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FISIOLOGIA NEURO por Rachel

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Fisiologia VII - 211/Rachel
4º período
10.05.2013
Roteiro de revisão
Bibliografia sugerida para fisiologia endócrina: Berne e Levy.
ADH
Estímulos para liberação: 
Ultrapassagem do limiar osmótico.
Aumento da osmolaridade do sangue.
Diminuição do volume plasmático (perda de sangue: DC = Fr x Vs)*.
Aumento da pressão alveolar.
Ação: sobre o túbulo distal, promove reabsorção de H2O.
Se o mecanismo não for suficiente, o centro da sede é acionado.
*A diminuição do volume plasmático leva à diminuição de Vs. A Fr tenta compensar, porém o DC 
diminui, acarretando menos estímulo dos barorreceptores, que estimulam o hipotálamo, que ativa a 
liberação de adrenalina pela suprarrenal, que sobre o coração age pela via simpática, causando:
Aumento da FC e aumento da força de contração no coração.
Vasoconstrição no vaso.
Parassimpático é inibido.
 A diminuição da distensão dos barorreceptores também libera ADH, que promove reabsorção de 
água e consequente diminuição da osmolaridade.
Observe que a pressão pulmonar positiva diminui o retorno venoso para o coração, reduzindo 
também o estímulo dos barorreceptores, e estimulando a liberação de ADH.
Estímulos para inibição:
Estímulos alfa-adrenérgicos.
Álcool (inibe ADH e acarreta vasodilatação da arteríola aferente, levando ao aumento da FG).
O ADH em idosos é um pouco mais alto, agindo no hipocampo e amígdala, produzindo memória de 
alta duração.
Diarréia ou vômito levam à perda de água e íons, que acarreta a liberação de ADH. Ocorre então a 
diminuição da osmolaridade, e do ADH, levando ao aumento do volume de urina e da desidratação.
Na orofaringe há receptores que inibem a sensação de sede e a liberação de ADH. Por isso que os 
corredores apenas bochecham, inibindo a sensação de sede para continuar a corrida.
Patologia de falta de ADH: diabetes insipidus
Quadro agudo de desidratação; tratamento é feito com soro na veia. Preferência do paciente é por 
água gelada (completar com Guyton).
Centro da sede: tem limiar de sódio um pouco mais alto, pois o organismo tenta resolver os 
desequilíbrios inicialmente sem ativá-lo.
O aumento de volume urinário desenvolve-se em um quadro de poliúria, que leva à polidipsia (muita 
sede).O que ocorre então é o aumento da osmolaridade pela grande perda de H2O.
Outros casos possíveis de poliúria
Diabetes mellitus - poliúria, polidipsia, polifagia.
Polidipsia psicogênica - bebe-se muita água, ocorre queda da osmolaridade e poliúria.
Hipercalcemia - poliúria pelo excesso de íons que diminui reabsorção de água.
Como se faz diagnóstico diferencial de poliúria? Pela osmolaridade. No caso da D.Insípidus a 
osmolaridade aumenta, enquanto na polidipsia psicogênica ela abaixa.
OBS: Lítio PMD: lesa receptores de ADH; é nefrotóxico e leva à poliúria.É usado na Psicose maníaco 
depressiva.
A pressão oncótica da arteríola eferente leva à absorçao de H2O do túbulo contorcido proximal para o 
sangue.
Controle da circulação renal
Pressão arterial: quanto maior a pressão arterial, maior a FG. Quanto menor a pressão arterial, 
menor a FG.O limite mínimo da pressão hidrostática no controle da circulação renal é de 60 mmHg.
SNA: vasoconstrição da arteríola aferente leva à diminuição da FG.
Angiotensina II: vasoconstrição da arteríola eferente leva ao desvio do sangue e ao aumento da 
pressão anterógrada e da pressão glomerular, levando ao aumento da FG.
Controle local
Miogênico + fluxo - distende aferente - reflexo contração.
Reflexo túbulo glomerular.
Grande [NaCl] em TCD - vasoconstrição da aferente.
Pequena [NaCl] - ativação do sistema Renina (ECA inativa a bradicinina).
Angiotensina II
Vasoconstrição - aumento da PA diastólica (PA = Ps x Pd).
Nos casos de tireoidismo
Hipertireoidismo: vasodiltação, aumento da PAs e diminuição da PAd - pressão divergente.
Hipotireoidismo: vasoconstrição, pressão convergente.
OBS: Sistólica sempre maior do que a diastólica.
Relembrar: mecanismo de contra-corrente.
Exercício - mapa conceitual: completar.
13.05.2012
Sistema nervoso autônomo
Anatomia, fisiologia e farmacologia
Referência: Guyton.
Características do SNA
Divide-se em simpático e parassimpático.
Autonomia.
Funções do autonômicas e não autonômicas do corpo
Respiração - função vital, em parte sobre o controle voluntário (contração do diafragama pelo nervo 
frênico). No entanto, nem sempre que se respira é porque se planeja respirar.Portanto, onde se dá o 
controle da respiração? No bulbo, componente do tronco encefálico, por meio de neurônios 
quimiossensíveis.
Deglutição - função automática - não é autonômica, mas reflexa - e acontece até durante o sono, 
mas também apresenta controle voluntário.
TE = tronco encefálico = mesencéfalo + ponte + bulbo.
Neurotransmissores do SNA I
Neurônio somático motor - vai para os músculos estriados esqueléticos (voluntários); seu corpo 
está no H medular, e seu axônio sai para formar então uma RAIZ VENTRAL, chegando ao alvo sem 
interrupção.É um neurônio muito longo.PRODUZ MOVIMENTO VOLUNTÁRIO.
Neurônios pré-ganglionares autonômicos - vai para os músculos liso ou estriado cardíaco 
(involuntários); seu corpo está no H medular, e seu axônio, mais curto, sai para encontrar o neurônio pós-
ganglionar no GÂNGLIO (corpo de neurônio fora do SNC), mais longo. o alvo do SNA nunca é o mesmo do 
neurônio somático motor. Podem ser pré-parassimpático ou pré-simpático.PRODUZ MOVIMENTO 
INVOLUNTÁRIO.
Os neurônios pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos, somático motor e pós-ganglionar 
parassimpático utilizam ACETILCOLINA. O pós-ganglionar simpático, no entanto, utiliza ADRENALINA.
Anatomia do SNA simpático
Prolongamentos das vértebras formam canal para a medula nervosa.Cada segmento medular recebe 
o nome da vértebra - apesar de não estarem na mesma altura - e cada um contém diferentes tipos de 
neurônios.
Os segmentos medulares T1 - L2 contém: neurônios autonômicos pré-ganglionares simpáticos e 
neurônios motores somáticos.
Em cada segmento da medula, junta-se raiz dorsal com raiz ventral, formando um nervo espinal.
Gânglios paravertebrais: 
Cervical superior;
Cervical médio;
Cervical inferior e primeiro gânglio torácico formam gânglio estrelado.
Gânglios pré-vertebrais:
Celíaco;
Aórtico;
Mesentérico superior;
Mesentérico inferior.
OBS: Adulto - medula mais curta do que o canal no qual se aloja, terminando no nível da vértebra L2. Essa 
terminação estabelece um perímetro de segurança para anestesistas realizarem a anestesia peridural ou 
raqui.
Criança - medula mais longa do que o canal no qual se aloja.
Medicamentos beta-bloqueadores - bloqueiam receptores beta (noradrenalin e adrenalina) e 
consequentemente a ação simpática, que leva a redução da FC e diminuição da frequência cardíaca 
máxima durante o exercício, por exemplo.
Anatomia do SNA parassimpático
Os segmentos medulares de S2 - S4 contém: neurônios autonômicos pré-ganglionares 
parassimpáticos e neurônios motores somáticos.
Esses citados também estão nos núcleos do tronco encefálico* ( por isso o nome parassimpático).
*O H medular está segmentado no tronco encefálico, formando núcleos, que podem conter os neurônios 
citados.
Localização dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos**:
N.oculomotor acessório (n. de Edinger-Westphal);
N salivatório superior (do nervo facial, VII);
N salivatório inferior (glossofaríngeo, IX);
N dorsal do vago (do nervo vago, X);
Segmentos medulares (S2-S4);
Núcleo de ONuf - contém neurônios motores somáticos do nervo pudendo, que inerva esfíncter 
anal externo.
**Os nervos cranianos citados contém fibras dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos.
OBS: o potencial de ação dos neurônios somáticos motores tem sentido do corno da raiz ventral para o 
órgão alvo, enquanto o potencial de ação dos receptores de dor temsentido deles para o gânglio da raiz 
dorsal e então para corno da raiz dorsal por fibras aferentes viscerais.
Observe que o neurônio que recebe o estímulo do receptor o recebe por um dendrito muito 
prolongado, levando para a raiz dorsal pelo axônio: é,portanto, um neurônio PSEUDOUNIPOLAR.
