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Custos (Continuação) Aula 18 Marina Szapiro 20.05 Custos no curto prazo • Custos unitários – CMg = CVMe e CTMe nos pontos de mínimo de CVMe e CTMe – O CVMe mínimo ocorre num nível de produção mais baixo que o CTMe mínimo, devido ao CF Produção (units/ano.) Custo ($ por ano) 25 50 75 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 CMg CTMe CVMe CFMe Formatos das curvas de custo Custos no longo prazo • Escolha de insumos e minimização de custos • Premissas – Dois insumos: trabalho (L) e capital (K) – Preço do trabalho: salário (w) – Preço do capital • r = taxa de depreciação + taxa de juros Custos no longo prazo • Linha de isocusto – C = wL + rK – Isocusto: Linha que descreve todas as combinações de L e K que podem ser compradas pelo mesmo custo (não necessariamente indicam o mesmo nível de produção). Custos no longo prazo • Reescrevendo C como uma equação linear que relaciona K e L: – K = C/r - (w/r)L – Inclinação da linha de isocusto: • É a razão entre o salário e o custo do capital. • Mostra a taxa à qual podemos substituir trabalho por capital sem alteração do custo. ? ?rwLK ???? Linha de isocusto • Escolha de insumos • Veremos agora como minimizar o custo de produzir determinado nível de produto. – Isso será feito por meio da combinação de isocustos e isoquantas. Custos no longo prazo Custos no longo prazo Trabalho por ano Capital por ano A quantidade q1 pode ser produzida com as combinações K2L2 ou K3L3. Entretanto, essas combinações implicam custo maior relativamente à combinação K1L1. q1 A q1 é uma isoquanta para o nível de produção q1. A curva de isocusto C0 mostra todas as combinações de K e L que custam C0. C0 C1 C2 CO C1 C2 são três linhas de isocusto A K1 L1 K3 L3 K2 L2 Produção com custo mínimo Custos no longo prazo C2 Isso resulta numa nova combinação de K e L que minimiza o custo de produzir q. A combinação B é usada no lugar da combinação A. A nova combinação reflete o custo mais elevado do trabalho em relação ao capital, de modo que ocorre substituição de trabalho por capital. K2 L2 B C1 K1 L1 A q1 Quando o preço do trabalho aumenta, a curva de isocusto torna-se mais inclinada devido à mudança na inclinação -(w/L). Trabalho por ano Capital por ano Substituição de insumos quando o preço de um deles muda Custos no longo prazo • Isoquantas, isocustos e a função de produção K L PMg PMg-TMST ???? LK r w L K ?????isocustodelinhadaInclinação r w PMg PMg K L ? – A inclinação de cada isoquanta indica o volume de cada insumo que pode ser substituído por determinada quantidade do outro, mantendo-se a produção constante. – Isso é, a inclinação indica a possibilidade de substituição entre dois insumos, dado um nível constante de produção. – Quando o sinal negativo é retirado, a inclinação passa a ser denominada taxa marginal de substituição técnica. Taxa Marginal de Substituição Técnica – A taxa marginal de substituição técnica é dada por: trabalhono/VariaçãocapitalnoVariação-TMST ? )deconstantenívelum(dado qL KTMST ???? Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Trabalho por mês 1 2 3 4 1 2 3 4 5 5Capital por mês As isoquantas têm inclinação negativa e são convexas, assim como as curvas de indiferença. 1 1 1 1 2 1 2/3 1/3 q1 =55 q2 =75 q3 =90 Produção com dois insumos variáveis Taxa marginal de substituição técnica TMST e produtividade marginal • Se a quantidade de trabalho aumenta, mantendo-se a produção constante, temos: 0K))((PMgL))((PMg KL ???? TMSTL)K/(-))/(PMg(PMg KL ???? Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Custos no longo prazo • Isoquantas, isocustos e a função de produção K L PMg PMg-TMST ???? LK r w L K ?????isocustodelinhadaInclinação r w PMg PMg K L ? Escolha de insumos Custos no longo prazo • A combinação de insumos que apresenta custo mínimo é dada pela condição: – O custo de produzir determinada quantidade é minimizado quando cada real de insumo adicionado ao processo de produção gera uma quantidade equivalente de produto adicional. rw gKgL PMPM ? Escolha de insumos Custos no longo prazo • A equação nos diz que uma empresa que minimiza custos escolhe as quantidades de insumos de tal modo que a última unidade monetária gasta em qualquer insumo adicionado ao processo de produção gera a mesma quantidade de produto adicional. rw gKgL PMPM ? Custos no longo prazo rw gKgL PMPM ? Produto adicional que resulta do gasto de uma unidade monetária em trabalho Produto adicional que resulta do gasto de uma unidade monetária em capital Custos no longo prazo • Pergunta – Se w = $10, r = $2, e PMgL = PMgK, qual insumo o