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CASOS CONCRETOS COM GABARITO CPP I

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1 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I 
AULA 01 
CASO 1 
1 - A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia da Comarca da Capital, 
que investiga o crime de lesão corporal de natureza grave, do qual foi vítima o 
segurança da boite TheNight Agenor Silva, obtém elementos de informação 
que indicam a suspeita de autoria dos fatos ao jovem de classe média Plininho, 
de 19 anos. O Delegado então determina a intimação de Plininho para que o 
mesmo compareça em sede policial para prestar esclarecimentos, sob pena de 
incorrer no crime de desobediência, previsto no art. 330 do CP. Pergunta-se: 
a. Caso Plininho não compareça para prestar declarações, poderá responde 
pelo cime do art. 330 do CP? 
b. E se houvesse processo penal tramitando regularmente e o juiz da Vara 
Criminal intimasse Plininho para o interrogatório, poderia o mesmo responder 
pelo delito em questão? 
Resposta sugerida: 
CASO 1: 
Em analogia ao art. 457, CPP, que prevê o direito de não comparecer do 
réu solto, que foi intimado para a sessão do júri, a doutrina vem 
sustentando que? O direito de não comparecer é uma decorrência lógica 
do direito de silêncio e do? nemo tenetur se detegere?(...). Indo além 
dessa conquista, o direito de não ir deve ser, reconhecido por analogia, 
em todo em qualquer ato processual ou pré-processual, não apenas no 
júri, mas especialmente na fase policial, em CPIs e também no próprio 
interrogatório judicial.? (Aury Lopes Jr. Direito processual Penal. São 
Paulo: ed. Saraiva, 13ª ed., 2016, p.833. 
No mesmo sentido, em relação ao crime de desobediência? Não 
importará em reconhecimento do delito de desobediência quando o 
agente deixa de comparecer ao seu interrogatório em juízo, ou mesmo a 
fim de prestar declarações perante a autoridade policial, haja vista não 
estar obrigado a qualquer tipo de manifestação, no termos preconizados 
no inciso LXIII do art. 5º da Constituição Federal. (Rogério Greco. Curso 
de Direito Penal, parte especial, vol.IV. Niterói: ed. Impetus, 2015, p.534) 
Deve ser esclarecido ao aluno que o comparecimento tanto em sede 
policial, quanto em juízo, é a oportunidade para o acusado exercer a sua 
autodefesa, contando a sua própria versão dos fatos, podendo ser 
acompanhado por advogado em sede policial e, devendo ser 
acompanhado em juízo (indisponibilidade da defesa técnica em juízo). 
c. 2- Esse princípio refere-se aos fatos, já que implica ser ônus da acusação 
demonstrar a ocorrência do delito e demonstrar que o acusado é, efetivamente, 
autor do fato delituoso. Portanto, não é princípio absoluto. Também decorre 
desse princípio a excepcionalidade de qualquer modalidade de prisão 
processual. (...) Assim, a decretação da prisão sem a prova cabal da culpa 
somente será exigível quando estiverem presentes elementos que justifiquem a 
2 
 
necessidade da prisão. Edilson Mougenot Bonfim. Curso de Processo Penal. O 
princípio específico de que trata o texto é o da (o) 
 
a- Livre convencimento motivado. 
b- Inocência. 
c- Contraditório e ampla defesa. 
d- Devido processo legal. 
RESPOSTA: letra B 
 
 
3- Relativamente ao princípio de vedação de autoincriminação, analise as 
afirmativas a seguir: 
I - O direito ao silêncio aplica-se a qualquer pessoa (acusado, indiciado, 
testemunha, etc.), diante de qualquer indagação por autoridade pública de cuja 
resposta possa advir imputação da prática de crime ao declarante. 
II - O indiciado em inquérito policial ou acusado em processo criminal pode ser 
instado pela autoridade a fornecer padrões vocais para realização de perícia 
sob pena de responder por crime de desobediência. 
III - O acusado em processo criminal tem o direito de permanecer em silêncio, 
sendo certo que o silêncio não importará em confissão, mas poderá ser 
valorado pelo juiz de forma desfavorável ao réu. 
IV - O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não é lícito 
ao juiz aumentar a pena do condenado utilizado como justificativa o fato do réu 
ter mentido em juízo. 
Assinale: 
a- Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b- Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c- Se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. (CORRETA) 
d- Se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
e- Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
AULA 02 
CASO 1 
Jorginho, jovem de classe média, de 19 anos de idade, foi denunciado pela 
prática da conduta descrita no art. 217-A do CP por manter relações sexuais 
com sua namorada Tininha, menina com 13 anos de idade. A denúncia foi 
baseada nos relatos prestados pela mãe da vítima, que, revoltada quando 
descobriu a situação, noticiou o fato à delegacia de polícia local. Jorginho foi 
processado e condenado sem que tivesse constituído advogado. Á luz do 
sistema acusatório diga quais são os direitos de Jorginho durante o processo 
penal, mencionando ainda as características do nosso sistema processual. 
 