Os nervos vago e acessório são nervos mistos (contém mais de um tipo de fibra) e conduzem grande 
quantidade de fibras aferentes viscerais.
Os corpos dos neurônios aferentes viscerais se localizam nos gânglios superior e inferior do nervo X 
(vago), do nervo XI (acessório) e nos gânglios da raiz dorsal e atingem o núcleo do trato solitário no bulbo - 
tronco encefálico.
A sensibilidade das vísceras é pouco definida, diferentemente da sensibilidade cutânea.
Os gânglios se encontram praticamente dentro do órgão alvo, como acontece no TGI:
Plexo mioentérico - controle da motilidade.
Plexo submucoso (de Meissner) - controle das secreções.
Neurotransmissores do SNA II
Otto Loewi (1920) - identificação do 1º neurotransmissor, "vagusstoff" (acetilcolina); prêmio Novel de 
Medicina em 1936. Demonstrou que saia acetilcolina do nervo vago ("coisa do vago"="vagusstoff") por meio 
de um experimento com secção do vago.
OBS: frequência cardíaca intrínseca é mais alta do que frequência cardíaca de repouso, isto é, há algo que 
continuamente controla a frequência: o SNA parassimpático. Quem é mais eficiente nesse controle? Jovens 
que se exercitam. 
Há exceções de efeito da estimulação simpática COLINÉRGICA.
Não existem receptores parassimpáticos nas arteríolas sistêmicas.
Acetilcolina - age sobre receptores muscarínicos (M) e nicotínicos (N), em órgãos alvo e gânglios, 
respectivamente.
Noradrenalina - age sobre receptores alfa e beta, preferencialmente alfa.
Adrenalina - age sobre receptores alfa e beta, preferencialmente beta.
OBS: existem diversas famílias de receptores, o que permite maior especificidade de medicamentos.
Beta-bloqueador: pode diminuir a pressão pelo DC ou pela RVP (PA = DC x RVP). Observe que a 
pressão arterial sistólica representa o DC e a diastólica representa RVP. Como o betabloqueador age 
bloqueando os estímulos adrenérgicos sobre o coração, pode influenciar DC, mas também age sobre os 
músculos diminuindo a dilatação, de forma a influenciar RVP.
Base do tratamento dos asmáticos: agonista simpático na bomba.
Efeito colateral: aumento da FC (taquicardia).
Parassimpático x simpático
Diferentemente do que muitos dizem, o parassimpático e o simpático podem atuar produzindo a 
mesma consequência final. Por exemplo: aumento da FC em duas situações diferentes:
Mudanças posturais e atividade mental - parassimpático diminui, FC aumenta.
Exercício - simpático aumenta, FC aumenta.
Tônus simpático: observa-se principalmente no sistema cardiovascular.O disparo basal dos 
neurônios pós-ganglionares simpáticos faz com que as arteríolas sistêmicas se encontrem constritas cerca 
de metade do seu diâmetro máximo. Desta forma, é possível vasodilatar apenas diminuindo o disparo basal,
Tônus parassimpático: observa-se principalmente no trato gastrointestinal. A retirada cirúrgica da 
inervação do PS (n. vago) causa atonia gástrica e intestinal. A regulação do PS pode
Metabolismo: a adrenalina tem um efeito metabólico 5-10 vezes mais forte do que a noradrenalina.
Adipócitos - receptores beta 3 (vísceras)*** - lipólise e produção de calor.
Adipócitos - receptores alfa 2 (periféricos)**** - favorecem o estoque.
***Herdados geneticamente, determinam metabolismo de forma que certos indivíduos são mais magros ou 
mais gordos.Esses receptores podem ter atividade aumentada em eficácia com a atividade física.
****Estão nas regiões de estoque: "culotes", "coxas", "barriga".
Liberação hormonal - possibilidade de "controle autonômico"aonde não existe inervação.
Estresse agudo de alta intensidade - age sobre receptores beta 3, favorecendo emagrecimento.
Estresse crônico de baixa intensidade - age sobre receptores alfa 2, favorecendo estoque.
Atividade reflexa
Glândulas salivares: secreção espessa (S) ou copiosa (PS)
Reflexos de defecação: estímulo de estiramento do reto entra pela raiz dorsal via fibras aferentes e 
volta por fibras parassimpáticas, passando por neurônios pós-ganglionares parassimpáticos.
Reflexo de esvaziamento da bexiga: neurônios sensoriais levam informação. A ação é mediada por 
simpático e parassimpático, principalmente por parassimpático.
Função adrenal 
Estes hormônios agem durante 2-4 minutos, levando ao surgimento de efeitos até 10 minutos após a 
liberação.
Neurônio pré-ganglionar chega até medula da suprarrenal, atingindo neurônios modificados que irão 
secretar hormônios na corrente sanguínea. Ocorre seguintes vias:
Pré-ganglionar simpático: liberação de noradrenalina ou adrenalina (medula adrenal: 80% de 
adrenalina e 20% noradrenalina).
Síndrome geral de adaptação (Hans Selye - 1936)
Fases: alarme, resistência, exaustão.
Alarme
Medula adrenal - FUNÇÃO DE ALARME : aumenta a capacidade de exercer atividade muscular 
vigorosa:
PA - aumenta.
Redistribuição do fluxo sanguíneo para os músculos e para o cérebro em detrimento de outras 
áreas (TGI e rins).
Metabolismo celular - aumenta.
Glicemia - aumenta.
Glicólise no fígado e no músculo - aumenta.
Força muscular - aumenta.
Atividade mental - aumenta.
Taxa de coagulação sanguínea - aumenta.
OBS: tempo de liberação de adrenalina: varia com estresse do momento.
A reação de alarme em pessoas mais jovens é eficaz, mais "seguro" e o estado normal pode ser 
estabelecido mais facilmente. No entanto, um indivíduo mais velho pode ter diversos efeitos indesejados 
produzidos pelo alarme.
Resistência
Os sintomas da fase de alarme não são mais aparentes.
O pico de adrenaline aparece de maneira contínua e a liberação de cortisol tende a aumentar 
(aumento do acúmulo de gordura em regiões de estoque).
Início da depleção de reservas energéticas.
Exaustão
Depleção de todas as reservas leva à anormalidade das funções orgânicas.
Os sintomas da fase de resistência podem perdurar ou voltar.
Anormalidade das funções orgânicas pode levar a lesões orgânicas irreversíveis.
Portanto, a exposição ao estresse pode ser contínua ou aguda, de forma a produzir efeitos a curto ou 
longo prazo em indivíduos. Por isso em locais e situações de intenso estresse, quando indivíduos sofrem 
cronicamente, os efeitos também podem se tornar crônicos.
17.05.2013
Sistema somatossensorial
Referência: Bear.
Tato pode ser dividido em protopático ou epicrítico.
Os receptores que têm a habilidade de transformar energia mecânica em potenciais de ação 
transduzem os sinais para o SNP, que o encaminha para o SNC, atingindo o tálamo - por onde passam 
todas as informações; é como um "secretário geral" - e depois o córtex. Portanto, as relações tálamoo-
corticais serão fundamentais para compreender porque os seres humanos reagem de certas formar.
O tálamo é um núcleo de passagem, portanto as informações devem chegar a ele da forma mais 
fidedigna possível.
Apenas no córtex há consciência, portanto toda interpretação de estímulos depende dele.
O sistema somatossensorial permite a percepção das mais varadas sensações nas diversas partes 
do corpo.
Quais formas de energia devem ser captadas pela pele? Mecânica ou térmica. No entanto, esse 
estímulo deve ser caracterizado. Como?
Atributos de um estímulo
Modalidade - Lei de Muller (1826) - "energias sensoriais específicas".Se os neurônios são todos 
iguais e podemos discernir sensações diferentes, os neurônios estão arranjados em série na verdade, de 
forma que duas sensações distintas não se misturam no mesmo gânglio ou neurônio. Cada modalidade 
sensorial precisa caminhar de forma separada, portanto.
Intensidade - um estímulo pode ser fraco ou forte.Pelo código de frequência e de populaçãoneuronal pode-se avaliar a intensidade de um estímulo. Ex: uma espetada forte pode gerar 10 potenciais de 
ação por segundo, enquanto um fraco pode gerar 5. Um super estímulo pode captar mais neurônios, uma 
população neuronal maior respondendo.
Duração - intervalo de tempo de estimulação de receptores de adaptação rápida e lenta. Alguns 
receptores não se adaptam, outros se adaptam mais lentamente ou rapidamente, de forma que aquele que 
se adapta rapidamente não indica claramente o tempo de duração do estímulo, enquanto aquele que não se 
adapta (por exemplo, o de dor) pode determinar essa informação. Aquele sque se adaptam lentamente 
também facilitam a identificação do tempo de duração do estímulo.
