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Inquérito Policial - Processo Penal 1

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Diego Macêdo – Analista de T.I.
Um pouco de tudo sobre T.I. 
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Direito Processual Penal – Inquérito Policial 
Diego Macêdo 9 de julho de 2012 14 Comments
O inquérito policial é um procedimento administrativo pré-processual, de caráter facultativo, 
destinado a apurar infrações penais e sua respectiva autoria. Ainda é possível conceituar 
inquérito policial como o conjunto de diligências (atos investigatórios) realizadas pela polícia 
judiciária (polícias civil e federal), com o objetivo de investigar as infrações penais e colher 
12x de R… 12x de R…
elementos necessários para que possa ser proposta a ação penal. Sua finalidade terá por fim a 
apuração das infrações penais da sua autoria, consoante art. 4º do CPP.
Natureza Jurídica: O inquérito policial não é ato ou procedimento processual, mas meramente 
administrativo, pré-processual, daí porque não se rege pelos princípios norteadores da ação 
penal e do processo penal, como o contraditório e a ampla defesa.
Finalidade/Objetivo: É apurar as infrações penais (investigando-as e descobrindo-as) e a 
autoria de quem as cometeu, com o fito de levar ao conhecimento do titular da ação penal as 
informações colhidas.
O objetivo primordial do Inquérito Policial é reunir provas da materialidade e da autoria de 
determinado crime, que servirão de fundamento para o oferecimento da denúncia, sendo o 
mesmo, uma garantia contra apressados e errôneos juízos, formados quando ainda persiste a 
trepidação moral causada pelo crime, ou antes, para que seja possível uma exata visão do 
conjunto dos fatos, nas suas circunstâncias objetivas e subjetivas.
Destinatário: Imediato seria o titular e mediato seria o juiz.
Características do Inquérito 
Policial
Sigiloso (art. 20, CPP)
“Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade.”
É um elemento necessário para se descobrir o crime, pois se as atividades da polícia tornarem-
se públicas,  poderá fica difícil a colheita de provas, facilitando a acultação ou destruição das 
provas e até a influência do indiciado no depoimento das testemunhas.
Existe a exceção do advogado do acusado, onde ele terá acesso ao inquérito policial, mas 
somente se não o caso de investigação de absoluto sigilo, como na interceptação telefônica. 
Outros que podem ter acesso ao inquérito são o Ministério Público e o Juiz.
Súmula Vinculante nº 14 – Acesso a Provas Documentadas em Procedimento Investigatório 
por Órgão com Competência de Polícia Judiciária – Direito de Defesa: “É direito do defensor, 
no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados 
em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, 
digam respeito ao exercício do direito de defesa.”
Escrito (art. 9, CPP)
“Art. 9o  Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.”
Todas as conclusões e informações a que chegou o inquérito policial devem ser deduzidos por 
escrito, e remetidos ao Judiciário (no caso de ação penal pública) ou ao ofendido ou seu 
representante legal (no caso de ação penal privada), tendo por finalidade prestar informação 
ao titular da ação penal, não se admite a existência de Inquérito Policial oral. O inquérito 
policial deve ser rubricado pela autoridade.
Obrigatório
O inquérito policial será obrigatório depois de chegar ao conhecimento da Autoridade Policial 
a prática de um delito (“notitia criminis”), mediante ação penal pública, deverá instaurar o 
Inquérito de Ofício.
Inquisitório/Inquisitivo
Não se admite o contraditório e a ampla defesa, porque durante o inquérito o indiciado não 
passa de simples objeto de investigação, ou seja, não são aplicados os princípios 
constitucionais. Posição sustentada pelo STF, pois no IP ainda não existe acusação formal. O 
IP é mera colheita de provas. Não há, no Inquérito, acusação nem defesa, cabendo à autoridade 
Policial proceder as pesquisas necessárias à propositura da ação penal. Não se admite o 
contraditório, a Autoridade o dirige secretamente, vai conduzir ao esclarecimento do fato e à 
respectiva autoria, sem observar uma seqüência traçada em lei. O que faz com que a 
investigação se torne inquisitória é o não-permitir o contraditório, a imposição do sigilo e a 
não-intromissão de pessoas estranhas durante a feitura dos atos persecutórios.
Arbitrário
“Art. 14.  O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.“
As atribuições concedidas à polícia possuem o caráter arbitrário, tendo o poder para fazer ou 
deixar de fazer dentro dos limites fixados pelo direito, podendo deferir ou não os pedidos de 
prova feitos pelo indiciado ou ofendido, estando de acordo com o artigo 14 do Código de 
Processo Penal, a autoridade policial não está sujeita à suspeição (artigo 107, Código de 
Processo Penal).