CASO 1 – O sistema processual é o acusatório, onde o acusado não é 
mais objeto do processo e sim sujeito de direitos. No atual sistema, o 
3 
 
atos são públicos e o processo é regido, dentre outros, pelos princípios 
do contraditório e ampla defesa, de maneira que o acusado jamais poderá 
ser processado sem advogado, pois tem direito à defesa técnica. O 
acusado tem o direito de ser interrogado para que possa exercer a sua 
autodefesa. 
 
CASO 2 - FCC-2012-TJ/RJ-Analista 
No que concerne à estruturação da defesa de acusados em juízo criminal, é 
correto afirmar: 
a. se for indicado um Defensor Público ao acusado, este não pode 
desconstituí-lo para nomear um profissional de sua confiança. 
b. o acusado que é Advogado pode apresentar defesa “em nome próprio”, 
sem necessidade de constituição de outro profissional 
c. apenas nos crimes mais graves o acusado deve obrigatoriamente ser 
assistido por Advogado, podendo articular a própria defesa, mesmo sem 
habilitação, nos casos em que não está em risco sua liberdade. 
d. o acusado que não constituir Advogado será obrigatoriamente defendido por 
Procurador Municipal ou Estadual. 
e. o Juiz não pode indicar Advogado de forma compulsória a um acusado, que 
sempre tem o direito inalienável de articular a própria defesa, ainda que não 
seja habilitado para tanto. 
Resposta: Letra B 
 
 
3- Com referência às características do sistema acusatório, assinale a opção 
correta. 
a- O sistema de provas adotado é o do livre convencimento. 
b- As funções de acusar, defender e julgar concentram-se nas mãos de uma 
única pessoa. 
c- O processo é regido pelo sigilo. 
d- Não há contraditório nem ampla defesa 
Resposta: Letra A 
 
AULA 03 
CASO 01: 
Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido um 
crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no local. A 
simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial. Pergunta-se: é 
possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, 
orientando-se na doutrina e jurisprudência. 
4 
 
CASO 01 
A simples delatio criminis não autoriza a instauração de inquérito policial, 
devendo a autoridade policial, primeiro, confirmar a informação para 
instaurar o procedimento investigatório. Temerária seria a persecução 
iniciada por delação, posto que ensejaria a prática de vingança contra 
desafetos. O art. 5º, inciso IV, da CRFB veda o anonimato. 
HC 105484 / MT - MATO GROSSO HABEAS CORPUS Relator(a): Min. 
CÁRMEN LÚCIA Julgamento: 12/03/2013 Órgão Julgador: Segunda Turma 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-069 DIVULG 15-04-2013 PUBLIC 16-04-2013 
Parte(s) 
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA 
PACTE.(S) : E S 
IMPTE.(S) : VALBER DA SILVA MELO 
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DOS INQUÉRITOS N° 558 E 669 DO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAEmenta EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL 
PENAL. INQUÉRITO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DECORRENTE DA 
EVENTUAL 
INCOMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
DESEMBARGADOR APOSENTADO. PRERROGATIVA DE FORO DOS 
CORRÉUS. CONEXÃO. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA. HABEAS CORPUS. LIMITES. LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO 
PRESERVADA. REINTEGRAÇÃO DO PACIENTE AOS QUADROS DO 
PODER JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM DENEGADA. 1 . Não se 
comprova a presença de constrangimento ilegal a ferir direito do Paciente 
nem ilegalidade ou abuso de poder a ensejar a concessão da presente 
ordem de habeas corpus. 2. É firme a jurisprudência deste Supremo 
Tribunal no sentido de que “nada impede a deflagração da persecução 
penal pela chamada 'denúncia anônima', desde que esta seja seguida de 
diligências realizadas para averiguar os fatos nela noticiados”. 
Precedentes 
CASO 2- Tendo em vista o enunciado nº 14 da Súmula Vinculante, quanto ao 
sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autoridade policial poderá 
negar ao advogado. 
SÚMULA VINCULANTE N.14-STF: É direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do 
direito de defesa. 
5 
 
