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Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 1 Pode existir alterações na ordem ou existência de mais ou menos itens na ectoscopia, contudo que tudo seja citado 1-Estado Geral Avaliação subjetiva que, baseada na observação do doente, é interpretada pela experiência de cada um. Tem utilidade de observar até que ponto a doença atingiu o organismo como um todo, serve de alerta para o médico e pode exibir valor prognóstico. Pode ser dividida em Estado Geral Bom, Regular ou Péssimo. 2-Nível de Consciência Avaliação do nível de consciência mental, usa como ferramentas de avaliação a perceptividade do paciente (a capacidade de responder perguntas simples do dia a dia), a sua reatividade (a reação do doente a estímulos inespecíficos, como sustos), a deglutição (comportamento do paciente como um todo ao receber um copo de água, desde recebe-lo até a deglutição) e os reflexos (como os reflexos tendinosos). Usando como base essa quatro ferramentas, podemos distinguir cinco níveis de consciência. Começa pela vigília, que é o nível normal, atividade cerebrais coordenadas e percepção consciente do mundo exterior. Inicia então a entrada do doente nos níveis de coma, como o coma leve, vígil ou grau I, que estabelece o início da preda de consciência, o paciente ainda consegue abrir e fechar os olhos, responder perguntas pessoais e reage bem à respostas dolorosas e à deglutição. O terceiro nível é o coma de grau médio ou grau II, constitui perda da consciência quase total, deglutição com dificuldade, estimulo somente a dor grande, e esse ainda é desapropriado, reflexos também diminuíram. O coma profundo, carus ou grau III, o paciente perdeu completamente a consciência (estado de coma comum), e no coma depassé ou grau IV, além das perda total da consciência, perde-se as funções vitais. 3-Fala e Linguagem Essa parte serve para avaliação do médico quanto ao aparelho fonador, os músculos da fonação e a elaboração cerebral. Diante desses aspectos, pode ser possível identificar algumas alterações. Como a disfonia ou afonia , que seria uma alteração no timbre de voz e mudança no volume; a dislalia, alterações menores na fala, como a troca da “l” pelo “r”; as disritmolalias, que compreende a gagueira e a taquilalia; a disartria, alterações no músculo da fonação; e a disfasia, problemas na elaboração da fala, tem origem na incoordenação cerebral. [disgrafia, perda da capacidade de escrever; e dislexia, perda na capacidade de ler]. 4-Estado de hidratação Alteração abrupta do peso, alteração da pele quando à unidade, elasticidade e turgor, alterações das mucosas quanto à umidade, fontanelas (no caso de crianças), alterações oculares e estado geral são instrumentos usados para perceber o estado de hidratação de uma pessoa. Se o indivíduo está hidratado quando a oferta de líquido e eletrólitos estiver de acordo com as necessidades do organismo [não havendo perdas extras como vômitos e diarreias sem reposição], o estado geral é bom. A desidratação, por outro lado, é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se pela sede; diminuição abrupta de peso; pele, mucosas e olhos secos, olhos afundados; fontanelas deprimidas no caso de crianças, estado geral comprometido e oligúria. A desidratação pode ser classificada de acordo com a intensidade [leve ou grau I, com até 5% de perda de peso; moderada ou grau II, entre 5 e 10 % de perda de peso; e grave ou grau III, acima de 10%], ou quanto a osmolaridade (concentração de sódio no sangue) [isotônico, hipotônico e hipertônico]. Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 2 5-Altura e outras medidas antropométricas A altura é chamada de medida plantar-vértice, e é a mais comum de ser medida, contudo, existem outras. Como a envergadura, que estende-se entre os extremos dos membros superiores, com esse em abdução de 90º graus; a distância pubovértice, a distância entre a cabeça e a sínfise pubiana; e a distância puboplantar, aquela entre a sínfise pubiana e a planta do pé. Outra medida importante é a circunferência abdominal (logo acima da crista ilíaca) e a relação cintura-quadril (razão entre a circunferência da cintura, que é medida em um ponto entre o final da dos arcos costais e a crista ilíaca; e o quadril, ao nível das espinhas ilíacas anteriores). Essas duas medidas servem como indicativos de gordura corporal, que pode causar inúmeros malefícios à pessoa. 