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Hermeneutica

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Universidade Paulista UNIP
Joyce Oliveira de Brito
C96GCG-0
Interpretação e Aplicabilidade das Normas Constitucionais e dos Tratados Internacionais
Hermenêutica Constitucional
Novembro de 2017
Interpretação e Aplicabilidade das Normas Constitucionais e dos Tratados Internacionais
	
	A interpretação das normas deve levar em consideração todo o sistema entorno da Constituição. Não a norma jurídica que exista isoladamente, todas elas devem respeitar a imperatividade da Constituição, elas apenas guardam relações particulares entre si. A norma jurídica por natureza é geral, abstrata e fixa tipos, fazendo referencia a uma série de casos indefinidos e que se aplicaram a casos concretos. A norma jurídica só se movimenta diante de um fato concreto, por ação do aplicador do direito, que faz intermédio entre a norma e os fatos da vida. 
Interpretação e Aplicabilidade das Normas Constitucionais
Para que a aplicação do direito ocorra, resolvendo-se os problemas resultantes das lacunas, de conhecimento ou de reconhecimento, se faz necessária uma interpretação para saber qual a norma que incide sobre o caso, ou seja, para aplicar a norma é imprescindível sua interpretação. O aplicador do direito, ás vezes, se depara diante de uma situação onde o dispositivo infraconstitucional não se encontra de acordo com os valores constitucionais, sendo necessário realizar uma interpretação sistemática. A interpretação sistemática é aquela que se realiza e acordo com a rede hierarquizada, principalmente a Constituição, criada por princípios, normas e valores considerados de forma dinâmica e em conjunto. Assim, ao aplicar uma norma, está aplicando o sistema inteiro. 
		Fica claro o papel conferido à Constituição como norma fundamental de todo sistema normativo, e seu principal elemento de unificação. 
		Toda norma, pelo fato de ser simplesmente posta, é passível de interpretação. 
		Na hermenêutica no que diz respeito à interpretação jurídica, ajuda na aplicação da norma jurídica dando diversas formas de realizar a interpretação para aplicação do direito. Só faz sentido interpretar um dispositivo legal, tendo em vista um problema que precise de solução para que a lei seja aplicada. 	Mas a aplicação da lei, a lei deverá atender o indivíduo e a sociedade a quem ela serve, pois a norma jurídica vai se encontrar sempre referenciada a valores na medida em que defende comportamentos ou serve de meio para a consecução de fins mais elevados. 
		Sempre há de se interpretar a Constituição, assim como sempre há de se interpretar a lei. Apenas através da interpretação se encontra o sentido da norma, não sendo possível sua aplicação sem antes ser feita sua interpretação. 
		A interpretação da norma constitucional tem seus próprios princípios a serem seguidos. O primeiro princípio é de efeito integrador, o principio da eficácia da lei, o princípio operativo, em relação a todas e quaisquer normas constitucionais e o princípio da força normativa da constituição na solução dos problemas jurídico-constitucionais. Pelo princípio da interpretação das leis conforme a constituição entenda-se que no caso de normas com várias significações possíveis, deverá ser encontrada significado que apresente conformidade com as normas constitucionais, evitando sua declaração de inconstitucionalidade.
		A aplicabilidade e interpretação da norma constitucional apresentam suas particularidades. A aplicabilidade da norma constitucional e sua interpretação estão diretamente ligadas. Esta aplicabilidade depende de três aspectos fundamentais: vigência, legitimidade e eficácia. 
		Acerca da aplicabilidade das normas constitucionais traz que todas as normas constitucionais apresentam eficácia, podendo estas ser apresentadas nas espécies: social e jurídica. 
		A hermenêutica é fundamental para a interpretação da norma jurídica. No campo da hermenêutica constitucional é possível entender os princípios para interpretação e compreensão dos institutos da Constituição. A hermenêutica constitucional divide a intepretação da norma constitucional em métodos, para melhor alcance da compreensão do direito. Não existe uma distinção para interpretação da norma constitucional e as demais, todas são interpretadas pelos mesmos métodos.
		Os métodos usados para interpretação constitucional são específicos e são os seguintes métodos: 
		Segundo o jurista alemão Savigny, para que a interpretação seja bem feita é necessário unir métodos para encontrar o sentido e o alcance das normas.
		Método Gramatical, que consiste na busca de seu sentido literal ou textual da norma. Este método hoje é usado como a interpretação que inicia a interpretação de uma norma, quase sempre as interpretando ao pé da letra, chegando ao seu sentido. 
		Método Sistemático, que busca relacionar todos os dispositivos da norma de uma Constituição, assim conseguindo alcançar a interpretação da norma em um todo.
		Método Histórico, que consiste na busca de identificar o processo de interpretação na norma em seu histórico para entender seu sentido atual.
		Método Sociológico, que busca adaptar a norma à realidade social atual, segundo o caso concreto. Neste método busca-se a efetividade da lei para que não haja distancias entre a norma e a realidade social. 
		Método Teleológico, que busca qual é a finalidade da norma.
		Na hermenêutica constitucional atual, não excluindo as anteriores, passou a existir novos métodos de interpretação da norma para acompanhar a evolução da sociedade. E são os seguintes métodos:
		Método do tópico-problemático, que busca a interpretação da norma em favor do caso concreto, escolhendo um dos métodos de interpretação clássicos e depois fundamentando sua decisão. 
		Método hermenêutico-concretizador, que na visão do pensador Konrad, esta busca o sentido mais justo do sentido aplicado à Constituição, alcançando o melhor sentido da norma constitucional. Este método tem relação com a força normativa da Constituição.
		Método normativo-estruturante, que tem como ideia um sentido mais amplo ao conceito de norma constitucional, apresentando duas perspectivas: a norma constitucional como texto normativo e a norma constitucional como âmbito normativo. 
Interpretação e Aplicabilidade dos Tratados Internacionais
		Já em relação a tratados, sua interpretação se dá por outros motivos. Os tratados precisam ser sujeitos a intepretação quando este apresentar contradições quanto ao sentido da norma.
		Sua interpretação pode se dar por interpretação autentica, jurisdicional, contextual, restritiva ou extensiva.
		A interpretação contextual que busca o sentido do tratado internacional em sua criação e sua finalidade, quando este parece incompleta, ambígua ou confusa.
		A interpretação autentica de tratados é aquela que observar se no plano internacional e é realizada pelos governos dos Estados pode tomar a forma de um novo acordo. 
		A interpretação jurisdicional busca observar o plano internacional que a criou, buscando seu sentido em sua finalidade. 
		Interpretação Extensiva é aquela que amplia o sentido da norma, pois, a norma disse menos do que ela queria, por isso o interprete deve ampliar o sentido ou alcance delas. Geralmente o interprete utiliza-se do método teleológico.
		Interpretação Restritiva, ao contrário da interpretação extensiva é a restritiva. Esta interpretação restringe o sentido da norma jurídica. Isso quer dizer que a norma jurídica disse mais do que ela queria dizer. Há uma superabundância normativa. Nesse sentido, vem o interprete e faz uma interpretação teleológica para restringir o alcance daquela norma jurídica, de modo a dar uma interpretação menos ampla àquela norma jurídica.

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