mesmo animal. Contudo, a garupa inclinada denuncia a 
predominância do Berbere, assim como a estatura, grande para um cavalo do deserto. 
O Árabe, no Oriente Médio , atinge em torno de 1,43m de altura e a raça tem garupa 
horizontal. 
Do original cavalo do deserto, da rota das estepes, com cruzas contemporâneas. 
Ao deslocar-se da Ásia Central, o Berbere tomou duas rotas: a nórdica , indo para o 
Oeste pelo topo da Europa, e a das estepes, descendo para Sudoeste, em direção a 
Península Arábica. Obviamente, os eqüinos se espalharam também pela Pérsia, que, 
com centro de um dos primeiros impérios da raça humana, cultivou o cavalo em quase 
todas as suas regiões . Nos planaltos, o pescoço do Darashouri é mais encorpado, ao 
passo que nas províncias montanhosas o Jaf exibe uma certa herança do pescoço de 
cisne característico do Árabe. 
Função: O cavalo oriental é um companheiro do homem, utilizado para tudo, em 
especial como montaria. 
Altura: Em média 1,50m. 
Pelagem: Rigorosamente as tradicionais alazã, castanha e, eventualmente, tordilha. 
Tanto a pelagem quanto as crinas são extremamente sedosas. 
20. Dole 
 
Este éum cavalo da Noruega possui 
certas características curiosas, uma 
das quais a de poder ser considerado 
um animal de tração em miniatura, 
pois há grande variação na altura dos 
indivíduos. Outra característica está 
na cabeça : parece a de um Pônei, 
delicada e às vezes com chanfro até 
côncavo, em contraste com o resto do 
corpo. O pescoço é forte, os ombros 
são bastante verticais, a musculatura é bem desenvolvida e os membros são curtos e 
ossudos, com patas peludas. 
Um dos muitos ramos do cavalo nórdico, descendente do Berbere pré histórico. nos 
indivíduos mais delicados, ágeis e velozes, há a presença de cruzas controladas de 
Puro- Sangue Inglês recente. 
Os animais nórdicos, embora mantendo as características dos pesados cavalos ditos da 
floresta, sofrem a influência da falta de alimentação exuberante nas gélidas regiões do 
Mar do Norte, o que explica a oscilação entre os portes dos indivíduos, tendo algum 
perdido a altura, através dos séculos, a exemplo do que se deu com o Piquira, no 
Brasil. 
O indivíduo de porte mais avantajado é utilizada em pequenas propriedades rurais, 
tanto no arado quanto em setores madeireiro. Os mais ágeis são trotadores para 
jarretes e animais de montaria. 
Altura: de 1,40 a 1,52m. 
Pelagem: Predominantemente castanha, do avermelhado ao negro, com abundância de 
crinas espessas características dos animais de tiro, podendo ocorrer a presença de 
pêlos brancos, sobretudo nas patas peludas. 
21. Don 
 
Trata-se de um cavalo de difícil descrição, 
diante da inconsistência de características 
marcantes, sendo um animal desenvolvido na 
URSS a partir de inúmeras cruzas e entre várias 
raças. Talvez haja a predominância de algumas 
características do Puro Sangue Inglês, 
exatamente aquelas mais adequadas à 
velocidade, como os posteriores quase retos. A 
cabeça também é muito refinada para um 
animal cuja base está no chamado cavalo das 
estepes, sem , contudo, o perfil côncavo dos 
delicados cavalos do deserto, deixando bem marcada a presença do Puro Sangue 
Inglês. Em termos de raças contemporâneas, há sangue Anglo- Normando , Árabe, PSI 
e Orloff. 
A base da raça e asiática, das estepes. Na fracassada invasão 
napoleônica da Rússia, em 1812, os franceses abandonaram 
cavalos Anglo- Normandos, que os cossacos utilizaram na 
reprodução. Posteriormente, houve a introdução de sangue de 
animais turcos, de linhagem Árabes e Berberes modernas. Finalmente, adicionaram o 
sangue PSI para obter mais porte, assim como o Orlou, que já é também o produto de 
cuidadosas cruzas de linhagens nórdicas, orientais, etc. 
Este cavalo de sela é utilizado para lazer ou ação militar, servindo em regiões de difícil 
acesso motorizado. 
Atinge uma média de 1,52m, na atualidade, pois originalmente não passava de 1,45m, 
devendo continuar a crescer através de futuras seleções. 
Pelagem: as tradicionais alazã e castanha, além do baio e do eventual tordilho, não 
sendo de agrado a incidência de manchas, preferindo-se uma só. 
 