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente 
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado 
formalmente. 
c) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos 
prestados pelas vítimas, se entender pertinente. 
 
d) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido 
documentados no procedimento investigatório. 
Resposta: Letra D 
 
CASO 3 - Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão 
de tributo e evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de 
Arroizinho determina a expedição de carta rogatória para os Estados Unidos da 
América, a fim de que seja interrogado o réu Mário. Em cumprimento à carta, o 
tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à 
Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, 
ao se deparar com o teor do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado 
nulo, tendo em vista que não foram obedecidas as garantias processuais 
brasileiras para o réu. Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual 
no Espaço, a alegação do advogado está correta? 
 
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que 
as normas processuais brasileiras podem ser aplicadas fora do território 
nacional. 
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já 
que as normas processuais brasileiras só se aplicam no território 
nacional. 
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as 
normas processuais brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território. 
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que 
as normas processuais brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional. 
 
Da mesma forma que a lei penal processual brasileira deve ser aplicada, 
em razão do princípio da territorialidade, quando do cumprimento, pelo 
Poder Judiciário brasileiro, de carta rogatória oriunda do estrangeiro, a 
rogatória aqui expedida será cumprida, pelo Poder Judiciário do país 
destinatário, de acordo com as regras processuais ali em vigor. Não há 
que se falar, portanto, em nulidade do ato realizado pelo PJ americano. 
 
 
AULA 04 
 
CASO 1 
Em um determinado procedimento investigatório, cujo investigado estava solto, 
a autoridade policial entendeu com base nos indícios apontados em encerrar a 
investigação apresentando como termo final, o relatório conclusivo do feito com 
6 
 
indiciamento do sujeito, bem como encaminhou as respectivas peças a 
autoridade judiciária, na forma do artigo 10, parágrafo primeiro do CPP. Tendo 
como parâmetro o nosso sistema processual penal, analise a questão à luz da 
adequada hermenêutica constitucional. 
Resposta sugerida: 
CASO 01 - Cabe esclarecer aos alunos que malgrado o artigo 10, 
parágrafo primeiro do CPP determine a remessa do inquérito ao juiz, 
posteriormente à promulgação da Constituição de 1988, houve a criação e 
organização das Centrais de Inquérito Policial, em 1991, tendo como regra 
o destinatário da investigação o Ministério Público e não o Juiz, em 
conformidade com o Sistema Acusatório adotado pela Nova Ordem 
Constitucional de 1988. 
Antes, isso se justificava pois somente o Judiciário era estruturado para 
receber os inquéritos e o juiz então acabava se limitando a receber a 
investigação e carimbar nos autos ao MP. Com as CIPs como regra esse 
dispositivo perdeu a razão de ser, salvo para os casos em que seja 
necessário haver ordem judicial ou prestação jurisdicional para o regular 
desenvolvimento da investigação, devendo sempre o IP passar 
primeiramente pelo MP - dominus litis- para que este requeira a medida. 
Assim só haverá distribuição do inquérito ao judiciário no caso de 
anterior requerimento do MP de busca e apreensão, requerimento de 
interceptação telefônica, controle da legalidade da prisão em flagrante, 
temporária ou preventiva e arquivamento da investigação. 
 
CASO 2- Com relação ao inquérito policial, assinale a opção correta. 
a) É indispensável a assistência de advogado ao indiciado, devendo ser 
observadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 
b) A instauração de inquérito policial é dispensável caso a acusação 
possua elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
c) Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo, sigiloso, informativo e 
disponível. 
d) A interceptação telefônica poderá ser determinada pela autoridade policial, 
no curso da investigação, de forma motivada e observados os requisitos legais. 
 
