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Trabalho Planejamento estratégico em bibliotecas

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Planejamento Estratégico em Bibliotecas	
	
	
	
	
	
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA, 29 DE JUNHO DE 2017
 
	 3	
SUMÁRIO 
 
 
	 4	
1. INTRODUÇÃO 
O planejamento estratégico é uma área altamente estudada atualmente 
devido os benefícios que um bom planejamento prévio traz para empresas e 
organizações, no entanto, o interesse por essa área existe desde o século XX. 
O planejamento estratégico (PE) é atualmente uma área bastante 
estudada devido os benefícios que um bom planejamento prévio traz para 
empresas e organizações, sendo uma área de interesse desde o século XX. O 
motivo pelo qual o planejamento é indispensável em qualquer empresa ou 
organização é devido às preocupações das mesmas em evitar custos e 
melhorar a qualidade de seus serviços. E essa preocupação não é diferente no 
ambiente das bibliotecas. 
Apesar das bibliotecas não terem fins lucrativos, em seu cotidiano elas 
precisam lidar com verbas para compra de acervo, infraestrutura física, 
conservação, restauração, e outras necessidades. Sem mencionar que um 
melhor planejamento garante o melhor exercício de seus objetivos, e com isso, 
podem atender melhor o público. A informação é um recurso de extrema 
importância em todos os campos, administrá-la pode ser uma tarefa árdua, que 
requer um planejamento claro e objetivo para que as metas sejam alcançadas 
(SILVA REIS, 2011, p. 1). Neste sentido, o PE também é de interesse na área 
da Ciência da Informação. 
 
 
	 5	
2. DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
Planejamento é o ato de decidir antecipadamente o que fazer, de que 
maneira fazer, quando fazer e quem dever fazer, para o alcance de uma 
situação desejada. Enquanto estratégia significa a adoção de ações adequadas 
para se atingir um determinado objetivo, ou seja, a maneira que uma empresa 
vai encontrar para se chegar ao lugar almejado (SILVA, 2012, p. 1). 
Desta forma, o planejamento estratégico é o oposto da improvisação, 
sendo um processo racional e científico, onde se é feita uma análise do 
ambiente interior e exterior de uma empresa para se determinar seus objetivos 
e como atingi-los. Normalmente são definidos metodicamente as fases que 
devem ser realizadas para alcançar objetivos maiores, sendo que estas podem 
ser modificadas com o tempo, tendo em vista que o planejamento é um 
processo contínuo e dinâmico (a modificação do ambiente exterior e interior de 
uma empresa a obriga a repensar seu planejamento estratégico). 
3. TIPOS DE PLANEJAMENTOS 
Porém, do ponto de vista das instâncias das organizações (BARBOSA, 
2005, p.8), o planejamento pode ser dividido em: 
• Estratégico: é o processo de decisão relativo aos objetivos da 
organização, às mudanças nesse objetivos, aos recursos utilizados para 
atingi-los e às políticas que deverão governar a aquisição, distribuição e 
utilização desses recursos; 
• Intermediário: é o desdobramento do planejamento estratégico em 
planejamentos táticos que permitem que as decisões estratégicas se 
traduzam em planos concretos, em outras palavras, tem como função 
controlar e integrar as operações na organização, garantindo a 
implementação das decisões estratégicas; 
• Operacional: é o detalhamento do planejamento intermediário. É aqui 
que se decide o que fazer e como fazer. Representa os procedimentos e 
operações. 
 
	 6	
Se levado em conta o ponto de vista das atividades(BARBOSA, 2005, 
p.9), o planejamento é dividido nas seguintes categorias: 
• De espaço físico: planejamento do espaço; 
• Organizacional: esboço da estrutura que permite que sejam alcançados 
os objetivos previstos; 
• De produtos: produtos e serviços que serão oferecidos aos clientes; 
• De recursos: recursos humanos, materiais e financeiros necessários; 
• De operações: são os processos de produção e distribuição de serviços 
e produtos; 
• Das formas de acompanhamento e avaliação, assim como da 
continuidade dos planos; 
• Global: é a combinação de todos os planos existentes em uma 
organização e o processo pelo qual todos os planos internos se integram 
ao seu planejamento estratégico. 
Do ponto de vista de tempo, o planejamento se divide em: 
• A longo prazo: são ações que visam resultados em um futuro mais 
distante; 
• A médio prazo: é o elo entre os grandes objetivos e diretrizes e os 
procedimentos do planejamento a curto prazo; 
• A curto prazo: são as atividades mais imediatas que procuram dar 
frutos o mais rápido possível. 
É importante ressaltar que muitos bibliotecários deixam de fazer um 
planejamento bem elaborado por falta de tempo ou por acharem que é um 
desperdício de tempo. 
De fato, fazer um bom planejamento é algo que leva tempo, porém, vale 
muito mais a pena bolar estratégias racionais a processos improvisados, que 
não garantem resolver os problemas encontrados. 
 