OBS: adaptação ao estímulo - diminuição gradativa de resposta ao estímulo, de forma que aos poucos o 
córtex interpreta que o mesmo cessou.
Localização - todo neurônio tem um campo receptor, que determina o raio no qual ele pode detectar 
estímulos. Quando um estímulo atinge um campo receptor apenas, o córtex não consegue distinguir 
exatamente qual foi o local do campo.O limiar de discriminação de 2 pontos determina a distância 
necessária para discernir a diferença de localização entre dois estímulos diferentes.
Nos dedos, erra-se a discriminação em no máximo 2 centímetros. Na área do tronco se erra certa de 
4 ou mais centímetros.A quantidade maior de pequenos campos receptores possibilita maior discriminação 
da localização dos estímulos nas mãos do que no tórax, por exemplo.
OBS: quando há dois neurônios da mesma modalidade fazendo sinapse em um mesmo, o campo do 
neurônio que está recebendo o estímulo corresponde à soma dos dois campos receptores dos neurônios 
iniciais.
Síndrome de analgesia total - pessoa não sente dor alguma devido às terminações nervosas livres 
que não conseguem captar o estímulo.
Hipotensão postural - patologia associada a SNA; menos receptores, liberação mais lenta dos NT 
leva à reação mais lenta.
Somação espacial e temporal: soma de frequência e população neuronal.
Eletroneuromiografia: mede velocidade de condução; eletrodo de superfície é colocado na pele, 
registrando os PA que estão sendo originados sensorialmente. Possibilita o cálculo da velocidade do 
estímulo entre dois pontos e a comparação desse com o valor de normalidade.
Receptores
Mecanoceptores: deformação mecânica abre canais de sódio, levando à despolarização do receptor 
que é chamada de potencial gerador. A despolarização pode estimular os canais de sódio dependentes de 
voltagem, gerando o PA. Se o estímulo despolariza os mecanoceptores por meio dos receptores 
mecanodependentes mais não gera PA, ele é chamado de subliminar.
Potencial gerador ou receptor, portanto, ocorre quando intensidade de estímulo leva à mudança 
conformacional nos canais amplitude do PR, que acarreta (ou não) frequência dos PAs.
A pele pode ser dividida em dois tipos, e esses expressam tipos diferentes de receptores:
Pele grossa/glabra - expressa C. de Pacini, Meissner e Rufini.
Pele fina - expressa C. de Pacini, discos de Merkel e C. de Rufini.
OBS: 1)Canais de voltagem dependente nos neurônios acarretam o influxo de sódio devido ao potencial 
eletroquímico estabelecido. Dessa forma, o potencial é desencadeado, saindo do repouco (-90 a -70 mV) e 
atingindo 55 mV no pico da quantidade de entrada. 55 mV é, portanto, o equilíbrio do íon sódio com o LEC. 
2)Canais lentos de potássio se abrem, levando à saída de K+; a célula atinge -90 mV, uma 
hiperpolarização. Posterior a isso, a célula volta ao potencial de repouso por um pequeno influxo de sódio.
Quando um indivíduo não sente a vibração do diapasão no hálux, mais no tornozelo, pode estar 
ocorrendo lesão de fibras sensoriais periférias, como ocorre nos diabéticos, um processo chamado 
anestesia em bota.
Termoceptores
São estimulados por mudanças na taxa metabólica. Disparam fasicamente para mudanças rápidas na 
temperatura.
Tipos de receptores:
Azuis: 7º-43º C. Estímulo ótimo (quando ele gera mais potenciais de ação): 25º C.
Vermelhos:30º - 50º. Estímulo ótimo: 45º
O ser humano é capaz de discernir a diferença de um grau, apesar da geração da mesma quantidade 
de impulsos em faixas diferentes de temperatura.Parece que os receptores de temperatura tem um sistema 
de ultra baixa frequência (disparo fásico) portanto,respondem a, por exemplo, 20 graus com determinada 
característica diferente de 30 graus, apesar da quantidade de PA ser a mesma. Detectam temperatura, 
diferenciam-na e se adaptam muito rapidamente.
Aumentos de temperatura são captados FASICAMENTE por receptores de calor, enquanto reduções 
de temperatura são captadas por receptores de frio. O que ocorre quando ocorre um aumento da 
temperatura na faixa dos receptores de frio? Ocorre uma diferenciação que não é fásica.
As temperaturas extremas "queimam" a pele? Na verdade, essas temperaturas extremas ativam 
receptores de dor especializados em temperatura. Esses são os receptores de dor por frio e receptores 
Campo 
receptor
Adaptação Pele Sensação
Corpúsculo 
de Pacini
Grande Rápida Ambos os tipos Vibração de 
alta frequência
Corpúsculo 
de Meissner
Pequeno Rápida Grossa/Glabra Vibração de 
baixa 
frequência
Discos de 
Merkel
Muito pequeno Lenta Fina/Com 
pêlos
Localização
Corpúsculo 
de Rufini
Grande Lenta Ambas Vibração de 
muito baixa 
frequência
de dor por calor: nunca se adaptam, de forma que como maior for a intensidade do estímulo (para 
temperaturas muito baixas ou muito altas), maior será ativação.
Nociceptores (receptores de dor)
Mecânicos - respondem à forte pressão;
Térmicos - extremos de temperatura;
Químicos.
Terminações nervosas livres captam os estímulos, gerando PA no neurônio pseudo-unipolar (neurônio 
de primeira ordem), chegando a um neurônio no H medularm que manda a informação para o tálamo após 
DECUSSAR e atingir o trato espinotalâmico lateral.
Propioceptores
Fusos neuromuscular
Órgão de golgi
A propiocepção pode ser consciente (mecanoceptores nas articulações) ou inconsciente (fusos neuro-
muscular e órgão de golgi).Os estímulos propioceptores dos fusos neuromusculares e do órgão de golgi não 
alcançam o córtex, são inconscientes. Todo estímulo inconsciente atinge o cerebelo.
Dor e temperatura: passam pelo trato espinotalâmico lateral (começa na medula, termina no tálamo, 
passando pela parte lateral).
27.05.2013
O objetivo da aula de hoje é continuar estudando as vias aferentes.
Tipos de fibras Quantidade de 
mielina
Tamanho do 
diâmetro
Velocidade Tipos de 
receptores
Aalfa na pele
Grupo I nos m.*
muitíssimo 
mielinizadas
grandíssimo 
diâmetro
maior Proprioceptores.
Abeta na pele
Grupo II nos m.
muito melinizadas grande diâmetro intermediária maior Mecanoceptores 
da pele
Agama na pele
Grupo III nos m.
mielinizadas menor diâmetro intermediária 
menor
Temperatura e dor
C
Grupo IV nos m.
amielínicas menor diâmetro 
dentre todas
menor Temperatura, dor r 
coceira
Existem diferentes tipos de fibras, associadas a diferentes tipos de receptores, cujas propriedades 
variam. Quanto maior o diâmetro e a quantidade de mielina na fibra, mais rapidamente transita o impulso. 
Observe a tabela:
OBS: medula lombar - membros inferiores.
medula sacral - pelve e períneo.
P: De qual tipo de receptores saem os estímulos mais rápidos, portanto? 
R: Dos fusos musculares e dos órgãos de Golgi.
P: Por quê a sensação de coceira está associada às Fibras tipo C?
R: Fibras C - têm receptores para histamina, que funcionam mediante a processos inflamatóríos que 
levam a uma sensação de coceira.
P: Se alguém atira uma batata quente e lisa sobre sua palma, qual sensação ocorre primeiro: 
percepção de calor ou percepção de que ela é lisa?
R: Lisa.Porque os estímulos dos mecanoceptores trafega mais rapidamente(fibras tipo A beta).
P: Como ocorre a organização segmentar da medula?
R: De acordo com a identificação nos nervos que a acompanham, passando pelos forames 
intervertebrais.
Dermátomos
P: Como ocorre a organização da superfície corporal em dermátomos?
R: Cada dermátomo corresponde a uma área inervada predominantemente por um grupo de fibras de 
receptores que confluem para um mesmo segmento medular.
Dermátomos x lesões medulares
P: O quê é comprometido na fase motora mediante a lesões medulares?
R: Os segmentos inferiores a lesão e suas vias.
Nas lesões medulares, portanto, as vias comprometidas de sensibilidade e dor localizam-se abaixo da 
lesão, pois por essa não é possível que as informações sejam transmitidas. Por outro lado, os reflexos 
abaixo e acima da lesão permanecem intactos, pois ocorrem a nível medular.
P: Por que no Herpes Zoster ocorre sensibilidade maior para dor?
R: Os receptores permanecem com o limiar de ativação mais baixo, portanto mais sensíveis aos 
estímulos.
