Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Marcio Rocha SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Sociedade Internacional e Sistema Internacional UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL INTERESSE PODER Sistema Anárquico Ausência de um Governo Central Prof. Marcio Rocha FORÇAS PROFUNDAS • influencia eventos no ambiente internacional • incertezas/instabilidade • Imprevisibilidade Prof. Marcio Rocha Forças profundas fatores que influenciam as ações das coletividades • condições geográficas • desertos, montanhas, mares, oceanos • movimentos demográficos • migrações, crescimento populacional • interesses econômicos e financeiros • escassez de energia • Fator Tecnológico • energia nuclear, espacial, cibernética etc etc etc • traços da mentalidade coletiva • religiões, princípios culturais de uma sociedade • Fator militar-estratégico • Guerras Atores com capacidade de projetar poder ... Estados Unidos Rússia China França Inglaterra Japão Alemanha Canadá Índia Iran Israel Paquistão Coréia do Sul Coréia do Norte G-8 CS/ONU Nuclear Espacial Cibernética x x x x x x x x x x x x x x x x x x X x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Prof. Marcio Rocha Hierarquia entre os Estados PODER Capacidade dos atores estatais de assumir um papel mais ou menos extenso no palco internacional. * EUA e URSS • riqueza material – grandes recursos naturais e baixa dependência de fontes estrangeiras de abastecimento • controle de um espaço extenso • alto nível de tecnologia – pleno emprego das riquezas materiais e recursos demográficos • recursos humanos apreciáveis • Combinação desses fatores constitui a base do poder material. Prof. Marcio Rocha ATORES – Projeção de Poder Território (fonte de conflitos) • Recursos naturais Condições para tornar-se “potência” Território P o p u l a ç ã o Go vern o Japão Israel fatores que influenciam as ações ... • condições geográficas • movimentos demográfico • interesses econômicos e financeiro • traços da mentalidade coletiva Prof. Marcio Rocha Hierarquia entre os Estados PODER Sociedade Internacional e Sistema Internacional Prof. Marcio Rocha “Sociedade Internacional é o conjunto de entes que interagem de maneira sistêmica, em uma esfera internacional, sob a influência de .....”. Sistema Internacional é o conjunto formado pelas unidades políticas que mantêm, entre si, relações regulares e susceptíveis de estarem implicadas ....... Prof. Marcio Rocha SISTEMA INTERNACIONAL Sistema Internacional é o conjunto formado pelas unidades políticas que mantêm, entre si, relações regulares e susceptíveis de estarem implicadas numa guerra geral / cooperação Sistema Internacional • Estrutura • Processo Prof. Marcio Rocha SISTEMA INTERNACIONAL Sistema Internacional é o conjunto formado pelas unidades políticas que mantêm, entre si, relações regulares e susceptíveis de estarem . Sistema Internacional • Estrutura – forma como é distribuído o PODER pelas unidades do sistema. • Processo – padrão/tipos de interação entre as unidades do sistema. Prof. Marcio Rocha SISTEMA INTERNACIONAL Sistema Internacional é o conjunto formado pelas unidades políticas que mantêm, entre si, relações regulares ... ONU, CSONU, OEA, OMC, TPI, CEPAL, FAO, OIT, FMI, UNESCO, OMS, OMPI, OIEA, OPAC, UNICEF ONG, OI, “conjunto de relações entre atores colocados num meio específico e submetidos a um certo modo de regulação ... Prof. Marcio Rocha SISTEMA INTERNACIONAL Sistema Internacional • Estrutura – forma como é distribuído o PODER pelas unidades do sistema. Atores com capacidade de projetar poder ... Estados Unidos Rússia China França Inglaterra Japão Alemanha Canadá Índia Iran Israel Paquistão Coréia do Sul Coréia do Norte G-8 CS/ONU Nuclear Espacial Cibernética x x x x x x x x x x x x x x x x x x X x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Prof. Marcio Rocha Sistema Internacional • Estrutura – forma como é distribuído o PODER pelas