	 7	
É importante ressaltar que muitos bibliotecários deixam de fazer um 
planejamento bem elaborado por acharem ser perda de tempo, ou pela falta do 
mesmo. De fato, fazer um bom planejamento é algo que leva tempo, porém, 
criar estratégias racionais ao invés de processos improvisados, que não 
garantem a resolução dos problemas, poderá não só poupar tempo e verba no 
futuro, como fará as respostas aos problemas mais efetivos, precisos e com um 
tempo de resposta menor. 
4. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO 
O planejamento é constituído por um conjunto de instrumentos, cada um 
com uma função específica que, devidamente articulados, garantem a eficácia 
do processo. Plano – Objetivos – Metas – Políticas/Diretrizes – Procedimentos 
– Regras – Passos – Recursos 
1) Plano - o plano é uma linha de ação pré-estabelecida que, em 
determinado período de tempo, orienta a ação na direção da missão, ou seja, o 
que a instituição deve fazer: o papel ou a função a ela atribuída. Não é um 
enfeite, e sim um evento intermediário entre o processo de planejamento e o 
processo de implementação do planejamento. É um instrumento de trabalho, 
um meio para alcançar os fins e objetivos determinados, uma força de 
assegura a execução. Oferece uma estrutura de referência para a tomada de 
decisão e é um compromisso com a mudança. 
Além de fazer acontecer, o plano possibilita o controle da mudança, 
colaborando para que ela ocorra de modo ordenado e seja eficaz. Logo, o 
plano fornece parâmetros de controle e acompanhamento das ações. 
O que determina a necessidade de um plano é a missão ou objetivos 
institucionais, ou, ainda, por problemas específicos relacionados ao bom 
desempenho da organização. Por essa razão, a eficácia do plano é medida 
pela proporção em que contribui para a realização dos objetivos e para 
alcançar os resultados desejados. 
Em um serviço de informação pode-se falar em plano anual, que define 
prioridades, objetivos, metas e recursos previstos para o período de tempo 
 
	 8	
especificado. É possível, também, referir-se a planos globais, que fornecem os 
fundamentos para as atividades da unidade de informação. E, ainda, falar-se 
em planos específicos, como os voltados a determinada área de atuação, e até 
em planos especiais, como os destinados a enfrentar catástrofes (por exemplo, 
incêndios e inundações) e que incluem os passos a serem seguidos quando 
surgirem determinadas circunstâncias. Em uma situação ideal, haverá um 
plano global e planos específicos para certos aspectos do serviço de 
informação. 
2) Objetivos - os objetivos (em inglês, goals) são o ponto final do 
planejamento e constituem o plano básico da organização. Consistem numa 
situação futura esperada, ou no que se pretende atingir com o esforço do 
planejamento, como forma de concretização da missão. Os objetivos devem 
expressarintenções que levem ao cumprimento da missão da organização. 
Os objetivos são estabelecidos de modo amplo pela alta administração e, 
com base nos objetivos gerais, os níveis inferiores da organização estabelecem 
seus objetivos específicos. Há, pois, uma hierarquia que, na pratica, precisa ser 
respeitada. 
Os objetivos das bibliotecas e centros de documentação devem ser 
sempre pensados em relação à instituição a que pertencem e à comunidade a 
que devem servir. Por essa razão, a definição dos objetivos da unidade de 
informação é condicionada pelos objetivos da instituição, a fim de garantir a 
necessária coerência, e pela missão da organização, entendida como a linha 
de atividades ou campo de atuação desta. 
O primeiro objetivo do profissional de informação na função de 
planejador consiste, portanto, em interpretar corretamente a missão 
institucional e fixar objetivos para o serviço de informação que colabore para o 
cumprimento daquela missão e ofereçam soluções adequadas aos problemas 
identificados. 
3) Metas - as metas são planos expressos em termos de resultados a 
alcançar; são a quantificação dos objetivos. Devem ser expressas com clareza, 
iniciadas por um verbo de ação, e devem ser mensuráveis, mutáveis e ter 
 