6-Peso O peso ideal pode seguir a regra simples da Broca: o peso ideal para os homens é o número de centímetros que a sua altura excede um metro, nas mulheres, é o número de centímetros que a sua altura excede um metro menos 5%. O peso máximo e o peso mínimo seguem ambos um limite de 5 a 10% do peso ideal. Existe, além dessas medidas de peso, o Índice de Massa Corporal (IMC), que associa a altura e o peso do individuo e sexo. É calculado como sendo o peso dividido pelo quadrado da altura. Existem algumas variações do peso. Como a magreza, o paciente esta abaixo do peso normal, existem dois tipos de magreza, a constitucional (a pessoa é daquele jeito) e patológica (alguma coisa aconteceu e ele ficou assim). O estado de magreza extrema é chamado de caquexia. A outra variação e o sobrepeso e a obesidade. O sobrepeso não caracteriza um problema em si, a não ser que ele é o caminho para a obesidade, e essa sim é um problema. A obesidade pode ser dividida em dois grupos usando como critério o local de acumulo de gordura no corpo. Na obesidade central ou androide, a gordura se localiza mais no tórax e abdômen, a deposição de gordura não é somente subcutânea, mas também intra-abdominal, mais comum em homens. Na obesidade periférica ou ginecoide, a gordura se deposita nas coxas, nádegas e regiões próximas à pelve, mais comum em mulheres. 7-Estado de nutrição O estado de nutrição deve ser avaliado tomando vários parâmetros. Se o peso, a musculatura, o panículo adiposo, o desenvolvimento físico, o estado geral, pele, pêlos e olhos estiverem dentro da normalidade, o paciente é referido como em estado de nutrição normal. Existem algumas anormalidades, entre elas o excesso de peso, que mais comumente atinge o sobrepeso e a obesidade (excesso de peso causado pelo acúmulo excessivo de gordura); e a hiponutrição ou desnutrição, que ocorre quando o peso está abaixo do normal, a musculatura atrofiada e tecido adiposo escasso [a pele torna-se seca e rugosa (lixa); os pêlos mudam de cor e se tornam mais finos, de fácil queda; e nos olhos observa-se sequidão – relacionada com xeroftalmia – vit. A]. De acordo com o critério de Gomez, a desnutrição é classificada com base no déficit de peso em relação com o normal àquela faixa etária e sexo. Uma das principais críticas a essa classificação é que ela desconsidera todos os outros fatores, como altura, exame de musculatura e panículo adiposo, entretanto, sua simplicidade tornou essa classificação a preferida. Desnutrição de grau I: perda de peso superior a 10%; grau II: perda de peso superior a 25%; grau III: perda de peso superior a 40%. A subnutrição tem graves consequências. Nas crianças, o cérebro sofre Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro PeríodoTURMA XVI 3 retardamento do desenvolvimento e o organismo sofre graves perdas no sistema imunológico. 8-Desenvolvimento físico É uma avaliação extremamente complicada que necessita de inúmeros dados, mas que, para simplificar, só utiliza a altura e o peso. Em cima desse dados (peso e altura) e em comparação com as tabelas, podem ser identificadas algumas informações a respeito do desenvolvimento osteomuscular. Como hábito grácil, uma construção corporal frágil e delicada (ossos finos e musculatura delicada); infantilismo, persistência anormal de características infantis no adulto; hiperdesenvolvimento, como se fosse gigantismo; e hipodesenvolvimento, como se fosse nanismo. Outras doenças associadas ao desenvolvimento são: gigantes acromegálicos, decorrem da hiperfusão do lóbulo anterior da hipófise, causa crescimento das extremidades e cartilagens após o fim do crescimento corporal; os gigantes infantis, apresentam extremidades inferiores muito grandes, ocorre o mesmo problema do anterior, só que nesse a ossificação não se completou; anão acondroplásico, grande nível de desigualdade entre a cabeça e tronco com o comprimento dos membros do corpo; cretinos, nanismo congênito, falta de desenvolvimento de todas as partes do corpo; anão hipofisário, proporção razoável dentro do tronco e cabeça (pequeno em relação ao resto do corpo); e anão raquítico, mau desenvolvimento da coluna e ossos longos. 9-Fácies É o conjunto de dado exibidos na face do paciente resultante dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica. Existem várias faces. àFácies normais ou atípicas, a face que não se relaciona com nenhum tipo de patologia àFácies típicas, estão relacionadas com algum tipo de patologia -Fácies hipocráticas: olhos fundos, parados e inexpressivos, nariz afinado e lábios delgados. Palidez cutânea e uma discreta cianose labial. Indica doença grave. -Fácies Renal: edema proporcionado ao redor dos olhos, com palidez cutânea. Indica doenças difusas dos rins, como a síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. -Fácies Leonina: alterações faciais produzidas pelo mal de Hansen, como pele espessa, grandes lepromas, os supercílios caem, o neriz se espessa e alarga, lábios tornam-se grossos e proeminentes, bochechas e mento deformam-se. -Fácies Adenoidina: nariz pequeno e afiliado com boca sempre entreaberta. Indica indivíduos com dificuldade de