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Apostila Plantas forrageiras

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01. BOTÂNICA DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS 
 
GRAMÍNEAS 
Descrição 
As gramíneas são na maioria anuais ou perenes. Quase todas são herbáceas. As gramíneas são 
monocotiledôneas, e as leguminosas são dicotiledôneas. A distinção entre os dois grupos é baseada na 
estrutura do embrião. O eixo principal do embrião possui estruturas laterais chamadas cotilédones ou 
folhas da semente; as monocotiledôneas têm somente um cotilédone, enquanto as dicotiledôneas têm 
dois. 
Em tamanho, as gramíneas variam de alguns centímetros até 20 m ou mais de altura. Bambú alcança a 
maior altura; milho, cana-de-açúcar e sorgo são também representantes das espécies de porte elevado. 
Os órgãos das gramíneas são os caules, raízes e folhas. Modificação do caule e folha constituem as 
inflorescências e frutos. 
 
Morfologia 
Folhas: as folhas nascem no caule, alternadamente em duas fileiras, uma em cada nó. A folha consiste 
da bainha, lâmina e lígula. 
A bainha abraça o colmo acima do nó. As margens da bainha geralmente são sobrepostas (abertas) 
embora elas algumas vezes sejam unidas (fechadas) em um cilindro incompleto em todo comprimento 
até a lâmina. 
As lâminas são paralelinervas e tipicamente achatadas, estreitas e sésseis. Algumas gramíneas têm 
aurículas que se projetam dos cantos da folha na junção com a bainha e lâmina. A lígula é o apêndice 
que abraça o colmo onde a bainha e a lâmina se unem. A lígula pode ser uma membrana, uma franja de 
pelos ou de anel endurecido. O colar é a região de junção da bainha e lâmina. 
Colmos: o colmo da gramínea é dividido distintamente em nó e entrenó. O entrenó pode ser fistulado, 
esponjoso, ou sólido. O nó ou junta é sempre sólido. As folhas têm suas conecções vasculares com o 
colmo no nó. Gemas laterais aprecem nas axilas das folhas. Estas gemas podem se tornar ramos 
vegetativos do colmo ou afilhos reprodutivos. 
As células do meristema do nó permanecem meristemáticos até quase a maturidade completa. 
Além dos colmos verticais e reprodutivos, muitas gramíneas têm colmos subterrâneos horizontais 
chamados de Rizomas, como é o caso da grama-bermuda, capim-napier, etc. O rizoma é na maioria das 
vezes um órgão de perenicidade da espécie. 
Colmos rastejantes acima do solo são chamados de estolões. Estolões se parecem com rizomas porque 
eles também têm nós, entre-nós e, meristemas nos nós de onde estruturas secundárias se elevam. Como 
exemplo, a grama-bermuda, a Brachiaria humidicola, o capim-pangola, etc. 
Raízes: gramíneas tem sistema radicular fasciculado. A raiz primária pode persistir por somente um curto 
período de tempo após germinação, como é o milho. Um sistema radicular secundário aparece logo nos 
nós inferiores do colmo jovem e compreende a maior parte do sistema radicular permanente. Raízes 
secundárias algumas vezes aparecem nos nós acima do solo, como é o caso do milho ou nos nós dos 
caules rastejantes. 
Inflorescência: a unidade de inflorescência da gramínea é a espigueta. As espiguetas estão geralmente 
em grupos, os quais constituem as inflorescências. Há vários tipos. O mais simples é o rácemo, no qual 
as espiguetas nascem ao longo de eixo não ramificado. Um rácemo típico em gramíneas é raro. A espiga 
difere do rácemo pelo fato de ter espiguetas sésseis. A panícula é o tipo mais comum de inflorescência. 
Neste caso as espiguetas são pediceladas em uma inflorescência ramificada. A panícula pode ser aberta, 
difusa, ou contraída. Ex.: capim-colonião e capim-gordura. 
Especialização geralmente acontece na espigueta, a qual tem um número variável de flores, variando de 
uma para muitas dependendo da espécie. O eixo da espigueta é a ráquila. Na base da espigueta duas 
glumas ou brácteas são presas em lados opostos da ráquila. Estas contem as flores da espigueta. 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
Prof. João Carlos de Carvalho Almeida 
2
Flores: as gramíneas têm flor incompleta, isto é: faltam o cálice e a corola. Uma flor (flósculo) 
hermafrodita possui dois verticilos de proteção (brácteas). O mais largo e externo é chamado de pálea; o 
menor e interno é a lema, o qual se encaixa geralmente dentro da pálea. Os estames variam de um a 
vários, mas três é o número mais freqüente. Cada estame se constitui em filete e antera e os dois 
formam o Androceu. 
O Gineceu tem somente um ovário unicelular com um só óvulo (uniovular); um estilete e dois ou três 
estigmas plumosos. 
Um possível perianto é formado de duas ou três escamas chamadas de lodículas, localizadas dentro da 
lema na base da flor. Estas lodículas ajudam a forçar a abertura da lema e pálea na ocasião da antese e 
desta forma ajudar a polinização. 
Tipicamente as gramíneas são adaptadas a polinização cruzada, pelo vento, Mas muitas espécies são 
cleistógamas, isto é, se autopolinizam antes da abertura da inflorescência. 
Fruto ou Cariopse: o fruto da gramínea é a cariopse. A semente única cresce rapidamente até a parede 
do ovário, formando um grão. O pericarpo é a parede celular modificada, enquanto a semente é o óvulo 
desenvolvido. A cariopse pode estar livre da lema e da pálea como é o caso do trigo. 
A cariopse pode se avolumar durante o amadurecimento e sair das glumas, lema e pálea como no caso 
do milho. 
O pericarpo se adere a semente e se parece então com os envoltórios da semente. O envoltório da 
semente (testa), no entanto, é uma estrutura ovular enquanto que o pericarpo é a parede do ovário 
modificada. O pericarpo protege a semente contra perda de umidade, ataque de microorganismos e 
injúrias de fungicidas e inseticidas. 
O embrião está colocado no lado da cariopse próximo a lema e pode ser facilmente visto como uma 
depressão oval. Parte da cariopse que não é ocupada pelo embrião é o endosperma o qual tem a função 
de armazenar reservas. O embrião consiste da plúmula, radícula e escutelo. Seguindo a germinação, a 
plúmula se desenvolve na parte aérea da planta. A radícula se desenvolve no sistema radicular primário, 
o qual suporta a plântula e absorve água. Durante a germinação o escutelo ou cotilédone secreta de sua 
camada externa certas enzimas que dissolvem as reservas armazenadas no endosperma. Isto torna 
possível o movimento de metabólitos entre a plúmula e a radícula. 
 
LEGUMINOSAS 
Descrição 
O nome da família, Leguminosae, é derivado do termo “legume”, o qual é o nome do tipo de fruto 
(vagem) característico desta família. Um legume é um fruto monocarpelar que contem somente uma 
fileira de sementes e apresenta deiscência ao largo de ambas suturas. 
Leguminosas são dicotiledôneas. Podendo ser anuais, bianuais ou perenes. 
São plantas que apresentam como primeiro produto estável da redução de CO2 na fotossíntese, um 
composto de 3 carbonos. Apresentam também, um menor ponto de saturação luminosa, ou seja, 
suportam temperaturas menos elevadas. 
 