22. Einsieder 
 
Esta raça é a versão suíça do cavalo Anglo Normando. É um animal de esporte, 
garboso como um Puro Sangue Inglês, mas 
possuindo as características mais adequadas 
ao salto, como o conjunto dorso/ anca mais 
curto, canas curtas e fortes, cuvilhões mais 
baixos, quartelas mais curtas, garupas 
fortes, etc. 
Basicamente a do Anglo Normando, e ainda 
do Hackney, introduzida modernamente. A 
cultura de uma raça para esportes, na Suíça, 
curiosamente é devida aos monges 
Beneditinos! A tradução do nome da raça é "eremita". O primeiro registro da criação 
data de 1064, obviamente a partir de animais meramente nórdicos, pois nem sequer 
existia a Inglaterra como nação! Contudo, os suíços foram introduzindo o Anglo- 
Normando à medida que esta raça foi sendo desenvolvida na França e, posteriormente, 
houve a importância do Hackney, diretamente da Inglaterra. 
Função: Cavalo desenvolvido para esportes, sendo excelente saltador ou animal de 
adestramento. Contudo, muitos o utilizam como trenós no inverno ou praticar o 
perigoso esqui na neve. Quando um indivíduo atinge grande estatura, há quem até 
mesmo o empregue na tração agrícola em Zonas rurais. 
Altura: Em média, 1,62m, mas pode atingir 1,70m. 
Pelagem: Qualquer uma é possível, mas a grande incidência é a de pelagens claras, 
como a alazã ou baia, na qual somente as crinas e membros inferiores são escuros. 
Possivelmente, através dos tempos, houve a eliminação propositada do gens tordilho, 
mas as demais pelagens teriam sido clareadas pela natureza nórdica. 
 
23. Mangalarga Marchador 
 
A raça passou a ser cultivada a partir da crianção 
do barão de Alfenas, cruzando um garanhão Alter 
Real, presente de D. Pedro II, com o rebanho 
mineiro dos Junqueira, de origem também ibérica. 
Seu nome deve-se ao seu andamento, ou mais 
provavelmente ao nome de uma fazenda no Estado 
do Rio de Janeiro, onde esses animais, por volte de 
1845, passaram a ser conhecidos e cobiçados por 
todos os homens de posse da então capital do 
Império. É a mais antiga raça zootecnicamente 
formada na América Latina. 
Tendo a Associação de Criadores de Mangalarga de São Paulo estabelecido 
preferência para o andamento denominado "marcha trotada" em contraposição à 
preferência dos criadores mineiros para a marcha picada, resolveram estes últimos 
organizar sua própria Associação, com livros separados de registro, a partir de 1950, 
de acordo com o padrão seguinte, modificado em 1951. 
 
Descrição 
 
Peso de 350 a 400 quilos no macho (menor do que o Paulista). 
 
Estatura de 150cm no garanhão, com uma média de 151 e um mínimo de 146cm. Na 
fêmea 144cm, com um mínimo de 138cm. 
 
Perímetro torácico de 175cm no macho e 173cm na fêmea. 
 
Pelagens - As dominantes são a castanha e a tordilha . São também freqüentes a báia e 
alazã, ocorrendo em menor proporção a negra, a branca, a rosilha, a lobuna e a 
pampa. 
 