respiração, como hipertrofia da adenoide. -Fácies Parkinsoniana: cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel, olhar fixo, supercílios elevados e a fronte enrugada (espanto). Indica a doença de Parkinson. -Fácies Basedowiana: olhos brilhantes (exoftalmia), pode ter presença de bócio. Indica hipertireoidismo. -Fácies Mixedematosas: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca e espessa, pálpebras infiltradas e enrugadas, cabelos secos e sem brilho. Expressão indicativa de desanimo e, apatia e estupidez. -Fácies Acromegálicas: saliências nas arcadas supra-orbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, acompanhado do aumento do nariz, orelha e lábios. Indica acromegalia. -Fácies Cushingoide ou de Lua-Cheia: rosto arredondado. Indica a síndroma de Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 4 Cushing por hiperfusão do córtex suprarrenal. -Fácies Mongoloide: existe uma fenda palpebral (prega cutânea) que torna os olhos oblíquos e afastados, rosto arredondado, boca quase entreaberta. Indica uma provável síndrome de Down. -Fácies de Depressão: cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante (em grande maioria, fixo no chão). Indica indiferença, tristeza e sofrimento moral, como a síndrome da depressão. -Fácies de Pseudobulbar: súbitas crises de riso e choro, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-las, dando um aspecto espasmódico a face. Indica a paralisia pseudobulbar. -Fácies de Paralisia Facial Periférica: é bastante comum e impede o indivíduo de exercer alguns movimentos, como fechar as pálpebras, mexer os lábios, repuxamento da boca. A parelisia periférica é caracterizada por uma flata de movimento na hemiface, diferente da paralisia central, onde o terço inferior da face permanece imóvel. -Fácies Miastênicas ou Fácies de Hutchinson: ptose (queda ou localização anormalmente baixa de um órgão) palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Indica miastenia grave e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra. -Fácies de Deficiente Mental: boca constantemente entreaberta, hipertelorismo e estrabismo, olhar desprovido de objeto, olhos se movimentam sem se fixar em nada. Pode ocorrer um sorriso meio aberto sem motivação e que se acentua com qualquer tipo de resposta. -Fácies etílica: olhos avermelhados e rubor na face, hálito ruim, voz pastosa e sorriso meio indefinido. Fácies Esclerodérmica: [MÚMIA] característica fundamental é a imobilidade facial, a pele torna-se apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é inexpressiva e imutável. 10-Atitudes e Decúbito preferido no leito Atitude ou decúbito preferido seria a posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele com o objetivo de conseguir alívio de algum padecimento. Elas podem ser voluntárias ou involuntárias. Entre as VOLUNTÁRIAS estão: ortopneia, o paciente permanece sentado, com as mãos apoiadas na beira do colchão, e pés no chão; genupeitoral, o doente fica de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax está em contato com o chão; de cócoras; parkinsoniana, ao se por de pé, apresenta semiflexão da cebeça, tronco e membros inferiores, ao caminhar parece estar correndo atrás de seu próprio eixo de gravidade; e em decúbito, dorsal, lateral ou ventral. As INVOLUNTÁRIAS compreendem a atitude passiva, não muda de posição, é totalmente passivo; ortótono, o tronco é totalmento rígido, nem se curva para frente, nem para tras; opistótono, contração da lombar, formção do arco, observada em casos de tétano e meningite; emprostótono, é o contrátio o opistótono, forma uma concavidade voltada para cima; pleurostótono, curvatura lateral; em gatilho, hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco para frente; e torcicolo e mão pêndula da paralisia, atitudes involuntárias de segmentos do corpo. 11-Mucosas O método de exame é a inspeção, deve-se, algumas vezes, usar estratégias para aumentar a superfície de visão da mucosa, sempre observando a coloração, a Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 5 umidade e a presença de feridas. A coloração normal e avermelhada, devido à alta vascularização (mucosas normocoradas). Existem quatro tipos de anormalidades dentro da coloração de mucosas: descoramento das mucosas, cores mais descoloradas do vermelho e pálidas, é importante usar um método quantitativo para avaliar essa descoloração, como o sinal + (+, ++, +++ e ++++), até um + é normal, passando disso será anormalidade; mucosas hipercoradas, pode haver mudança da coloração para vermelho-roxeada, sendo m aumento de hemácias, como inflamações e policitemias; cianose, coloração azul da pele; e icterícias, elas tornam-se amerelas. Em condiçõesnormais elas são úmidas. As secas perdem o brilho, e adquirem aspecto ressequido. 