	 9	
tempo definido. Os objetivos parecem ser sempre viáveis; é a definição das 
metas que permitirá uma avaliação mais realista das possibilidades de atingí-
los. 
4) Políticas (ou diretrizes) - as políticas ou diretrizes são planos gerais 
de ação, guias genéricos que definem linhas mestras, orientam a tomada de 
decisão e dão estabilidade à organização. Para Koontz et al. (1987), as 
políticas permitem decidir questões previamente, evitando repetição de 
análises, e ajudam a dar uma estrutura unificada a outros tipos de planos e 
delegar autoridade sem perda de controle. Em uma mesma organização, 
existem políticas nas diferentes instâncias e com abrangências e abordagens 
diversas. Por isso, precisam ser coerentes e integradas para serem eficazes, 
contribuindo, assim, para a consecução dos objetivos da organização. 
Em bibliotecas e serviços de informação, encontramos políticas gerais e 
políticas específicas, relativas às diversas áreas de atuação: políticas de 
formação e desenvolvimento de coleções, políticas de conservação de acervo, 
políticas de seleção de pessoal, políticas de treinamento e desenvolvimento de 
recursos humanos, políticas de atendimento, políticas de publicações, etc. 
Se as políticas são guias de raciocínio que orientam a tomada de 
decisão e a ação, as regras e procedimentos são guias para o fazer. 
5) Procedimentos - os procedimentos são instrumentos que 
estabelecem métodos rotineiros de execução de atividades e detalham a 
maneira exata pela qual uma atividade deve ser realizada e a sequência em 
que essas rotinas são realizadas. Como exemplos, temos, nas bibliotecas, os 
manuais de serviços e os fluxogramas. 
6) Regras - as regras relacionam-se aos procedimentos, pois orientam a 
ação, mas não especificam a sequência cronológica. Como exemplos, temos 
as normas e os regulamentos. As normas são comandos diretos e objetivos de 
curso de ação a seguir, como a proibição de entrar na sala de consulta com 
bolsas e sacolas, a proibição de fumar, ou normas internas relativas a rodízio 
de funcionários no horário de almoço, por exemplo. 
 
	 10	
O tipo de regulamento mais comum nas unidades de informação é o que 
regula o uso do acervo e dos serviços. Ressalte-se que tem sido observado, 
com certa frequência, o uso errôneo do termo regimento como sinônimo de 
regulamento. O regimento, como o nome indica, “rege” a organização, sendo o 
instrumento organizacional que complementa e explica o organograma. 
Contém: constituição, competências e atribuições. 
Os programas são complexos de metas, políticas, procedimentos, regras, 
passos e recursos. Um programa principal pode ser composto por programas 
derivados ou subprogramas que garantam sua consecução. 
Os projetos podem ser, portanto, parte de um programa geral, ou 
unidades independentes que contemplam determinado aspecto na unidade de 
informação. São as menores unidades dentro do planejamento, são operativas 
e contêm um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas e coordenadas 
para alcançar objetivos específicos, dentro de tempo e espaço determinados. 
Relacionamento da estratégia com as políticas, objetivos e metas: 
 	
Figura 1 - Baseado/retirado de: (FISHMANN, 1991, p. 27) 
5. ETAPAS DO PLANEJAMENTO 
A melhor forma de iniciar um planejamento é fazer uma análise das 
condições atuais e verificar como está a unidade de informação, tanto interna 
quanto externamente. O objetivo dessa análise é avaliar os recursos 
 