Auto-Executável
Pois sua instauração independe de autorização do Poder Judiciário para sua concretização 
jurídico-material.
Indisponível (Art. 17, CPP)
Instaurado o inquérito, a autoridade policial não poderá arquivá-lo de ofício, mas tão- somente 
quando assim requisitado pelo Ministério Público. Pode até se alegar que tal procedimento, o 
arquivamento de ofício do inquérito, é “praxe” comum, mas isso constitui um atentado grave à 
lei, à justiça, e configura ilícito penal (prevaricação, corrupção passiva ou concussão, a 
depender do caso concreto).
Algumas observações devem ser levadas em conta quanto ao inquérito policial. A 
Jurisprudência do STF admite o uso do Habeas Corpus para dar acesso aos autos do inquérito 
policial, no entanto, normalmente não admite. Dá preferência para o não cabimento do Habeas 
Corpus. O Mandato  de Segurança e a Reclamação não são excludentes. Podem ser 
apresentados ambos conjuntamente.
Instauração do Inquérito 
Policial
O inquérito se instaura através da PORTARIA da autoridade policial, o Delegado. Pode também 
ser instaurado nos crimes de ação penal pública pelo Juiz ou Promotor. Nos crimes de ação 
penal privada há a necessidade de requerimento do ofendido ou representante legal para a 
instauração do mesmo. Com isso, vemos que não é todo crime cabível de interposição de 
inquérito policial.
Denúncia anônima não permite a instauração do Inquérito Policial, mas o Delegado pode 
proceder a investigação. Caso seja confirmado o delito, o IP será instaurado.
Observação: Em infrações de menor potencial ofensivo é utilizado o Termo Circunstanciado. 
Cuidado, pois a Lei Maria da Penha (11.340/06).
INÍCIO
Ação Pública 
Incondicionada
Ação Pública 
Condicionada
Privada
Ofício OK — —
A pedido da vítima Requerimento Representação Requerimento
Requisição MP/Aut. 
Judicial
OK OK + Representação
OK + 
Requerimento
Flagrante OK OK + Representação
OK + 
Requerimento
Se a requisição for ilegal, a autoridade policial não deve instaurar IP. Ex.: Requisição versando 
sobre fato atípico ou crime prescrito.
Notitia Criminis
É o conhecimento espontâneo ou provocado de um fato delituoso pela autoridade policial. Ou 
seja, a comunicação feita à autoridade policial da existência de um crime. É a notícia do crime.
Notitia Criminis de Cognição Coercitiva – Ocorre da prisão em flagrante, em que a notícia do 
crime dá-se com a apresentação do autor do fato. Quando o delegado toma conhecimento do 
fato e o infrator já está sofrendo uma repressão. Ex: quando o delegado toma conhecimento o 
sujeito já está preso; é coercitiva em relação ao autor do fato.
Notitia Criminis de Cognição Imediata – É o conhecimento que o delegado toma a respeito de 
um crime através de seus próprios atos. Ex: o delegado ao participar de uma diligência acaba 
tomando conhecimento deum fato – ele adentra um bar para realizar uma batida e presencia 
um homicídio. É necessário que o delegado esteja no exercício do cargo.
Notitia Criminis de Cognição Mediata – É o conhecimento de fato delituoso chegado ao 
delegado por meio de requerimento do ofendido ou por seu representante legal. Pode-se dar 
também por meio do MP ou de JUIZ. É uma notitia criminis postulatória em relação à vítima.
Delatio Criminis
É o conhecimento do crime provocado por terceiro.
Delatio Criminis Simples (Inqualificado) – Art. 5º, P.3º, CPP. Denúncia anônima, ou seja, 
qualquer pessoa do povo pode delatar um crime.
Delatio Criminis Postulatória – Art. 5º, P.4º, CPP. É a representação do ofendido.
Desenvolvimento do 
Inquérito Policial
Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais;
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias;
IV – ouvir o ofendido;
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do 
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe 
tenham ouvido a leitura;
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, 
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, 
e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter.