12-Pele e Fâneros Pele Os exames da pele podem ser resumidos no PELSEC, perdas, elasticidade, líquidos, solidez, edemas e cor. O primeiro passo é a coloração, sendo esse dado é registrado na identificação. Existem algumas alterações da pele, como a palidez, que é o desaparecimento da cor normal da pele. A palidez é generalizada quando se encontra em toda extensão do corpo do paciente, ou localizada e segmentar, quando só está em um lugar (possível isquemia). Outra alteração é a vermelhidão ou eritrose, onde a coloração apresenta-se muito mais forte que o normal, também pode ser generalizada ou localizada. Pode existir a cianose, diferenciando quanto a intensidade (leve, moderada ou intensa) ou quanto a área de abrangência (cianose central, periférica, mista, por alterações da hemoglobina). O fenômeno de Raynaud é a alteração cutânea das pequenas arteríolas nas extremidades dos membros, inicia-se com palidez, depois extrema cianose, e por último retorno do sangue. A icterícia, o albinismo, o bronzeamento artificial e o dermatograrfismo são outros tipos de alterações. A icterícia é a coloração amarelada da pele e mucosas devido ao acúmulo de bilirrubina no corpo. O albinismo é uma genética em que o indivíduo desenvolve uma cor branco-leitosa, decorrente da deficiência de melanina. O bronzeamento artificial pode trazer inúmeros riscos à saúde, como grandes alterações endócrinas e a doença de Addison. O dermaografismo, também chamado de urticária factícia, é uma reação vasomotora que não apresenta significado semiológico. Continuando, a umidade é um fator importante, inspecionado melhor por meio da palpação com as polpas digitais e com a palma da mão. A pele pode ser classificada em umidade normal, pele seca e umidade aumentada ou pele sudorenta. A textura é a disposição dos elementos que compõe o tecido. Pode ser avaliada pela palpação com as polpas digitais e classificada em normal, fina, áspera e enrugada. A espessura é avaliada por meio da palpação em pinça, dessa forma a célula pode ser classificada em normal, atrófica (translúcida, permite a visualização da rede venosa), hipertrófica ou espessa. À temperaturas, usa-se a palpação com o dorso dos dedos, e nunca confundir temperatura corporal com temperatura da pele. Pode ser classificada em normal, aumentada e diminuída. A elasticidade e a mobilidade são características que devem ser analisadas simultaneamente. Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado, usa-se a pinça na palpação para verificar a elasticidade, depois classificar o tecido em normal, hiperelástia ou hipoelaticidade. A mobilidade refere-se à capacidade de movimentar-se sobre planos adjacentes, utiliza-se a palpação com a mão espalmada, e tracionando um pouco, movê-la para vários lados, depois classificar Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 6 a pele em normal, diminuída ou ausente e aumentada. O turgor é a capacidade da pele, após ser esticada, retornar ao modo inicial. É avaliado pela palpação de pinça e posteriormente classificado. A sensibilidade é dividida em três tipos: a dolorosa, que seria a dor, podendo sofrer inúmeras variações tanto para ser diminuída como para sofrer aumento; a tátil, exercidas pelos receptores de Meissner, de Merkel e as terminações nervosas livres; e a térmica, que pode ser pesquisada usando tubos de água com diferentes temperaturas. àLesões elementares são modificações no tegumento cutâneo, podem possuir diversas causas e formas. Elas se dividem em primárias, que aparecem sem nenhuma mudança macroscópica evidente, e as secundárias, que evoluem de primárias. Manchas ou máculas (alterações de cor) são áreas sem mudança no tegumento e na superfície que apresentam cores diferentes das áreas adjacentes. Se dividem em pigmentares, vasculares, hemorrágicas e por deposição pigmentar. As manchas vásculo-sanguíneas são divididas em eritema, lividez, mancha angiomatosa, mancha anêmica, telangiectasia e purpura. O eritema pode ser conceituado como uma vermelhidão que desaparece com a digitopressão, podendo ser então classificada como cianose (cor azulada devido a congestão venosa ou com a diminuição da temperatura), rubor (cor mais avermelhada devido a congestão venosa ou aumento da temperatura), enantema (eritema de mucosas), exantema (eritema agudo disseminado pelo corpo), eritema figurado (bordas bem definidas e eventualmente elevadas) e eritrodermia (eritema generalizado, persistente e com descamação). A lividez caracteriza-se pela mancha pálida ou azulada resultante, principalmente, da isquemia tecidual. As manchas angiomatosas são, na maioria das vezes, genéticas e se caracteriza pela hiperplasia vascular (aumento do número de capilares). As manchas anêmicas são causadas devido a uma diminuição de vascularização do tecido quando comparada à