Buscar

PESSOA NATURAL ALUNOS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO CIVIL I – PARTE GERAL
PROF. RENATA REZENDE PINHEIRO CASTRO
PERSONALIDADE JURÍDICA
CONCEITO
Art.1º do CC: “ Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.”
PESSOA NATURAL OU FÍSICA
CONCEITO
AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Em que momento a Pessoa física adquire personalidade?
Art.2º do CC
NASCITURO
CONCEITO
Art.2º, in fine do CC
TEORIAS EXPLICATIVAS PARA AQUISIÇÃO DE PJ DAS PESSOA FÍSICAS
TEORIA NATALISTA
TEORIA CONCEPCIONISTA
TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL 
MARIA HELENA DINIZ:
“ ...,na vida intrauterina, tem o nascituro personalidade jurídica formal( direitos personalíssimos),passando a ter personalidade material( direitos patrimoniais) apenas com nascimento com vida.”
OBSERVAÇÕES
Embora, o nascituro não seja considerado expressamente pessoa, tem a proteção dos seus direitos desde a concepção, como:
2.1. é titular de direitos personalíssimos;
2.2.pode receber doações, sem prejuízo do imposto de transmissão inter vivos;
2.3.pode ser beneficiado de legado e herança;
2.4.o Código Penal tipifica o crime de aborto;
2.5.tem direito à realização do exame de DNA, em decorrência da proteção conferida pelos direitos de personalidade.
2.6.a estabilidade da gestante no direito do trabalho, de acordo com o entendimento jurisprudencial, ocorre da data da concepção em si, e não da data da confirmação científica ou da comunicação do estado gravídico ao empregador;
2.7. a lei 11.804/2008 disciplinou os “alimentos gravídicos”;
Enunciado nº1 da Jornada de Direito Civil promovida pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal: 
Art.2º: “ A proteção que o código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome , imagem e sepultura.”
CAPACIDADE DE DIREITO E DE FATO E LEGITIMIDADE
Art.1º do CC
CAPACIDADE DE DIREITO 
CAPACIDADE DE FATO 
Reunido os dois: capacidade civil plena !!!
LEGITIMIDADE
INCAPACIDADE 
Ocorre a pessoa a quem falte capacidade de fato ou de exercício;
OBS: a incapacidade jurídica não é excludente absoluta de responsabilização patrimonial – art.928 CC
A lei 13.146/2015 instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, modificando a teoria das incapacidades ( art.3º e 4º do CC);
A lei supra derrogou os incisos elencados no art.3º do CC e alterou os inc. II e III do art. 4º do mesmo código;
Merece destaque o art. 6º da Lei 13.146/2015 segundo o qual a deficiência não afeta a plena capacidade da pessoa, inclusive para: a) casar-se e constituir união estável; b) exercer direitos sexuais e reprodutivos; c) exercer o direito sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar, d) conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória, e) exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e a adoção, como adotante ou adotando em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
Logo, em relação à inclusão plenas das pessoas com deficiência no que concerne atos de plano familiar; 
TDA ou a curatela;
 o art. 84 do Estatuto, quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme à lei ( logo, exceção);
O comando, ainda prescreve que é facultada à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada (TDA);
O art. 85 do Estatuto preceitua que a curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial, não alcançando o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação à saúde, ao trabalho e ao voto ( art. 6º do estatuto)
Para que a curatela esteja presente , há a necessidade de uma ação judicial específica, com enquadramento em uma das hipóteses do novo art.4º do CC/2002, especialmente no inciso III;
Negócio Jurídico é celebrado por um incapaz antes do processo de interdição . Vindo a sentença declaratória de incapacidade posterior , tal ato pode ser tido como nulo ao anulável ?
1ª corrente – teoria francesa, no sentido de que os atos anteriores à interdição poderão ser tidos como inválidos se a causa de interdição existia anteriormente à época em que tais atos foram praticados, podendo ser percebida pelo negociante capaz; ( Pablo)
2ª corrente – clássica, entende que os atos devem ser tidos como nulo ou anuláveis, principalmente nos caso de incapacidade absoluta;
3ª corrente – análise da boa fé e confiança entre as partes, tido como preceitos de ordem pública – Em 363 do Conselho da Justiça Federal – IV Jornada do Direito Civil - Flávio Tartuce
Dois tipos:
1-INCAPACIDADE ABSOLUTA – Art. 3º do CC;
CAPUT: ... OS MENORES DE 16 ANOS
São os menores impúberes. ( presunção absoluta de incapacidade);
Enunciado 138 CJF/STJ , III Jornada de Direito Civil: “ A vontade dos absolutamente incapazes , na hipótese do inc. I art.3º, é juridicamente relevante na concretização de situações existenciais a eles concernentes, desde que demonstrem discernimento bastante para tanto.”
