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Defeitos do negócio jurídico 1 – Introdução Cc, artigos 138 a 165 e 167 Vicios de consentimento Vicios sociais

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Ponto nº 7 – Defeitos do negócio jurídico
1 – Introdução 
	Cc, artigos 138 a 165 e 167
	Vicios de consentimento
	Vicios sociais
2 – Vicios de consentimento
	*Confirmação, concordando, maneira positiva
	São defeitos dos negócios jurídicos que se traduzem como imperfeições resultantes de algum vício que esteja a existir na manifestação afirmatia de vontade e que levam à sua anulação
	São o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão.
3 – Erro
	Cc, artigos 138 a 144
	3.1 Conceito
		Erro é o defeito do negócio jurídico pelo qual alguém declara a sua vontade com base em um conhecimento falso sobre uma pessoa ou coisa.
		Pode ser substancial ou acidental
	3.2 Erro substâncial ou essencial 
		É aquele que recai sobre a natureza do negócio jurídico, ou sobre o objeto principal da declaração, ou alguma das qualidades a ele essenciais, ou ainda sobre a identidade ou qualidade essencial da pessoaa quem se refira a declaração de vontade.
		Além disso, o erro pode ser de direito, desde que não implique em recursa à aplicação da lei.
		3.2.1 Espécies do erro substancial
			a)Erro incidente sobre a natureza do negócio jurídico 
				Ex: Fulano de Tal pensa estar recebendo uma casa em comodato, quando, na verdade, está recebendo em locação.
			b)Erro relativo ao objeto principal da declaração
				Ex: Fulano pensa estar adquirindo uma estátua de Rodin, quando, na verdade, está comprando uma estátua feita por outro escultor.
			c)Erro sobre as qualidades essenciais do objeto
				Ex: Penso estar comprando uma corrente de ouro, quando, na verdade, estou adquirindo uma corrente folheada a ouro.
			d)Erro quanto à identidade ou qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade
				Ex 1: Penso estar casando com a Mariazinha, quando, na verdade, estou casando com a Ritinha, sua irmãgêmea idêntica. 
				Ex 2: Maria se casa com João, pensando ser ele um homem honesto, quando, na verdade, se trata de um criminoso. 
			e)Erro de direito, desde que não implique recusa à aplicação da lei.
				Aplica-se somente para normas dispositivas, e não normas jurídicas cogentes.
		3.2.2 Consequências 
			Anulação do negócio jurídico (art. 171, II)
			Prazo: 4 anos, a contar da data da celebração do negócio jurídico (art. 178, II)
	3.3 Erro acidental (art. 142)
		É aquele que se refere às qualidades secundárias do objeto ou da pessoa, não provocandoa anulaçãodo negócio jurídico.
		Pode consistir na qualidade (Ex: compro um relógio pensando ser um relógio à prova d’água, que suporte 100 metros de profundidade, quando, na verdade, suporta apenas 10 metros), no peso (ex: compro farinha de trigo pensando estar pesando 1 kg, quando na verdade está a pesar 990 gramas), na medida (ex: penso estar medindo 3 terrenos com 100m² cada, num total de 300m², quando na realidade, a escritura aponta 400m²) e na quantidade (ex: Fulano pensa estar adquirindo por R$ 1000,00 dez latas de tinta, por R$100,00 cada, quando, na realidade, o vendedor está a lhe cobrar R$1100,00).
	3.4 Falso motivo (art. 140)
		Este somente vicia a declaração de vontade, se for razão determinante do negócio jurídico. Porém, é necessário que a declaração de vontade se refira, de como expresso, ao falso motivo.
		Consequência: anulação
		Prazo: 4 anos, a partirda celebração do negócio jurídico.
	3.5 Transmissão errônea da vontade por meios interpostos
		CD-ROM, videoconferência, rádio, televisão, telefone, “fac-smile” (fax), “e-mail”, telégrafo, etc.
	3.6 Hipótese em que o erro não prejudica a validade do negócio jurídico (art. 144)
4 – Dolo (Art. 145 a 150)
	4.1 Conceito
		Dolo é p defeito do negócio jurídico, pelo qual uma pessoa tem a intenção de enganar outra, de maneira comissiva ou omissiva, provocando-lhe um prejuízo em seu benefício ou de outrem, 
		Consequência: anulação (art. 171, II)
		Prazo: 4 anos a partir da celebração do negócio jurídico (art. 178)
	4.2 Espécies
		