Sistema duplo de transmissão de sensações
As formas de se ascender a informações ocorrem por meio do Sistema duplo de transmissão de 
sensações, que é composto pelos Sistema da Coluna Dorsal-lemnico Medial e Sistemas 
Espinotalâmicos Anterior e Lateral.
Sistema da Coluna Dorsal-lemnisco Medial
Fibras utilizadas: grossas e mielinizadas (A beta)
Informações que utilizam a vida: alto grau de localização espacial, trazem a informação da 
propriocepção consciente*, tato epicrítico**, sensibilidade vibratória, esterognosia*** e grafestesia***.
OBS: *principalmente nas axilas
**principalmente na ponta dos dedos e nos lábios.
***habilidades complexas dependentes de receptores e de integridade cerebral.Estereognosia é a 
capacidade de mapear um objeto pelo tato. Grafestesia é a capacidade de identificar algo escrito na pele do 
dorso da pessoa.
receptores - 1º neurônio - gânglio da raiz dorsal - Bulbo [nc grácil e cuneiforme (nesses ocorre 
sinapse 1)] - 2º neurônio - decussação - tálamo [aqui ocorre sinapse 2] - 3º neurônio - Córtex
Sistema espinotalâmico (anterior e lateral)
Fibras utilizadas: fibras C e fibras A gama.
Informações que utilizam a via: tato protopático, dor, pressão e temperatura.
receptores - 1º neurônio - gânglio da raiz dorsal [aqui ocorre a sinapse 1] - 2º neurônio - Bulbo [nc 
grácil e cuneiforme] - 2º neurônio - decussação - tálamo [aqui ocorre a sinapse 2] - 3º neurônio - Córtex
Qual tipo de informação carreia pelos tratos espinotalâmicos anterior e lateral?
Anterior - tato protopático.
Lateral - dor e temperatura.
Qual a relação entre a sífilis e a falta de sensibilidade cutânea?
O sifilítico na fase quaternária tem a propriocepção inconsciente, tato epicrítico, estereognosia, 
grafestesia, sensibilidade vibratória porque a bactéria lesa a substância branca posterior da medula por 
bacteremia.
Como ocorre a passagem da informação sensorial facial?
Pelo nervo trigêmio e suas três divisões.Funciona similar à raiz dorsal, bem como outras informações 
sensoriais vindas de NC.
Tálamo
É um aglomerado de núcleos.
Esses núcleos podem ser:
Específicos - exclusivamente dedicados à passagem da informação sensorial para uma área 
específica do córtex.
Vagos - dedicados a outros fins.
No caso da informação sensorial, essa chega ao tálamo pelos núcleos VPL (por meio dos lemniscos 
medial e espinal) e VPM (por meio do lemnisco trigeminal).
A informação sensorial que chega ao córtex, vinda do tálamo, progride de forma inalterada ou 
fidedigna. Porém, a informação sensorial é utilizada por ele para outras funções que serão vistas 
posteriormente nessa disciplina.
Córtex somestésico
Divisão do córtex: Giro pré-central, Sulco Central e Giro pós-central.
Córtex somestésico está no giro pós central.
P: Córtex somestésico é sinônimo de neocórtex?
R: Não; o córtex somestésico corresponde ao giro pós-central do neocórtex (todo o córtex).
P: Qual a relação do córtex somestésico com os giros pré-central,pós central e com o sulco central?
R: O córtex somestésico é o giro pós-central.
A histologia do córtex foi dividida em áreas de Brodmann antes de 1950.
Neocórtex - córtex mais evoluído, formado por seis camadas de corpos de neurônios com suas 
respectivas diferenças histológicas e funcionais, dividido também por Brodmann.
Muitos anos depois da divisão de Brodmann, Penfield (1950) a utilizou no estudo de casos de 
epilepsia, identificando o foco epilético por meio de EEG, e realizando neurocirurgias para realizar biópsia.
O foco epilético localiza-se no neocórtex, e é formado por neurônios doentes, que na maior parte do 
tempo permanecem sem ação em nessa região e que,nos pacientes epiléticos, a atividade elétrica 
transpassa o limite do foco, acarretando a crise epilética. As drogas anti-epileticogênicas agem sobre todos 
os neurônios, por isso um de seus efeitos adversos é a sonolência.
Penfield, por meio dos experimento com as neurocirurgias, acabou descobrindo que o cérebro tinha 
correspondências sensoriais que se repetiam nos pacientes. Dessa forma, Penfield mapeou as diferentes 
regiões do giro pós-central que existiam relacionadas às sensações ditas antes, criando o Homúnculo de 
Penfield.
Homúnculo de Peinfield: representação de nossas sensações no giro pós-central. As maiores áreas 
representam maior sensibilidad, devido à quantidade de receptores, sua velocidade de transmissão e baixa 
sobreposição de neurônios.
Ex: na boca, há muitos neurônios captando pequena área, e no tronco há muitos n. para grande área.
• ÁREA S1: corresponde aos grupos 1,2,3 de Brodmann.
Organização funcional: em colunas funcionais de informações diferentes (organização colunar).
Lesão na área S1: perda de capacidade de localização.
OBS: organização funcional - não traz evidências anatômicas ou histológicas.
Córtex somestésico acessório
• ÁREA S2: corresponde aos grupos 40 e 43 de Brodmann. 
Localização: Parte superior da fissura lateral
Organização: tem campos receptores bilaterais e aferências variadas.
Áreas de associação somática
• Áreas 5 e 7 de Brodmann (córtex parietal posterior).
Não é puramente sensorial nem puramente motora, porém está mais tendenciosa à função sensorial.
Lesão nas áreas V e VII: síndrome de heminegligência. Caso a lesão seja no lado direito, o efeito é 
sobre o lado esquerdo do paciente.
Plasticidade no córtex somatossensorial
Área de representação de nervos no córtex nunca deixa de existir, de forma que mediante à secção 
de nervos por causa de amputamentos, acidentes, etc., ainda ocorre a expressão desses no córtex. Sua 
representação se rearranja, diminuindo de área.
A representação somestésica dos receptores de neurônios do córtex somestésico podem se modificar 
na idade adulta, porém se modificando mais na infância. Essa plasticidade tem limites, e acompanha 
treinamentos contínuos. Ex: musicistas que treinam longas horas por dia.
Dor
Transmitida por nociceptores e conduzida por fibras C e A delta. Pode ser de dois tipos a nível 
periférico:
Dor rápida/aguda - transmitida pelas fibras A delta, pela via neoespinotalâmica.
Dor lenta/crônica - transmitida pelas fibras C, pela via paleoespinotalâmica.
A informação de dor ocorre pelo trato espinotalâmico lateral, que se divide em neoespinotalâmica e 
paleoespinotalâmica.
A via neoespinotalâmica utiliza glutamato, e a paleoespinotalâmica utiliza glutamato e substância P 
(principalmente).
A via paleoespinotalâmica origina colaterais ao longo do tronco encefálico para a Formação Reticular, 
Área Tectal (mesencéfalo) e a substância cinzenta peri-aquedutal (Aqueduto de Silvius).
Estimulação da dor ocorre por meio de:
Lesões corticais impedem a capacidade de localização, isto é, levam à 
perda de senbilidade, mas não à perda de motricidade.
• Lesão tecidual - liberação debradicinina, serotonina, histamina, K+, enzimas proteolíticas.
OBS: prostaglandinas e substância P aumentam sensibilidade dos nociceptores por diminuição d limiar 
(hiperalgesia primária da inflamação).
• Isquemia
• Espasmo muscular
Angina pectoris: dor referida no peito irradiada para o braço esquerdo.
Dor referida: erro na sinapse entre o primeiro e o segundo neurônio.
Dor visceral: é mal referida, provoca reação emocional pelas fibras C, leva à reação do SNA.
Dor central/ no membro fantasma (patológica): ocorre na suência de estimulação nociceptiva, 
geralmente por lesão do SN.
Síndrome talâmica: dor no hemicorpo; antiepileptogênico é o tratamento, pois essa decorre de 
descarga associada ao foco epitélico.
Mecanismo de auto-analgesia
• Estimulação elétrica da substância cinzenta peri-aquedutal (experimental);
• Efeito placebo - Ex: analgésico na bolsa;
• Treinamento (orientais);
• Massagem local - Teoria do portão da dor.
• Hipnose.
• Endorfinas liberadas na medula pela via de dor.
Teoria do portão medular da dor: estímulo dos mecanoceptores estimula interneurônio medular 
na substância gelatinosa (corno posterior), inibindo o segundo neurônio da via da dor, pois o primeiro 
neurônio da vida da dor faz sinapse com o interneurônio também. Impede dor na sinapse medular. A 
substância utilizada pelo interneurônio para a inibição do segundo neurônio da via da dor é da classe das 
endorfinas. Entre neurônio um e neurônio dois é, portanto, possível barrar a dor, por meio da ativação de 
um interneurônio.
OBS: morfina é uma substância química sintética similar às endorfinas, que age igualmente.