1.2.OS QUE, POR ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL, NÃO TIVEREM O NECESSÁRIO DISCERNIMENTO PARA PRÁTICA DESSES ATOS;
Foi derrogado pela nova lei;
Para que fosse declarada a incapacidade em tais casos, deveria ser oficialmente reconhecida por meio do procedimento de interdição; ( arts. 747 a 758 do NCPC);
Embora o NCPC tenha reafirmado o processo de interdição, há entendimento doutrinário de que o mesmo é incompatível com o Estatuto da Pessoa com Deficiência;
Foi inserida no sistema a figura da tomada de decisões apoiadas a favor de todas as pessoas com deficiência, pelo menos, como regra.; ( art. 1783 – A do CC, inserido pela lei 13.146/2015;
A categoria visa o auxílio da pessoa com deficiência para a celebração de atos mais complexos, caso de contratos;
É um processo judicial pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas , com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisões sobre atos da vida civil, fornecendo –lhes os elementos e informações necessárias para que possa exercer sua capacidade;
Nosso ordenamento nunca admitiu os chamados intervalos lúcidos;
O envelhecimento, por si só, não é causa de restrição de incapacidade;
 
3)OS QUE, MESMO POR CAUSA TRANSITÓRIA, NÃO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE;
Foi derrogado pela nova lei;
Essa previsão passa a compor o art. 4º, III do CC, a seguir analisado;
Alguns autores incluíam nessa hipótese o surdo – mudo que não pudesse manifestar sua vontade( pois caso pudesse exprimir sua vontade era considerado relativamente incapaz ou plenamente capaz); pessoa que perderam a memória, ou que estavam em coma, os ébrios e viciados em tóxico que tinham seu discernimento totalmente comprometido;
Atualmente, todas essa hipóteses elencadas passam a se enquadrar como relativamente incapazes ( art.4º ,III do CC), pois após a Lei 13.146/2015 não existe mais pessoas maiores que sejam absolutamente incapazes;
INCAPACIDADE RELATIVA – art.4º do CC – 02
1) OS MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE DEZOITO;
En.3 da I Jornada de Direito Civil: 
“A redução do limite etário para definição da capacidade civil aos 18 anos não altera o disposto no art.16 da lei 8213/91, que regula situação de dependência econômica para fins previdenciários e outras situações similares de proteção, previstas na legislação especial.” 
2) OS ÉBRIOS HABITUAIS E OS VICIADOS EM TÓXICO 
A Lei 11.146/2015 retirou as pessoa com deficiência mental;
Deverá haver um processo próprio de nomeação de um curador;
3) AQUELES QUE, POR CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, NÃO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE;
Esse inciso mencionava os excepcionais sem desenvolvimento completo, abrangendo os portadores de síndrome de down. Atualmente, essas pessoas serão consideradas, em regra, plenamente capazes, sujeitas ao instituto de tomada de decisão apoiada( art.1783 – A CC). Para os atos existenciais familiares, o portador de síndrome de down tem capacidade civil
plena; 
Esse inciso passou a tratar a antiga hipótese do art. 3º, III do CC, englobando os surdos e mudos que não puderem exprimir sua vontade, as pessoas em coma, o idoso com Alzheimer;
4) OS PRÓDIGOS;
Art.1782 do CC-02
Art.1768 e 1769 do CC-02
São aqueles que dissipam de forma desordenada e desregrada os seus bens ou seu patrimônio, realizando gastos desnecessários e excessivos;
Devem ter a nomeação de um curador, ficando privados dos atos que possam comprometer seu patrimônio, tais como emprestar dinheiro, transigir, dar quitação, alienar bens, hipotecar ou agir em juízo;
Poderá o pródigo exercer atos que não envolvam a administração direta de seus bens, como se casar e manter união estável;
SILVÍCOLAS
CC 1916 os tratavam como relativamente incapazes;
Art.4º, §único do CC-02;
Lei nº 5371/1967 – instituiu a FUNAI;
Lei nº 6001/1973 – Estatuto do Índio – considera, em princípio , agente absolutamente incapaz, reputando nulos os atos por eles praticados sem a devida representação;
Pablo Stolze:
“ ... acreditamos que a melhor disciplina sobre a matéria é considerar o índio, se inserido na sociedade, como plenamente capaz, podendo ser invocada, porém, como norma intuitiva indigenista , não como presunção absoluta, mas sim como situação verificável judicialmente, inclusive com dilação probatória específica de tal condição, para a declaração de nulidade do eventual negócio jurídico firmado.”