produtor usaria em maior quantidade? Por quê? – Uma unidade de trabalho e uma unidade de capital geram a mesma quantidade de produto (20 unidades). – Produto adicional por unidade monetária: • Capital: 20/$2 = 10 • Trabalho: 20/$10 = 2 Custos no longo prazo – Nesse caso, uma unidade monetária gasta em capital é cinco vezes mais produtiva do que uma unidade monetária gasta em trabalho. A empresa desejará empregar mais capital e menos trabalho. Se a empresa diminuir a quantidade de trabalho e aumentar a de capital, o produto marginal do trabalho aumentará e o produto marginal do capital se reduzirá. Inevitavelmente, será alcançado o ponto no qual a produção de uma unidade adicionada custa o mesmo, independente do insumo que seja acrescentado. É neste ponto que a empresa estará minimizando os seus custos. • Minimização de custos com variação dos níveis de produção – O caminho de expansão da empresa representa as combinações de trabalho e capital que apresentam menores custos para cada nível de produção. Custos no longo prazo Custos no longo prazo Trabalho por ano Capital por ano Caminho de expansão O caminho de expansão ilustra as combinações de trabalho e capital que apresentam menor custo para cada nível de produção, e que podem, portanto, ser utilizadas na obtenção de cada nível de produção no longo prazo. 25 50 75 100 150 10050 150 300200 A Custo = $2.000 200 unidades B Custo = $3.000 300 unidades C Caminho de expansão de uma empresa Custos no longo prazo Produção (unidades por ano) Custos (dólares por ano) Custo total de longo prazo 1.000 100 300200 2.000 3.000 D E F Curva de custo total no longo prazo de uma empresa Curvas de custo no longo prazo versus curvas de custo no curto prazo • Pergunta • De que forma os custos médios no longo prazo, quando ambos os insumos são variáveis, se diferenciam dos custos no curto prazo, quando apenas um insumo é variável? Caminho de expansão no longo prazo O caminho de expansão é desenhado como antes. Curvas de custo no longo prazo versus curvas de custo no curto prazo Trabalho por ano Capital por ano L2 q2 K2 D C F E q1 A BL1 K1 L3 P Caminho de expansão no curto prazo Inflexibilidade da produção no curto prazo Inflexibilidade da produção no curto prazo • Quando uma empresa opera no curto prazo, seu custo não pode ser minimizado devido à inflexibilidade na utilização do insumo de capital. Se o nível de produção no CP é q1, o nível q2 só pode ser atingido aumentando-se o insumo trabalho de L1 para L3 ,(ponto P, isoquanta q2) porque a quantidade de capital está fixa em k1. No longo prazo, o mesmo produto pode ser atingido com custos mais baixos, aumentando-se o trabalhode L1 para L2 e o capital de K1 para K2. ESCOLHA DO NÍVEL DE PRODUÇÃO Curto e Longo Prazos • Há um trade-off entre custo fixo mais alto e custo variável mais baixo para qualquer nível de produto • Para cada nível de produto, existe uma escolha de custo fixo que minimiza o custo total médio da firma Curvas de Custo de Longo Prazo • Quando o nível de produto é baixo, há poucas unidades de produto pelas quais espalhar o custo fixo adicional. • Se a firma planejar produzir um nível de produto elevado, ela deve adquirir máquinas adicionais. • Para cada nível de produto existe alguma escolha de custo fixo que minimiza o custo total médio da firma para aquele nível de produto. Curvas de Custo de Longo Prazo • Há muitas escolhas possíveis de custo fixo e por isso existirão muitas possibilidades de curvas de custo total médio de curto prazo, cada uma correspondendo a uma escolha diferente de custo fixo – família das curvas de CTMe CP. • Em qualquer momento, a firma estará em uma curva de custo de CP correspondente a determinado custo fixo e uma mudança no produto fará com que ela se mova ao longo dessa curva. Se a firma acredita que a mudança no nível de produto é por muito tempo, o nível corrente de custo fixo torna-se inadequado. Havendo tempo suficiente, a firma vai querer ajustar seu custo fixo para um novo nível que minimize seu custo total médio para o novo nível de produto. Curvas de Custo de Longo Prazo • Curva de CTMeLP: relação entre produto e curva de CTMe quando o custo fixo foi escolhido de modo a minimizar o CTMe para cada nível de produto. • Uma firma que tenha que aumentar rapidamente o produto para atender a um salto na demanda verá seu CTMe aumentar no CP, já que é difícil obter produção extra com as instalações existentes. Se a firma tiver mais tempo para construir uma nova fábrica ou acrescentar maquinaria, o CTMeCP diminuirá. Curvas de Custo de Longo Prazo Curvas de Custo de Longo Prazo • A curva