Morfologia 
Folhas: em algumas espécies as folhas podem ser simples, mas geralmente compostas, e em um grande 
número de espécies, incluindo a maioria das leguminosas cultivadas, tem folhas trifoliadas. 
Em outras espécies as folhas são paripenadas (terminando em um par de folíolos) ou imparipenadas 
(terminando em um só folíolo). Existe freqüentemente um par de estípulas na base do pecíolo da planta, 
o qual em algumas espécies são fundidos com a porção basal do pecíolo. Os folíolos podem ser sésseis 
ou terem peciólulos os quais podem ter estípulas, geralmente pequenas e muito estreitas na sua base. 
Caule: o caule das leguminosas varia grandemente em diferentes espécies em comprimento, tamanho, 
ramificação. Podem ser aéreos, prostados, trepadores, herbáceos ou lenhosos. Há também caules 
subterrâneos (rizomas) e caules estoloníferos. 
Raiz: a raiz é axial ou pivotante que persiste ao longo da vida da planta. 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
Prof. João Carlos de Carvalho Almeida 
3
Pode haver também raízes secundárias. Quase todas apresentamuma associação com bactérias 
(Rhyzobium) fixadoras de nitrogênio. 
Inflorescência: as flores são arranjadas em geral em rácemos, podendo ocorrer outras formas. 
Flores: as flores das Papilionoideae são irregulares ou zigomorfas, isto é, só admitem um plano de 
simetria. A flor consiste de cálice, corola, estames e pistilo. O cálice tem cinco sépalas unidas na parte 
inferior. A corola consiste de cinco pétalas livres. A superior chamada estandarte é geralmente mais larga 
do que as outras. As duas pétalas laterais são chamadas de asas. As inferiores se fundem formando o 
que se chama de quilha, sendo que estas podem ser fundidas na ponta e geralmente abraçam os 
estames e o pistilo. 
Geralmente existem dez estames unidos pelos filetes e circundam o pistilo e são contidos na quilha; o 
estame superior é geralmente livre. O pistilo tem um ovário (futura vagem), o estilete e o estigma. 
Fruto: característico da espécie chamado de legume, que é seco e deiscente. Outros tipos que ocorrem 
são: o lomento (Desmodium), e o aquênio (Stylosantes). 
O fruto pode conter de uma a várias sementes. A semente é geralmente sem endosperma na 
maturidade. Na semente da leguminosa as reservas estão nos dois cotilédones. O hilo é a cicatriz de 
onde a semente estava presa à vagem. 
O eixo do embrião está numa extremidade e nos bordos dos cotilédones e consiste da plúmula e radícula. 
Cada semente tem uma testa ou envoltório. 
 
 
 
 
02. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS BRAQUIÁRIAS 
Brachiaria brizantha (Hochst. Ex A. Rich) 
Perene, crescimento entouceirado, com colmos eretos e suberetos de até 1 m. Folhas glabras ou pilosas, 
lineares ou lanceolada-linear, com 5 a 40 cm comprimento e 6 a 15 mm de largura. Panícula de 2 a 8 
rácemos os quais possuem de 5 a 15 cm de comprimento com ráquis estreito. Espiguetas de 4 a 6 mm 
de comprimento, glabra com alguns pelos junto da ponta, em duas fileiras que se parecem com uma. 
Gluma inferior largamente ovada e abraçando a espigueta até a metade de seu comprimento. Flósculo 
fértil de 4 a 5 mm de comprimento com a ponta curta e rombuda. 
Brachiaria decumbens STAPF. 
Perene com colmos reprodutivos de 30 a 60 cm, às vezes até 100 cm, ascendente de proposta, 
freqüentemente longo, base do caule com muitos nós que se enraízam nos nós. Folhas pilosas, 
lanceoladas, 4 a 14 cm comprimento com 8 a 12 mm de largura. Panícula com 2 a 5 rácemos suberetos; 
rácemos com 2 a 5 cm de comprimento com ráquis chato. Espiguetas pilosas, 4 a 5 cm de comprimento; 
gluma inferior com 1/3 a ½ do comprimento da espigueta. Floreta fértil com 3,5 a 4 cm. 
Brachiaria humidicola 
Perene com calmos reprodutivos de até 50 cm e numerosos estolões formando uma cobertura densa. 
Folhas lanceoladas, geralmente glabras e “quebradiças”. Panícula de 3-5 rácemos 2 a 5 cm. Espigueta 
com 5 cm, ligeiramente pilosa. Gluma inferior tão longa quanto a espigueta. Floreta fértil com 4 cm. 
Brachiaria mutica- B. purpurascens (ANGOLA) 
Perene, com colmos florais de 1 a 2 m, ascendente de perfilhos longos e prostados com muitos nós e 
com enraizamento abundante. 
Folhas glabras, ou ligeiramente pilosas, lanceoladas, 10 a 30 cm de comprimento por 8 a 20 mm de 
largura. Panícula com 10 a 20 rácemos solteiros ou em par e ocasionalmente ramificados. Espiguetas 3 a 
4 mm, glabrosa, em duas fileiras e se uma é séssil a outra é pedicelada parecendo 4 fileiras. Gluma 
inferior cerca de 1/3 para ½ do comprimento da espigueta. Floreta fértil com 3 mm, amarelo palha 
quando madura. 
Brachiaria plantaginea 
O aluno deverá consultar o livro “Manual de gramíneas e leguminosas para pastos 
tropicais” de José Mitidieri, para complementar este tópico. 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
Prof. João Carlos de Carvalho Almeida 
4
Anual, com colmos de até 1 m, freqüentemente ramificados, geralmente decumbentes e enraizado nos 
nós inferiores. Folhas glabras, lanceoladas, 5 a 25 cm por 8 a 15 mm. Panícula de 3 a 11 rácemos, sendo 
os inferiores 6 a 10 cm de comprimento. Espiguetas 5 mm, glabrosa. A gluma inferior abraça a espigueta 
e é de certa forma distante do resto da espigueta. 
 
Brachiaria radicans 
Perene. Colmos com até 120 cm, geralmente ascendente de uma base longa e rasteira. folha lanceolada, 
cordada na base, 7 a 16 cm por 7 a 14 mm. Panícula de 6 a 9 rácemos solitários, o inferior com 4 a 6 
cm. Espigueta subséssil, ovada, 3,5 mm, em duas fileiras distintas. 
Brachiaria ruziziensis 
Perene, com colmos florais até 1m, originando de perfilhos rasteiros com muitos nós os finais formam 
uma densa cobertura. Folhas pilosas, lanceoladas, 10 a 25 cm por 10 a 15 mm, panícula de 3 a 6 cm com 
um ráquis achatado com 3 a 5 mm de largura; os rácemos inferiores são 6 a 10 cm de comprimento. 
Espiguetas pilosas, 5 mm de comprimento. Gluma inferior com 3 mm, saindo abaixo da espigueta e 
abraçando-a inteiramente. 
 