SUPRIMENTO DA INCAPACIDADE
1) INCAPACIDADE ABSOLUTA – REPRESENTAÇÃO;
OBS 1: Os menores de dezesseis são representados por seus pais ou tutores( art.3º do CC-02), 
 OBS 2: Se, o absolutamente incapaz praticar o ato sozinho, sem a representação legal, a hipótese é de nulidade;
OBS 3: O representante pratica o ato no interesse do incapaz, mas cuidado não é qualquer obrigação assumida pelos pais, em nome dos filhos, que pode ser considerada válida – ex.,art.1.691 do CC /2002;
OBS 4: art. 119 do CC/2002 – prazo decadencial para a desconstituição do negócio jurídico contra interesse do representado.
REPRESENTAÇÃO LEGAL X REPRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA OU CONVENCIONAL;
CUIDADO!!! Qualquer das formas de representação, é essencial a comprovação, pelo representante de sua qualidade, bem como da extensão dos seus poderes para atuar em nome do representado. A sanção para o excesso de atuação é pessoal do representante pelos atos excedentes, conforme regra do art.118 do CC-02.
2) INCAPACIDADE RELATIVA - ASSISTÊNCIA;
 
 OBS1: Diferentemente do absolutamente incapazes, o relativamente incapaz pratica o ato jurídico juntamente com os seus assistente( pais, tutores ou curador), sob pena anulabilidade;
EMANCIPAÇÃO
CONCEITO: Antecipação da capacidade plena;
ESPÉCIES:
1) VOLUNTÁRIA: art.5º, parágrafo único, I, primeira parte, do CC/02;
OBS: A emancipação é ato irrevogável, mas os pais podem ser responsabilizados solidariamente pelo danos causados pelo filho que emanciparam. 
2) JUDICIAL: art.5º, parágrafo único, I, segunda parte, do CC/02;
OBS: o juiz, nesses casos, deverá comunicar a emancipação para o oficial de registros. Antes do registro a emacipação não produzirá efeitos.
3) LEGAL: art.5º, parágrafo único do CIV – colação de grau em curso de ensino superior -C/02:
II – casamento – podem casar o homem e a mulher a partir dos dezesseis anos desde que tenham autorização de ambos os pais ou de seus representantes legais.( art.1517, CC);
OBS 1: excepcionalmente, será permitida a convolação de núpcias por aquele que ainda não alcançou a idade mínima legal – art. 1520, CC;
OBS 2: A lei 11.10/2005 revogou ao arts.107, VII e VIII do CP
OBS 2: havendo a dissolução da sociedade conjugal, o emancipado não retorna à anterior situação de incapacidade civil;
OBS 3: em caso de nulidade ou anulação, parte da doutrina que a emancipação persiste apenas se o matrimônio fora contraído de boa - fé. Em caso contrário, retorna-se à situação de incapacidade.
III – exercício de emprego público efetivo - hipóteses de provimento efetivo em cargo ou emprego público, afastando as designações para cargo comissionado ou temporário
IV – colação de grau em curso de ensino superior -
V – ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL, OU A EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO DE EMPREGO, DESDE QUE EM FUNÇÃO DELES, O MENOR COM DEZESSEIS ANOS COMPLETOS TENHA ECONOMIA PRÓPRIA; 
OBS: deverá existir além da celebração do contrato de trabalho a existência de economia própria, o que descarta, a priori, os contratos de aprendizagem( art.428 CLT) e os de jornada a tempo parcial(art.58-A da CLT); 
NOME CIVIL
É o sinal mais visível da individualidade da pessoa natural, dando a possibilidade de identificação do mesmo no âmbito familiar e no meio social.
