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Capacidade
Personalidade e capacidade completam-se: de nada valeria a personalidade sem a capacidade jurídica que se ajusta, assim, ao conteúdo da personalidade, na mesma e certa medida em que a utilização do direito integra a ideia de ser alguém titular dele. 
Pode-se falar que a capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada.
Capacidade de direito/gozo/aquisição
À capacidade de direito corresponde a capacidade de gozo. É a capacidade de aquisição. Essa capacidade não pode ser recusada ao indivíduo, sob pena de despi-lo dos atributos da personalidade. Essa espécie de capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. Estende-se aos privados de discernimento e aos infantes em geral, independentemente de seu grau de desenvolvimento mental. Podem estes, assim, herdar bens deixados por seus pais, receber doações etc. Onde falta essa capacidade (nascituro, pessoa jurídica ilegalmente constituída) é porque não há personalidade.
Capacidade de fato/exercício/ação
É a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Aqueles que se acham em pleno exercício de seus direitos é capaz. Aquele a quem falta aptidão para garantir não tem a capacidade de fato. 
Observação 1:
Assim: A REGRA é que toda pessoa tem a capacidade de direito, mas nem toda pessoa tem capacidade de fato. Toda pessoa tem a faculdade de adquirir direitos, mas nem toda pessoa tem o poder de usá-los pessoalmente e transmiti-los a outrem por ato de vontade. Dessa forma, tem-se que a regra é a capacidade, e a incapacidade é a exceção.
Somente por exceção, e expressamente de decorrente de lei é que se recusa ao indivíduo a capacidade de fato. É por isso, também, que ninguém tem a faculdade de abdicar de sua capacidade ou se de declarar incapaz, ou de reduzir a sua capacidade, seja de direito, seja de fato.
Observação 2: 
 Quem possui as duas espécies de capacidade tem capacidade plena. Quem só ostenta a de direito, tem capacidade limitada necessita, como visto, de outra pessoa que substitua ou complete a sua vontade. São, por isso, chamados de “incapazes”.
Incapacidade 
Aos indivíduos às vezes faltam requisitos materiais para dirigirem-se com autonomia no mundo civil, como maioridade, saúde, desenvolvimento mental etc. a lei, com o intuito de protegê-las, malgrado não lhes negue a capacidade de adquirir direitos, sonega-lhes o de se autodeterminarem, de os exercer pessoal e diretamente, exigindo sempre a participação de outra pessoa, que as representa ou assiste. A ocorrência de tais deficiências importa em incapacidade
Estado das pessoas 
Complexo de qualidades que lhe são peculiares. Relaciona-se com a personalidade porque é uma forma de sua integração, e articula-se com a capacidade porque influi sobre ela. Qualidades jurídicas, qualidades que lhe são peculiares.
À condição da pessoa na sociedade denomina estado. 
Estado político
Influi no exercício de direitos na ordem política.
Estado civil
Influi no exercício de direitos na ordem civil.
Nas diversas relações sob as quais se pode considerar a condição individual da pessoa, apresentam-se os estados diferentemente. Esses estados podem se apresentar na:
Posição ostentada na sociedade familiar 
Posição ostentada na sociedade política 
Posição ostentada individualmente (estado individual)
Um mesmo estado pode gerar direitos ou restringir direitos. O estado das pessoas têm 5 características: irrenunciável, inalienável, imprescritível, insuscetível de transação e indivisível.
Imprescritível
Indica que a passagem do tempo e a posição de omissão do titular do direito não afetam o seu estado respectivo.
Insuscetível de transação
A transação e licita em torno de seus efeitos econômicos, mas nunca terá como objeto o próprio estado. 
Indivisibilidade/unidade
Provem de ser ele a qualificação do indivíduo na sociedade. Não pode, por exemplo, simultaneamente um indivíduo ser casado e solteiro. 
Duas categorias de princípios da indivisibilidade:
- De ordem natural
 A natureza dos atributos individuais repugna a ideia de ser a pessoa titular de condições que se mostrem incompatíveis.
- De ordem jurídica
 A O.J. requer a certeza da qualificação individual e determina que os fatos constitutivos ou modificativos do estado estejam no registro civil, para que dele resulte, com sentido de ordem pública, a circunstância de ser o estado uno e obrigatoriamente reconhecido por todos.