	 11	
disponibilizados internamente da biblioteca, como recursos humanos, materiais, 
etc. Este diagnóstico consiste da análise dos ambientes interno e externo. 
Um dos pilares do PE é a análise do ambiente externo, afinal, quanto 
maior a interatividade fora, maior a necessidade de analisá-lo. A análise interna, 
por sua vez, consiste da identificação de pontos fortes e fracos da unidade de 
informação e podemos fazer isso analisando as áreas funcionais da biblioteca 
e comparando o desempenho destas com outras unidades de informação de 
relevância. Em seguida, deve-se prosseguir com a definição de objetivos e 
diretrizes, sendo que os objetivos são os resultados que a unidade de 
informação pretende alcançar e para tanto, é necessário pensar aonde a 
biblioteca quer chegar e o que pretende conseguir. 
O terceiro e quarto passo é a formulação e implantação da estratégia. 
Após estabelecer os objetivos e estratégias desejados, é preciso coloca-los em 
pratica de estratégia. É imperativo que estes sejam implementados de forma 
adequada, caso contrário, por melhor que sejam os objetivos, eles serão inúteis 
e o plano estratégico terá sido em vão. É nessa etapa que analisamos algumas 
práticas para assegurar que a estratégia alcance os objetivos desejados, 
utilizando-se de ações de curto prazo para alcançar objetivos de longo prazo. E 
o último passo é o monitoramento e controle, ou seja, acompanhar e avaliar a 
execução da estratégia. 
Com estas informações apresentadas, vemos que as etapas devem 
seguir de acordo com o seguinte quadro: 
Etapas Processos 
Etapa 1 Análise do ambiente. 
Etapa 2 Definição de objetivos e diretrizes. 
Etapa 3 Formulação da estratégia. 
Etapa 4 Implantação da estratégia. 
Etapa 5 Monitoramento e controle. 
 
 
6. VANTANGENS E DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO 
ESTRATÉGICO 
 
	 12	
O quadro a seguir agrupa algumas das vantagens e desvantagens de se 
fazer um planejamento estratégico. Logo se nota que as vantagens estão em 
abundância. 
Vantagens Desvantagens 
• Maior flexibilidade; 
• Agilidade nas tomadas de 
decisões; 
• Melhor conhecimento de 
concorrentes; 
• Melhor comunicação entre os 
funcionários; 
• Maior capacidade gerencial; 
• Maior orientação nos 
comportamentos de 
funcionários; 
• Maior capacitação, motivação 
e comprometimento dos 
envolvidos; 
• Consciência coletiva; 
• Melhor conhecimento do 
ambiente em que os 
funcionários trabalham; 
• Melhor relacionamento entre 
empresa-ambiente; 
• Maior capacidade e rapidez de 
adaptação dentro da empresa; 
• Visão de conjunto; 
• Entrosamento da empresa. 
 
• Pode criar rigidez na 
organização; 
• Planos podem substituir 
criatividade e intuição; 
• Insegurança nas previsões 
• Mutação nos cenários; 
• O planejamento tende a 
causar demora nas ações. 
Baseado/retirado de (SILVA, 2012, p.5) 
 
 
	 13	
 
7. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM BIBLIOTECAS 
O PE para Bibliotecas e demaisunidades de informação é um tema que 
interessa a diversos profissionais da informação interessados nos 
desdobramentos de seus setores. 
O PE pode ser utilizado em diversas áreas, inclusive nas bibliotecas, 
ambientes geridos por bibliotecários que devem estar preparados para criarem 
e se utilizarem de tais estratégias para melhorar as condições de disseminação 
da informação e atendimento aos usuários. 
O PE pode ser utilizado em diversas áreas, inclusive nas bibliotecas, 
ambientes geridos por bibliotecários que devem estar preparados para criarem 
e se utilizarem de tais estratégias para melhorar as condições de disseminação 
da informação e atendimento aos usuários, no caso de bibliotecas e demais 
unidades de informação é um tema que fundamental para aqueles interessados 
nos desdobramentos de seus setores. 
Com isso em mente, devemos traçar metas de acordo com a prioridade 
de cada organização. Para tanto, devemos definir uma estrutura de serviço 
levando em consideração se os produtos oferecidos ao cliente são satisfatórios 
e quais inovações se fazem necessárias. É comum que algumas instituições 
subestimem as bibliotecas e neguem que elas precisam de planejamento, 
porém entre todas as funções das bibliotecas, que são fontes de recursos de 
informação e conhecimentos, elas também são um instrumento de apoio para o 
ensino acadêmico. Por isso um PE se faz imprescindível: as bibliotecas 
precisam ser planejadas de acordo com sua missão, visão e os caminhos que 
deverão seguir para alcançar os objetivos e metas estabelecidos visando um 
melhor desempenho gerencial e no oferecimento de um serviço cada vez 
melhor, mais eficiente e satisfatório para o seu público. 
O PE de uma biblioteca segue as mesmas normas e conceitos de uma 
empresa, e é uma prática que deve ser incorporada ao cotidiano dos 
bibliotecários. Seu objetivo é adequar-se, através de estudos de usuários, à 
 