NATUREZA JURÍDICA
1) DIREITO DE PROPRIEDADE , cujo titular para alguns seria o indivíduo, para outros a família;
Muito bem vista em relação ao nome comercial, pois possui valor pecuniário , tornando patrimonial o direito do titular;
Em relação ao nome civil, é inaceitável, pois este tem natureza extrapatrimonial.
2) QUESTÃO DE ESTADO :
Colin: “ não passa de um simples sinal distintivo e exterior do estado, de modo que toda questão a ela relativa é uma questão de estado.”
3) DIREITO DE PERSONALIDADE : adotado pelo CC/02, art.11.
NOÇÕES TERMINOLÓGICAS
Art.16 do CC – “ Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.”
PARTES OU ELEMENTOS DO NOME:
1) PRENOME: é o primeiro nome, “ nome de batismo”. Pode ser simples ou composto, sendo imutável, salvo algumas exceções legais;
 2) PATRONÍMICO: é o nome de família, coloquialmente chamado de sobrenome;
OBS: Deve ser sempre registrado, mas não há obrigatoriedade de registro do nome dos dois pais, art.55 c/c art.60 da lei 6015/73; 
OBS: a expressão “apelido” pode ser utilizada como sinônimo de patronímico( a própria lei 6015/73 no art. 56 fala em “apelidos de família”), ou de cognome, que é a designação dada a alguém devido a alguma particularidade individual, ex.: Tiradentes, Xuxa, Lula;
3) AGNOME : não tem previsão no CC, é um sinal distintivo que se acrescenta no nome completo para diferenciá-los de parentes próximos, ex.: Filho, Neto, Terceiro;
OBS: PSEUDÔNIMO OU CODINOME é um nome escolhido pelo próprio indivíduo para o exercício de uma atividade específica, muito comum no meio artístico e literário. O CC de 2002 no art.19 outorga expressamente a mesma proteção ao nome real da pessoa;
ELEMENTOS SECUNDÁRIOS NÃO TRATADOS NO CC/02:
Silvio Venoza:
“ É o caso dos títulos nobiliárquicos ou honoríficos, como por exemplo, conde ou comendador, apostos antes do prenome, denominados, “ axiônimos”. Também devem ser lembrados os títulos eclesiásticos que juridicamente são irrelevantes, como padre, monsenhor, cardeal. Há ainda os qualificativos de identidade oficial, como as denominações Senador Olímpio, Juiz Almeida, etc; assim como os títulos acadêmicos e científicos, como mestre e doutor.”
ALTERAÇÃO DO NOME
Por ser uma marca indelével do indivíduo, um atributo da sua personalidade, só poderá ser modificado, como exceção, por motivos realmente relevantes;
Assim, não é qualquer melindre ou capricho pessoal que autoriza a modificação do nome;
CLASSIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO DO NOME EM RELAÇÃO A MOTIVAÇÃO DA INICIATIVA
1) CAUSAS NECESSÁRIAS: são aquelas decorrentes da modificação do estado de filiação ( ex.: reconhecimento/ contestação de paternidade ou realização da adoção) ou alteração do próprio nome dos pais;
OBS: nessa hipótese, preserva-se o nome de família, que deve ser uniforme para a preservação da linhagem e tradição do patronímico, evitando constrangimentos pessoais.