03. CHAVE ANALÍTICA DICOTÔMICA PARA DETERMINAÇÃO DAS ESPÉCIES DE Brachiaria MAIS COMUNS 
A chave apresentada abaixo foi proposta por SENDULSKY (1977), e mostra as dez espécies encontradas 
com maior freqüência em nosso País: 
 
1. Inflorescência em racemosa, planta de 0,3 a 2,0m de comprimento-------------------------------------2 
inflorescência em panícula, planta de até 6m ou mais de comprimento. 
Brachiaria purpurascens (B. mutica) 
 
2. Ráquis de 1mm de largura---------------------------------------------------------------------------------------3 
Ráquis com mais de 1mm de largura -------------------------------------------------------------------------5 
3. Racemos 2 a 12, longos, de até 10 a 20cm de comprimento. Primeira gluma com 1/3 do comprimento 
da espigueta. Espigueta geralmente unisseriadas ao longo da ráquis. 
Brachiaria brizantha. 
 
Racemos 3 a 4, curtos, com 4 a 6cm de comprimento, primeira gluma com o comprimento da 
espigueta, apresenta nervuras longitudinais, numerosas e paralelas. Espiguetas geralmente 
bisseriadas ao longo da ráquis----------------------------------------------------------------------------------4 
4. Espiguetas de até 7 mm de comprimento, de alongado. Na junção da lâmina foliar com bainha, na 
parte exterior, há uma nítida saliência em forma de cordão ondulado, por onde as folhas velhas se 
destacam. Bordo serrilhado em toda extensão. 
Brachiaria dictyoneura, 
 
Espiguetas até 5 mm de comprimento de contorno arredondado. Na junção da lâmina foliar com a 
bainha, na parte exterior, não há saliência em forma de cordão ondulado. Bordo serrilhado apenas no 
terço final. 
Brachiaria humidicola. 
 
5. Ráquis de 4 mm de largura. As densas nervuras da ráquis formam um desenho listrado. Cor das folhas 
verdes amareladas. 
 
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5
Brachiaria ruziziensis 
 
Ráquis de 1,5 a 2,5 mm de largura ---------------------------------------------------------------------------6 
6. Folhas linear lanceoladas, glabras ou com pilosidade esparsa, de cor verde. Não têm aspecto suculento 
e a base não é cordiforme ------------------------------------------------------------------------------------7 
Folhas lanceoladas, glabras brilhantes, de aspecto suculento, cor verde escura e com base cordiforme. 
Brachiaria radicans 
 
7. Espiguetas glabras -----------------------------------------------------------------------------------------------8 
Espiguetas com pelos na parte apical ------------------------------------------------------------------------9 
8. A segunda gluma e lema estéril ultrapassam em comprimento o lema fértil e apresentam nervuras 
transversais. 
Brachiaria extensa 
 
A segunda gluma e lema estéril são do comprimento do lema fértil, e não apresentam nervuras 
transversais. 
Brachiaria plantaginea 
 
9. Folhas macias e felpudas, planta de 30 a 60 cm de altura, decumbente, rasteira, radicantenos nós, 
não produzindo sementes em quantidade satisfatória para formação da pastagem. 
Brachiaria decumbens (IPEAN). 
 
Folhas rígidas esparsamente pilosas. Planta com 1 m de altura, nós inferiores pouco radicante e com 
grande produção de sementes para formação de pastagem. 
Brachiaria decumbens (Austrália) 
 
CARACTERÍSTICAS DE UMA BOA FORRAGEIRA 
Potencial de rebrota; 
Alta relação folha/haste; 
Bom crescimento durante o ano todo; 
Ser perene; 
Facilidade em se estabelecer e dominar; 
Produzir sementes férteis em abundância e de fácil colheita; 
Boa palatabilidade.; 
Resistência às pragas e doenças 
Resistência a extremos climáticos; 
Resistência ao fogo e a abalos mecânicos; 
Alto valor nutritivo. 
 
COMPLETE OS CAMPOS ABAIXO 
 
Nome Comum: capim-gordura 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
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6
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-tanzânia 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:_________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-mombaça 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:_________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-setária 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-marandú 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
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7
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-braquiária 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-gamba 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-elefante 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
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8
 
Nome Comum: capim-jaraguá 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: capim-de-rhodes 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: alfafa 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: estilosantes 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
Prof. João Carlos de Carvalho Almeida 
9
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: kudzú tropical 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: leucena 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: feijão guandú 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: mucuna preta 
Nome Científico:____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
 
IZ-115 Plantas Forrageiras 
Prof. João Carlos de Carvalho Almeida 
10
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:_________________________________________________________ 
Produção de semente:_______________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:_________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: feijão de porco 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:_________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: amendoim forrageiro 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: calopogônio 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: siratro 
 
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Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:_________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
Nome Comum: soja perene 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
Nome Comum: macrotiloma 
Nome Científico:_____________________________________________________________________ 
Propagação:________________________________________________________________________ 
Exigência em fertilidade:______________________________________________________________ 
Tolerância à seca:___________________________________________________________________ 
Melhor uso:________________________________________________________________________ 
Tolerância ao encharcamento:__________________________________________________________ 
Produção de semente:________________________________________________________________ 
Resistência ao fogo:__________________________________________________________________ 
Resistência às pragas e doenças:_______________________________________________________ 
 
 
 
 
Quadro 1. Número de entre-nós e altura dos meristemas apicais de três gramíneas 
Altura do Meristema Apical (cm) Número de Entre-Nós Dias 
Jaraguá Colonião Gordura Jaraguá Colonião Gordura 
21 1,4 4,0 13,4 0,0 0,7 3,5 
35 2,4 11,3 30,5 0,3 2,0 6,8 
49 7,1 27,8 33,1 0,5 2,9 7,7 
63 18,0 44,1 42,9 0,6 3,0 11,0 
Fonte: NASCIMENTO (1977) 
O aluno deverá consultar o livro “Plantas Forrageiras: Gramíneas e Leguminosas” de Paulo 
Bardauil Alcântara e Gilberto Bufarah, para complementar este tópico. 
 