cor de tecidos adjacentes. As telangiectasias são dilatações de capilares dérmicos não aglomerados. A púrpura ocorre devido ao extravasamento de sangue dos capilares e não desaparece com a digitopressão; existem três tipo principais: as petéquias, com até 1 cm de tamanho; as equimoses, com mais de 1 cm de tamanho e as víbices, disposta de forma linear. Podem existir também as manchas pigmentares, que podem ocorrer de 4 principais formas. As hipocormias, diminuição da melanina; a acromia, ausência total da melanina (a hipocormia e a acromia também são chamadas de leucodermias) ; a hipercromia, quando ocorre o aumento da concentração de melanina; e o pigmentação externa, quando substâncias externas aderem na pele e formam manchas. As elevações edematosas são elevações da derme ou hipoderme causadas por edemas, como as lesões urticárias ou edema angioneurótico (edema subcutâneo que provoca elevação da pele) As formações sólidas abrangem pápulas, nódulos, nodosidades, gomas e vegetação. As pápulas são elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho, menor que 1 cm, com bordas facilmente identificadas na palpação com as polpas digitais. As placas são elevações da pele planas com mais de 2 cm de diâmetro, podendo se originar da junção de várias pápulas. Os nódulos são lesão sólidas circunscritas entre 1 e 3 cm. As nodosidades ou tumor são lesões maiores que 3 cm. A goma é o nódulo ou nodosidade que começa eliminar material necrótico. As vegetações são lesões sólidas de consistência mole e agrupadas. As verrucosidades são pápulas com a superfície áspera, dura e amarelada. As coleções líquidas incluem vesícula, bolha, pústula, abcesso e hematoma. A vesícula é uma elevação circunscrita da pele que contém líquido em seu interior, sendo menor que 1 cm. Se essa elevação for um pouco maior ele ira chamar-se de bolha, Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 7 maior que 1 cm. Se a coleção líquida estiver com pus, ela pode ser dividida novamente em maior e menor que 1 cm; aquelas menor são as pústulas, aquelas maiores são os abscessos, se ele apresentar outros sinais inflamatórios, ele é chamado de abscesso quente, se não apresenta-los, será chamara de abscesso frio. Por último, se for uma coleção de sangue é chamada de hematoma. As alterações de espessura consistem em queratose, espessamento ou infiltração, liquenificação, esclerose, edema (item só para ele) e atrofias.A queratose é um espessamento da camada córnea causando um espessamento significativo da pele, é inelástico, amarelado, duro e eventualmente, áspero. O infiltração é o aumento da consistência da pele , causando um espessamento devido a infiltração celular da derme. A liquenificação, onde, além de ocorrer um espessamento, existe a acentuação de sulcos (ocorre devido ao aumento da camada malpighiana). Quando a pele torna-se consistente e dura, com depressões rígidas é chamado de esclerose. A atrofia é a diminuição da espessura da pele que se torna pregueável. As perdas e reparações teciduais são lesões causadas pela eliminação, destruição patológica e de reparação tecidual. Englobam a escama, erosão ou exulceração, escoriação, ulceração, ulcera, fissura ou rágade, crosta, escara e cicatriz. As escamas são lâminas epidérmicas secas que tendem a desprender-se da superfície. As erosões são perdas parciais da epiderme e, por isso, não apresenta cicatriz, diferente da ulceração, que se caracteriza como sendo a perda circunscrita da epiderme e derme com cicatriz. A ulcera é caraterizada como lesão crônica que se diferencia em bordas e fundo da lesão. As escoriações são lesões traumáticas da pele, geralmente por coceira. As fissuras são perdas lineares de pele em torno de orifícios naturais ou dobras cutâneas. A crosta é o secamento dos líquidos (soro, sangue ou pus) que antes saia da ferida. As escaras são perdas teciduais de cor preta e que apresentam área de necrose e a cicatriz é o resíduos da cicatrização da ferida. àLesões específicas -Aftas: pequena ulceração em mucosas -Alopécia: ausência de pelos em áreas pilosas -Calo: área de hiperceratose -Calosidade: hiperceratose circunscrita em áreas de pressão e fricção -Celulite: inflamação da derme e tecido celular subcutâneo -Cisto: formação constituída por cavidade fechada envolta por um epitélio e que tem conteúdo líquido ou semi-sólido -Comedão: “Cravo” àFotossensibilidade e Fotodermatoses A fotossensibilidade é a interação da luz com a pele que causa efeitos como o eritema, a pigmentação imediata e o espessamento da pele. A pigmentação da pele apresenta inúmeros fatores de indução, como o genético (fator intrínseco, imutável) e a ação de raios solares ultravioletas (fator facultativo), também conhecido como bronzeamento. O bronzeamento pode ser dividido em imediato (decorre