2)CAUSAS VOLUNTÁRIAS:
2.1. CASAMENTO: independe de autorização judicial;
OBS 1: No art. 240 do CC-16, estabelecia-se que, pelo casamento, a mulher assumia os “apelidos do marido”,o que importava reconhecer que a mudança era obrigatória;
OBS 2: Com os advento da Lei do Divórcio, moificou-se tal redação, instituindo apenas a faculdade de a mulher instituir
assumir o nome do marido, direito que se perderia se a esposa fosse condenada no processo de separação judicial ou se tomasse a iniciativa da separação por ruptura da vida em comum;
OBS 3: O CC-02 modifica essa disciplina, nos arts.1565,§1º e art.1571,§2º - igualou homens e mulheres em tal direito;
A lei de Registros Públicos ( lei 6.015/73) no §2º do art.57 já admitia a incorporação do patronímico do homem solteiro, desquitado ou viúvo, pela companheira solteira, desquitada ou viúva;
OBS: Todavia, com a instituição do divórcio, perde um pouco a aplicação dessa norma tendo como referência à proibição de convolação de novas núpcias. Em contrapartida, existe autores que defendem uma extensão dessa autorização legal a outras formas possíveis de convivência entre homens e mulheres;
2.2. HIPÓTESES LEGAIS: dependem de autorização judicial;
Art.56 da LRP: “ o interessado , no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil ( prazo decadencial), poderá , pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.” – ALTERAÇÃO IMOTIVADA DO NOME – direito potestativo;
OBS: Ação constitutiva negativa (retificação voluntária de registro do nome)a doutrina entende que o autor deve-se comprovar, por intermédio de certidões negativas extraídas de órgãos públicos, que não há o intuito fraudulento a direito de terceiros na sua pretensão;
Art. 57 da LRP: “ Qualquer alteração posterior de nome, somente por exceção, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa.”
Art. 58 da LRP( modificações pela Lei 9.708/1998 e 9.807/1999): “ O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios.
Parágrafo único: A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.” - (ver art.57, § 7º da mesma lei);
OBS 1: Apesar de não mais existente a previsão legal em relação a alteração do nome por erro gráfico e registro de prenome suscetível de expor ao ridículo os seus portadores, a doutrina e jurisprudência continuam entendendo como possível tais hipóteses por interpretação extensiva do dispositivo em comento;
OBS 2: A jurisprudência vem admitindo a troca de nome em situações ainda não positivadas, como no caso da mudança de sexo;
OBS 3: art.57,§ 1º da LRP – a facilitação da identidade no setor comercial ou profissional foi considerado um motivo justificador de alteração do nome;
OBS 4: Art.63 da LRP: alteração compulsória de prenome no caso de gêmeos ou irmãos de igual prenome, que deverão ser inscritos com prenome duplo ou nome completo diverso para que possam ser distinguidos entre si;
TUTELA JURÍDICA DO NOME
A designação do nome civil da pessoa natural é de livre escolha do declarante, ressalvando o registro obrigatório do patronímico, inexistindo exclusividade para sua concessão;
Art.61 da LRP;
Arts. 17 e 18 do CC-02
ESTADO DA PESSOA NATURAL
Indica sua situação jurídica no âmbito político, familiar e individual;
Orlando Gomes: “ estado(status) , em direito privado, é noção técnica destinada a caracterizar a posição jurídica da pessoa no meio social.”
ESPÉCIES DE ESTADO
1) ESTADO POLÍTICO: classifica as pessoas em nacionais e estrangeiros. Leva-se em conta a posição do indivíduo em face do Estado. Interessa ao Direito Constitucional;
2) ESTADO FAMILIAR: considera a situação do indivíduo sobre o prisma do direito matrimonial( solteira, casada , viúva, divorciada ou judicialmente separada), bem como as situações de parente, a posição do indivíduo no seio familiar( consaguinidade ou afinidade, nas linhas reta ou colateral);
3) ESTADO INDIVIDUAL: baseia-se na condição física do indivíduo influente em seu poder de agir. Considera-se idade(maior ou menor),sexo(homem,mulher), saúde( capaz, incapaz); 
OBS 1: Os atributos da pessoa , componentes do seu estado, caracterizam-se pela irrenunciabilidade, inalienabilidade e imprescritibilidade;
OBS 2 : As ações referentes ao estado da pessoa natural são denominadas prejudiciais – têm por fim criar, modificar ou extinguir determinado estado, sendo, portanto, constitutivas positivas ou negativas. Não admitem prazo decadencial para seu exercício e são intransmissíveis;
REGISTRO PÚBLICO
FRANCISCO AMARAL:
“ O registro civil é a instituição administrativa que tem por objetivo imediato a publicidade dos fatos jurídicos de interesse das pessoas e da sociedade. Sua função é dar autenticidade, segurança e eficácia aos fatos jurídicos de maior relevância para vida e os interesses dos sujeitos de direito.”
OBS: O sistema de registro público visa, de regra a conferir PUBLICIDADE aos atos jurídicos em geral, mas excepcionalmente o registro pode ter natureza constitutiva, ou seja, é condição sine qua non para a sua existência, como na constituição de uma pessoa jurídica.