 
CASO 3 - Leia o registro que se segue. 
Mévio, motorista de táxi, dirigia seu auto por via estreita, que impedia 
ultrapassagem de autos. Túlio, septuagenário, seguia com seu veículo à frente 
do de Mévio, em baixíssima velocidade, causando enorme congestionamento 
na via. Quando Túlio parou em semáforo, Mévio desceu de seu táxi e passou a 
desferir chutes e socos contra a lataria do auto de Túlio, danificando-a. Policiais 
se acercaram do local e detiveram Mévio, que foi conduzido à Delegacia de 
Polícia. Lá, o Delegado entendeu que o crime era de dano, com pena de 
detenção de 01 a 06 meses ou multa. Iniciou a lavratura do Termo 
Circunstanciado, previsto na Lei n.º 9.099/95. Ao finalizá-lo, entregou a Mévio 
para que assinasse o Termo de Comparecimento ao Juizado Especial Criminal, 
o que foi por ele recusado. Indique o procedimento a ser adotado. 
a- Registro apenas em Boletim de Ocorrência para futuras providências. ] 
7 
 
b- Considerando que ocorrera prisão em flagrante, ante a não 
assinatura do Termo de Comparecimento ao JECRIM, deve o 
Delegado de Polícia lavrar auto de prisão em flagrante, fixando 
fiança. 
c- Deve o Delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e permitir que 
Mévio se livre solto. 
d- O Termo Circunstanciado deve ser remetido ao Juízo, mesmo que 
Mévio não tenha assinado o Termo de Comparecimento, para que o 
Magistrado, ouvido o Ministério Público, tome as providências que julgar 
cabíveis, podendo até decretar eventual prisão temporária. 
 
AULA 05 
CASO 1 - João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. 
Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de 
João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi 
proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-
se a Súmula 524 do STF?RESPOSTA 
1ª Corrente – aplica-se o verbete 524 do STF, é hipótese de arquivamento 
implícito subjetivo. (Afrânio Silva Jardim, Paulo Rangel) logo, p/ aditar 
precisa de novas provas. No momento em que a denúncia foi oferecida 
em face apenas de João e o juiz não exerceu a fiscalização do princípio 
da obrigatoriedade da ação penal pública, nos termos do art. 28 do CPP, 
deu-se o arquivamento implícito do IP, logo para que haja o aditamento 
somente com o surgimento de novas provas. 
2ª Corrente – Não existe arquivamento implícito no ordenamento jurídico 
brasileiro. Para que haja arquivamento é necessário requerimento 
expresso do MP fundamentando o seu pedido no art. 395 do CPP, e a 
manifestação do juiz acerca desse pedido, aplicando o art 28 do CPP. O 
art. 28 CPP diz que “o juiz no caso de considerar improcedentes as 
razões invocadas, fará remessa dos autos ao Procurador Geral”, então p/ 
haver arquivamento é preciso que o MP invoque razões, o que não 
ocorreu no caso em questão. Sendo assim, aquele corréu não denunciado 
não haverá arquivamento implícito, não cabendo invocar o verbete 524 do 
STF. O MP poderá aditar a denúncia a qualquer momento. (Polastri, 
Mirabete). 
RHC 113273 / SP - SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS 
CORPUS Relator(a): Min. LUIZ FUX Julgamento: 25/06/2013 Órgão 
Julgador: Primeira Turma 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-158 DIVULG 13-08-2013 PUBLIC 14-08-2013 
Parte(s) 
8 
 
RECTE.(S) : MARIO THIMOTEO 
RECTE.(S) : RODNEY ROLDAN 
RECTE.(S) : CÁSSIO ROBERTO SANTANA 
ADV.(A/S) : MARCOS RIBEIRO DE FREITAS 
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
Ementa 
Ementa: PROCESSO PENAL E PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM 
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E EXTORSÃO. 
NULIDADES. ADITAMENTO DA DENÚNCIA. INCLUSÃO DE RÉU ANTES 
DA SENTENÇA FINAL. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL 
AUTORIZATIVA DO COGNOMINADO “ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO”. 
OFENSA À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO PELO ACUSADO. 
NÃO OCORRÊNCIA. RÉU DEVIDAMENTE CITADO. OPORTUNIZADA A 
PRODUÇÃO DE PROVAS. RECONHECIMENTO PESSOAL DO PACIENTE. 
RECONHECIMENTO DE OBJETO. VIOLAÇÃO DOS ART. 226 E 227 DO 
CPP NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA. 
REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE EM 
SEDE DE HABEAS CORPUS. RECURSO ORDINÁRIO PARCIALMENTE 
CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO. 1. O arquivamento 
implícito não foi concebido pelo ordenamento jurídico brasileiro, e modo 
que nada obsta que o Parquet proceda ao aditamento da exordial 
acusatória, no momento em que se verificar a presença de indícios 
suficientes de autoria de outro corréu. ( Precedentes: AI nº 803138 
AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 15.10.2012; HC nº 
104356/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje 
02.12.2010; RHC nº 95141/RJ, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira 
Turma, Dje 23.10.2009). 2. O aditamento da denúncia pode ser feito, a 
qualquer tempo, com vistas a sanar omissões, desde que ocorra (i) em 
momento anterior à prolação da sentença final e (ii) seja oportunizado ao 
réu o exercício do devido processo legal, da ampla defesa e do 
contraditório, ex vi do art. 5º, LIV e LV. 3. In casu, o aresto assentou: "(…) 
verifica-se que embora existissem informações suficientes para se 
atribuir a Rodney Roldan o crime de extorsão a denúncia foi omissa. 
Todavia, não houve requerimento de arquivamento a esse respeito. Tal 
irregularidade, não verificada judicialmente, resultou no recebimento da 
denúncia sem que os autos retornassem ao Ministério Público, para o 
necessário aditamento. Entretanto, depois, verificadas também na 
instrução criminal, indicações do recorrente em tal delito, foi 
providenciado o aditamento à denúncia." (fl. 90) 4. A análise da suposta 
nulidade do auto de reconhecimento de objeto e da inexistência de 
indícios de autoria reclama a incursão no arcabouço fático-probatório 
9 
 
acostado aos autos, o que não se afigura possível na estreita via do 
habeas corpus. 5. Recurso desprovido. 
Jurisprudência: STJ – “O silêncio do MP em relação a acusados cujos 
nomes só aparecem depois em aditamento à denúncia, não implica 
arquivamento quanto a eles. Só se considera arquivado o processo com o 
despacho da autoridade judiciária. (RT 691/360). STF, HC 92663/GO. 
TJ/RJ, 3ª Cam Crim. – Arquivamento implícito. Inexiste no Direito 
Brasileiro. “O arquivamento deve ser requerido ao juiz, para que haja 
controle da utilização dos princípios da obrigatoriedade, oportunidade e 
utilidade da propositura da ação penal; sem requerimento expresso e 
fundamentado pelo Promotor e decisão a respeito, não há arquivamento 
no Direito brasileiro.” 
 
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para 
averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, 
tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público 
Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito 
devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a 
conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, 
o Promotor deverá 
a) Arquivar os inquéritos 
b) oferecer denúncia 
c) determinar a baixa dos autos 
d) requerer o arquivamento (correto) 
3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o 
noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa 
forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo 
conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de 
Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência 
de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar 
o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse 
caso, deverá a autoridade policial: 
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a 
propositura da ação. 
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu 
arquivamento. 
C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu 
arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. (CORRETO) 
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os 
autos por ausência de justa causa para a ação penal. 
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-
o ao juízo competente. 
10 
 
 
AULA 06 
CASO 01: 
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo 
fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, 
este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, 
e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e 
pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já 
desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria 
com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três 
filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar 
de oferecer denúncia? 
CASO 01 - A pretensão de Maria não pode ser acolhida, em razão do 
princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, que, no caso, é 
incondicionada. 
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do 
exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, 
assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da 
respectiva ação penal. 
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e 
do MP, condicionada à representação do ofendido. (CORRETA) 
Súmula 714 - STF 
É concorrente a legitimidadedo ofendido, mediante queixa, e do 
ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a 
ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do 
exercício de suas funções. 
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para 
tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe 
imediato de Paulo Ricardo. 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi 
praticada propter officium e que há manifesto interesse público na persecução 
criminal. 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a 
sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante 
ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação 
hipotética, assinale a opção correta. 
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus 
pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
11 
 
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto 
que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-
se a partir da data em que o crime tenha sido consumado. 
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de 
procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do 
ministro da justiça. 
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não 
promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal 
privada subsidiária da pública. (CF.) 
 