de CMeLP é a envoltória inferior das curvas de CMeCP; cada ponto da curva de CMeLP corresponde a um ponto da curva de CMeCP, que é tangente à curva de CMeLP naquele ponto. Dada a flexibilidade dos fatores de produção no longo prazo, o CMeLP é sempre pelo menos tão baixo quanto o CMeCP. Ou seja, é possível que a empresa produza determinada quantidade no longo prazo com menor custo do que no curto prazo. Curvas de custo no longo prazo versus curvas de custo no curto prazo • A curva de custo médio no longo prazo e no curto prazo apresentam o mesmo formato de ‘U’. No primeiro caso (LP), este formato se deve aos rendimentos crescentes e decrescentes de escala, enquanto no segundo caso (CP) o formato se deve aos rendimentos decrescentes apresentados por determinado fator de produção. – O custo marginal de longo prazo determina a evolução do custo médio de longo prazo: • Se CMgLP < CMeLP, CMeLP está diminuindo • Se CMgLP > CMeLP, CMeLP está aumentando • Logo, CMgLP = CMeLP no ponto de mínimo do CMeLP Curvas de custo no longo prazo Custo médio no longo prazo Curvas de custo no longo prazo Produção Custo (dólares por unidade de produção) CMeLP CMgLP A Curvas de custo médio e custo marginal no longo prazo ECONOMIAS DE ESCALA • Economias de Escala ocorrem quando o custo total médio de longo prazo declina à medida que o nível de produção aumenta • Deseconomias de Escala ocorrem quando o custo total médio de longo prazo aumenta à medida que o nível de produção aumenta • Quando a relação entre custo total médio e quantidade de produção é constante, ocorrem retornos constantes de escala • Economias de escala são relacionadas à tecnologia e ao investimento inicial • Deseconomias de escala são relacionadas aos custos de coordenação • Custo médio no longo prazo (CMeLP) – Retornos constantes de escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção também dobra; o custo médio é constante para todos os níveis de produção. Curvas de custo no longo prazo – Retornos crescentes de escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção mais do que dobra; o custo médio diminui com o aumento da produção. Curvas de custo no longo prazo Custo médio no longo prazo – Retornos decrescentes de escala • Se a quantidade de insumos dobra, a produção aumenta menos do que o dobro; o custo médio se eleva com o aumento da produção. Curvas de custo no longo prazo Custo médio no longo prazo • Economias e deseconomias de escala – Economias de escala • O aumento da produção é maior do que o aumento dos insumos. – Deseconomias de escala • O aumento da produção é menor do que o aumento dos insumos. Curvas de custo no longo prazo Curvas de custo no longo prazo e Economias de escala • 1. Se f (tK, tL) < tf (K, L): os retornos de escala são decrescentes (há deseconomias de escala) • 2. Se f (tK, tL) = tf (K, L): os retornos de escala são constantes • 3. Se f (tK, tL) > tf (K, L): os retornos de escala são crescentes (há economias de escala) Economias de escala • A existência de economias de escala torna mais barato produzir vários produtos juntamente do que produzi-los separadamente. Economias de escala • No exemplo dado, para a produção de q1 (com CMeCP1 de $8), uma fábrica pequena seria uma melhor opção do que uma fábrica intermediária (com CMeCP2 de $ 10). • Assim, o ponto B seria um ponto na função de custos de LP quando existem apenas 3 alternativas possíveis de tamanho de fábrica. Caso fosse possível mais um tamanho de firma onde a empresa produzisse com um CMeCP menor do que $8 por produto, então o ponto B não estaria mais sobre a curva de CMeLP. Economias de escala • Havendo economias de escala, uma pequena fábrica operando ao CMe mínimo não seria eficiente, pois uma fábrica maior poderia ser mais vantajosa em função dos retornos crescentes de escala, por meio dos quais é possível produzir a um custo médio inferior. Economias de escala • A curva de CMeLP tem formato em U ao assumir que as economias de escala existem até um determinado tamanho na planta produtiva, que é conhecido como tamanho ótimo da planta (ou Escala Mínima Eficiente – EME, no caso de a curva de CMeLP ter formato em L), na qual todas as possíveis economias de escala são exploradas. Se a planta produtiva cresce acima deste tamanho ótimo, passam então a ocorrer deseconomias de escala, geralmente decorrentes das ineficiências gerenciais e administrativas. Deseconomias de Escala • Decorrem do esgotamento da redução do CMeLP a partir de um determinado volume de produção. • O argumento de que as deseconomias de escala decorrem das ineficiências gerenciais e administrativas