Posse de estado 
Ter, vindicar, possuir. 
Ações de estado/ ações prejudiciais
A ordem jurídica confere ações específicas, cujo objetivo é a sua obtenção, defesa ou negação. Visa proteger, modificar ou alterar o estado de alguém. Podem visar essas ações a criação ou a declaração de um estado. Podem ser constitutivas ou declaratórias; positivas ou negativas 
Constitutivas
Quando a sentença proferida cria ou constitui um estado que nasce com o pronunciamento judicial. Ex.: ação de divórcio- origina-se do julgado a condição individual das partes.
Declaratórias
Reconhecimento de uma situação pré-existente que necessitava de uma palavra jurisdicional para produzir efeitos. Ex.: Investigação de paternidade – vai produzir consequências jurídicas.
Positivas 
 Autor postula o estabelecimento ou afirmação de um estado a que tem direito, mas que não lhe é reconhecido.
Negativas
Pessoa tem em mira o desfazimento de um estado a que não tem direito, mas que lhe é imputado.
Coisa julgada 
Em razão da indivisibilidade do estado, a sentença proferida tem efeito absoluto, erga omnes: se o estado resulta da declaração, positiva ou negativa, a sentença e incindível, não podendo valer para uns e não valer para outros porque o estado é um só.
O julgado declara que a pessoa tem ou que não tem um estado e, portanto, atribui ao indivíduo a sua verdadeira condição na sociedade, e produz por si mesmo o efeito de ser oponível a todos e não apenas a quem foi parte na ação.
O estado afeta a capacidade quando, em razão de uma mudança nele operada, cessam ou surgem restrições à faculdade de ação; 
Incapacidade 
Algumas pessoas, sem perderem os atributos da personalidade, não tem a faculdade do exercício pessoal e direito dos direitos civis. Aos que são assim tratados pela lei, o direito denomina incapazes. A incapacidade é a restrição ao poder de agir e, por isso, capacidade é a regra, e a incapacidade a exceção. A incapacidade pode ser natural, arbitrária ou puramente legal. 
Natural
Estado físico ou intelectual da pessoa.
Arbitrária
Ditadas por uma organização técnica das relações jurídicas.
Observação:
No direito brasileiro, todavia, entende-se que não há lugar para distinção. Toda capacidade é legal, independente da indagação da sua causa próxima ou remota. É sempre a lei que estabelece, com caráter de ordem pública, os casos em que o indivíduo e privado, total ou parcialmente, do poder de ação pessoal. Toda capacidade resulta, pois, da lei.
Observação: 
Os atos daquela pessoa declarada incapaz são ineficazes/nulos.
Não constitui incapacidade:
Restrição ao exercício dos direitos originários de negócios jurídicos. 
Proibição que a lei estabelece a que certas pessoas realizem certos negócios jurídicos como, por exemplo, fazer contratos com outras pessoas determinadas, ou quanto aos bens a elas pertencentes. Esses casos, (tutor e ascendente) importam impedimentos para determinado ato jurídico, mas não traduzem incapacidade. 
Lei 13146/2015 – Estatuto do deficiente
Modificou o rol de incapazes previstos do CC para deles retirar todos os enfermos mentais, independentemente de seu nível de discernimento, passando a reputá-los plenamente capazes (art.6 da lei). A reforma legislativa abandonou a graduação da extensão da incapacidade no que tange aos enfermos mentais, mas o status de incapacidade permanece vigente para o déficit de discernimento decorrente da menoridade. Em suma, não existe mais pessoa absolutamente incapaz que seja maior de idade.
 O CC destaca deum lado, os menores que são inaptos para a vida civil na sua totalidade (16 anos para baixo – são os absolutamente incapazes art.3), e, de outro lado, os que são incapazes apenas quanto a alguns direitos ou a forma de seu exercício (relativamente incapazes maiores de 16 e menores de 18. Art. 4, I). Com isso, o código gradua a forma da proteção dada aos menores. Para os primeiros, assume o aspecto de representação uma vez que são completamente impedidos de agir juridicamente. Para os segundos, assume a modalidade de assistência, visto que podem atuar na vida civil, porem sob condição de autorização
Absolutamente incapazes- artigo 3
São os que a lei considera totalmente inaptos ao exercício das atividades na vida civil. Eles possuem direito, podem adquiri-los, mas não são habilitados a exercê-los. São apartados da vida civil e não participam diretamente de negócios jurídicos.