 
Ver art.1º e §§1º e 2º da lei 6.015/1973;
Ver art.29 e §§1º e 2º da mesma lei;
OBS: Sobre o registro de nascimento da pessoa natural, vale ressaltar que sua natureza jurídica é declaratória, em contraposição à natureza constitutiva do registro de pessoa jurídica;
Assim, “a pessoa natural registra-se porque nasce e a pessoa jurídica nasce porque se registra.”
Ver art.52 e §§1º e 2º da lei 6.015/1973 – quem deverá fazer a declaração de nascimento.
IMPORTANTE!!!! §2º Quando o oficial tiver motivo para duvidar da declaração, poderá ir a casa do recém-nascido verificar a sua existência, ou exigir atestação de médico ou parteira que tiver assistido o parto, ou o testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem visto o recém-nascido.
Ver arts.9º e 10 º do CC/2002
EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL
Art.6º do CC-02;
Em geral, a parada do sistema cardiorrespiratório com a cessação das funções vitais indica o falecimento do indivíduo, mas tem doutrinadores que defendem que o referencial mais seguro da morte é a morte encefálico por ser irreversível, inclusive é a que autoriza a doação de órgãos;
Ver.art.77 da lei 6.015/1973 – a morte deve ser atestada por médico, ressalvada a possibilidade de duas testemunhas declararem o óbito na falta de um especialista;
ESPÉCIES DE MORTE
1) MORTE CIVIL;
2) MORTE REAL: aquela que houve a declaração de óbito;
3) MORTE PRESUMIDA: 
3.1. NO CASO DE AUSÊNCIA – art.6º, in fine do CC;
3.2. SEM A DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA – art.7º do CC;
MORTE CIVIL
Aquele que reconhecidamente vivo pudesse ser tratado como se morto fosse;
Era admitida , em tempos idos, como fator extintivo da personalidade em condenados a penas perpétuas ou religioso;
Pelo princípio da dignidade da pessoa humana é profundamente repudiado;
MORTE PRESUMIDA
NO CASO DE AUSÊNCIA: art.6º, in fine, CC-02;
A ausência é, antes de tudo, um estado de fato, em que uma pessoa desaparece de seu domicílio, sem deixar qualquer notícia;
O CC -16 tratava os ausentes, declarados tais pelo juiz, como absolutamente incapazes, já o CC-02, de maneira mais acertada, reconhece a ausência como morte presumida, a partir do momento que a lei autoriza a abertura da definição definitiva, preceituando seu procedimento nos arts. 22/39; 
CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE
Arts. 22 à 25 do CC-02
SUCESSÃO PROVISÓRIO
Arts. 26 à 36 do CC-02
SUCESSÃO DEFINITIVA
Arts. 37 à 39 do CC-02;
OBS: Se um herdeiro , imitido na posse durante a sucessão provisória, não requerer a sucessão definitiva , mesmo passado lapso temporal superior ao previsto em lei, teremos mera irregularidade, uma vez que nesta última ocorre apenas transmudação natureza já transferida provisoriamente na primeira.
RETORNO AO AUSENTE
Na fase de arrecadação de bens: não há qualquer prejuízo ao seu patrimônio ao seu patrimônio, continuando ele a gozar plenamente de todos os seus
bens;
Sucessão Provisória: arts. 33, parágrafo único e 36,ambos do CC-02; 
Sucessão definitiva: art.39 do CC-02;
AUSÊNCIA E DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO
Art.1571,§1º do CC;
OBS 1: Reconhecimento de efeitos pessoais decorrentes da ausência.(Cristiano Chaves);
OBS 2: Alguns doutrinadores defendem que o reconhecimento da dissolução do vínculo por essa forma somente se dará após a abertura da sucessão definitiva do ausente, devido ao final do art.1571,§1º;
2) SEM A DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA: art.7º, I e II do CC-02;
JUSTIFICAÇÃO DE ÓBITO
Art.88 da LRP
Arts.861 a 866 do CPC;
MORTE SIMULTÂNEA OU COMORIÊNCIA
Art.8º do CC-02
Grandes consequências no direito das sucessões;
Considerar mortos aos mesmo tempo significa que serão abertas cadeias sucessórias autônomas e distintas, de maneira que um comoriente não herdará do outro.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais