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MF – 1E/2014@ AMB Mecânica dos Fluidos Nota 04 – Parte 01 Perda de Carga – ATRITO Nesta seção veremos a perda de carga devido, especificamente, ao atrito. 2 Breve discussão sobre Escoamento • Laminar (Laminar Flow) → escoamento altamente organizado onde as moléculas do fluido seguem umas às outras em um deslocamento suave. • Turbulento (Turbulent Flow) → escoamento desordenado onde a posição das moléculas é de difícil previsão. O escoamento tem um comportamento caótico. • TUBOS ► Regime LAMINAR → Re = 2300; ► TRANSIÇÃO → Re> 2300 até Re = 10000 (regiões laminar ou turbulentas). ► Regime TURBULENTO → Re > 10000 3 Motivação: Laminar x Turbulento - Atrito?!? 4 Perda de Carga • Perda de Carga → alteração de pressão no sistema. • Perda de Carga → cisalhamento na parede em um escoamento totalmente desenvolvido, estando relacionado ao fator de atrito, pode ser obtido pela equação de Darcy-Weisbach • Partindo da equação de perda de carga da última aula: p z⋅ v2 2⋅g =h perda 5 Perda de Carga • Perda de carga pode ser dividida em: h perda=hatritohsingularidade A perda de carga total é considerada a soma da perda de carga menores causadas (1) por fator de atrito no escoamento e (2) por perdas localizadas (ou singularidades) como entradas, acessórios, variação de área... A perda de carga pode ser e n t e n d i d a c o m o a conversão da Energia Mecânica em Energia Térmica por efeitos de atrito. 6 Perda de Carga - Atrito • Perdas por Atrito → ou perdas distribuídas, hAtrito ou hf. ♦ Escoamento Laminar → a queda de pressão é calculada analiticamente para escoamento desenvolvido em tubo horizontal: hAtrito= 64Re ⋅ LD v2 2 ⇒ hAtrito= 64 Re Resultados experimentais confirmam que o fator de atrito é uma função apenas do Re em escoamento laminar. 7 Perda de Carga - Atrito ♦ Escoamento Turbulento → a queda de pressão não pode ser calculada analiticamente ♦ Recorre-se a resultados experimentais: hAtrito= f⋅ L D v2 2⋅g f → é um parâmetro adimensional conhecido como fator de atrito de Darcy, em homenagem a Henry Darcy (1803-1858), engenheiro cujos experimentos com tubos demostraram pela primeira vez os efeitos da rugosidade sobre o atrito. Equação de Darcy-Weisbach válida para escoamento em dutos de qualquer seção transversal. 8 Perda de Carga – Fator de Atrito • Dados experimentais que relacionam o fator de atrito ao número de Reynolds foram obtidos para escoamentos totalmente desenvolvidos em tubos sobre uma ampla faixa de rugosidades nas paredes. • Diagrama de Moody ♦ Para uma determinada rugosidade de parede, medida pela rugosidade relativa (e/D), há um valor grande de Re acima do qual, o fator de atrito é constante, definindo-se assim o regime completamente turbulento. ♦ Para os valores de e/D menores, observa-se que, conforme Re decresce, o fator de atrito aumenta na zona de transição e torna-se o mesmo que um tubo liso. ♦ Fator de atrito do escoamento laminar é apresentado para Re menores que 2000. ♦ Valores da rugosidade (e) são para tubos novos. Com a idade, um tubo corrói-se e fica desgastado, alterando-se tanto a sua rugosidade, quanto o seu diâmetro, resultando no aumento do fator de atrito. 9 Diagrama de Moody 10 Perda de Carga – Fator de Atrito • fator de atrito (f) → depende do regime de escoamento e da rugosidade relativa [rugosidade (e) dividido pelo diâmetro] Rugosidade Relativa= e D 11 Perda de Carga – Fator de Atrito • outra forma de encontrar o fator de atrito, caso não seja possível utilizar o diagrama de Moody, é recorrer as expressões para ajustes experimentais: 1 f =−2,0⋅log e /D3,7 2,15Re⋅ f 1 f =−1,8⋅log 6,9Re e /D3,7 1,11 Equação de Colebrook, combinando as relações para parede lisa e escoamento rugoso (Re > 2300) Equação de Haaland → apresenta variação de 2% da equação de Colebrook. Essa tolerância é aceitável em cálculos de engenharia. Usaremos Haaland para o desenvolvimen to dos nossos cálculos 12 Exemplo 01 Água a 23,3 oC é transportada por 457,2m em tubo de ferro forjado, horizontal, com diâmetro de 0,0381m a uma vazão de 2,83 10- 3 m3/s. Calcule a queda de pressão sobre o comprimento do tubo, usando (a) o diagrama de Moody e (b) o método alternativo. Sabemos que: ► Dados: Equação Básica: p1 ⋅g α1 v1 2 2⋅g z1= p2 ⋅g α2 v2 2 2⋅g z2h perdas h perdas=h f ρágua=997,34kg /m 3 D=constantev=cte tubohorizontal⇒ z1=z2 água=9,347⋅10 −7m2/ s T=23,30C L=457,2m Fe forjado D=0,0381m Q=2,83⋅10−3m3/ s 13 Exemplo 01 • aplicando as simplificações mencionadas acima: • obtendo a velocidade e Re: p1 ⋅g − p2 ⋅g =h perdas⇒ p1− p2 ⋅g = f⋅L D ⋅ v2 2⋅g ⇒ p1− p2= f⋅ L D ⋅ v2 2⋅g ⋅⋅g v= Q A ⇒v= Q r2 ⇒v= Q D2 2 ⇒v= 4⋅Q ⋅D2 ⇒v= 4⋅2,83⋅10−3 ⋅0,0381 2 ⇒v=2,48m /s Re=v⋅D ⇒Re= 2,48⋅0,0381 9,347⋅10−7 ⇒Re=1,02⋅105 Turbulento e D =0,046⋅10 −3 0,0381 =0,001207 14 Exemplo 01 • Utilizando o diagrama de Moody, vemos que o fator de atrito é aproximadamente f = 0,02. 15 Exemplo 01 • Tomando a equação de Haaland: 1 f =−1,8⋅log 6,9Re e/D3,7 1,11 1 f =−1,8⋅log 6,91,02⋅105 0,0012073,7 1,11⇒ 1 f =−1,8⋅log0,0002234 ⇒ ⇒ 1 f =−1,8⋅−3,6508770 ⇒ 1 f =6,572⇒ 1 6,572 = f ⇒ ⇒ f =0,1521704 2⇒ f =0,02316 16 Exemplo 01 • Retornando a equação (1) da pressão: p1− p2= f⋅ L D ⋅ v2 2⋅g ⋅⋅g⇒ p1− p2= f⋅ L D ⋅ v2⋅ 2 ⇒ ⇒ p1− p2=0,023⋅ 457,2 0,0381 ⋅2,48 2⋅997,34 2 ⇒ ⇒ p1− p2=846.497,5 Pa Referências • Fox, R. W. e Mc Donald, A. T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, 5⁰ Ed, Guanabara, 2005. • Munson, Y & Okiishi, Fundamentos da Mecânica dos Fluidos, 2⁰ Ed, Ed. Edgard Blucher, 1997. • White, F. M., Mecânica dos Fluidos. São Paulo, 4⁰ Ed, Mc Graw Hill, 2002. Blue Bubbles Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16
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