A ligação entre eles e a vida jurídica é indireta e se dá pela representação, em que seus representantes agem, falam, pensam e querem em seu nome. A representação dos abs. Incapazes pode se dar automaticamente ou por nomeação ou designação da autoridade judiciaria. 
Automaticamente (poder familiar, tutela legal)
Quando em razão da relação de parentesco ocorrem hipóteses legais dela: o representante não precisa de qualquer ato de investidura. 
Nomeação ou designação (curatela, tutela, ausentes)
Representante adquire essa qualidade em razão de um ato judicial, que legitima a representação.
Incapacidade absoluta dos menores
A incapacidade absoluta no sistema atual é a que decorre da idade. A facilidade de influencia-los, a inexperiência, a falta de autodeterminação e auto orientação impõem ao menor a completa abolição da capacidade de ação, ou seja, de exercer seus direitos.
O legislador é quem fixa a idade, a partir de dados que a experiência cientifica põe a seu alcance, pois dessa forma, sem se aferir o grau de aptidão de cada menor, caso a caso, tem-se uma maior estabilidade nos negócios jurídicos. Além disso, o legislador considerou a idade como único fator que caracteriza a incapacidade absoluta do menor, sem distinção, portanto, de sexo. 
Sistema vigente para o enfermo e o deficiente mental.
Antes, dependendo do grau de deficiência a ser verificado por pericia medica, entendia-se se o caso de incapacidade absoluta ou relativa. Somente aqueles a quem faltasse de modo completo o discernimento, seriam absolutamente incapazes. Após apurada a insanidade, o juiz pronunciava a interdição do enfermo com a nomeação de um curador que o representasse. Após essa pronunciação, o interdito não tinha a capacidade de exercer atos na vida civil, sendo os atos por ele praticados, considerados nulos. 
No sistema vigente, nenhum tipo de enfermidade psíquica configura causa de incapacidade. Depois do estatuto, todos aqueles considerados incapazes adquiriram a capacidade civil plena, justamente por se tratar de estado pessoal declarado por meio de sentença judicial. 
Não se fala mais em interdição, mas sim de processo que define os termos da curatela (art. 1768 cc), que passa a ser aplicável, em princípio, somente aos relativamente capazes do art. 4, incisos II, III e IV (art. 1767), motivo pelo qual o processo que determina os termos da curatela passa a ser promovido pela própria pessoa. 
O MP pode promover ação que define os termos da curatela em casos de “deficiência mental ou intelectual”. Assim, o enfermo mental que pode exprimir sua vontade é considerado juridicamente capaz, mas, estando acometido de doença mental, pode ser posto sob curatela (art. 1769). Em qualquer caso, segundo o art. 1772, a curatela há de ser conferida segundo as potencialidades da pessoa e apenas poderá dizer respeito aos mesmos atos de disposições patrimoniais que eram tradicionalmente objeto de curatela do pródigo, previstos no art. 1782. Isso implica que, para os atos de mera administração patrimonial e, o que é ainda mais grave, para todos os atos existenciais, é juridicamente impossível a incapacidade ou a curatela em decorrência de estado psíquico, independentemente do nível de discernimento da pessoa. 
Lúcidos intervalos
 Casos de enfermidade intermitente. Se considera que não há intermitências na incapacidade, sendo fulminados da mesma invalidade, tanto os atos praticados nos momentos de crise psicopática quanto os celebrados nos intervalos de lucidez.
Senectude 
A senilidade, por si só, já não se considerava causa de restrição da capacidade de fato. Dava-se interdição se a senectude viesse a gerar um estado patológico como o Alzheimer, de que resulte prejuízo das faculdades mentais. 
Por maioria de razão, na logicas das reformas promovidas pelo estatuto, a senilidade não configurará, em regra, uma causa de incapacidade. 
Surdo mudez
Código de 1916- surdo mudo possuía inaptidão para exprimir sua vontade. 
