Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
� Reações Iônicas � Substituição Nucleofílica e Eliminação � Reações dos Haletos de Alquila � O átomo de halogênio, de um haleto de alquila, está ligado a um carbono sp3. O arranjo dos grupos ao redor do átomo de carbono, portanto, é geralmente tetraédrico. � A ligação carbono-halogênio, nos haletos de alquila, é polarizada, uma vez que os halogênios são mais eletronegativos que o carbono. � O átomo de carbono suporta uma carga parcialmente positiva, enquanto que o de halogênio, uma carga parcialmente negativa. � O tamanho do átomo de halogênio aumenta conforme descemos na tabela periódica: átomos de Flúor são os menores e átomos de Iodo são os maiores. � Consequentemente, o comprimento de ligação carbono- halogênio aumenta e a força de ligação carbono-halogênio diminui, conforme descemos na tabela periódica. Reações de Substituição Nucleofílica � Neste tipo de reação um Nucleófilo (Nu:) toma o lugar de um Grupo de Saída (GS ou LG) na molécula que sofre a substituição (chamada de Substrato). � O Nucleófilo é sempre uma base de Lewis e pode estar negativamente carregado ou neutro. O Grupo de Saída é sempre uma espécie que carrega um par de elétrons quando parte. Frequentemente, o Substrato é um Haleto de Alquila ( ) e o Grupo de Saída é um ânion haleto ( ).:R-X¨ ¨ : X¨ ¨ : - � Mais tarde, veremos exemplos de Grupos de Saída diferentes de ânions haleto. Alguns destes Grupos de Saída partem como espécies neutras. Por enquanto, nossos exemplos envolverão Haletos de Alquila, representados genericamente por :R-X¨ ¨ � Nas reações de Substituição Nucleofílica a ligação entre o átomo de carbono do Substrato e o Grupo de Saída sofrem quebra heterolítica, e o par de elétrons não compartilhado do Nucleófilo forma uma nova ligação com o átomo de carbono. O Nucleófilo doa um par de elétrons ao Substrato A ligação entre o carbono e o Grupo de Saída é rompida doando ambos os elétros da ligação ao Grupo de Saída O Nucleófilo usa seu par de elétrons para formar uma nova ligação covalente com o carbono do Substrato O Grupo de Saída ganha o par de e-s que, originalmente, estava ligado ao substrato Questão chave: Quando a ligação entre o Grupo de Saída e o carbono do Substrato é quebrada? Ao mesmo tempo em que a nova ligação entre o nucleófilo e o substrato é formada, como mostrado abaixo??? Ou a ligação do Grupo de Saída é quebrada por primeiro??? Seguido de... � Veremos que a resposta depende muito da estrutura do Substrato Problema 1: � Uma solução contendo íons metóxido, CH3O - (como NaOCH3), em metanol pode ser preparada pela adição de hidreto de sódio (NaH) ao metanol (CH3OH). Um gás inflamável é um dos produtos. (a) Escreva a reação ácido- base que ocorre neste caso; (b) Escreva a reação de Substituição Nucleofílica que ocorre quando CH3I é adicionado e a solução resultante é aquecida. Metanol (Ácido mais forte) Hidreto de Sódio (Base mais forte) Metóxido de Sódio (Base mais fraca) Hidrogênio (Ácido mais fraco) � O Íon Metóxido reage, então, com o Haleto de Alquila (CH3I) numa Substituição Nucleofílica: NUCLEÓFILO � É um reagente que procura um centro positivo � Qualquer íon negativo ou molécula não carregada, com um par de elétrons não compartilhado disponível, é um Nucleófilo em potencial. � Quando um Nucleófilo reage com um Haleto de Alquila, o átomo de carbono ligado ao átomo de halogênio é o centro positivo que atrai o Nucleófilo. Esse carbono carrega uma carga parcialmente positiva pelo fato de a eletronegatividade do halogênio puxar os elétrons da ligação carbono-halogênio em sua direção. Este é o centro positivo que o Nucleófilo procura O Halogênio eletronegativo polariza a ligação C-X � Reação Geral de Substituição Nucleofílica de um Haleto de Alquila pelo Íon Hidróxido: Nucleófilo Haleto de Alquila Álcool Grupo de Saída � Reação Geral de Substituição Nucleofílica de um Haleto de Alquila pela Água: Nucleófilo Haleto de Alquila Íon Alquiloxônio Grupo de Saída Álcool Nucleófilo Haleto de Alquila Íon Alquilimínio + (excesso) Uma Amina Problema 2: � Escreva