	 14	
missão da instituição matriz da biblioteca e também à comunidade que a 
frequenta. 
Outros itens imprescindíveis num planejamento são a pesquisa e a 
avaliação: o primeiro deve ser realizado no período inicial dos trabalhos, 
através de pesquisas com os usuários e análise dos antigos planos e objetivos, 
para que seja possível pôr em prática a avaliação dos serviços de informação, 
isto é, identificar e coletar dados em relação aos serviços ou atividades, 
estabelecendo critérios de mensuração do desempenho dos mesmos para que 
assim possa determinar tanto a qualidade do serviço quanto o grau de 
satisfação de metas e objetivos. 
A avaliação é uma etapa de suma importância para um planejamento, 
que engloba todas as etapas e critérios necessários para um bom desempenho 
da biblioteca, proporcionando satisfação aos usuários. É através dela que 
identificamos os problemas existentes que dificultam o bom funcionamento da 
biblioteca, implicando assim na necessidade de garantir que se faça cumprir as 
metas e objetivos. 
Durante todo esse processo, o bibliotecário é responsável por verificar 
mudanças e atualizações a serem incorporadas ao planejamento de acordo 
com as necessidades existentes, sendo sua responsabilidade verificar os 
objetivos e a missão da instituição, as metas a serem cumpridas e o período de 
tempo à qual corresponde a concretização das etapas do planejamento. 
Somado a isso tudo, o bibliotecário também tem de ser capaz de fazer 
uma avaliação das atitudes das pessoas envolvidas no processo. Segundo 
Foggi, a atitude de alguém é composta por três elementos: cognitivo, afetivo e 
comportamental ou estrutural. A cognição é a maneira pela qual um objeto ou 
ideia é percebida; o elemento afetivo é o sentimento de gostar ou não, e o 
elemento estrutural é a tendência de ação (DI FOGGI, p.7) 
É evidente que o uso do PE é indispensável na gestão de uma 
bibliotecas, e apesar de toda uma estratégia elaborada, é de extrema 
dificuldade uma biblioteca conseguir realizar tudo o que havia planejado. Diante 
 
	 15	
disso, o autor Rafael Antonio Di Foggi (colocar só o nome seguido do ano) 
elaborou um roteiro para um planejamento estratégico bem sucedido: 
 
1º passo 
Ter a consciência de que o PE pode 
trazer benefícios à unidade. 
 
 
 
2º passo 
Definir a equipe que vai desenvolver 
o PE na unidade, com ao menos um 
representante de cada nível 
funcional, por exemplo: bibliotecários, 
técnicos, auxiliares e membros da 
Comissão de Biblioteca. 
3º passo Conscientizar cada funcionário de 
sua importância neste processo. 
4º passo Definir qual é a missão e a visão da 
unidade ou atualizá-las, se houver. 
 
 
5º passo 
Avaliar os pontos fortes, os pontos 
fracos, as oportunidades e as 
ameaças da unidade através do 
método SWOT 
 
 
6º passo 
Definir as estratégias a serem 
utilizadas, de acordo com os 
objetivos a serem alcançados, e 
quem será o responsável pela 
coordenação, execução e aprovação 
de cada uma delas. 
7º passo Definir um cronograma a ser seguido. 
 
 
 
8º passo 
Avaliar constantemente cada 
estratégia que está sendo utilizada, 
através de mecanismos de 
controle/avaliação e se necessário 
revê-la. 
 
 
 
9º passo 
Não ter medo de mudar a estratégia, 
entender que muitas vezes o cenário 
de cada biblioteca pode mudar, 
devido a eventos externos e internos 
que podem determinar a revisão da 
missão, dos objetivos e da estratégia. 
 
8. MÉTODO SWOT 
Hoje em dia existem diversas ferramentas utilizadas pelas organizações 
para se desenvolver um bom planejamento, uma delas é o método 
desenvolvido pelos dois professores de Harvard, Kenneth Andrews e Roland 
Christensen, o chamado método SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities 
e Threats), conhecido como FOFA no Brasil (Forças, Oportunidades, 
Fraquezas e Ameaças). 
 