Os neurônios das diferentes vias nunca se misturam: um neurônio pseudounipolar com fibras para 
dor nunca farão sinapse com o mesmo neurônio que o neur6onio pseudounipolar com fibras para o tato 
protopático, por exemplo, apesar de entrarem pelo mesmo corno posterior.
07.06.2013
Influências supra-espinais no portão espinhal
• Identificação das endorfinas (1975): neurotransmissores que são substâncias analgésicas. Foram 
descobertas por causa do uso da morfina pelo ser humano. Ex: serotonina.
(Trato reticulospinal): neurônio na substância cinzenta periaquedutal - passa núcleos da Raphe 
(bulbo) e libera endorfina - ativação do interneurônio inibitório - inibição do neurônio da via da dor.
O interneurônio citado é o mesmo interneurônio da teoria do portão medular da dor. Nesse 
mecanismo totalmente inconsciente, há inibição real e maciça da dor.
Acredita-se que a depleção da serotonina relaciona-se à depressão e também ao aumento de 
sensibilidade da dor.
Bibliografia indicada: Bear, O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Fisiopatologia da 
Enxaqueca.
Gustação
O paladar é um dos cinco sentidos dos animais. Permite reconhecer os gostos de substâncias 
colocadas sobre a língua. Na língua existem as papilas gustativas que reconhecem as substância pelo 
contato com os poros dos receptores.
O quê são papilas?
São centenas botões gustativos, que são formados por células gustatórias (células epiteliais 
modificadas). Essas são renovadas a cada 10-15 dias.
Basicamente como sua ativação funciona?
A substância atinge o poro do receptor.O receptor está separado da fibra do neurônio 1. Ele sofre um 
potencial, descarrega o neurotransmissor e ativa a via por meio de um nervo craniano.
Por quê o paladar é diferente entre crianças e adultos?
Há perda dos botões gustativos com o passar da idade. Adultos possuem cerca de 3.000.-10.000, 
sendo que as crianças possuem número maior ainda.
As células gustatórias se regeneram?
Sim.
Temos receptores específicos para cada substância na gustação?
A somação de 13 receptores diferentes, que são sensíveis a sódio, potássio, cloro, adenosina, 
inosina, doce, amargo, glutamato, H+, traduz todos os "gostos" que conhecemos. 
As células dos receptores têm preferências por certos tipos de estímulos, mas não são específicas.
Os botões gustativos se organizam de forma a unir células que têm preferência por uma sensação 
primária.
Qual a organização básica dos receptores?
Botão gustativo + células.
Quais são as sensações primárias?
Salgado: relaciona-se à concentração de Na+. Ocorre uso dos canais de Na+ sensíveis a 
amilorida. Eles são insensíveis à voltagem, e permanecem abertos o tempo todo. A entrada do íon Na+ nas 
células faz com que sintamos o gosto.
Ácido: relaciona-se à concentração de H+. Ocorre uso dos canais de Na+ sensíveis a amilorida, 
que trambém permitem entrada de H+.Eles são insensíveis à voltagem, e permanecem abertos o tempo 
todo. A entrada de íon H+ nas células faz com que sintamos o gosto.
OBS: Amilorida - diurético poupador de K+ (efeito colateral: sensação metálica na boca por causa da 
bloqueio dos canais de Na+ e H+.
Doce: receptores para doce ligados à proteína G, que acarretam cascata que ativa abertura dos 
canais de cálcio.
Amargo: possui dos mecanismos diferentes de percepção, um por canal de potássio e outro por 
receptor para amargo ligado à proteína G.
Por que existem dois mecanismos diferentes para o amargo?
Seleção natural: acredita-se que essa característica esteja ligada ao fato de que o amargo associar-
se com substâncias nocivas.
Unami - receptores de canais ligantes-dependentes para glutamato ou outros aminoácidos 
(glutamato monossódico).
Trajeto central da gustação 
Neurônio I - núcleos dos nervos facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X)
Neurônio II - núcleo do trato solitário, se projetam bilateralmente para o tálamo.
Neurônio III - núcleo ventral posterior medial do tálamo.
Córtex gustativo (área 43 de broadmann) - giro pós-central, correlaçòes com a representação 
somatotópica da língua. Analisa não só o gosto, mas os aspectos táteis dos alimentos.
Qual a relação do sistema límbico com o córtex gustativo?
Dieta e preferências: necessidade de um determinado nutriente na dieta.
Memória gustatória - relação dos gostos com memória e emoções.
OBS: triptofano é o precursos de serotonina.
Olfato
Única via que não passa pelo tálamo, pois inicia-se no bulbo olfatório. 
Os sentidos da gustação e do olfato são os que nos permitem distinguir os alimentos indesejáveis ou 
perigosos daqueles que são prazeirosos ou nutritivos.
O olfato é o único dos sentidos que tem conexão direta com processos de emoções e 
armazenamento de memórias. É pouco desenvolvido nos seres humanos, pouco conhecido e caracterizado 
como fenômeno subjetivo.
Quais são seus componentes importantes e informações interessantes?
Membrana olfatória em seres humanos: muito pequena.
Células olfatórias: neurônios bipolares genuínos, se renovam a cada 4-8 semanas.
Adaptação: quase 100% em 1 minuto.
OBS: até pouco tempo eram os únicos neurônios conhecidos que se multiplicavam, hoje já há evidências de 
que outros neurônios, como os de algumas regiões do hipocampo, podem se multiplicar também.
Qual o mecanismo de excitação?
Difusão da substância no muco, interação com a proteína receptora localizada nos cílios das células 
olfatórias. Aproximadamente 1000 proteínas receptoras - cada célula olfatória expressa apenas uma 
proteína. Mecanismo de amplificação pela proteína G. Somos, portanto, capazes de reconhecer, 
teoricamente, 1000 cheiros diferentes.
Cada neurônio I tem apenas um tipo de proteína.
Como se organizam os nervos olfatórios?
Nervos olfatórios são diferentes de acordo diferentes preferências específicas.
Em um nervo olfatório pode-se ter vários tipos de neurônios I, que convergem de forma organizada 
para o bulbo.Os neurônios específicos para os cheiros estão no bulbo olfatório.
Como se dá esse trajeto?
Neurônios I - na mucosa olfatória: é a célula olfatória.
Neurônios II - no bulbo olfatório: é a célula mitral.
Neurônio II vai para o córtex piriforme, para áreas do sistema límbico. Por isso a associaçãoa 
memórias é tão forte, inclusive quanto a alimentos aversivos.
Sob forte estímulo emocional, principalmente olfatório, ocorre excitação do lobo temporal, que leva a 
uma ativação contraditória vaso-vagal (estímulo do parassimpático e inibição do simpático). Pode ocorres 
síncope em razão dessa.
Quais são as vias da olfação?
Via olfatória antiga: neurônio II - vai para córtex piriforme/sistema límbico, no lobo temporal.
Via neo-olfatória: neurônio II - vai para tubérculo olfatório - passa pelo tálamo - córtex orbitofrontal.
Existem vias de inibição nesse sistema?
Pode ocorrer modulação no bulbo olfatório por neurônios descendentes.
OBS: Odor corporal - determinação genética, identificação, função de reconhecimento entre mãe e filho em 
humanos.
Feromônios - experimento da sincronização dos ciclos menstruais.
Ocitocina: administrada por meio de um spray nasal, e absorvida pelo sangue. Produz situação de 
confiança.
07.06.2013
Visão
Príncipios de óptica
 Receptores - transdução - SNP - SNIC - tálamo - Córtex
1)Luz
Luminosidade
Comprimento de onda: o olho humano tem receptor apenas para o espectro de luz visível, uma 
faixa de comprimento de onda.
2) Refração - o raio luminoso sofre desvio, a não ser que incida com noventa graus sobre a 
superfície. Portanto, ocorre desvio dos raios luminosos ao atravessarem uma superfície angulada. Quanto 
mais angulada for uma superfície, maior será a refração.
OBS: raio luminoso atravessa humor vítreo e o cristalino (transparentes) para então alcançar a retina. Os 
índices de refração do olho são considerados, por nós, um só.
3)Dioptria - representa o quão forte uma lente é; é o poder de refração de uma lente (capacidade de 
desviar o raio luminoso). Quanto mais curvada uma lente, mais próximo está o ponto focal.
A córnea é convexa, enquanto o cristalino é biconvexo, de forma que eles promovem o mesmo tipo 
de refração: convergência.
As lentes côncavas promove divergência.
Objeto a 6 metros de distância - raios entram em paralelo.
Córnea (42 dioptrias, é uma lente potente) - não possui vasos, recebe O2 e nutrientes por difusão do 
humor aquoso e é lubrificada externamente pela lágrima. O fato de ela não possuir vasos sanguíneos 
facilita muito a ocorrência de transplantes.