é criticado em função das possibilidades de evitar tais ineficiências a partir da implementação de modernos métodos de gerência. Deseconomias de Escala • Fontes de Deseconomias de Escala – Custos de transportes: quanto maior o nível de produto, maior as vendas e a necessidade de alcançar consumidores. – Deseconomias Gerenciais: teoricamente, a partir de um determinado tamanho ótimo da firma, a equipe de gerência perderia o controle sobre o processo de decisão. No entanto, existem críticas a esta visão. Deseconomias de Escala • Se considerarmos a curva de CMELP em formato de L, então existe uma EME da planta, ao invés de um único tamanho ótimo da planta. A EME corresponde ai nível da planta onde todas as economias de escala possíveis são exauridas e representa a menor quantidade de produto possível de ser obtida, de forma que CMeLP seja minimizado. • Para uma curva de CMeLP em formato de L, para que q<EME, a curva de CMeLP é descrescente; para q>EME, a curva de CMeLP é constante. Monopólio Natural • A estrutura de custos determina em grande parte a estrutura de mercado. A EMEda planta produtiva, quando comparada ao tamanho do mercado, é uma importante medida para verificar quantas empresas podem operar no mercado. • O monopólio natural ocorre quando é eficiente para apenas uma empresa suprir a demanda do mercado. Nesse caso, os custos totais de produção aumentariam se duas ou mais empresas operassem, ao invés de uma. Monopólio Natural • A estrutura de custos no caso do Monopólio Natural é caracterizada por economias de escala em todos os níveis da faixa relevante de produção (região até o ponto onde a curva de demanda de mercado cruza com a curva de CMeLP). Assim a EME da planta é tão grande que supre toda a demanda de mercado. • As indústrias de infra-estrutura são bons exemplos de monopólios naturais. Esta estrutura (de monopólio) era mais eficiente para desenvolver tais setores. Economias de Escala • Fontes de economias de escala – Ganhos de especialização: com uma maior quantidade de produto, maior poderá ser a divisão do trabalho e mais os trabalhadores e máquinas poderão se especializar. Haverá maior produtividade e menor custos. – Indivisibilidade técnica: está relacionada ao tamanho dos equipamentos industriais. Para cada tamanho de equipamento industrial é provável encontrar retornos crescentes decorrentes da maior utilização deste equipamento até o esgotamento de sua capacidade. Economia de Escopo • No caso de uma empresa que produz mais de um produto, o custo de produção de um produto em particular depende não somente do seu próprio volume de produção, mas também do tamanho da planta onde o produto é feito. Uma possível razão para a produção conjunta (produção de mais de um produto numa mesma planta) é a existência de economias de escopo. Economia de Escopo • Quando há economias de escopo, o custo de produzir qa e qb conjuntamente é menor do que o custo de produzi-los separadamente. • C (qa, qb) < C (qa, 0) + C (0, qb) • Algumas empresas conseguem reduzir seus custos médios com a diversificação de produtos. O aumento da variedade de produtos no portfólio provoca uma redução em seu custo médio. • Em geral, a existência de economias de escopo depende da existência de economias de escala. Economia de Escopo • Fontes de economia de escopo – Existência de fatores de produção comuns – que se adquire uma única vez. Uma vez que tal fatos tenha sido adquirido, sua posterior utilização na produção de outro bem é praticamente gratuita (exemplo: gerador de eletricidade) – Existência de reserva de capacidade: ocorre quando um insumo pode ser compartilhado para produzir vários produtos em função de seu processo produtivo. – Complementaridades tecnológicas e comerciais: pode gerar sinergias na produção de alguns bens e ocorre quando os produtos apresentam similaridades em termos de base técnica e/ou de mercado. A utilização de insumos comuns e a propaganda dos produtos são importantes fontes deste tipo de economia de escopo. Economia de Escopo • Exemplos: – Granja de galinhas – aves e ovos – Indústria automobilística – automóveis e caminhões – Universidade – ensino e pesquisa • Quais são as vantagens da produção conjunta? – Pense no caso de uma empresa automobilística que produz automóveis e tratores. • Vantagens 1. Ambos os produtos usam capital e trabalho. 2. A fabricação dos dois produtos compartilha recursos administrativos. 3. A fabricação dos dois produtos requer o mesmo tipo de equipamento e mão-de-obra com qualificação semelhante. Economias de Escopo
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