as reações abaixo como equações iônicas e designe o Nucleófilo, o Substrato e o Grupo de Saída, em cada caso: Problema 3: � Escreva as reações abaixo como equações iônicas e designe o Nucleófilo, o Substrato e o Grupo de Saída, em cada caso: Cinética de uma Reação de Substituição Nucleofílica: A Reação SN2 � A velocidade da reação pode ser determinada, experimentalmente, pela medida da velocidade na qual o Clorometano ou o Íon Hidróxido desaparecem da solução ou a velocidade na qual o Metanol ou o Íon Cloreto aparecem na solução. � Perceba que os experimentos mostram que a velocidade reacional depende da concentração de Clorometano e da concentração do Íon Hidróxido. � Quando nós dobramos a concentração do Clorometano, no experimento 2, a velocidade dobrou. � Quando nós dobramos a concentração do Íon Hidróxido, no experimento 3, a velocidade dobrou. � Quando nós dobramos a concentração de ambos os reagentes, no experimento 4, a velocidade aumentou num fator de 4. Nós podemos, então, exprimir estes resultados na forma da seguinte proporcionalidade: Velocidade α [CH3Cl] [OH -] Esta proporcionalidade pode ser expressa como uma equação, através da introdução de uma constante de proporcionalidade (k), chamada constante de velocidade Velocidade = k [CH3Cl] [OH -] Para esta reação, a esta velocidade, nós encontramos uma constante k = 4,9 X 10-4 L.mol-1. s-1. Verifique este valor calculando k para este experimento. Qual é a ordem dessa reação? Esta reação é de Segunda Ordem Global. É razoável concluir, portanto, que para a reação ocorrer um Íon Hidróxido e uma molécula de Clorometano devem colidir. Podemos dizer que esta reação é Bimolecular (por Bimolecular nós entendemos que duas espécies estão envolvidas na etapa na qual a velocidade da reação está sendo mensurada). Em geral, o número de espécies envolvidas numa etapa da reação é chamado de Molecularidade da reação. Nós chamamos este tipo de reação de Reação SN2. Substituição Nucleofílica Bimolecular O Mecanismo SN2 Orbital antiligante Orbital ligante Representação esquemática dos orbitais envolvidos numa reação SN2 baseada nas ideias propostas por Edward D. Hughes e Sir Christopher Ingold, em 1937. � O Nucleófilo se aproxima do carbono, que suporta o Grupo de Saída, a partir da parte de trás dele, que é aquela situada no lado oposto do Grupo de Saída. � Conforme o Nucleófilo forma uma nova ligação e o Grupo de Saída parte, o átomo de carbono do Substrato sofre inversão – sua configuração de ligação tetraédrica é torcida, trazendo o lado de dentro para fora. � A Reação SN2 se processa em uma etapa simples (sem quaisquer intermediários), através de um arranjo instável de átomos, chamado de Estado de Transição. O íon hidróxido negativo leva um par de elétrons para o carbono parcialmente positivo, a partir do lado de trás (oposto), em relação ao grupo de saída. O cloro começa a mover-se para fora com o par de elétrons que estava ligado ao carbono Estado de Transição No estado de transição, uma ligação entre oxigênio e carbono é parcialmente formada e a ligação entre carbono e cloro é parcialmente rompida. A configuração do átomo de carbono começa a inverter Agora a ligação entre o oxigênio e o carbono foi formada e o íon cloreto partiu. A configuração do carbono foi invertida A Estereoquímica SN2 Uma inversão de configuração Uma inversão de configuração cis-1-cloro-3- metilciclopentanotrans-3-metilciclopentanol Presumivelmente, o Estado de Transição para esta reação é: Grupo de Saída sai, a partir do lado superior Nucleófilo ataca, a partir do lado de baixo Problema 4: � Dê a estrutura do produto que seria formado quando o trans-1-bromo-3- metilciclobutano sofre uma reação SN2 com NaI. Problema 5: � Usando estruturas conformacionais do tipo cadeira, mostre a reação de substituição nucleofílica que ocorreria quando trans-1-bromo-4-tert- butilciclohexano reage com o íon iodeto (mostre a conformação mais estável do reagente e do produto). � A reação do (R)-(-)-2-bromooctano com hidróxido é uma reação SN2 e acontece com completa inversão de configuração:
Compartilhar