Olho emétrope - é o "olho normal", cujo ponto focal exatamente sobre retina.
Fluidos intra-oculares
Qual o principal fluido intra-ocular?
Humor vítreo; é uma massa gelatinosa composta por moléculas proteoglicanas. Ocorre difusão mas 
o fluxo é muito baixo. Ele vem da própria parede, e sua produção é lenta. Não possui função bioquímica 
importante.
Humor aquoso produzido na câmara posterior à íris constantemente pelo corpo ciliar e transportado 
para a câmara anterior, aonde é escoado também continuamente pelos sistemas linfático e venoso. 
Promove fluxo que lubrifica a córnea e facilita sua nutrição por difusão.
Qual a função desses fluidos?
Mantém o globo distendido, bem como a retina, para que a imagem possa ser formada.
Qual a função do Canal de Schlemm?
Possibilitar o escoamento do humor aquoso. Ele pode entupir, ou ser comprimido. Nesses casos, o 
humor aquoso fica retido, acarretando o aumento da pressão intraocular, que seria o aumento da pressão 
dentro das câmaras anterior e posterior.
O quê é tonometria?
É a medida da pressão intraocular. Deve ser feita uma vez por ano, e se encontrar na faixa de 12-20 
mmHg (faixa de pressão normal).
Dioptria = 1/f
Quais os efeitos do aumento da pressão intraocular?
Não ocorre nenhum efeito aparente, como a exoftalmia - que não tem relação com essa pressão. O 
que pode ocorrer é o glaucoma.
Glaucoma é o aumento da pressão intraocular, que não acarreta nenhum sinal externo, no entanto 
ocorre a compressão para dentro, atingindo o nervo óptico. Portanto, o glaucoma é a compressão do nervo 
óptico devido ao aumento da pressão intraocular.
A pressão intraocular varia?
Sim; ela apresenta uma curva similar àquela da pressão arterial, e para ser monitorada deve ser feito 
um exame que dure o dia inteiro em uma clínica especializada.
OBS: pressão arterial também varia, sendo maior ao acordar (liberação de catecolaminas) e menor durante 
a noite. Em alguns indivíduos pode ocorrer uma inversão do ritmo circadiano da pressão arterial, que tem 
muitos efeitos nocivos como o aumento da probabilidade de AVCS.
Tríade da acomodação
O quê é?
Três situações reflexas adaptativas em relação a um objeto e sua distância.
Como é composta?
Convergência dos olhos: quanto mais longe está um objeto, mais paralelo está à abertura pupilar. 
Quanto mais perto está um objeto, mais convergente estão os meus olhos.
Convexidade do cristalino: quando mais longe está um objeto, menos convexo/curvado deve estar 
o cristalino (inervação parassimpática do m. ciliar através do NC III) e quanto mais perto está um objeto, 
mais convexo/curvado deve estar o cristalino.
Constricção pupilar: a constricção (midríase) é feita pelo nervo oculomotor (parassimpático) - o 
mesmo que inerva o cristalino - e a dilatação (anidríase) é feita por um nervo simpático cervical.
Quais mm. são envolvidos na constricção e na dilatação da pupila?
A constricção é feita pelo m. constrictor da pupila e a dilatação é feita pelo m. dilatador da pupila.
Qual é a função do m. ciliar?
É um músculo diafragmático.
Contração: quando o objeto está mais perto, devido ao abaulamento do cristalino e sua maior 
convexidade.
Relaxamento: quando o objeto está mais longe, devido ao esticar do cristalino - junto à parede - e sua 
menor convexidade.
Algumas pessoas reclamam de dor de cabeça após muito tempo de leitura. Considerando que 
a contração do m. ciliar é usada quando o objeto está mais perto, poderia se atribuir essa dor ao uso 
do m. ciliar?
Sim, porém o esforço maior é dos músculos extrínsecos da visão. Quando essa dor ocorre, 
geralmente há um erro de refração não corrigido.
Como ocorre o acionamento do m. ciliar?
De forma reflexa, pelo SN parassimpático.
Na verdade, os olhos funcionam mais como uma câmera fotográfica do que uma filmadora, pois para 
cada distância há um foco. O que ocorre é o processamento das imagens pelo cérebro, de forma que a 
sensação é de que estamos filmando, mas na verdade isso não ocorre.
A constricção pupilar pode auxiliar para enxergarmos objetos distantes?
Raios incidem sobre retina com um ângulo maior do que o ideal, de forma que se dispersam atingindo 
outros pontos que não o focal. Se ocorre o fechamento da abertura, os raios passam por um espaço menor, 
formando também um ângulo menor que atinge se forma mais específica o ponto focal, produzindo uma 
imagem mais nítida.
Reflexo pupilar
Fotomotor: pode ser direto e consensual
Joga-se luz no olho direito e observa-se reação do olho esquerdo. Deve ocorrer o fechamento de 
ambos os orifícios ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. Isso ocorre porque a informação é 
transportada pelo nervo óptico, passando então pelo corpo geniculado lateral e atingindo a área pré-tectal 
aonde ocorre sinapse com um neurônio que vai para o núcleo de Edinger-Westphal (parassimpático) e faz 
mais uma sinapse. Por meio da comissura posterior, esse neurônio faz sinapse também com o núcleo do 
lado esquerdo, de forma que esse também se fecha.
Promove controle da quantidade de luz que incide sobre a retina.
Quais são os efeitos possíveis de lesões sobre essa via de reflexo?
Lesão no nervo óptico à esquerda: se ocorre incidência de luz no lado esquerdo, este não contrai, 
nem o lado direito. Reflexo fotomotor consensual deficiente e direto deficiente.Porém, se ocorre incidência 
de luz no lado direito, o lado esquerdo contrai. Reflexo fotomotor consensual normal e direto deficiente.
Lesão no nervo oculomotor (NC III) à esquerda: se ocorre incidência de luz no lado esquerdo,este 
não contrai, porém o direito contrai. Reflexo fotomotor direto deficiente e consensual normal.
Etc.
Cristalino
Não tem células, são fibras proteicas viscosas e transparentes, envoltas por uma cápsula elástica.
Na catarata, ocorre desnaturação ou coagulação das proteínas, que pode ser consequência de 
rubéola congênita, trauma, radiação, desordem metabólica, etc.
Na cirurgia para catarata de antigamente, a técnica deixava as pessoas com grande dificuldade de 
ver objetos próximos por diminuir sua dioptria pois ocorria retirada parcial do cristalino. Atualmente, no 
entanto, ocorre substituição total por uma lente sintética.
Erros de refração
Não inclui os problemas de cristalino. São erros da anatomia da córnea e da anatomia do olho. Só 
podem ser avaliados se o cristalino estiver transparente.
1) Miopia - a distância focal é menor que a distância axial. Córnea com muita convergência.
2) Hipermetropia - distância focal maior que a axial
3) Prebiopia - após 40 anos de idade o cristalino começa a perder capacidade de acomodação.As 
proteínas do cristalino são continuamente produzidas, endurecendo o cristalino.
4) Astigmatismo - córnea com diferentes graus de curvatura - solução é a lente cilíndrica.
Ilustração dos tipos
21.06.2013
OBS: miopia corrigida - cirurgia diminui o grau de convergência por meio da raspagem após abertura da 
córnea como se fosse uma capa.
Fundo do olho
Como é observado e qual a importância do seu exame?
Por meio do oftalmoscópio, que joga luz através da pupila. Visualiza-se vasos, retinas temporal e 
nasal, fóvea, mácula e papila óptica. Utiliza-se um colírio que mantém a pupila em midríase. Possibilita a 
detecção de, por exemplo, hemorragias retinianas, causadas por hipertensão. O ideal seria que não apenas 
o neurologista e o oftalmologista o usassem, mas todo médico clínico. Esse exame é possível pela técnica 
da varredura.
Fóvea - é o centro da retina, o ponto zero para o qual se dirigem os raios luminosos perpendiculares. 
A espessura da retina é menor nessa área, e se encontra
Papila óptica - é um buraco no olho que marca o início do nervo óptico. É também a via de entrada e 
saída dos vasos da retina. Deve-se examinar essa borda, que pode estar edemaciada, indicando uma 
inflamação do nervo óptico.Uma pressão sobre esse nervo pode levar à uma visualização extrusa da papila, 
causada possivelmente por hipertensão intracaniana. Essa hipertensão pode ocorrer por causa do 
acúmulo de líquidos intracranianos. A hipertensão pode se traduzir clinicamente como uma dor de cabeça.
Vasos - evitam passar pela fóvea para não afetar a visão. Por isso, o centro da retina é uma área 
com pouquíssima vascularização, amarelada por isquemia.
Nos casos de acidente vascular, as áreas menos vascularizadas sofrem mais do que as outras, de 
forma que a fóvea e a mácula são mais afetadas.
Portanto, as questões vasculares como lesões vasculares retinianas influem diretamente sobre a 
retina nas áreas centrais.