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QUADRO 2. Desenvolvimento da aveia forrageira 
Idade Perfilho Folhas Interceptação de luz Produção de MS 
(dias) (nº/planta) (nº/perfilho) (%) (kg/ha) 
14 0 2 4 34 
28 3 3 9 358 
42 6 3 26 1.085 
70 9 4 47 2.624 
98 9 4 87 6.759 
112 9 5 92 9.418 
126 9 5 92 11.205 
140 9 3 78 10.778 
Fonte: VILELA (1975) 
 
04. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA MANEJO DE PASTAGENS 
Desfoliação e ponto de crescimento 
Para melhor atender aos princípios que regem o manejo das pastagens, é conveniente recordar que uma 
planta é considerada boa forrageira quando é capaz de rebrotar após a remoção de sua parte aérea (seja 
mecanicamente ou pelo animal que a pasteja) e quanto mais depressa o fizer, melhor característica 
forrageira possui. São muito raras as plantas consideradas forrageiras que não possuem a característica 
de rebrota após o corte. 
É conceito já estabelecido que, quanto maior for a proporção de folhas remanescentes após o corte ou 
pastejo, mais rapidamente a planta conseguirá recuperar-se, visto que a fotossíntese é capaz de produzir 
os compostos orgânicos que constituem a base do crescimento. No entanto, é bom lembrar que parte 
das vezes somente a boa proporção de folhas não é suficiente, visto que as que permanecem são 
justamente as folhas menos tenras e por isto menos eficientes no processo fotossintético. 
No meio técnico-científico, o remanescente das folhas expressa-se através do Índice de Área Foliar (IAF), 
que nada mais é do que a área total das folhas que vegetam numa área determinada de solo. Esta 
característica, como se pode supor, é difícil de medir, ainda mais na área de produção. Desta forma, 
dependendo do hábito das plantas, a altura do pasto seria um indicador das condições de folhas 
remanescentes e, conseqüentemente, um sinal de probabilidade da rápida recuperação do pasto após o 
pastejo. 
Não obstante a função das folhas remanescentes ser considerada importante, entende-se que muito mais 
importante é a formação de novas folhas que são, sem dúvida, muito mais eficientes no processo 
fotossintético, responsável pelo crescimento e acúmulo de compostos orgânicos na planta. Deste modo, a 
não remoção do meristema apical (ponto de crescimento), tem muito mais importância, pois é a partir 
deste meristema que tem origem a regeneração foliar. Portanto, quanto maior for a remoção destes 
pontos de crescimento, tanto mais lentamente conseguirá a pastagem sua recuperação para novo 
pastejo. 
Assim, surge na prática um modo de garantir a boa rebrota do pasto, não permitindo que os animais 
rebaixem demasiado a pastagem, a ponto de removerem grande parte dos meristemas apicais. 
Controlando a altura de pastejo está garantido-se a boa rebrota e muitas vezes até a própria 
sobrevivência da pastagem. Certamente que a altura de pastejo é diferente para cada capim, pois 
depende de suas características especiais. Plantas de crescimento ereto, como o capim-gordura, capim-
buffel, etc, não podem ser pastejadas muito baixas, pois a proporção de pontos de crescimento eliminada 
é muito grande, prejudicando a rebrota. Já as plantas de crescimento decumbente (prostrado), como 
algumas braquiárias, suportam melhor o pastejo mais baixo sem sofrer graves conseqüências na rebrota 
e mesmo na sua permanência na pastagem. Quanto mais intensa for a desfoliação que retira pontos de 
crescimento, mais a planta depende de outros mecanismos para rebrotar e crescer, pelo menos 
inicialmente, o que provoca o seu enfraquecimento e virtual desaparecimento. 
 
Reservas de carboidratos 
As forragens, ao logo do seu ciclo de vida, acumulam carboidratos não estruturais, principalmente nas 
raízes e nas partes mais baixas do caule. Estas reservas são utilizadas para a sobrevivênciada planta sob 
 
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diversas condições quando não seja possível a fotossíntese por parte das folhas verdes. Assim, quando a 
forrageira é cortada, removendo a maior parte das folhas, ou às vezes a totalidade, a rebrota e o 
crescimento inicial dão-se às expensas dos carboidratos de reserva. 
Esta característica garante a sobrevivência da planta, mesmo quando o desfolhamento é drástico. No 
entanto, não é difícil concluir que, quando o desfolhamento é drástico e freqüente, a diminuição das 
reservas de carboidratos é intensa, comprometendo a permanência da planta na pastagem. Em casos 
extremos, como o uso de lotações elevadas, as pastagens diminuem pelo pouco vigor das plantas e 
mesmo pelo seu desaparecimento. Estes carboidratos constituem como que um excesso do que é 
produzido e consumido pela planta nos vários processos biológicos conhecidos, ao longo do ciclo 
vegetativo da planta. 
É fácil então prever que será necessário um determinado tempo para que a planta tenha oportunidade de 
refazer estas reservas. De tal maneira, o “tempo de descanso” de uma pastagem, após o pastejo, é fator 
muito importante ao estabelecer-se um sistema de manejo de pastagens. Naturalmente que, conforme a 
espécie e suas características particulares, o tempo de descanso é variável, devendo dar-se a cada 
pastagem o período suficiente para que as forrageiras que a compõem se refaçam do desfolhamento e 
iniciem a recuperação das reservas para próximos pastejos. 
Igualmente importante é estar consciente de que durante determinadas épocas do ano, quando o clima 
apresenta temperaturas mais baixas e ausência ou deficiência de chuvas, a recuperação das forrageiras 
torna-se mais lenta, devendo-se dar mais tempo de descanso às pastagens. 
Na prática de produção, então, deve-se respeitar pelo menos estes dois conceitos: o de desfoliação e 
ponto de crescimento, traduzido em altura de pasto, e tempo de descanso, ambos, quando bem 
ponderados, serão capazes de oferecer informação suficiente e adequada para manejar racionalmente as 
pastagens. Este comportamento deve assegurar não somente o bom desempenho dos animais e da 
pastagem, como também a persistência dela, durante um período que permita o retorno econômico dos 
investimentos iniciais no estabelecimento de pastagens e da infra-estrutura indispensável ao seu bom 
manejo (cercas, aguadas, cochos de sal, etc). 
Chega-se assim à pergunta: 
Como manejar então cada pastagem? 
Esta pergunta somente pode ser respondida quando existe suficiente informação e, principalmente, 
informação regionalizada. Cada espécie comporta-se, em algum grau, diferentemente das outras e da 
mesma espécie, em regiões de economia diferente. 
Reações da pastagem ao corte 
Apesar de inúmeros experimentos, a resposta em termos de produtividade a diversas freqüências de 
corte não está perfeitamente esclarecida. No entanto, pode-se considerar comum obter uma 
produtividade anual mais elevada, quando se dá maior intervalo entre cortes. 
A desfoliação reduz o crescimento radicular, sendo o tamanho mais afetado que o número de raízes. A 
redução no crescimento radicular está positivamente relacionada com a freqüência de desfoliação e 
negativamente relacionada com a área foliar remanescente após a desfoliação. Nas leguminosas, os 
nódulos são os órgãos primeiramente afetados e reduzidos em seu crescimento pela desfoliação intensa, 
seguido pelo crescimento radicular, sendo o crescimento das folhas o menos afetado. 
 