da oxidação da melanina previamente existente, melanização) e o tardio (inicia-se depois e decorre da melanogênese) As dermatoses e a fotossensibilidade pode ser dividida em formas crônica e agudas. As agudas podem ser queimaduras solares, fototoxicidade farmacogênica ou induzida por vegetais, fotoalergia farmacogenica ou urticária solar, idiopáticas (erupção polimorfa à luz, prurigo actíneo ou hidroa vaciniforme); as crônicas podem ser dermato- heliose, dermatite actínea crônica, lentigo solar, ceratose solar e câncer de pele (melanoma ou carcinoma baso ou epinocelular). Existem também as agudas e/ou crônicas que englobam a porfiria cutânea tardia e variegada, protoporfiria eritropoiética, xeroderma pigmentoso e pelagra. Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 8 Fâneros São os cabelos, os pelos e as unhas. Os cabelos podem ser analisados tomando como parâmetro a distribuição (normal ou com falhas – alopécia), o tipo de implantação, a quantidade e a coloração, além de outras características como brilho, espessura e consistência. Os pelos são resultado da inveginação da epiderme na formação dos folículos pilossebáceos. As unhas podem ser analisadas seguindo a forma de implantação (geralmente ocorre com um ângulo menor que 160º) e configuração, a espessura, a superfície, a consistência, o brilho e a coloração. 13-Tecido celular subcutâneo e panículo adiposo É a hipoderme, que compõe os feixes conjuntivos, fibras elásticas, parte dos folículos pilosos, glândulas sudoríparas e uma grande quantidade de tecido adiposo. As técnicas de observação do panículo adiposo consistem em fazer movimentos de pinça puxando o tecido subjacente ou deslizamento da pele sobre o corpo pela palpação com a mão espalmada. Existem duas classificações quanto ao tecido adiposo. Uma quanto à distribuição, podendo ser normal ou de acúmulo especial em determinadas áreas (como a síndrome de chusing). A outra classificação consiste em dividir quanto à quantidade, criando a classificação normal, aumentada e escasso (diminuído). 14-Enfisema subcutâneo É a presença de bolhas debaixo da pele. A palpação deslizando a mão é uma técnica de reconhecimento, pois as bolhas dão uma sensação de crepitação muito característica. 15-Inflamação de estruturas superficiais Citado no item de Pele (12) 16-Neoplasias de tecidos moles Os tecidos moles podem ser definidos como todo tipo de tecido extre- esquelético não epitelial, excluindo a glia, tecido de sustentação e o sistema reticuloendotelial. As neoplasias são divididas em benignas, que no nome acompanham o nome oma (fibroma, neuroma), e as malignas, que podem simplesmente acompanhar o nome ou ser a palavra sarcoma (fibrossarcoma, neurossarcoma). 17-Musculatura Para investigar a musculatura deve-se usar a inspeção e palpação. A inspeção não é muito especial, já a palpação acontece com a mão em movimento de pinça com o polegar em oposição com todos os outros dedos, fazendo a palpação durante o relaxamento muscular e depois durante uma leve contração. Essa técnica permite perceber a troficidade e tonicidade dos músculos. À troficidade existe a classificação normal, hipertrófica (aumento da massa muscular) e hipotrófica (diminuição); e à tonicidade existe a normal, hipertonicidade ou espasticidade (consistência na palpação de músculos em repouso ou não) e hipotonicidade ou flacidez (tônus muscular diminuiod ou ausente. 18-Movimentos involuntários Existem vários movimento involuntários que ajudam na percepção do médico. Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 9 Entre eles tremores, movimento alternantes regulares de pequena e média amplitude. Para se pesquisar tremores usa-se duas técnicas: pedir que o paciente permaneça com os braços estendidos e dedos abertos para se procurar o tremor; e pedir que ele leve um copo de água à boca ou pedir que ele toque o nariz coma ponta do indicador. Podem ser classificados em tremor de repouso, surge no paciente em repouso e desaparece com o sono; tremor de atitude ou postura, surge quando o membro é colocado em uma posição específica; tremor de ação, surge ou se agrava após movimento executados; e tremor vibratório, é fino e rápido. Os movimentos coreicos, são movimentos involuntários, amplos, descoordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Podem ser de difícil percepção, por isso o médico pede ao paciente que fique deitado o mais relaxado possível ou permaneça sentado à beira do leito. Os movimentos aterósticos (atetose), são movimentos involuntários que tem características bem próprias, são lentos e estereotipados. O hemibalismo é um tipo de movimento abrupto, violento, de grande amplitude, rápidos e geralmente limitados a metade do corpo. Os movimentos mioclocias são contrações musculares breves e relatadas como