	 16	
O método SWOT consiste em fazer uma análise do ambiente da 
instituição, levando em conta seus pontos fracos e fortes. Ou seja, é prudente 
que a instituição saiba seus pontos fortes e elabora sua estratégia em cima 
disso, pois não há significado em querer que sua instituição seja bem sucedida 
se baseando em algo que ela não desempenha bem. 
Hoje em dia existem diversas ferramentas utilizadas pelas organizações 
para se desenvolver um bom planejamento, uma delas é o método 
desenvolvido pelos dois professores de Harvard, Kenneth Andrews e Roland 
Christensen, o chamado método SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities 
e Threats), conhecido como FOFA no Brasil (Forças, Oportunidades, 
Fraquezas e Ameaças). Este método consiste em fazer uma análise do 
ambiente da instituição, levando em conta seus pontos fracos e fortes. Ou seja, 
é vital que a instituição tenha esse conhecimento e que a partir dele elabore a 
sua estratégia, uma vez que uma instituição que não se conheça e não baseie 
suas ações nesse conhecimento, dificilmente será bem sucedida em sua 
função e no cumprimento de sua visão e objetivo. Assim possibilitando que a 
biblioteca realize uma autoanálise, além de ser uma forma da instituição 
conhecer sua condição atual antes de definir qualquer plano de ação para curto, 
médio ou longo prazo. 
De modo mais aprofundado, ao fazer uma análise utilizando o método 
SWOT, é estudado: 
• Força: aquilo que a empresa consegue fazer bem, ou seja, suas 
competências e recursos (ponto forte); 
• Oportunidades: aspectos externos que podem oferecer uma vantagem a 
empresa (ponto forte); 
• Fraquezas: aquilo que limita ou reduz a capacidade de desenvolvimento 
e competitividade (ponto fraco); 
• Ameaças: o inverso de oportunidade, são recursos externos que que 
prejudicam a empresa por limitar ou reduzir sua capacidade de 
desenvolvimento e competitividade (ponto fraco);17	
É importante lembrar que as vezes é preciso repensar esses pontos 
múltiplas vezes. Uma empresa é altamente influenciada pelo seu meio externo 
e interno, então, se algum desses meios sofrer alguma alteração, será 
necessário fazer ajustes na estratégia, objetivos e missões. 
 
9. CONCLUSÃO 
Neste trabalho conclui-se que para atingir um determinado objetivo, ou 
seja, um processo científico de qualidade em uma biblioteca, não basta apenas 
elaborar planos, e sim, adotar critérios nas tomadas de decisões, fazendo uma 
análise interna e externa, acompanhar, ter controle do processo, fazer 
pesquisas com usuários e bibliotecários, para pôr em prática todo o 
planejamento, como a estratégia, política, objetivos e metas, atingindo o nível 
de necessidade de uma instituição. 
A qualidade do serviço decorre de como o planejamento do mesmo foi 
implantado diante de todos os recursos utilizados. O tempo, o custo e o 
ambiente, devem ser de extrema importância, pois as bibliotecas não têm fins 
lucrativos, e por isso, devem adotar um processo muito minucioso e sistemático, 
para que o acervo disponibilize de assuntos diversos, que o usuário tenha uma 
sala onde possa estudar em grupo ou individual, que seja permitida a 
disponibilidade de empréstimos de livros e laboratório para pesquisas. 
Um dos métodos utilizados para o planejamento de uma organização é o 
método de SWOT, que consiste em fazer uma análise da instituição traçando 
seus pontos fracos e fortes, tornando assim, o planejamento mais fácil de ser 
aplicado pela organização pôr já terem ciência dos "problemas" a serem 
resolvidos. 
O planejamento é contínuo, e por isso não deve ser rígido, pois seria um 
desperdício de tempo, porque a mudança ocorre o tempo todo. A tecnologia da 
informação só vem avançando e se expandido cada vez mais, e mudar a 
metodologia de um plano para que os objetivos sejam alcançados, é preciso, 
pois a partir do planejamento a gestão inicia seus serviços. 
 
 
 
 
	 18	
10. REFERÊNCIAS

Outros materiais