 “Dolus bonus” é aquele tolerado no dia a dia da vida real, em que por exemplo, um vende dor , para convecer o cliente, valoriza por demais o bem.
		“Dolus malus” é aquele consistente no emprego de manobrar astriciosas, visando a prejudicar alguem.
		Dolo comissivo ou positivo é aquele em que a intenção de enganar outrem se promove pela ação do agente, provocando na vítima um prejuízo em favor do agente ou de terceiro.
		Ex: Fulano compra um relógio pensando ser um Rolex legítimo, porque o lojista assim afirmou, embora fosse uma réplica.
		Dolo omissivo ou negativo é aquele em que a intenção de iludir outrem se realiza pela omissão do agente, causando à vítima um prejuizo, um benefício do agente ou de terceiro. 
		Ex: uma pesssoa faz seguro de vida, omitindo ser portadora de doença grave, vindo a falecer logo em seguida.
		 
4.3 elementos caracterizadores do dolo
   A) intimação do agente conduzir o declarante a praticar o negocio jurídico 
   		B) a gravidade do artifício fraudulento 
   C) a ação ou omissão do agente deve ser a causa determinante da declaração de vontade 
  D) a ação ou omissão deve provir do agente, ou ser do conhecimento deste, se decorrente de terceiro 
4.4 dolo de terceiro
 		3 hipóteses: 
     			A) o dolo é de terceiro, com a participação da parte: o negócio jurídico é anulável 
  			B) o dolo é de terceiro com o conhecimento da parte: o negócio é anulável
 C) o dolo é de terceiro sem a participação e sem o conhecimento da parte: o negócio é válido, cabendo tão somente à vítima acionar o terceiro por perdas e danos 
4.5  dolo de ambas as partes (art 150) 
 Nenhuma delas poderá praticar a anulação do negócio jurídico ou perdas e danos.
 
	4.6 dolo do representante legal (art 149) 
 O dolo do representante legal obriga o representado até o limite do proveito que obteve. 
Todavia, se o dolo for do representante convencional (por mandato), o representado responderá solidariamente com aquele por perder danos 
5 - Coação (art 151 a 154)
	5.1 conceito
		É o defeito do negócio jurídico que consiste na violência física ou no temor infundido na vítima, para realizar, um negócio jurídico em desacordo com a sua real vontade. 
	
	5.2 espécies
		Coação física ("ves absoluta") é o constrangimento corporal que reduz a vítima a mero instrumento passivo do negócio 
		Coação moral ("ves compulsiva") é a consistente na pressão moral sobre a vítima, a qual mantém uma relativa liberdade, com a possibilidade de escolher entre a realização do negócio jurídico, que lhe é exigido, e o dono, com quem é ameaçada. 
	5.3 requisitos da coação moral
          		A) a coação moral deve ser a causa determinante do negócio jurídico 
          		B) a coação deve incutir à vítima um temor fundado de um dano 
          		C) o dano deve ser considerável 
          		D) o temor deve ferir-se a um dano iminente 
         		E) o dano deve dizer respeito a pessoa da vítima, à sua família ou seus bens
          		-quem são seus familiares?
     
	5.4 casos de exclusão 
		Exercício normal de um direito é a prática regular de uma consulta, visando à obtenção de um resultado assegurado pela lei. 
		Ex: marcão meu devedor, dizendo que, se não pagar a duplicata, levarei o título para protesto 
		Temor reverencial é o receio de desgostar outra pessoa a quem se deva respeito ou obediência parental, social ou profissional 
		Ex: João se casa com Maria, em vez de Rita, para não desgostar sua mãe, que disse que morreria de tristeza. 
	5.5 Coação emanada de terceiro (art. 154)
		3 hipóteses:
		A) a coação é de terceiro com a participação da outra parte: negócio anulável 
		B) a coação de terceiro com o conhecimento da outra parte: negócio anulável 
		C) a coação de terceiro sem a participação e sem o conhecimento da outra parte: negócio válido, cabendo ação por perdas e danos contra terceiros
    