Cabeça de tamanho médio e harmoniosa, com fronte larga e plana, de perfil retilíneo, 
tolerando-se o subcôncavo, ganachas delicadas e afastadas . Os olhos devem ser 
afastados, grandes, vivos, e de pálpebras finas. As orelhas são de tamanho médio, bem 
implantadas, atesouradas e móveis. A boca ser medianamente rasgada, com lábios 
finos, iguais, móveis e firmes. As narinas devem ser abertas e flexíveis. 
 
Pescoço leve, de comprimento médio, com crina rala e sedosa, harmoniosamente 
ligado à cabeça e de inserção bem definida. Deve ser piramidal e bem posto, tolerando-
se o ligeiramente rodado. 
 
Corpo de porte médio, um pouco musculoso, entretanto prefere-se que seja de 
aparência leve e de musculatura bem proporcionada. A cernelha, deve ser comprida, 
alta, musculosa e bem definida. O tórax profundo e amplo com costelas longas e 
arqueadas, o dorso e lombo curtos e direitos. Os flancos cheios e arredondados. A 
garupa longa, musculosa e bem ligada ao lombo e tão horizontal quanto possível. A 
cauda bem implantada, de inserção não alta, de sabugo curto e firme, ligeiramente 
curvada para cima na ponta, quando o animal se movimenta, com crina rala e sedosa. 
Órgãos genitais perfeitos. 
 
Membros fortes, com articulações salientes, firmes e bem aprumados. A espádua é 
musculosa; sem excesso e oblíqua. O braço curto e musculoso, o antebraço longo e 
musculoso, os joelhos direitos, largos e chatos, as coxas cheias, as pemas longas, fortes 
e bem aprumadas; os jarretes secos e aprumados; as canelas curtas, secas, limpas, com 
tendões fortes e bem delineados; os boletos devem ser largos e bem definidos; as 
quartelas médias, oblíquas e fortes e os cascos, arredondados, lisos, escuros, com a 
sola côncava e a ranilha elástica. 
 
24. Paint Horse 
 
Altura - média de 1,50m. 
 
Porte - Médio 
 
Altura - média de 1,50m. Porte - Médio 
Andamento - Trote Aptidões - Um dos 
cavalos maisversáteis. Ultilizado nas 
corridas planas, salto, prova de rédeas, 
tambores, etc. 
 
Aptidões - Um dos cavalos mais versáteis. 
Utilizado nas corridas planas, salto, 
prova de rédeas, tambores, etc. 
 
Influência: Espanhol. Atributos físicos, bem como os diversos tipos de coloração. 
Origem: Século XVI. Descende dos cavalos espanhóis trazidos para a América no 
século XVI. Até os séculos XVIII e XIX, uma linhagem de cavalos mosqueados, 
derivados de sangue espanhol, ainda existia na Europa. O nome "pinto"vem do 
espanhol "pintado", que se tornou, para os cowboys americanos, "paint". Cavalos com 
mais de uma cor ou mosqueados eram também chamados de "calicos". 
 
Temperamento: Inteligente e disposto. 
 
Pelagem: São dois os tipos de coloração: overo e tobiano. Overo E a pelagem com a 
cor básica acompanhada de grandes manchas brancas oirregulares: tobiano é a 
pelagem de fundo branca, com 
grandes irregulares de cor. 
 
Característica: É difícil dar 
ao Paint Horse status de raça 
no sentido tradicional da 
palavra, devido à falta de 
consistência no tipo e no 
tamanho. 
 