QUADRO 3. Eficiência econômica de diferentes fontes de alimentos de ruminantes, medida como 
porcentagem do custo da pastagem 
Alimento Brasil1 N. Zelândia1 Holanda2 Canadá2 EUA2 
Pastagem 100 100 100 100 100 
Capineira 130 - - - - 
Feno alfafa - - 138 139 152 
Fenos geral 140-180 222 140 152 160 
Silagem -140-200 169-244 187 193 195 
For.desintegrada - - 294 281 320 
Grãos e concentrados 300-350 855-1.222 314 457 325 
Fonte: FREITAS et al. (1980); 2 WALTON (1983) 
 
 
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Área foliar como determinante do crescimento das pastagens 
O Índice da Área Foliar (IAF), que é a relação entre a área de folhagem e a superfície do solo que ocupa, 
tem sido usado para explicar a reação das plantas ao corte. Alguns técnicos têm postulado que o pastejo 
ou corte deveria fazer-se de forma a manter uma massa de forragem que intercepte 95-100% de luz 
solar que chega à superfície do solo, e que possua características que permitam uma máxima taxa de 
fotossíntese. No entanto, têm-se encontrado muitos fatores que dificultam a aplicação do conceito do IAF 
ótimo, na prática. 
Destaca-se o fato de que as áreas fotossintéticas da planta podem variar muito na eficiência, sendo as 
folhas mais velhas menos eficientes que as mais novas. A penetração de luz na pastagem varia de acordo 
com a distribuição espacial das folhas, sendo que a produtividade aumenta quando o ângulo de inserção 
das folhas superiores é menor do que os inferiores, encontrando-se as folhas bem espaçadas no caule. 
Por outro lado, o conceito de eficiência na utilização de luz não tem nenhuma relação nas condições em 
que o crescimento é limitado por falta de água ou nutrientes. 
IAF teto � é aquele em que as folhas de posição inferior morrem no mesmo ritmo em que novas são 
formadas. 
IAF Ótimo � é aquele próximo da quase completa interceptação da luz disponível, sendo variável com as 
espécies e variedades, em função das diferentes formas de crescimento. Além desse 
estágio, os aumentos na área foliar acentuam o efeito de sombra sobre as folhas de baixo, 
resultando em taxa de fotossíntese menor que a taxa respiratória. O balanço energético 
passa a ser negativo, abaixo do ponto de compensação (FS = RP), envolvendo toda a 
folhagem com iluminação insuficiente e podendo em casos extremos, promover a morte da 
planta, a não ser que esta perca alguma de suas partes parasitas. 
Hábito de Crescimento � espécies prostradas ou decumbentes são menos atingidas em sua área foliar 
pelo pastejo ou corte. Há sempre uma área foliar residual suficiente para rápida recuperação 
do relvado. 
 
Efeitos da desfoliação sobre a absorção de nutrientes 
É conhecido que o crescimento radicular cessa após uma severa desfoliação, durando de 6 a 8 dias. O 
consumo de minerais e água pela raiz também é grandemente reduzido. Alguns trabalhos têm mostrado 
que consumo de fósforo está fortemente relacionado com a taxa de crescimento radicular após uma 
desfoliação severa. 
Isto sugere uma maneira diferente pela qual os carboidratos não estruturais poderiam afetar o 
crescimento após a desfoliação. Como o consumo de água e nutrientes é um processo energético, um 
baixo conteúdo de carboidratos nas raízes poderia reduzir a absorção daqueles elementos essenciais para 
o crescimento. 
 
Seletividade 
Na pastagem, o animal dispõe geralmente de uma variedade de espécies de diferentes proporções de 
folhas, talos, inflorescências e sementes. O gado geralmente seleciona folhas em detrimento do talo, e 
folhas novas em preferência às velhas. A forragem selecionada é geralmente mais rica em proteína, 
fósforo e carboidratos solúveis, digestibilidade e energia bruta e mais pobre em lignina e carboidratos 
estruturais que a planta inteira. A seletividade, no entanto, não é, salvo exceções, uma conseqüência 
direta das diferenças químicas. A seleção de uma espécie ou parte da planta em detrimento de outras, 
depende da relativa palatabilidade, acessibilidade e disponibilidade da planta e seus componentes. 
À medida que a disponibilidade diminui, a seletividade também decresce e os animais têm de consumir a 
forragem menos apetecida. O animal adapta-se de tal forma que, embora continue procurando as 
espécies ou pastos preferidos em baixa disponibilidade, espécies ou pastos previamentenão preferidos 
começam a fazer parte importante da dieta. O tempo de pastejo e o número de bocadas aumentam à 
medida que o tamanho das bocadas diminui. Quando a pressão de pastejo aumenta, as diferenças em 
aceitabilidade reduzem-se. O aspecto físico (estrutura do extrato) da pastagem é importante no que se 
refere ao pastejo seletivo. 
Vários autores têm observado que a longitude das folhas tem influenciado o tempo de pastejo. Tem-se 
demonstrado a importância da densidade da pastagem, especialmente de folhas, no tempo de pastejo. 
 
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Em pastagens puras de leguminosas e gramíneas observou-se que uma baixa densidade pode impedir 
um consumo satisfatório, ainda que se observe uma aparente abundância de forragem. Isto é 
particularmente certo com as leguminosas tropicais. O pastejo seletivo muda a composição da pastagem, 
consumindo as fontes fotossintéticas mais ativas, isto é, folhas verdes e novas. Isto por sua vez influi na 
distribuição de luz através do extrato, particularmente nas pastagens tropicais, com efeitos 
concomitantes sobre a produtividade e composição botânica da pastagem. Se a carga animal é baixa, os 
animais podem pastejar seletivamente e neste sentido a pouca palatabilidade de muitas leguminosas 
tropicais, particularmente no período das águas, é de grande importância para a persistência das 
mesmas. 
STOBBS (1973) observou que a quantidade de MO/bocado depende da estrutura do relvado. 
Correlacionando-se positivamente com a porcentagem de folhas (0,63) e porcentagem de folhas nas 
camadas superiores (0,73). 
 
QUADRO 4. Composição botânica de amostras obtidas na fístula esofágica e de amostras cortadas 
em uma pastagem de B. decumbens 
Lotação Folha(%) Talo (%) Material morto (%) 
UA/ha Cortada Dieta Cortada Dieta Cortada Dieta 
1,0 28 76 37 10 33 12 
1,6 30 73 38 12 31 13 
2,4 24 68 32 15 42 16 
3,5 23 59 28 18 47 21 
 
