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CONSTRUINDO O INSTRUMENTO ROTEIRO DE ENTREVISTA QUESTIONARIO Link A Link B REFERÊNCIAS FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACCOL, A.Z.; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa survey. Revista de Administração, São Paulo, v. 35, n.3, p. 105-112, jul-set. 2000. LINK A CONSTRUINDO O ROTEIRO DA ENTREVISTA (ir para joguinho da aula 4) LINK B CONSTRUINDO UM QUESTIONÁRIO Apresentação Todo questionário deve ter um pequeno espaço dedicado a apresentar a pesquisa, quem a está realizando, quais seus objetivos e como aqueles dados vão ser utilizados. Isso é uma exigência ética indispensável. Exemplo: CARO ENTREVISTADO, ESSE QUESTIONÁRIO FAZ PARTE DE UM ESTUDO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NOS PROCESSOS DE ENSINO- APRENDIZAGEM, PESQUISA DESENVOLVIDA COMO PROJETO MONOGRÁFICO NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNESA. AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ FORNECER SERVIRÃO PARA COMPREENDER MELHOR O PAPEL DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. O QUESTIONÁRIO É ANÔNIMO. VOCÊ NÃO DEVERÁ IDENTIFICÁ-LO. NÃO EXISTEM RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS, O QUE NOS IMPORTA É A SUA SINCERIDADE. NÃO DEIXE DE RESPONDER A NENHUMA QUESTÃO. OBRIGADO POR COLABORAR COM A NOSSA INVESTIGAÇÃO. SUA PARTICIPAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! Identificação/perfil do respondente Um questionário só deve identificar pessoalmente o respondente (nome, endereço, telefone) se isso for imprescindível para a pesquisa. Quando uma pessoa não tem que colocar o seu nome no questionário, isso geralmente lhe dá mais tranquilidade e mais liberdade para responder sem medo de constrangimentos. Mas, independente do anonimato ou não, é importante dedicar um espaço para levantar o perfil do respondente. Conhecer um pouco mais sobre quem é a pessoa que está respondendo pode ajudar a compreender mais as suas respostas. Pode ajudá-la a identificar relações entre determinadas características e determinadas formas de pensar ou de agir. Esse perfil pode ser composto de várias formas: sexo/gênero, idade, faixa de renda, cor, escolaridade são algumas características levantadas em grande parte dos trabalhos. Mas não existe um modelo. O levantamento do perfil vai ser pensado a partir do que pode ser relevante para a sua pesquisa. Isso pode demandar a inclusão de outras questões, como local de moradia, escolaridade dos pais, religião, estado civil, número de filhos, ou detalhar mais algum desses aspectos. Quando fizer isso, procure utilizar os indicadores e parâmetros já convencionados por grandes órgãos de pesquisa, como o IBGE, o que vai colocar os seus dados em sintonia com as formas de classificação e análise mais aceitas no campo científico e permitir o diálogo com outras pesquisas que sigam os mesmos parâmetros. Questões específicas Aqui vão entrar perguntas mais diretamente ligadas à sua pesquisa. A construção delas é um processo que você vai realizar junto ao seu orientador. Quantas, quais, em que ordem, tudo isso deve ser pensado com bastante cuidado (e testado!) para que você possa produzir dados que sejam válidos e relevantes para sua pesquisa. Linguagem É importante que o seu questionário esteja elaborado pensando em quem vai respondê-lo. Busque adequar a linguagem à faixa etária, à escolaridade e ao referencial cultural do seu público-alvo. Mas cuidado com os estereótipos! Se uma pessoa se sentir menosprezada ou estigmatizada pela forma como você fala com ela, sem dúvida isso vai prejudicar o diálogo e o seu trabalho de pesquisa. Tamanho Quantas perguntas cabem num questionário? Bom, como nós já vimos, cabem quantas a gente quiser. O problema é que o tamanho também pode influenciar as respostas. Questionários muito longos cansam as pessoas e isso, além de mau humor, pode trazer prejuízos. Mesmo depois da quadragésima nona pergunta, o sujeito começa a marcar ou dizer qualquer coisa simplesmente para acabar logo com aquilo. Por outro lado, um questionário muito curto pode deixar uma série de questões não respondidas (porque não foram feitas) de lacunas que você não vai ter como preencher depois. O tamanho ideal também tem a ver com: como esse questionário vai ser aplicado. Pedir para uma pessoa responder vinte questões sentada em uma sala de aula pode ser tranquilo, porém pedir a mesma coisa para alguém que você vai abordar no meio da rua no caminho para o trabalho pode ser bem mais complicado. Portanto, o tamanho ideal de um questionário é uma ponderação entre tudo o que precisa/poderia ser perguntado e aquilo que os respondentes vão ter condições para responder com qualidade. Sequência Em que ordem colocar as perguntas? O quem vem primeiro? O que fica para o final? De novo, não há um modelo único e você vai ter que descobrir qual o arranjo ideal para a sua pesquisa. Uma boa dica pode ser agrupar as perguntas por áreas temáticas e perceber se há uma relação entre elas que te obrigue a colocá-las em uma determinada ordem. Fazer uma pergunta muito íntima logo “de cara” também pode gerar algum incômodo. Tente organizar as suas perguntas de forma que quem responde possa ter um tempo para ir se ambientando no questionário, e que as questões mais importantes coincidam com o momento em que o sujeito vai estar mais disposto e confortável para responder.
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