unidades do sistema. Atores com capacidade de projetar poder ... Estados Unidos Rússia China França Inglaterra Japão Alemanha Canadá Índia Iran Israel Paquistão Coréia do Sul Coréia do Norte G-8 CS/ONU Nuclear Espacial Cibernética x x x x x x x x x x x x x x x x x x X x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Prof. Marcio Rocha SISTEMA INTERNACIONAL Sistema Internacional PROCESSO – padrão/tipo de interação a) CEE – cooperação plena (política, econômica, militar) (ausência de conflitos – II WW) Soberania – interesses (Parlamento Europeu/Moeda única) Pós 1990 – países leste europeu (adaptação política, econômica, etc.) b) NAFTA – EUA/CANADÁ + MÉXICO cooperação econômica / # política (circulação pessoas) c) MERCOSUL – cooperação econômica, política, social d) CS/ONU – interesses políticos e estratégicos dos membros Prof. Marcio Rocha OTAN Prof. Marcio Rocha Prof. Marcio RochaPrincipal fórum para debates de problemas mundiais (políticos, econômicos, comerciais) Prof. Marcio Rocha PERGUNTA Como a questão (busca) do incremento de PODER influencia na RELAÇÃO e COOPERAÇÃO entre os ATORES no Sistema Internacional? Prof. Marcio Rocha Prof. Marcio Rocha Prof. Marcio Rocha PERGUNTA Como a questão (busca) do incremento de PODER influencia na RELAÇÃO e COOPERAÇÃO/CONFLITO entre os ATORES no Sociedade/Sistema Internacional? Prof. Marcio Rocha Sociedade/Sistema internacional interesse x cooperação x Poder Concentração de Poder comportamento racional Forças profundas - incerteza superioridade tecnológica, economica, política Investimentos em R&D – assimetria Sociedade Internacional (... conjunto de entes ...) Sistema Internacional (.. unidades políticas ...) estrutura/processo certo modo de regulação Prof. Marcio Rocha SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS SI é “aquela sociedade global (macro sociedade) que compreende os grupos com um poder social autonomo, entre os quais se destacam os Estados, que mantêm entre si relações recíprocas, intensas, duradouras e desiguais sobre as quais é assentada certa ordem comum”. Cervera (1991) Complexidade Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL Comportamento racional Realista Idealista anárquico Moral Direito Instituições Cooperação • Otimista: estamos diante de um mundo novo e melhor: maior cooperação, segurança coletiva, democracia e livre mercado. • Pessimista: a situação internacional não alterou nada exceto pelas mudanças de alguns atores e pela aparição de novas ameaças. Prof. Marcio Rocha ESCOLA INGLESA (SOCIEDADE INTERNACIONAL) Martin Wight – A Política do Poder Hedley Bull – A sociedade anárquica Barry Buzan – The Primary Institutions of Internacional Society Barry Buzan – From International to World Society REALISMO Raymond Aron – Guerra e Paz entre as nações Hans Morgenthau – A Política entre as Nações Keneth Waltz – O homem, o Estado e a Guerra LIBERALISMOKant – A paz perpétua Robert Keohane e Joseph Nye – Poder e Interdependência Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL RELAÇÃO ENTRE OS ATORES NO ÂMBITO INTERNACIONAL • NEOREALISMO • PLURALISMO E NEOLIBERALISMO (INSTITUCIONALISMO NEOLIBERAL) • CONSTRUTIVISMO • ESCOLA INGLESA (SOCIEDADE INTERNACIONAL) • TEORIAS DA GLOBALIZAÇÃO Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL NEOREALISMO • Reformulação do realismo clássico • Kenneth Waltz (1979) – principal teórico - preserva pressupostos do realismo reduzindo o escopo da análise realista, com foco exclusivo nos efeitos do sistema internacional sobre os Estados e vice-versa. Bases • Os indivíduos não são bons ou maus por natureza. São movidos por interesses e procuram maximizar esses interesses por meio de comportamentos estratégicos. • O poder não é um fim em si mesmo, e sim um meio para alcançar diversos fins almejados pelos Estados, principalmente a segurança. Nesse sentido, tanto o excesso como a escassez de poder podem colocar a segurança dos Estados em risco. Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL NEOREALISMO Reformulação do realismo clássico Kenneth Waltz (1979) – principal teórico - preserva pressupostos do realismo reduzindo o escopo da análise realista, com foco exclusivo nos efeitos do sistema internacional sobre os Estados e vice-versa. Proposições empíricas • Os Estados devem agir levando em consideração suas capacidades e recursos no âmbito do sistema internacional para extrair o máximo de benefícios, seja competindo, seja cooperando com outros Estados. • Não existe garantia de que algum equilíbrio de poder será necessariamente alcançado no âmbito do sistema político internacional, mas o Estado que ignorar a distribuição real de poder no mundo tende a perder status ou mesmo a ser excluído do sistema. Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL PLURALISMO E NEOLIBERALISMO (INSTITUCIONALISMO NEOLIBERAL) • Resulta de ampla reformulações da perspectiva liberal ou idealista, predominante até 1930. Robert Keohane e Joseph Nye (1977) foram responsáveis pelas criticas mais consistentes ao realismo clássico. Bases • ... não são apenas os interesses estratégicos dos Estados que contam nas relações internacionais. Existem “múltiplos canais” de ligação entre sociedades, que vão desde interações informais entre autoridades e entre atores privados até relações interestatais formais. • Não existe uma hierarquia necessária entre questões nas relações internacionais. Assim, o peso relativo e conexões entre questões de segurança nacional e outras (econômica, tecnológica) e entre questões de política doméstica e de política externa podem variar, gerando diferentes coalizões, dentro e fora de governos e burocracias. • Uma conseqüência da teoria da interdependência é que o uso da força militar se torna irrelevante em algumas situações. Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL PLURALISMO E NEOLIBERALISMO (INSTITUCIONALISMO NEOLIBERAL) Proposições empíricas • Os Estados devem reduzir a ênfase na segurança nacional, em razão da pluralidade de interesses que estes representam nas relações internacionais. • Os Estados ganham mais focalizando os ganhos absolutos obtidos em contextos de cooperação do que se preocupando exclusivamente com os ganhos relativos próprios de contextos competitivos. • Tendo em vista a possibilidade de ganhos absolutos em contextos de cooperação, os Estados devem investir na criação de instituições voltadas para minimizar problemas de anarquia. Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL CONSTRUTIVISMO • Enfatiza o impacto das idéias nas relações internacionais. • Em vez de tomar a existência dos Estados como algo dado naturalmente, os construtivistas vêem os interesses e a identidade dos Estados como resultado de processos históricos específicos. Bases • Em contextos de mudanças sistêmicas (fim da guerra fria, globalização etc.) quando normas amplamente aceitas perdem força e fronteiras são redefinidas, questões relativas à identidade dos atores estatais e não governamentais adquirem grande relevância. Proposições empíricas • Dado o caráter socialmente construído da “anarquia” do sistema internacional, é possível formar novas concepções de relações internacionais que modificam a própria noção da identidade e dos interesses dos Estados. Prof. Marcio Rocha Vivemos em um mundo que construímos, no qual somos os principais protagonistas, e que é produto de nossas escolhas. Este mundo em permanente construção é construído pelo que os construtivistas chamam de agentes. Vale dizer: não se trata de um mundo que nos é imposto, que é premeditado, e que não podemos modificar. Podemos mudá-lo, transformá-lo, ainda que dentro de certos limites. Em outras palavras, o mundo é socialmente construído. (Nogueira e Nessari, 2005, p. 162) Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL ESCOLA INGLESA (SOCIEDADE INTERNACIONAL) • Tradição clássica oposta ao realismo tradicional. • Embora