Valor nutritivo 
Sempre que os minerais, vitaminas e água forem consumidos em quantidades satisfatórias, os bovinos 
em pastejo dependem da energia e proteína provida pela forragem. Como minerais e vitaminas podem 
ser adicionados em forma de suplemento, é comum considerar o valor nutritivo das forragens, em termos 
de consumo voluntário de matéria seca e digestibilidade da forragem, por unidade de alimento. Por 
consumo voluntário, entende-se a quantidade de matéria seca que o animal ingere, quando o alimento 
não é restringido. O termo palatabilidade tem um significado totalmente diferente, indicando o grau de 
preferência de um tipo de alimento em relação a outros. 
Conseqüentemente uma forragem pode ser menos palatável que outra, porém sem ser consumida em 
menor quantidade. Esta situação não é rara, quando se comparam gramíneas e leguminosas tropicais. As 
primeiras em geral são mais apetecidas que as segundas, quando uma pastagem consorciada é 
pastejada por bovinos. Porém, quando a forragem é ministrada em cochos, sem possibilidade de escolha, 
os animais consomem geralmente maior quantidade de leguminosas que de gramíneas. 
A digestibilidade é a porcentagem do alimento ingerido que não é excretado nas fezes, ou seja, que foi 
absorvido no trato digestivo. 
A avaliação do consumo e digestibilidade em condições similares às que se enfrentam na prática, seria a 
forma mais lógica de avaliação. No entanto, esta forma de avaliação apresenta uma série de dificuldades, 
o que levou os pesquisadores a desenvolver análises in vitro da digestibilidade das forragens. Porém, 
estas análises não permitem predizer com segurança a performance dos animais em pastejo. Esta 
dificuldade se deve ao fato das pastagens não ser homogêneas, no que se refere ao valor nutritivo. 
Geralmente são formadas por várias espécies de plantas forrageiras. Por outro lado, em uma planta 
observam-se diferenças no valor nutritivo entre partes da mesma (folha, talo, folhas novas, folhas secas, 
etc). O animal; em pastejo seleciona uma dieta com valor nutritivo superior ao valor da dieta oferecida. A 
importância do pastejo seletivo, como forma se aumentar o valor nutritivo da dieta, depende das 
diferenças em valor nutritivo na pastagem, da seletividade que o animal faz e da proporção de forragem 
oferecida que é consumida. 
Valor nutritivo é influenciado por: 
aceitabilidade; 
relação folha/haste; e 
composição química e digestibilidade. 
Consumo voluntário 
Salvo poucas espécies, o consumo voluntário de forragem diminui à medida que a pastagem amadurece. 
Alguns autores sugerem que o consumo voluntário de forragem é determinado principalmente pela taxa 
 
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de digestão no rúmen. O incremento na proporção de componentes estruturais e não estruturais, 
associado com a idade da forragem, provavelmente seja a causa da redução na taxa de digestão. Existe 
uma correlação significativa entre o consumo e a porcentagem de parede celular. Como geralmente 
observa-se um decréscimo no consumo com a idade da forragem, a comparação entre espécies ou 
variedades de pasto deve ser realizada em um estágio semelhante de maturação. Apesar do consumo de 
forragem geralmente estar regulado pela capacidade e taxa de digestão no rúmen. Quando a forragem 
não contém suficiente quantidade de N, o consumo é reduzido abaixo do potencial. O nível de proteína 
crítico na forragem está entre 6 e 8,5%. Valores inferiores a estes têm sido encontrados, com freqüência, 
em pastagens na época seca. 
A deficiência em N pode ser sanada por três vias: 
aplicando fertilizante nitrogenado na pastagem; 
introduzindo uma leguminosa; e, 
ministrando nitrogênio suplementar. 
A fertilização nitrogenada, aplicada na entrada do período seco, praticamente não modifica a 
digestibilidade da pastagem, mas tem aumentado o consumo entre 10 e 78%. Em condições de pastejo, 
a aplicação de fertilizante nitrogenado aumentou o conteúdo de proteína de sete espécies de gramíneas 
na seca e os ganhos de peso diários. Os ganhos de peso também têm melhorado com a inclusão de 
leguminosas nas pastagens. Incrementos nos ganhos de peso proporcionais ao percentual de 
leguminosas têm sido observados. Todavia esta resposta em regime de pastejo também pode ser 
atribuída a um incremento na produção da pastagem e/ou melhor valor nutritivo da leguminosa. A outra 
forma de eliminar uma deficiência de nitrogênio na forragem é oferecer um suplemento protéico ou 
uréia. Geralmente tem-se observado um aumento no consumo de forragens deficientes em N, quando 
suplementadas com uréia, atenuando ou eliminando as perdas de peso. No entanto, os efeitos são 
menos evidentes a longo prazo, por causa do ganho compensatório que geralmente ocorre nos animais 
não suplementados. 
 
Digestibilidade 
O efeito da maturação da pastagem na produção animal é conhecido de todos e é a causa principal das 
mudanças cíclicas dos ganhos animais em pastejo. À medida que a forragem envelhece, a digestibilidade 
diminui, todavia na mesma idade ou estágio de crescimento encontram-se diferenças em digestibilidade 
entre diferentes espécies forrageiras. O consumo de matéria seca geralmente diminui, à medida que a 
digestibilidade também diminui. Porém, alguns autores mostram que para algumas espécies, apesar da 
queda da digestibilidade, o consumo permaneceu constante. Variedades de uma espécie, apresentam 
consumos diferentes, apesar da digestibilidade, semelhante, em função da folha de cada variedade. 
 
 
 
 
 
 
 
05. FATORES LIMITANTES DA PRODUÇÃO FORRAGEIRA 
Causas da baixa produtividade das pastagens: 
Baixa fertilidade natural dos solos; 
Pouco uso de fertilizantes; 
Manejo inadequado das pastagens � Meristema Apical, CHO’S, IAF; 
Utilização de espécies pouco produtivas (inadequadas à região); 
Estacionalidade da produção. 
 
Estacionalidade temsido apontada como um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade 
dos rebanhos. 
O aluno deverá consultar no livro “Ecofisiologia da Produção Agrícola” o capítulo 
“Ecofisiologia de plantas forrageiras” de. Rodrigues, L. R. A. e Rodrigues, T. J. D. 
 
 
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A lotação das pastagens, na grande maioria dos casos, é ajustada em função da produção mínima do 
inverno. 
Dentre os aspectos desejáveis na utilização de plantas forrageiras, a boa distribuição da produção 
durante o ano pode ser considerada um dos atributos mais atraentes. Todavia, o ritmo de crescimento de 
plantas sofre influências marcantes, além das condições de solo e manejo, e das condições que regulam 
ou até mesmo impedem o desenvolvimento vegetal. 
Plantas forrageiras tropicais apresentam taxa de FS. máxima às temperaturas de 30-35ºC e mínima à 
15ºC. 
As baixas temperaturas noturnas nas regiões dos trópicos e sub-trópicos são apontadas como os 
principais agentes causadores da estacionalidade de crescimento de plantas tropicais, além do 
fotoperíodo. 
Baixa temperatura � permanência de amido (baixa atividade da amilase) no cloroplasto por período de 
tempo além do normal reduz a atividade fotossintética � crescimento lento. 
Plantas forrageiras de clima temperado apresentam taxa F.S. ótima à temperatura próxima de 20ºC, que 
reduz rapidamente às temperaturas de 10-5ºC. 
As condições de baixas temperaturas de inverno <10ºC associadas à baixa radiação solar (temperadas), 
provocam a estacionalidade. No verão, a variação de radiação solar e a elevada evapotranspiração 
freqüentemente diminuem o ritmo de crescimento de plantas em algumas regiões. 
Nas regiões áridas e semi-áridas, a deficiência hídrica é o principal fator de estacionalidade. 
Segundo Mc DOWELL (1972) as áreas entre 30º de latitude N e S são caracterizadas por: 
36% das áreas apresentam limitação pela temperatura 
31% das áreas apresentam deficiência hídrica 
24% das áreas apresentam deficiência de temperatura e hídrica 
09% das áreas não apresentam deficiências. 
Opções para solução 
Adoção de pastejo diferido � Feno em pé; 
Uso de espécies resistentes às condições de inverno; 
Forragens conservadas � Feno, silagem, resíduos Agro-industriais e culturas de inverno; 
Irrigação � viável em culturas de inverno; 
Leguminosas X gramíneas; e, 
Sistemas Silvipastoris? 
 
