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Elementos da Sentença e Modificação pelo Juiz

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Francisco das Chagas Gomes - Matrícula - 201202199216
DIREITO PROCESSO PENAL II
SEMANA 10
Caso Concreto
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado.
RESPOSTA SUGERIDA: 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio ?
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais
hipóteses?
c) O caso acima admite reexame necessário?
RESPOSTAS SUGERIDAS:
a) Está correta a informação prestada pelo advogado, contudo, há de se ratificar que os elementos da sentença são os que foram ditos pelo patrono, quais sejam, o relatório, fundamentação e dispositivo, em atendimento aos artigos 489 do CPC e 93, IX, da CF. No entanto, Faz -se mister salientar que nos juizados especiais cíveis, conforme exposição do artigo 38 da lei 9.099/95, tem-se o entendimento que é dispensado o relatório nas sentenças proferidas. 
Ademais, o magistrado só poderá alterar a inda o conteúdo da sentença se ocorrer algumas das disposições previstas no artigo 494 do CPC, ou seja, para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculos, ou por inter posição de embargos de declaração, devendo dá-se início a modificação de ofício ou requerimento da parte. Cumpre lembrar outra oportunidade em que o juiz pode modificar seu entendimento proferido em decisão anterior, quando há o julgamento liminarmente improcedente do pedido, no caso em que o réu interpõe apelação, o magistrado poderá se retratar em até 5 dias úteis, nos termos do artigo 332 e seguintes do CPC. Nesse sentido: Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: § 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
b) Sim, o magistrado poderá alterar o conteúdo da sentença se ocorrer algumas das disposições previstas no artigo 494 do CPC, ou seja, para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculos, ou por interposição de embargos de declaração, devendo dá-se início a modificação de ofício ou requerimento da parte. Cumpre registrar outra oportunidade em que o juiz pode modificar seu entendimento proferido em decisão anterior, quando há o julgamento 
liminarmente improcedente do pedido, no caso em que o réu interpõe apelação, o magistrado poderá se retratar em até 5 dias úteis, nos termos do artigo 332 e seguintes do CPC. 
c) Não, uma vez que a sentença do caso em tela não foi proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o município ou contra suas autarquias e respectivas fundações de direito público, nem houve qualquer julgamento procedente em embargos à execução fiscal, como informa o artigo 496 do CPC. Assim, Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o f izer, o presidente do respectivo tribunal 
avocá-los-á. (CPC)
Questão objetiva
1- Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas
em:
a) declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária.
b) declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária.
c) mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coerctivo e força de lei.
d) declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido.
RESPOSTA: LETRA A - Correto segundo a teoria ternária entende -se que existem três espécies de ações de conhecimento: ações condenatórias, ações constitutivas e ações meramente declaratórias. Classificação ternária, pois. Para esta acepção, ações mandamentais e ações executivas em sentido amplo são subespécies das ações condenatórias, pois, com a edição da Lei Federal n. 11.232/2005, não havia mais sentido diferenciá-las. 
2 - As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa:
a) já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a partir dos anos 1990.
b) não existiam em nosso ordenamento jurídico.
c) não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem.
d) já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do Ministério Público.
RESPOSTA: LETRA A

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