História Da Raça 
 
Em 1519 o explorador espanhol Hernando Cortes velejou ao continente Norte 
Americano para achar a fama e fortuna. Junto com a companhia, ele trouxe cavalos 
para ajudar seus homens a viajar por um mundo novo à procura de riquezas. De 
acordo com o historiador espanhol Diaz del Castillo que viajou com a expedição, um 
dos 16 cavalos de guerra que levaram Cortes e seus homens era um cavalo marrom-
avermelhado e branco com manchas em sua barriga. Esses cavalos cruzaram com os 
cavalos nativos americanos "os Mustangs" e criou-se, o que hoje é chamado, "Paint 
Horse". 
No início de 1800, as planícies 
ocidentais foram povoadas 
generosamente por rebanhos de cavalos 
selvagens, e nesses rebanhos incluíam o 
cavalo manchado. Por causa da cor e 
desempenho, os cavalos manchados se 
tornaram favoritos dos índios 
Americanos. A evidência deste 
favoritismo é exibida por desenhos de 
cavalos manchados achados nas 
pinturas de búfalos que servem como registros para o Comanches. 
 
Ao longo de 1800 até 1900, estes cavalos manchados foram chamados por uma 
variedade de nomes: pinto, paint, skewbald, piebald. Em 1950, o primeiro grupo 
dedicado a preservação do cavalo manchado foi organizada e criou-se em 1962 a "The 
Pinto Horse Association". Um segundo grupo de entusiastas de cavalo manchados 
organizou uma Associação, mas este grupo foi dedicado registrar reprodutores com 
sangue de points, quarter horses e thoroughbreds, criando-se "American Paint Stock 
Horse Association (APSHA)." 
 
25. Quarto de Milha 
 
Nome em inglês: Quarter Horse 
Origem: Séculos XVIII - XIX - Estados Unidos 
Temperamento: Linfático (warnblood) 
Pelagem: As básicas. 
Uso: Sela, lida, corridas e hipismo rural 
Influências: Produto de cruza do Mustang 
com o PSI, descende do Andaluz também, ou 
seja, possui sangue Berbere e Árabe em todas 
as suas origens. 
Altura: entre 1,50 e 1,60 m 
O quarto de milha é o primeiro de todos os cavalos americanos de raça, 
é tido como "o mais popular do mundo". Mais de três milhões estão 
registrados na American Quarter Horse Association, fundada em Fort 
Worth em 1941. 
Usualmente é harmoniosoamente troncudo, emsmo quando 
especializado em corridas. A cabeçaé ampla com orelhas pequenas e 
focinho estreito, após ganachas bastante largas. Não é recomendável 
que tenha a cernelha proeminente. Sua grande característica é a 
potência dos quartos traseiros, como glúteos fortemente desenvolvidos 
sobre a garupa. Esta raça foi desenvolvida pelos norte-americanos 
para a lida nos tempos da colonização e que se tornou excelente carreirista para 
distâncias curtas além da inteligência e destreza para 
provas funcionais. 
A origem do seu nome - Quarto de Milha - vem do fato 
dos vaqueiros, no término do seu trabalho, iam divertir-
se sempre nas pequenas cidades e organizavam corridas 
de cavalo pelas ruas principais, que, naquele tempo, 
tinham em média dois quarteirões, isto é, uns 400 m de 
comprimento... Na realidade, a musculatura do animal é 
própria para uma violenta explosão de velocidade, mas 
por pouca duração,sendo adequada ou para as corridas curtas ou para a agilidade e 
equilíbrio demonstrados em provas de balizas e tambores. 
 
Nome do arquivo: APOSTILA - RAÇAS EQÜINAS 
Diretório: C:\Documents and Settings\Vanessa Rocha\Meus 
documentos\FIO CRUZ\MATÉRIA\Apostila 
Modelo: C:\Documents and Settings\Vanessa Rocha\Dados 
de aplicativos\Microsoft\Modelos\Normal.dotm 
Título: 
Assunto: 
Autor: Vanessa Rocha 
Palavras-chave: 
Comentários: 
Data de criação: 1/7/2010 20:08:00 
Número de alterações: 5 
Última gravação: 1/7/2010 22:35:00 
Salvo por: Vanessa Rocha 
Tempo total de edição: 149 Minutos 
Última impressão: 1/7/2010 22:45:00 
Como a última impressão 
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