incorporem postulados realistas – como o da centralidade do Estado, e reconheçam a importância do exercício do poder na política internacional – os adeptos dessa teoria rejeitam o argumento realista de que o sistema internacional é necessariamente anárquico. Enfatizam a idéia de ordem, expressa no conceito de “sociedade internacional”. Proposições empíricas • A sociedade internacional tem maior probabilidade de emergir em contextos de homogeneidade cultural (política, religiosa, lingüística, etc.) • A dificuldade para a constituição de uma sociedade internacional envolvendo a adesão de países com diferentes origens culturais pode ser superada pela difusão de concepções políticas (Estado-nação) e jurídica (direito internacional) que configuram uma base comum de reconhecimento mútuo de princípios reguladores da sociedade internacional. Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL TEORIAS DA GLOBALIZAÇÃO • Procuram explicar a emergência de processos econômicos, políticos, sociais e mesmo culturais que ultrapassam e questionam a primazia das relações entre Estados no âmbito da política internacional. Esses processos implicariam uma crescente interconexão entre agentes locais, regionais, nacionais, internacionais e transnacionais que aconteceriam independentes do controle dos Estados. Hiperglobalistas Céticos Transformacionalistas Prof. Marcio Rocha SOCIEDADE INTERNACIONAL TEORIAS DA GLOBALIZAÇÃO Hiperglobalistas – a globalização se define como uma nova era na qual as populações de todas as regiões do planeta estarão cada vez mais submetidas aos imperativos do mercado global (Ohmae, 1990, 1995). Céticos – a globalização é um mito que encobre a realidade de uma economia internacional crescentemente segmentada em tres grandes blocos regionais, nos quais os governos nacionais permanecem bastante poderosos (Hirst e Thompson, 1996) Transformacionalistas – os padrões contemporâneos de globalização alcançaram níveis tão intensos que os Estados e as sociedades estão sofrendo mudanças profundas ao procurar se adaptar a um mundo crescentemente interconectado, mas onde predomina a incerteza (Giddens, 1990, 1996; Rosenau, 1997) Premissas • O capitalismo está minando as bases do Estado nacional – sua capacidade de planejamento macro-economico, suas politicas de bem-estar social, o senso de identidade coletiva dos cidadãos. • Surgem novos limites globais, especialmente em decorrência das ameaças ambientais e populacionais, produzindo uma nova “sociedade de risco” que está fugindo da capacidade de controle dos Estados nacionais. Prof. Marcio Rocha Brasil - América do Sul Século XX – Brasil - Visão seletiva da América Latina e da América do Sul. Brasil - AméricaLatina - interesses amplos e vagos * inclui região sob o domínio dos EUA * Baixo interesse. Divisão: EUA hegemonia na América Central Brasil ascendência América do Sul. QUESTÕES chave (desde o século XIX): a) Evitar a formação de uma frente anti-Brasil b) Consolidação das fronteiras Prof. Marcio Rocha Brasil - América do Sul - interesse prioritário - países da Bacia do Prata Brasil – crescimento/desenvolvimento industrial - volta-se para países da região amazônica – - mercado potencial para manufaturas brasileiras. Integração da América do Sul - exigia o desenvolvimento da Amazônia - mercados do Pacífico e Caribe. Desenvolvimento da Amazônia dependia da cooperação com os países vizinhos. Deslocamento das percepções de ameaças para a região Amazônica. Brasil - América do Sul Prof. Marcio Rocha ALCA UNASUL PACTO ANDINO ALBA UE ALADI Acordos bilaterais Prof. Marcio Rocha SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS SI é “aquela sociedade global (macro sociedade) que compreende os grupos com um poder social autonomo, entre os quais se destacam os Estados, que mantêm entre si relações recíprocas, intensas, duradouras e desiguais sobre as quais e assentada certa ordem comum”. Cervera (1991) Complexidade
Compartilhar