Código de 2002 – apurava-se o discernimento/ não podia testemunhar 
Estatuto da pessoa com deficiência – capacidade plena / pode testemunhar como qualquer outra pessoa, sendo-lhes assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva. 
Impossibilidade, ainda que temporária, de expressão da própria vontade 
Hipótese então nova na lei, de incapacidade absoluta, porem temporária. Desse modo, eram nulos, por forca do inciso III, art. 3, os atos praticados naqueles estados. Estados esses que podem ser: de embriaguez, sono hipnótico, traumatismos, descontrole emocional significativo, estado de coma, transe mediúnico, efeito de drogas. É nulo, assim, o ato jurídico exercido pela pessoa de condição psíquica normal, mas que se encontrava completamente embriagada no momento em que o praticou e que, em virtude dessa situação transitória, não se encontrava em perfeitas condições de exprimir a sua vontade.
Sistema vigente para aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
O Estatuto transferiu essa categoria de pessoas para o rol de pessoas relativamente incapazes. Essa mudança causa surpresa pois, a interpretação que era dada a esse inciso, não dizia respeito a hipóteses de deficiência, mas sim a causas de outra natureza que impediam a manifestação da vontade.
Participação de incapaz em sociedade. 
O código de 2002 permite àquele que se tornou incapaz por enfermidade mental, permanecer como sócio de alguma empresa e suceder na empresa por transmissão hereditária de seus pais ou de outrem. Há, porém, alguns requisitos específicos para o registro das alterações contratuais (art. 974, paragrafo 3) 
O Código de 2002, no art. 974, parágrafo 3, manteve-se infenso a reforma promovida pelo estatuto, ainda cogitando a hipótese de incapacidade absoluta superveniente.
Relativamente incapazes 
Aqueles que não são totalmente privados de capacidade de fato. Entende o ordenamento que, em razão de circunstancias pessoais ou em função de uma imperfeita coordenação das faculdades psíquicas, deve colocar certas pessoas em um termo médio entre a incapacidade e o livre exercício do direito (capacidade plena), que se efetiva por não lhes reconhecer a plenitude das atividades civis, nem as privas totalmente de interferir nos atos jurídicos. A essa categoria de pessoas chamadas relativamente incapazes, diz-se que são incapazes relativamente a pratica de certos atos ou ao modo de exerce-los. (art. 4 do cc).
Faltam a eles qualidades que lhes permitam liberdade de ação para procederem com completa autonomia, o que exige que sejam assistidos por quem o direito positivo encarrega desse oficio (parentesco, relação de ordem civil, designação judicial)
Causas da incapacidade relativa:
- Menores entre 16 e 18 anos. 
- Os ébrios habituais e os viciados em toxico 
-Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. 
-Pródigos
 Incapacidade relativa dos menores
O legislador estabeleceu que seriam incapazes os menores de 16 anos, independentemente do sexo. Entendeu também que, se até os 16 anos a inexperiência e o insuficiente desenvolvimento desautorizam a participação na vidacivil, a partir desse limite a pessoa já tem bastante discernimento para manifestar a sua vontade e influir nos atos em que estejam envolvidos os seus interesses, embora não ainda em grau suficiente para proceder com plena e total autonomia. Esses menores figuram nos atos jurídicos, mas a validade destes requer a assistência de seu pai ou de sua mãe, conforme estejam sob o poder familiar ou aos cuidados de um tutor. Para ações judiciais devem ser citados juntamente com respectivo assistente e juntamente a esses é que demandam como autores ou como réus. Pode também ajustar contrato de trabalho, respeitando as normas que a isso dizem respeito.
Casos em que procede independentemente da presença de um assistente: 
- Aceitar mandato (art. 666)
- Fazer testamento (art. 1860)					
- Testemunhar (art. 228)
O menor de 18 anos continua incapaz relativamente aos direitos civis, apesar de se lhe reconhecer aptidão para o exercício de atividade de votar. Essa escolha do legislador, de que com 16 anos está apto a votar mas não possui capacidade civil plena, é matéria de mera política legislativa. 
Incapacidade relativa dos ébrios habituais e dos viciados em tóxicos
 Os vícios do toxico e da bebida, se atingirem o estado de habitualidade que gera a fraqueza mental, estão abrangidos nesta hipótese.