FIGURA 1. Distribuição estacional da produção forrageira durante o ano 
 
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Pastejo diferido ou protelado 
Estádio de crescimento x valor nutritivo; 
Decisão sobre época de diferimento em função da época em que se estabelece na região um fator 
limitante ao crescimento; 
Brasil Central � Fevereiro/Março � pastejo 60 dias após; 
Pastejo Diferido � enquadra-se nos sistemas de baixa produtividade (CORSI, 1978) – < V. N. ; < 
Disponibilidade; e, 
Uso de leguminosas � somente nos casos de baixa lotação poderia atenuar o problema da 
estacionalidade. 
 
Forrageiras resistentes ao inverno 
Mesmo aquelas que apresentam resistência ao clima apresentam baixas produtividades. 
Culturas de inverno � suportam condições do Brasil Central 
Aveia e Trevo 
Uso de baixadas e várzeas de alta fertilidade 
Uso de máquinas, irrigação e adubação 
Uso de animais de alto potencial. 
 
Forragem conservada, culturas de inverno, resíduos agroindustriais 
 
Feno � 
Pouco uso 
FARIA (1975) 
 Verão – produção máxima x chuvas 
 Falta de pesquisas 
 Produção no fim das chuvas x V. N. baixo 
 Falta de máquinas adequadas 
 
 
Vantagens 
CORSI (1978) 
 Maior produção por área 
 Alta qualidade 
 Resposta à adubação, rebrota rápida 
 Retornos econômicos à adubação devido a crescimento rápido 
 
 
Resultados duvidosos 
ROLIM (1980) 
 Qualidade da forragem é baixa 
 Manejo das pastagens é deficiente 
 Considera performance animal e não produção/área 
 Uso de animais de baixo potencial 
 
Reconhecido o fato de que os vários componentes de um ecossistema de pastagem estão estreitamente 
ligados, é importante lembrar que o sucesso da exploração de forrageiras, sob condições de pastejo, 
pode ser conseguido através do manejo adequado das pastagens. Portanto, vale a pena realçar que o 
desacoplamento desses dois grupos (Planta/Animal), quer seja conceitual ou experimentalmente, é 
artificial e, em muitos casos, nos conduz a situações irreais na prática. 
A produção de plantas forrageiras sob pastejo depende de fatores climáticos e edáficos e das condições 
de manejo que lhe são impostas. 
 
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Os efeitos da desfolhação em plantas forrageiras podem ser quantificados e avaliados em termos de 
freqüência, intensidade e época: 
Freqüência � intervalo de tempo entre cortes. 
Intensidade � porção removida. 
Época � considerada em relação ao estádio de desenvolvimento. 
Mais recentemente, os resultados de pesquisa têm realçado a importância de um novo conceito a ser 
observado no manejo de pastagens e que nós poderíamos denominar de potencial de reposição de 
folhas. Este conceito é abrangente, pois engloba os seguintes aspectos: 
admite a importância dos carboidratos não estruturais como fonte de energia prontamente 
disponível, que seria utilizada pelas plantas logo após a desfolha para manter as suas 
atividades vitais; 
respeita o conceito de índice de área foliar no sentido de que a desfoliação total das plantas 
não é desejável, pois a fotossíntese sofreria uma interrupção brusca, afetando sensivelmente 
as taxas de rebrota; e, 
destaca a importância da sobrevivência dos meristemas apicais como fator fundamental para 
condicionar uma rápida reposição de folhas na pastagem. 
 
Fatores genéticos 
Alvo de um considerável número de pesquisas, principalmente nos países mais desenvolvidos (plantas 
forrageiras temperadas), o melhoramento de plantas tem sido conceituado como a arte e a ciência de 
modificar as plantas. O processo consiste na seleção, cruzamento, e multiplicação de plantas 
geneticamente mais produtivas e/ou resistentes a pragas e doenças. 
O Brasil possui recursos ilimitados no que concerne a possibilidade de domesticar um grande número de 
gramíneas e leguminosas para a formação de pastagens cultivadas e/ou melhoradas. Apesar de o pouco 
que se conhece sobre a vegetação herbácea brasileira representar muito em nº de espécies, ecotipos e 
variabilidades, muito pouco tem sido feito em melhoramento. 
Os reduzidos programas de melhoramento de plantas forrageiras que existem no Brasil, foram 
conduzidos com espécies exóticas. A grande contribuição que se espera do Brasil para a produção animal 
dos trópicos e sub-trópicos, certamente ainda está por vir. 
Objetivos do Melhoramento 
Os objetivos principais estão relacionados ao aumento do rendimento forrageiro e melhoria do valor 
nutritivo. Rendimento é influenciado pelos seguintes fatores: 
adaptação ao solo e clima; 
resistência a doenças e pragas; 
adaptação ao pisoteio; 
hábito de crescimento; e, 
vigor e recuperação após o corte ou pastejo. 
 
Fatores ambientais 
Conforme a sua estrutura, exigências nutricionais e hídricas, exigências por luz, dentre outros, 
reconhece-se que as plantas adaptam-se às diversas condições edafo-climáticas. Assim, uma 
determinada área geográfica, apresentando variações de solo e clima, deve ser dividida em regiões as 
mais homogêneas possíveis, para a implantação de pastagens cultivadas. Tenta-se com isso, estabelecer 
normas mínimas de adequação da melhor combinação, que propiciem ganhos tanto biológicos quanto 
econômicos. Dentre os fatoresambientais que interferem na produção forrageira, destacam-se o clima e 
o solo. 
As pastagens tropicais e subtropicais estão constituídas principalmente por espécies pertencentes as 
famílias Gramineae e Leguminosae. 
 
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Luz 
As plantas forrageiras estão condicionadas à luz para obtenção da energia necessária para a fotossíntese. 
A intensidade do processo pode ser medida pelo consumo de CO2 ou pela liberação de O2. 
 