As lesões periféricas não são percebidas até atingirem a região central da retina (fóvea e mácula).
Os axônios das células ganglionares da retina, bem como os vasos, evitam passar sobre a fóvea e a 
mácula, ficando no meio do nervo óptico, protegidos.
A organização ocorre de forma que as células da periferia da retina têm seus axônios na periferia da 
retina, enquanto aquelas do centro têm seus axônios no centro. As lesões na periferia, portanto, afetarão a 
visão periférica.
Ponto cego
No campo visual completamente normal ocorre captação dos estímulos em todas as áreas, menos da 
papila óptica, que não tem fotorreceptores.
O raio luminoso que atinge a papila óptica na retina nasal atinge o ponto cego, o local aonde não há 
fotorreceptores, no qual os raios não são captados. Por isso, no experimento com uma cartela na qual há 
dois desenhos, a certa distância do olho o objeto desenhado do lado temporal some.
Quando uma imagem cai sobre o ponto cego, o quê ocorre?
O cérebro conserta a imagem. Ex: imagem de coração que caia sobre o ponto cego.
Quando uma imagem incompleta cai sobre o ponto cego, o quê ocorre?
O cérebro produz a imagem coerente. Ex: imagem de coração faltando pedaço se torna completo.
O quê Gestalt?
Significa "forma" em alemão, sendo uma linha de pesquisa sobre essa propriedade do cérebro de 
completar as imagens de acordo com as conhecidas.
OBS: há imagens que fazem parte de um repertório genético.
Estrutura da retina
• Epitélio pigmentado;
• Fotorreceptores - cones e bastonetes;
• Céluls bipolares;
• Células ganglionares;
• Células horizontais e amácrinas.
Fotorreceptores captam a luz, passando mensagem para as células bipolares, que transmitem-na 
para as células ganglionares.
O quê é convergência para a neurofisiologia?
O sinal originado de muitas células acaba em uma célula só. Ocorre na retina.
Se essa células ganglionar recebe a informação de vários fotorreceptores, qual será o campo 
receptor da mesma?
A junção de todas as áreas dos fotorreceptores.
Como isso ocorre na retina humana?
Retina central - relação de uma célula de cada tipo para a célula ganglionar. O campo receptor da 
mesma corresponde à área de um fotorreceptor apenas.
Retinas periféricas nasal e temporal - vários fotorreceptores para uma célula ganglionar apenas. O 
campo receptor da mesma corresponde à soma das áreas dos fotorreceptores.
Como se distribui a densidade dos fotorreceptores?
A distância do centro determina a quantidade de receptores. 
A 0 graus (da fóvea) - 0 bastonetes; porém há muitos cones.
A 10 graus (da fóvea) - 0 cones; porém há muitos bastonetes.
Como é possível avaliar o campo receptor?
Mede-se a DDP da membrana por meio de um eletrodo ligado a um axônio isolado do nervo óptico e 
outro ligado ao aparelho, avaliando-se os estímulos sobre a retina e seus efeitos sobre a DDP (Nobel de 
Huebel e Wiesel).
Células ganglionares
Histologia
Magnocelulares (8%) - CR grandes, processamento acromático (claro versus escuro e análise do 
movimento). Estão na periferia da retina.
Parvocelulares (90%) - CR pequenos, alta resoluação espacial, processamento no eixo verde-
vermelho. Estão no meio da retina.
Células K (2%) - antigamente chamadas de células não m e não p, fazem o processamento da cor 
no eixo azul - amarelo.
Células on-center - despolarizam quando a luz incide no centro. Quando a luz incide na periferia e o 
cembro permanece na sombra, elas hiperpolarizam. Quando a sombra atinge o centro e periferia, ocorre 
uma resposta intermediária. 
Células off-center - hiperpolarizam quando a luz incide no centro. Quando a luz incide na periferia e o 
centro permanece na sombra, elas despolarizam. Quando a sombra atinge centro e periferia, ocorre uma 
resposta intermediária.
Nas células que têm oponência centro periferia, com uma sombra homogênea ocorre que centro e 
periferia se anulam.
Qual a definição de campo receptor (CR)?
Área aonde qualquer estímulo modifica resposta celular.
O quê é oponência centro-periferia?
Um campo receptor funciona como dois. Ela torna as células mais sensíveis às diferenças de 
iluminação dentro do seu campo, de forma que as especializa para verem contraste.
CR centro/periferia - as células são mais sensíveis às diferenças de iluminação dentro do seu próprio 
CR. A resposta neural exagera o contraste entre as bordas.
Portanto, na verdade o olho enxerga apenas contornos, que são preenchidos pelo cérebro. Que 
doideira!
Em geral, o tipo de sinapse é um só entre dois tipos de células conhecidas. Como é possível, 
portanto, que ocorra inibição e excitação sobre a célula bipolar? Ocorre a mediação por meio da célula 
horizontal, que é inibitória sobre a bipolar, enquanto os fotorreceptores que fazem sinapse diretamente com 
a bipolar são excitatórios.
O arranjo sináptico da retinaé determinado geneticamente, de forma que é impossível que uma 
célula on-center passe a ser off-center.Na verdade, os CR se sobrepõem.
OBS: bebês - estrutura de acomodação afetada (foco fixo a 40 cm).
Trajeto visual
Os axônios da retina nasal cruzam no quiasma óptico, enquanto da temporal não o fazem.
Axônio da célula ganglionar sai pelo nervo óptico, atingindo:
1)Corpo genicular lateral.
2)Área pré-tectal do mesencéfalo (reflexo pupilar).
3)Colículo superior (movimentos oculares).
4)Hipotálamo (ritmo circadiano).
Nosso olho não utiliza uma ferramenta de scanear: como já foi dito, ocorrem sacadas (movimentos 
muito rápidos) entre pontos de interesse, realizadas pelo colículo superior.
28.06.2013
Corpo geniculado lateral
Carla e Ju
Foto das camadas da retina no corpo geniculado lateral
As células que compõem o campo visual, ao se conectarem com os corpos geniculados laterais 
direito e esquerdo, formam seis camadas de campos receptores no corpo geniculado lateral:
Camadas 1,4,6 - informação contralateral.
Camadas 2,3,5 - informação ipsilateral.
Quais células atingem quais camadas?
As células ganglionares M chegam até as camadas 1 e 2, enquanto as P chegam até as camadas 
3,4,5 e 6. Já as células K alcançam os espaços dentre as camadas.
É possível, por meio de um eletrodo nas camadas, identificar quais são as células correspondentes.
Qual a função do corpo geniculado lateral?
Considera-se que, apesar de não alterar a imagem visual mesmo com suas seis camadas, de forma 
que sua função é associar função visual com outras funções, filtrando a imagem e selecionando aquilo que 
deve ser captado preferencialmente.
Colículo superior
É sensível ao movimento rápido que produz foveação.
Capta movimentos e alterações diversas na informação visual selecionada para as tarefas cognitivas, 
pois tem retinotopia para captar os estímulos.
O quê é visão cega?
As células da retina saem obedecendo sua divisão anatômica, de forma que as mais periféricas 
compõem o lado externo do nervo óptico e as mais próximas da fóvea compõem a parte central do nervo. 
Uma pessoa, portanto, que lesa o lobo occipital na área do córtex visual bilateralmente, porém tem um 
colículo superior íntegro, poderá responder aos estímulos, se orientando, apesar de não vê-los. Muito louco 
isso, né?
Qual o efeito principal do glaucoma?
Atinge visão periférica por afetar células mais periféricas da retina.
Qual o efeito principal da neurite óptica?
Qual o efeito principal da lesão vascular?
Centro é a área mais sensível à avascularização, portanto a visão central será a atingida.
Córtex visual
Também tem retinotopia.
Margens superior e inferior do sulco caucarino (face medial do lobo occipital) encontra-se o córtex 
visual (área 17).
No córtex visual ocorre algo similar à representação do córtex sensorial demonstrado no homúnculo 
de Peinfield, porque há magnificação cortical do mapa retiniano. Isso significa que as áreas da retina que 
possuem maior densidade de receptores são mais representadas no córtex. Por exemplo, a área de 
representação da mácula no córtex é grande, apesar de pequena na retina.
Também ocorre a inversão do campo, de forma que os estímulos que chegam na parte inferior da 
retina atingem a parte superior de suas áreas no córtex.
O experimento feito por Huebel e Wiesel com eletrodos no córtex visual comprovou que as fibras que 
saem do CGL e vão para o córtex mudam sua estrutura de forma que o campo receptor de torna retangular.
Por quê ocorre essa mudança de circular para retangular?
Células simples tem campo receptor retangular, por isso gostam de ver barras luminosas no sentido 
do maior eixo do retângulo. Essas células do córtex visual reconhecem, na verdade, arestas.