Incapacidade relativa dos deficientes mentais e dos excepcionais
O estatuto eliminou as causas de incapacidade absoluta ou relativa baseadas no estado mental. A essa hipótese, assim, passa a se aplicar o mesmo que se referiu sobre as pessoas com deficiência ou enfermidade mental: reputam-se plenamente capazes, em princípio, embora possam ser colocadas sob curatela, apenas quanto aos atos de disposição patrimonial. 
Incapacidade daqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade (remissão)
A hipótese, originalmente de incapacidade absoluta, foi trazida pra o rol de causas de incapacidade relativa pelo estatuto. 
 Incapacidade relativa dos pródigos 
Os pródigos estão inscritos entre os relativamente incapazes, mas são privados exclusivamente daqueles atos que possam comprometer sua fortuna, reservando-lhe a realização do que importa em simples administração. 
Capacidade dos índios não aculturados
O código deixa exclusivamente a tutela dos índios à lei especial.
Condenação criminal
Não gera incapacidade civil. O preso conserva seus direitos não atingidos pela perda de liberdade. As restrições sofridas são limitas e especificas, não gerando incapacidade
Tomada de decisão apoiada (remissão) – art. 1783-A
Não se trata de modalidade de representação legal ou de assistência, vez que dirigido a pessoas com deficiência mental, as quais, no sistema atual, passaram a ser reputadas plenamente capazes. A rigor, a figura do apoiador, nos moldes concebidos pelo Estatuto, tende a permanecer inócua, já que a ausência de sua nomeação em nada compromete a validade dos atos celebrados pela pessoa com deficiência mental. 
Maioridade e emancipação 
Emancipação
Forma de adquirir a plena capacidade civil, independentemente de se atingir a maioridade. (art. 5, p.u.). Os menores, completando 16 anos, podem ser emancipados por escritura pública outorgada pelo pai e pela mãe que estiverem no exercício do poder familiar. Se estiver o menor sob tutela, a emancipação pode ser deferida por sentença judicial. A emancipação pode decorrer ainda de uma das causas estipuladas em lei. São, portanto, 3: a voluntaria, a judicial e a legal. 
Emancipação voluntaria 
É a concessão, em virtude da qual se atribui ao filho a condição de maioridade, antes de atingir os 18 anos. 
- Não cabe ser reivindicada
- Somente os genitores são os juízes de sua conveniência 
- Ato de vontade insuprível judicialmente 
- é ato dos pais, conjuntamente, mas pode ser outorgada por um só na falta do outro.
- A forma publica integra a própria declaração de vontade, e não pode ser substituída ou completada por qualquer outra
- Manifestação da vontade espontânea. Vale por si mesma independente de homologação judicial 
- Transladada a escritura, tem de ser averbada a margem do assento de nascimento
Emancipação judicial 
Somente os menores sob poder familiar podem ser emancipados por simples declaração de vontade. Ao tutor não confere a lei o poder de emancipar o pupilo. Nesse caso, a emancipação resulta de procedimento judicial, de iniciativa do emancipando. Depois de ouvido o tutor, e em seguida o MP, o juiz decidirá por sentença que será levada a registro civil. O requisito da idade também e exigido
Emancipação legal
O código considera emancipado o menor, independentemente da idade, nos seguintes casos:
Pelo casamento, que gera a cessação da incapacidade civil. A emancipação proveniente do casamento e definitiva – a pessoa não está mais sujeita ao poder familiar ou ao tutor, ainda que se dissolva o casamento pela morte ou pelo divórcio.
Emprego público efetivo, em que a investidura na função faz presumir a plena habilitação para a vida civil. O temporário não tem o mesmo efeito. Essa hipótese, contudo, não tem eficácia uma vez que a lei passou a exigir a idade mínima de 18 anos.
Colação de grau em ensino superior
Estabelecimento civil ou comercial, ou por relação de emprego, desde que em função deles o menos com 16 anos completos tenha economia própria. 
Observação:
A emancipação é irrevogável e habilita plenamente o beneficiado para todos os atos civis com plena capacidade. 
Pessoa Jurídica

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