abalos, choques, sacudidas e trancos. Existem também a mioquinias, que são contrações fibrilares de tipoondulatório, não apresentam significado patológico. O Asterix (flapping) são movimentos rápidos, de amplitude variável que ocorre nos segmentos distais e tem certa semelhança com o bater de asas de uma ave. Os tiques são movimento involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente. As convulsões são movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos. É subdividia em clônicas (arrítmicas, alternando entre momentos de contração e relaxamento muscular em ritmo rápido) e tônicas (as contrações são mantidas). A tetania é uma forma particular de movimento involuntário e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas sempre localizadas nas mãos e pés. As fasciculações são contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular. As discinesias orofaciais são movimentos rítmicos e bizarros que comprometem os músculos faciais, da boca, da mandíbula e da língua. As distonias são parecido com atenoides, mas costumam envolver partes maiores do corpo. 19-Exame dos linfonodos ou gânglios linfáticos Os linfonodos podem ser divididos anatomicamente em grupo ganglionar da cabeça e do pescoço, que se dividem novamente em seis níveis dentro dos triângulos anatômicos do pescoço, e são melhores avaliadas quando o paciente permanece de costas para o médico; das axilas, com o médico de frente; e das virilhas ou inguinal, com o paciente em decúbito dorsal. A avaliação de linfonodos tem com técnica a inspeção e a palpação com as polpas digitais dos dedos médio, indicador e polegar. A investigação semiológica consiste em investigar o local, tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade e alterações da pele, colocado no quadro abaixo. Os linfonodos podem ser classificados em inflamatório, geralmente apresenta-se em grupos; suspeito, aparece isolado; e fisiológico, o normal para o organismo. L I N F O N O D O S INFLAMATÓRIO SUSPEITO FISIOLÓGICO TAMANHO - x ≥ 2,5 cm x < 2,4 cm CONSISTÊNCIA Duro pétrea fibroelástico MOBILIDADE imóvel imóvel móvel SENSIBILIDADE doloroso indolor indolor ALTERAÇÃO DA PELE sim sim nada Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 10 20- Veias superficiais TERMINAR 21-Circulação colateral e Veias superficiais Existe uma distinção de circulação colateral e desenho venoso, que se torna fácil na maioria das vezes. A rede visível está na topografia normal, simétrica, não intensa e não sinuosa. Já a circulação colateral é a presença de um circuito venoso anormal presente e visível no exame de pele. Ela indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso, onde, devido ao impedimento da veias centrais, o sangue segue para a circulação colateral já existente, mas que não comportava essa quantidade antes. A circulação colateral deve ser analisada diante dos aspectos da localização (como os tipos de tórax, abdome, raiz dos membros superiores, entre outro), direção de fluxo sanguíneo (é usada a manobra dos dois dedos indicadores umas duas ou três vezes, para confirmação) e existência de frêmito e/ou sopro. Existem quatro tipo fundamentais de circulações colaterais baseado nas informações de localização e direção do fluxo sanguíneo. A do tipo braquicefálica (surge na parte superior do tórax e flui dos membros em direção central inferior), tipo cava superior (surge na parte anterior do tronco e de fluxo toracoabdominal descendente), tipo cava inferior (abdominal e de sentido toracoabdomial ascendente) e tipo porta (abdominal com fluxo de centro no umbigo e fluindo em todas as direções) 22-Edema Edema é o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. Geralmente o edema recente apresenta uma elasticidade da pele e brilho maior, contudo, um edema mais crônico caracteriza-se pela pele espessa, mais dura e ressecada, podendo inclusive formar fissuras. Os parâmetros usados para analisar o edema são localização e distribuição, intensidade, consistência, elasticidade, temperatura da pele, sensibilidade e outras alterações na pele subjacente. A localização e intensidade é usada, primeiramente, para classificar em edema, localizado, se restringindo a somente uma parte do corpo; e generalizado (anasarca), que atinge o corpo inteiro. As regiões mais comuns de edemas localizados são a face (regiões palpebrais-fácie renal) e sacro. A intensidade é, geralmente, definida usando a técnica de palpação com a polpa digital pela compressão firme contra uma estrutura rígida subjacente (eminencia óssea). Ao se retirar o dedo, a fóvea formada deveria voltar ao normal, e dependendo do tempo de retorno ou permanência e profundidade, pode-se, por meio de cruzes, graduar a intensidade do edema (+, ++, +++ e ++++). A consistência é observada da mesma forma que a