Há duas vias distintas percorrendo do CGL até a camada quatro. Quais são elas?
Uma originada do campo magnocelular, composta por poucas células com campos receptores 
grandes, que respondem à movimentação dos estímulos no campo, sendo responsável por "onde" está o 
estímulo.
Uma originada do campo parvocelular, composta por células com campos receptores pequenos, que 
fazem distinção de cor, sendo responsável por responder "o quê" é o estímulo.
No CGL ocorre segregação da retina nasal e da temporal. Na verdade, elas nunca foram a mesma 
via. No córtex visual, então, há áreas correspondentes para cada retina, que se intercalam, formando as 
colunas de dominância ocular.
Colunas de dominância ocular - toda informação do CGL direito chega à camada quatro do córtex 
visual, composta pelas informações captadas pelas retinas nasal esquerda e temporal direita. Ao injetar-se 
um corante pelo olho, verifica-se ao microscópio as colunas correspondentes ao olho no qual foi injetado, de 
forma que ele foi chamado de córtex estriado
O que ocorre no estrabismo?
Os olhos enxergam imagens diferentes, formatadas pelo córtex, de forma que o olho não responsivo 
tem seu campo cortical anulado. Por isso é importante tratar bebês estrábicos - cirurgicamente em raros 
casos e com exercícios usados mais geralmente - para que eles desenvolvam normalmente as colunas de 
dominância ocular. Se uma pessoa decide se tratar aos dezoito anos, os músculos do olho poderão se 
corrigidas, de forma que o globo ficará "bonitinho", mas as colunas de cominância ocular já não estarão 
formadas, de forma que a visão ficará prejudicada em termos de foco.
Córtex extra-estriado
Diferente da área 17, recebe seus estímulos
A área visual primária - V1: área de triagem, que separa os dois caminhos parvocelular e 
magnocelular.
Via das células parvocelulares - caminha em direção ao lobo temporal pela via temporal na área V4l: 
percepção de cor e forma.
Via das células magnocelulares - caminha em direção ao lobo parietal pela via parietal na área V5 
(MT): percepção de movimento.
Lobo parietal: associação de somatossensorial com visão.
Como se dá a percepção da profundidade?
Pela comparação da mesma imagem vista pelos dois olhos.
Audição
Sabe-se que o som não existe, mas como o sistema auditivo é estimulado, considerando que as 
ondas sonoras movem as moléculas de ar, que estimulam a vibração de estruturas com zonas de 
compressão e rarefação.
Há dois parâmetros importantes para o estímulo sobre o ouvido humano: 
Frequência (Hz): chamada comumente de "altura do som"A frequência dos picos da onda sonora 
deve ser captada pelo ouvido humano (periodicidade) em um tom puro. Quando o intervalo entre os picos é 
aleatória, forma-se o ruído.
Amplitude(dB): intensidade.
Picos mais próximos = frequências mais altas = som mais agudo.
Picos mais distantes = frequências mais baixas = som mais grave.
Ouvido externo
Composto pelo pavilhão auricular e pelo canal auditivo.
Canal auditivo: fica coberto por cera; deve-se ter cuidado ao uso de instrumentos pontiagudos pra 
não romper o tímpado e também no uso de cotonetes que irão aprofundar mais a cera. Além disso, o usar 
produtos como álcool e perfume podem deixar a mucosa sem cera porém muito vulnerável à colonização, 
consequentemente levando aos quadros de otite externa.
Taxa de intensidade
Voz humana 0 dB
Conversa humana 65 dB
Turbina 120 dB
Taxa de frequência
Voz humana 300-7.000 Hz
Sensibilidade do ouvido 20-20.000 Hz
Indústria 3.000-6.000 Hz
Piano 60-4.000 Hz
Por que ocorre tão facilmente quadro de otite externa?
O canal auditivo compõe um ambiente de predileção de microorganismo.
Ouvido médio
Ocorre preservação na frequência do som: há articulação do martelo, da bigorna e do estribo, que 
transferem a frequência de vibração do tímpano para a janela oval, e consequentemente para a cóclea, 
preservando a frequência.
Não ocorre preservação na intensidade do som: o sistema de alavancas e a menor área da janela 
oval em relação à membrana timpânica compõem um amplificadordo som.
Possibilita o reflexo de atenuação: músculos tensor do tímpano e estapédio reduzem articulação dos 
ossículos de forma que a intensidade diminua.É mais eficiente para baixas frequências.
O ouvido médio tem comunicação com a nasofaringe pela tuba auditiva (trompa de Eustáquio), que 
se abre no óstio faríngeo da tuba auditiva. Essa comunicação pode levar à passagem de processos 
infecciosos para o ouvido médio, levando à uma otite média.
Ocorre comumente com bebês por causa da passagem do leite pela tuba auditiva.
OBS: tímpano perde brilho nacarado na otite.
Para que existe a tuba auditiva?
Para que seja possível equilibrar as pressões externa e interna dos ouvidos médio e interno 
respectivamente. Nos casos de mudança de altitude, o tímpano distendido para fora devido à rarefação do 
ar e menor compressão consequente não consegue vibrar, dando a sensação de "ouvido tapado".
Pela otoscopia, o que se visualiza quando há diferentes otites?
Na otite externa: visualiza-se o exsudato ou transudato à frente do tímpano.
Na otite média: visualiza-se o tímpano estufado pelo exsudato ou transudato, que causa dor. Esse 
tímpano pode se romper, levando à diminuição da dor. O tímpano pode cicatrizar por segunda intenção, se 
tornando fibrótico, e levando à perda de audição.
Otite externa
Dor pouco intensa, sem febre.
Otite média
Febre e sintomas constitutivos.
Agentes principais: pneumococco, H. influenzae, M. catarralis, vírus.
Tratamento: amoxilina 500 (8/8) 7 dias. Avalia-se no D3.
05.07.2013
Cóclea
Ouvido interno 
A membrana basilar (orgão de Corti) é formada por uma fileira de células. É como se essas células 
estivessem sobre uma fileira de cordas, de forma que ele se organiza com sua base sendo como as cordas 
mais finas de um violão, tensionadas, enquanto seu apex corresponderia às cordas mais grossas, menos 
tensionadas.
É possível tensionar cada porção da membrana distintamente com, portanto, diferentes frequências. 
O líquido dentro da membrana (perilinfa), diante da percussão, caminha em dição do helicotrema, voltando 
à janela redonda para estufá-la. No entanto, quando uma frequência cria um ponto de oscilação máxima 
sobre a membrana basilar, esse líquido faz um atalho, atingindo a janela redonda sem chegar ao apex. 
Esse fenômeno ocorre devido aos diferentes pontos de ressonância.
Ponto de ressonância: ponto da membrana basilar onde existe deflecção máxima em resposta a 
uma dada frequência; cada frequência tem um ponto de ressonância diferente. Cada célula, apoiada em 
seu ponto de ressonância cuja composição colágena difere, terá uma frequência ótima que acarretará sua 
deflecção máxima.
Quais frequências o ouvido humano é capaz detectar?
20 - 20.000 Hz.
É possível, para a cóclea humana, criar vários pontos de ressonância diferentes, distinguindo 
diferentes sons de fontes variadas.
Como se dá a despolarização nas células da cóclea?
Potencial endococlear é modificado por canais de K+ são abertos mecanicamente pelo movimento da 
endolinfa sobre os cílios.
Quais os mediadores liberados pelas células ciliadas e quais suas principais características?
Liberam glutamato ou aspartato.
Célula ciliada pode ser interna ou externa; a externa faz sinapse com um único neurônio, enquanto a 
interna faz sinapse com vários neurônios de primeira ordem.
O neurônio de primeira ordem é bipolar do glânglio espiral: uma ponta forma o nervo auditivo (do NC 
8) e outra capta os estímulos vindos da célula ciliada.
O quê são agentes ototóxicos?
Destroem o ouvido interno; são eles o monóxido de carbono, mercúrio, tabaco, ouro, arsênico, álcool, 
antibióticos (estreptomicina, neomicina, gentamicina , cloranfenicol, vancomicina), diuréticos (ácido 
etacrînico, furosemida).
Maior tropismo pelas células ciliadas internas do que pelas externas.
Qual a relação entre as diferentes células ciliadas e a surdez?
Células ciliadas externas, ossículos e tímpano: relacionam-se à amplitude, à amplificação do som.
Células ciliadas internas: relacionam-se à frequência.
Portanto, há surdez de dois tipos básicos: aquelas relacionadas à frequência e aquelas relacionadas 
à amplitude.
Via auditiva
Córtex auditivo: margem superior do lobo temporal.
Núcleos cocleares dorsal e ventral.
Corpo geniculado medial.
Colículo inferior.
Foi descoberto que no córtex auditivo havia um mapa que representava a membrana basilar e 
a localização informação por ela captada, oriunda de diferentes frequências pelo ouvido humano.

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