	5.6 Consequências 
		I- coação física: negócio inexistente / prazo: não há
		II- coação moral: negócio anulável / prazo:4 anos a partir do término da ameaça 
		III- coação de terceiro - vide item 5.5 
        
6 – Estado de Perigo 
	É o defeito do negócio jurídico, que se caracteriza pelo fato de alguém precionado pela necessidade de se salvar, ou de salvar alguém de sua família, de grande dano do conhecimento de outra parte, vem a assumir uma obrigação excessivamente onerosa.
	Ex: O pai, tendo seu filho sequestrado, paga uma enorme quantia de dinheiro para o resgate, vendendo jóias a preço inferior ao do mercado a algupem que saiba do sequestro.
	6.1 Consequências 
		Anulação do negócio jurídico. Prazo de 04 (quatro) anos a contar da celebração do negócio.
7 – Lesão 
	Artigo 157 do Código Civil.
	Lesão é o defeito do negócio jurídico que ocorre quando uma pessoa só por necessidade ou inexperiência se obriga a uma prestação manifestante desproporcionalidade do valor da prestação oposta. 
	Ex: Jogisvaldo, despejado de sua casa, procura um novo imóvel para locar, enconta um apartamento, celebrando com o locador um contrato, com aluguem mensal de R$2.000,00. Semanas após descobre haver, no mesmo prédio, 10 partamentos semelhantes ao seu colocados para locação por um aluguel a R$500,00/mês. 
	7.1 Consequências 
		Anulação do negócio jurídico. Prazo: 04 (quatro) anos a partir da celebração do negócio.
8 – Vícios Sociais 
	Fraude contra credores
	Simulação 
9 – Fraude contra credores
	9.1 Conceito 
		 Fraude contra credores é o defeito do negócio jurídico pelo qual o devedor, maliciosamente, diminui o seu patrimônio, Chegando a insolência, com objetivo de prejudicar terceiros, ou seja, os seus credores.
	9.2 Elementos constitutivos 
		a)Elemento subjetivo
			(Consilium fraudis) é a má fé, o intuito malicioso de prejudicar.
		b)Elemento objetivo 
			(Eventus damni) é todo o ato prejudicial ao credor, por tornar o devedor insolvente ou por ter sido praticado em estado de insolvência.
	9.3 Atos suscetíveis contra credores
		a)Em negócios de transmissão gratuita de bens;
		b)Em negócios de transmissão de dívidas;
		c)Em garantias de credores que se tornaram insulficientes;
		d)Em contratos onerosos;
		e)Em pagamento antecipado de dívidas;
		f)Em outorga de defeitos preferenciais.
	9.4 Consequências 
		Anulação do negócio jurídico. Prazo de 04 (quatro) anos, a partir da celebração do negócio
	Ação revogatória (pauliana ou anulatória)
	9.5 Fraude a execução
		Considera-se como tal:
Quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
Quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
Quando registrada a alienação depois de decretada falência.
Nos demais casos expressos em lei.
10 – Simulação
	10.1 Conceito
		Simulação é o defeito do negócio jurídico pelo qual se dá uma declaração enganosa da vontade, visando a produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. 
	10.2 Características
		a)É uma falsa declaração de vontade;
		b)É sempre aceitada com a outra parte ou com as partes a qual ela se destina;
		c)A vontade exteriorizada verge da vontade interna ou real, não correspondendo à intenção das partes;
		d)É feita no sentido se houver terceiro.
	10.3 Espécies 
		a)Simulação Absoluta é aquela em que a declaração de vontade exprime aparentemente um negócio jurídico, não sendo intenção das partes realizar negócio algum
		b)Simulação relativa é a que ocorre quando há intenção de realizar algum negócio jurídico, mas este:
		I- É de natureza diversa da qual se fala, se pretende ultimar;
		II- Não é efetuado entre as próprias partes, aparecendo então, o laranja (qual o nome da droga do nome técnico, chessuiz??)
		III- Não contém elementos verdadeiros, ou melhor, seus dados são inexatos
	10.4 Simulação no Código Civil, artigo 167
		a) Por interposição de pessoa;
		b) Por ocultação da verdade na declaração;
		c) Por falsidade da parte.
	10.5 Consequências
		Nulidade do negócio jurídico. Prazo: Não há.

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