intensidade, podendo ser dividido em edema mole, mais recente e facilmente depressível; e edema duro, que apresenta maior resistência à formação da fóvea, sendo de longa duração. A elasticidade é conceituada como sendo a capacidade de retorno da pela após o teste de compressão com as polpas digitais. É dividido em edema elástico, que apresenta um retorno imediato da pele, assim a fóvea permanece por menor tempo; e edema inelástico, onde a fóvea comprimida demora a retornar, a depressão persiste. A temperatura da pele subjacente é determinada pela comparação com outras partes da pele, por meio da palpação com o dorso dos dedos, podendo a pela apresentar três possibilidades: normal, quente (edema inflamatório) ou fria (comprometimento de irrigação sanguínea). A sensibilidade é medida também pela palpação com as polpas digitais, e pode apresentar dor (inflamatório). Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 11 23-Temperatura corporal O interior do corpo permanece com uma temperatura quase que constante, com uma variação máxima de 0,6ºC, já a pele não, ela está sujeita a maiores alterações na temperatura. O tecido adiposo é o principal elemento que retém calor dentro do corpo, sendo que o principal transporte de calor no nosso organismo ocorre pelo sangue. A temperatura é geralmente determinada por termômetros. Para a medição na axila é necessário uma correta higienização tanto do termômetro como da axila, para evitar a presença de umidade. àFebre A febre é o sinal clínico mais importante quando se fala de temperatura, significando que a temperatura corporal está acima do normal, sendo mais um sinal de alerta do que de defesa. A febre pode ser analisada usando como parâmetros o início, a intensidade, a duração, o modo de evolução e o término. O início pode ocorrer de modo súbito, elevação rápida da temperatura e constitui bem a síndrome febril (acompanha a astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, entre outros); ou de modo gradativo, tornam-se imperceptível ao paciente no início. Saber o início tem utilidade clínica. A intensidade pode ser classificada em três: a febre leve (febrícula), com temperaturas variando até 37,5ºC; febre moderada, entre 37.5º e 38,5ºC e febre alta ou elevada, acima de 38,5ºC. A duração é importante para estabelecer a conduta médica. O modo de evolução é um fator importante para análise e pode ser dividida. Ela pode ser contínua, que não sofre grandes oscilações, sendo essas de no máximo 1ºC; irregular ou séptica, febre semcaráter cíclico, totalmente irregular, com recaídas normais (apirexia); remitente, alterações da temperaturas maiores que 1ºC de modo irregular sem momentos de apirexia; intermitente, apresenta ciclo de alterações térmicas com momentos de apirexia (malária); e recorrente ou ondulante, bem parecida com a intermitente, mas apresenta momentos de apirexia bem maior durante cada ciclo. O término pode ser dividido em duas situações. Em crise, com desaparecimento súbito da febre; ou em lise, um desaparecimento gradual da febre. 24-Postura ou atitude na posição de pé Do ponto de vista semiológico existem três tipos de posturas. A boa postura, que tem a cabeça ereta, peito erguido, abdome inferior achatado ou levemente retraído e curvas posteriores no limites normais; a postura sofrível, cabeça levemente inclinada para frente, peito achatado, abdome mais saliente e curvas posteriores exageradas; e má postura, cabeça bem acentuada para frente, peito deprimido, abdome saliente e relaxado e curvas posteriores extremamente exageradas. Também existem três tipos de três tipos principais de alteração na coluna. A cifose, desvio da coluna formando uma concavidade anterior (corcunda); lordose, forma-se a concavidade é para trás; e escoliose, um desvio lateral da coluna. 25-Biotipo ou tipo morfológico Existem três tipos de biótipos, sendo que o maior parâmetro é o ângulo de Charpy (AC), ângulo entre as duas últimas costelas completas. Os longilíneos, com AC menor que 90º, pescoço longo, tórax afilado, musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido; o mediolíneo, com AC igual a 90º, equilíbrio entre os membros e o corpo e desenvolvimento harmônico entre a musculatura e o panículo adiposo; os brevilíneos, com AC menor que 90º, pescoço curto, tórax alargado e volumoso, membros curto em relação ao corpo, musculatura desenvolvido e panículo adiposo Ectoscopia MVM Resumo – Porto Cap. 7 (6 ed.) – Primeiro Período TURMA XVI 12 espesso. 26-Marcha A marcha é o modo de andar do paciente, observada em caminhadas maiores que 5 metros com várias modificações, como olhos abertos e fechados, descalço, indo e voltando. A marcha pode ser alterada com o avanço da idade. A marcha normal é chamada de eubásica.
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