AULA 07 
CASO 01: 
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do 
exposto, pergunta-se : 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura 
da queixa? 
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do 
cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo 
quem seria seu representante legal? 
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade 
para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
CASO 1 
A – Paula tem capacidade de ser parte ( legitimatio ad causam) uma vez 
que foi vítima do crime, entretanto não possui capacidade para estar em 
juízo praticando atos processuais válidos ( legitimatio ad processum). 
Assim sua incapacidade terá que ser suprida através da representação. 
B - Para alguns, Paula, sendo emancipada, não teria mais representante 
legal, podendo, assim, propor a queixa. Segundo a melhor doutrina, ainda 
que emancipada Paula é inimputável, já que a emancipação só gera 
efeitos civis, e caso fizesse falsas afirmações não estaria sujeita as 
sanções pela prática do injusto penal de Denunciação Caluniosa. Assim 
necessária a intervenção do representante legal e não possuindo Paula 
representante legal, seria viável a nomeação de curador especial ( artigo 
33 do CPP). 
C – De acordo com o disposto no art. 5º do Código Civil a menoridade 
cessa a partir dos 18 completos. Assim não faz sentido que no processo 
penal permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 e 
menores de 21 anos , pois os maiores de 18 anos são pessoas habilitadas 
para todos os atos da vida civil. Segundo a melhor doutrina o artigo 34 do 
CPP, assim como outros dispositivos do Código de Processo Penal, 
perdeu o objeto e foram revogados. 
 
2- Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta 
12 
 
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato 
personalíssimo do ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para 
a reparação dos danos causados pela infração, considerando os 
prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para 
apuração do dano efetivamente sofrido. (correta) 
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a 
propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do 
fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e 
processá-lo no âmbito cível. 
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga 
extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil. 
 
3- Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo 
Penal, assinale a alternativa correta. 
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de 
arquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar 
extinta a punibilidade e a sentença absolutória que decidir que o fato imputado 
não constitui crime. 
b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil não poderá 
ser proposta em nenhuma hipótese. 
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá 
ser efetuada pelo valor fixado na mesma, não se admitindo, neste caso, a 
liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão 
promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do 
dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros (correta) 
 
 
AULA 08 
 
CASO 1 
Determinado prefeito municipal, durante o mandato, desvia verbas públicas 
repassadas ao Município através de convênio com o Ministério da Educação, 
sujeitas a prestação de contas, visando ao treinamento e qualificação de 
professores. Referida fraude somente é descoberta após a cessação do 
mandato, instaurando-se inquérito policial na DP local. Concluído o Inquérito, 
no qual restaram recolhidos elementos de prova suficientes para a denúncia, o 
Promotor de Justiça oferece denúncia contra o ex-prefeito. Diante do exposto, 
diga qual o juízo competente para julgar o ex prefeito. 
 
“Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por 
desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”. 
Súmula 208, STJ. 
A teor do art. 109, inciso IV, da CRFB, a competência é da Justiça Federal, 
por tratar-se de recursos provenientes da União e que ficam sob o 
controle do Tribunal de Contas da União. A denúncia não deve ser 
recebida, devendo o procedimento ser enviado à Justiça Federal. A 
competência será da Justiça Federal de lº Grau. 
13 
 
 
2-Compete à justiça federal processar e julgar 
a) furto de bem de sociedade de economia mista 
b) crime de deserção praticado por bombeiro militar 
c) crime contra a organização do trabalho (correto) 
d) crime de transporte de eleitores no dia da votação 
 
 
3- Paulo reside na cidade “Y” e lá resolveu falsificar seu passaporte. Após a 
falsificação, pegou sua moto e viajou até a cidade “Z”, com o intuito de chegar 
ao Paraguai. Passou pela cidade “W” e pela cidade “K”, onde foi parado pela 
Polícia Militar. Paulo se identificou ao policial usando o documento falsificado e 
este, percebendo a fraude, encaminhou Paulo à delegacia. O Parquet 
denunciou Paulo pela prática do crime de uso de documento falso. Assinale a 
afirmativa que indica o órgão competente para julgamento. 
a) Justiça estadual da cidade “Y” 
b) Justiça federal da cidade “K” (correta) 
c) Justiça federal da cidade “Y” 
d) Justiça estadual da cidade “K” 
Resposta 
Súmula 200/STJ - 11/07/2017. Competência. Passaporte falso. Uso de 
documento falso. Falsa identidade. Juízo Federal do lugar onde se consumou 
o crime. CP, arts. 304 e 308. CPP, arts, 69, I e 70. CF/88, art. 109, IV. 
«O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de 
passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou. »

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