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AGENTES QUELANTES

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Letícia Begnini, acadêmica MEDFPP – turma IV.
AGENTES QUELANTES – UC12 / FAB.
• DEFINIÇÃO
Moléculas responsáveis pela formação de um complexo com estrutura em forma de anel através da sua conjugação por ligações covalentes com íons metálicos. O composto final é chamado de quelato, e quanto mais o número de ligações (que formam o composto ‘denteado’), maior a estabilidade. 
O agente quelante ideal deve apresentar: elevada afinidade e baixa toxicidade, elevada solubilidade em água, resistência a biotransformação, capacidade de competir com quelantes naturais, capacidade para formar complexos menos tóxicos com o metal em comparação com a forma livre do metal, capacidade de atingir locais de armazenamento do tóxico (inclusive dentro da célula), promover eliminação rápida do tóxico e possui a mesma distribuição que o metal. 
• AGENTES CITADOS NO ARTIGO
 EDTA
→ Edetato dissódico de cálcio
→ Usado no tratamento para intoxicação por chumbo.
→ Administração endovenosa
→ Sofre pouca metabolização hepática, mas 50% da dose administrada é eliminada pela urina após uma hora (95% em 24hrs); 
→ Tempo de meia-vida de 20-60 minutos; 
→ Devida a elevada hidrossolubilidade, a sua distribuição é essencialmente extracelular, e ocasiona a redistribuição do chumbo para outros tecidos, normalmente o cérebro;
→ Sua pequena especificidade de ligação é responsável pela excreção de outros metais essenciais como o zinco, cobre, ferro, cobalto e magnésio;
→ Efeitos colaterais: nefrotoxicidade, arritimias, hipocalcemia, hipotensão, mielossupressão, convulsões, problemas respiratórios, fadiga, cefaleia, febre, congestionamento sanal, lacrimejamentos...
DMPS
→ 2,3 – dimercaptopropano-1-sulfonato;
→ Usado principalmente para as intoxicações por mercúrio (ocasionalmente usado também para intoxicações por chumbo, cádmio e arsênio);
→ Ilegal nos EUA;
→ Administração via oral ou intramuscular;
→ 80% sofre oxidação em 15 minutos, e apenas 12% é encontrado no sangue sob a forma original; 
→ Eliminado por via renal sob a forma de di-sulfitos; 
→ Efeitos adversos: desconforto gastrointestinal, reações cutâneas e neutropenia;
→ Possui vantagem sobre o DMSA pois não promove a redistribuição do metal para o cérebro; 
D-Penicilamina
→ Aminoácido sulfídrico obtido de um produto de degradação da penicilina; 
→ Usada para diversas intoxicações como cobre, mercúrio, chumbo e ferro.
→ O isômero D é um agente quelante, enquanto que o isômero L causa neurite ótica;
→ É administrado oralmente, com absorção média de 50% no TGI, atingindo concentração plasmática máxima entre uma a três horas após a administração;
→ Alimentos, antiácidos e ferro diminuem sua absorção; 
→ Pode ser administrado por via intravenosa; 
→ Eliminado por via renal na forma de dissulfuretos; 
→ Efeitos adversos: trombocitipenia, leucocitopenia, anorexia, náuseas, vômitos, distúrbios no TGI, alopecia e proteinúria;
→ Contraindicada em pacientes alérgicos a penicilina e em doentes com insuficiência renal; 
DMSA
→ Ácido meso-2,3-dimercaptossuccínico; 
→ Por ser um agente de natureza hidrofílica, pode ser administrado via oral, apresentando alta absorção no TGI;
→ Usado para intoxicações por: arsênio, chumbo e mercúrio;
→ Possui uma janela terapêutica “larga”, sendo considerado menos tóxico; 
→ Possui desvantagens como distribuição extracelular e incapacidade de diminuir a neurotoxicidade do mercúrio;
→ Reações adversas: desconforto TGI, neutropenia levem erupções cutâneas e sintomas gripais; 
 Desferroxamina (DFO)
→ Ácido trihidroxâmico;
→ Usado para intoxicações por ferro e alumínio;
→ Apresenta um tempo de meia vida relativamente curto no plasma (5-10 minutos); 
→ Deve ser administrado pela via parentérica (via subcutânea ou intravenosa); 
→ É incapaz de se ligar ao ferro da transferina e da hemoglobina, mas pode quelatar tanto o ferro livre, como o ferro ligado à ferritina e hemossiderina; 
→ Ao contrário do EDTA, cobre toda a superfície do ferro, formando um complexo estável que impede a reação entre biomoléculas e o metal, o que pode causar a formação de radicais livres; 
→ Efeitos secundários: infecções agudas, complicações pulmonares, toxicidade ocular e auditiva, náuseas, vômitos, trombocitopenia, diarreia, febre, câimbras nas pernas e taquicardia; 
• PRINCIPAIS METAIS PESADOS 
CHUMBO
→ Fonte de contaminação: gráficas, cerâmica, pigmentos, tintas, vernizes, esmaltes, fabricação de vidros e cristais, fabricação e reforma de baterias elétricas, funilaria de automóveis... 
→ Manifestação clínica: saturnismo: dor abdominal, letargia, anemia, “linhas negro-azuladas” na borda gengival dos dentes, disfunção cognitiva, anemia, retardos motores da condução nervosa, depressão, perda da memória de curto prazo, perda de libido...
MERCÚRIO
→ Fonte de contaminação: indústria química, de equipamentos elétricos e automóveis, termômetros, amálgamas dentárias, baterias, incineração de lixo...
→ Manifestação clínica: “eretismo mercurial” (excitabilidade, perda da memória, insônia, timidez e delirium [louco como um chapeleiro]), distúrbios de velocidade motora, acuidado visual, memória visual e verbal...
ARSÊNIO
→ Fonte de contaminação: fundição e indústria microeletrônica, produtos para conservação de madeira, pesticidas, herbicidas, fungicidas, contaminante de reservatórios de águas profundas, remédios caseiros, carvão, incineração de tal produto...
→ Manifestação clínica: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, delirium, coma, convulsões, odor de alho no ar exalado, hiperceratose, linhas de mees (estrias brancas transversais nas unhas), fraqueza distal, sinal radiopaco nas radiografias de abdome... 
CÁDMIO
→ Fonte de contaminação: indústria de galvanização de metais, pigmentos, fundições, baterias, plástico, tabaco, grãos e cereais em excesso...
→ Manifestação clínica: dor torácica, dispneia, cianose, taquicardia, náusea, edema pulmonar, vômitos, cólicas, dor óssea, fraturas com osteomalácia...

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