Prazos
NATUREZA INDICIADO PRESO INDICIADO SOLTO
Regra Geral (art. 10, CPP) 10 dias 30 dias
Justiça Federal (Art. 66 – L. 5010/66) 15 dias 30 dias
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Tráfico de Drogas (Art. 51 – L. 11343/06) 30 dias 90 dias
Se o indiciado estiver solto, sempre pode prorrogar o inquérito policial, mas se ele estiver 
preso não pode. Salvo:
• Justiça Federal pode prorrogar por igual prazo;
• Pode duplicar no caso de Tráfico de Drogas;
Indiciados
Graus de culpa no processo penal:
Suspeito – Existe quando a polícia não tem segurança sobre quem cometeu o crime.
Indiciado – Para a polícia é aquela pessoa que cometeu o crime.
Réu/acusado – Com o processo a pessoa se torna réu/acusado.
Atenção! Para o STF, não pode haver indiciamento após o recebimento da denúncia.
O CPP não prevê o momento em que o suspeito deva ser indiciado, ficando a critério do 
delegado este papel.
Conteúdo do indiciamento
1. Identificação do suspeito;
2. Pregressamento – Coleta dos dados da vida do suspeito;
3. Interrogatório;
Reprodução simulada dos fatos / 
Reconstituição
“Art. 7, CPP – Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado 
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta 
não contrarie a moralidade ou a ordem pública.”
É possível, desde que não viole a moralidade ou a ordem pública. O indiciado não é obrigado a 
participar, por não ser obrigado a produzir prova contra si mesmo. Este direito não está 
previsto na Constituição Federal.
Fim do Inquérito Policial
O Ministério Público pode propor:
• Denúncia;
• Arquivamento;
• Requerer diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
Atenção! O JUIZ não pode indeferir as diligências requeridas pelo MP. Caso seja indeferido, o 
Promotor entra com um Mandado de Segurança.
Arquivamento
O procedimento comum é o Ministério Público propor o arquivamento para o Juiz. Caso seja 
aceito, ele ficará arquivado, caso contrário, se o Juiz discordar, será aplicado o artigo 28 do 
CPP, mandando os autos para o Procurador Geral, onde este poderá insistir no arquivamento 
ou pode designar outro Promotor (não podendo ser o mesmo) para denunciar, sendo este novo 
Promotor obrigado a fazer isto, ou ele próprio, o Procurador Geral, denunciar.
Na Justiça Federal, se o Juiz discordar, mandará os autos para a Câmara de Coordenação e 
Revisão do MPF. Este apresenta um parecer de forma opinativa e remete os autos para o 
Procurador Geral da República.
Segundo o Art. 17 do CPP: “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de 
inquérito.”
Art. 18 – “Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta 
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia.”
Modalidades de Arquivamento
Em caso de agentes, se deixar de incluir um dos correus na denúncia, haverá arquivamento 
implícito em relação a ele. Isto não é admitido no sistema.
Arquivamento indireto – Ocorre na hipótese do Promotor declinar de sua atribuição e requerer 
a remessa dos autos para outro Promotor. Se o Juiz discordar, aplica-se o Art. 28 do CPP por 
analogia.
Recurso da decisão de arquivamento
Quando um Juiz concordar com o arquivamento, como regra é irrecorrível o arquivamento, 
com as seguintes exceções:
1. Crime contra a economia popular (L. 1.521/51) – Juiz pode entrar com Recurso de Ofício 
(chamado de Exame Necessário);
2. Contravenção de Jogo do Bicho;
3. Contravenção de Aposta em Corrida de Cavalos fora do hipódromo – Recurso em sentido 
estrito;
4. Quando a decisão de arquivamento do IP for absurda, poderá o ofendido entrar com 
Mandado de Segurança (ver HC 123365/SP).
Desarquivamento do Inquérito Policial
A regra geral diz que enquanto não estiver extinta a punibilidade pode desarquivar e se houver 
novas provas. Mas as provas devem ser substancialmente novas.
“Art. 18 do CPP – Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, 
por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se 
de outras provas tiver notícia.”
“Súmula 524 do STF – Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do 
Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciad, sem novas provas.”
A prova que permite o desarquivamento precisa trazer um lado novo, ou seja, ser 
substancialmente nova. Se uma nova testemunha não trás informação nova, esta prova será 
formalmente nova apenas e não trará a possibilidade de desarquivamento do inquérito 
policial.
Exceção: O Inquérito Policial faz coisa julgada material quando o fundamento do arquivamento 
for atipicidade da conduta. Ou seja, se o fundamento do arquivamento for a atipicidade do 
crime, o desarquivamento não será possível.
———————————————————–
Compilação feita através dos sites:
– http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
– http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
– http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/105791/qual-o-conceito-a-finalidade-e-as-caracteristicas-
do-inquerito-policial-michele-melo

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