CO2 + 2H2O CH2O + O2 + H2O (Fotossíntese) 
 
CH2O + O2 CO2 + H2O (Respiração) 
 
Intensidade: a luz como fator ambiental é variável, especialmente na sua intensidade e duração – ângulo 
de incidência, latitude, nuvens e umidade do ar. Pastos situados em locais de menor exposição à luz 
apresentam desenvolvimento mais lento. A face que recebe maior quantidade de energia radiante 
(>F.S.), apresenta plantas com maior teor de carboidratos. 
O regime de radiação é o determinante básico do crescimento das plantas através dos seus efeitos sobre 
a fotossíntese e outros processos fisiológicos, como a transpiração e a absorção de nutrientes. 
A absorção e a utilização fotossintética da energia radiante pela comunidade vegetal estão relacionadas 
com a quantidade de energia recebida pelas folhas, de forma individual, e pelas plantas como um todo. 
Num determinado instante, os elementos fotossintéticos da comunidade de plantas compreendem uma 
série de estruturas de diferentes idades que estão sujeitos não somente aos efeitos do clima, mas 
também a outras restrições do ambiente como o sombreamento, que aumenta com o desenvolvimento 
da pastagem. Muito embora altas taxas de fotossíntese possam ser observadas numa folha 
individualmente, o uso mais eficiente da energia é atingido pela planta como um todo. 
 
“Nos trópicos, se houver pouca luminosidade, a limitação do crescimento é maior, pois a temperatura é 
mais alta, causando aumento de gastos pela respiração, não compensados pela fotossíntese”. 
 
Ponto de Compensação: é o ponto no qual a intensidade de fotossíntese é igual à intensidade de 
respiração, isto é, a quantidade de CO2 consumida é igual à quantidade de CO2 produzida. Um aspecto 
interessante relacionado com a fotossíntese de plantas forrageiras é o fato de que as folhas das espécies 
C3 saturam-se de luz em intensidades luminosas mais baixas do que as espécies C4. Por outro lado, a 
temperatura ótima para fotossíntese em plantas C4 é mais elevada do que em plantas C3. 
 
Fotoperíodo: a radiação solar interfere no crescimento das plantas através da variação estacional que se 
observa no comprimento dos dias em diferentes latitudes. Num grande número de espécies forrageiras, a 
mudança do estádio vegetativo de crescimento para o estádio reprodutivo é induzida pela mudança no 
comprimento do dia. Com relação ao fotoperíodo necessário para florescimento, as plantas forrageiras 
têm sido classificadas em plantas de dia curto, plantas de dia longo, plantas intermediárias e plantas 
indeterminadas ou neutras. O fotoperíodo não só condiciona se uma forrageira irá florescer e produzir 
sementes numa dada região, mas também determina o comprimento do período vegetativo de 
crescimento, o qual é de grande importância para o manejo das pastagens. 
Temperatura 
As variações que ocorrem na temperatura ambiental, além de afetar a taxa de fotossíntese líquida, 
podem afetar a taxa de desenvolvimento da área foliar e, conseqüentemente, a produção de matéria 
seca de capins e leguminosas utilizadas em pastagens. 
Dados obtidos na Austrália, com capim-buffel, mostram que em condições naturais o aumento na 
radiação solar estimula a produção das diferentes partes da planta. Neste contexto, poder-se-ia esperar 
que o sombreamento reduzisse o crescimento das plantas. De fato, em experimento realizado com 
Cynodon dactylon cv. Coastal, constatou-se que com a redução na disponibilidade de luz houve 
diminuição da produção de matéria seca de forragem, da produção de raízes e rizomas e do teor de 
carboidratos de reserva na planta. 
Luz 
 
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A influência da temperatura se faz sentir, ainda, de forma indireta fazendo variar a umidade e a 
quantidade de minerais absorvidos pela planta e seu transporte dentro desta planta. O efeito do pastejo 
será diverso em diferentes temperaturas. Deve-se efetuá-lo quando a taxa de respiração for menor que a 
de fotossíntese. Como as temperaturas baixas oferecem pequenas vantagens para a respiração, um 
pastejo no inverno será menos prejudicial que no verão. Se o pastejo for realizado no verão e as plantas 
se encontrarem em fase de intenso desenvolvimento vegetativo, os danos, expressos em termos de 
reservas, serão maiores, haja vista que as plantas não acumularão reservas orgânicas, e, 
conseqüentemente, ter-se-á uma durabilidade menor. Temperaturas baixas influem negativamente sobre 
as raízes, diminuindo sua capacidade de extrair minerais. Assim, para ativar o crescimento nessa 
condição pode-se usar fertilizantes de fácil e rápida assimilação. 
 
INVERNO MAIOR RESPIRAÇÃO MAIOR CONSUMO DE CHO’S 
VERÃO MAIOR FOTOSSÍNTESE MAIOR ACÚMULO DE CHO’S 
PASTEJO NO INVERNO É MENOS PREJUDICIAL QUE NO VERÃO 
Água 
A essencialidade da água para as plantas deve-se à sua contribuição na manutenção e preservação de 
suas funções vitais. A disponibilidade de água para as plantas na pastagem pode aumentar sob condições 
de pastejo em decorrência da redução da superfície transpirante. Assim, como conseqüência da maior 
disponibilidade de água, a fotossíntese é estimulada. Por outro lado, a importância da deficiência hídrica 
pode ser avaliada através do seu efeito sobre o crescimento celular, que é um dos parâmetros fisiológicos 
mais sensíveis à falta de água. Tão logo ocorra a perda de turgor, o processo de elongação cessa. 
Funções da água: 
Constituinte do protoplasma 
Participação em reações químicas 
Solvente e meio de transporte 
Turgescência 
Estabilidade térmica 
Movimentos. 
Exigências: varia de espécie para espécie 
271g H2O / 1g M.S. → Sorgo 
350/400g H2O / 1g M.S.→ Capins 
800g H2O / 1g M.S. → alfafa 
Plantas C3 x Plantas C4 
Em termos de produtividade de pastagens, é interessante salientar que as gramíneas tropicais 
apresentam o metabolismo C4 de fotossíntese, enquanto as gramíneas e leguminosas temperadas e as 
leguminosas tropicais apresentam o metabolismo C3. 
As produções mais elevadas de matéria seca encontradas em plantas C4, quando comparadas com 
plantas C3, têm sido atribuídas ao período de crescimento mais longo, decorrente de condições 
ambientais mais favoráveis nas regiões tropicais. Na verdade, o potencial de produção mais elevado 
apresentado pelas espécies C4 em baixa latitude é praticamente eliminado entre 40 e 50º de latitude. 
Este fato sugere que a vantagem real da via metabólica C4 reside na melhor adaptação das plantas às 
condições de maior insolação e temperatura e, conseqüentemente, numa melhor eficiência do uso da 
água. 
 
 
 
 
O aluno deverá consultar no livro “Ecofisiologia da Produção Agrícola” o capítulo 
“Ecofisiologia de plantas forrageiras” de Rodrigues, L. R. A. e Rodrigues, T. J. D. 
 
 
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06. ADUBAÇÃO DE PASTAGENS 
A nutrição mineral de plantas constitui-se num ramo da fisiologia vegetal relacionada com a aquisição dos 
nutrientes e suas funções na vida do vegetal. 
Os substratos químicos (solo, água e ar) desempenham um papel importante para o desenvolvimento 
das plantas. O solo, entretanto, é o meio mais fácil de sermodificado pelo homem, através 
principalmente do uso de fertilizantes, tornando-se assim mais produtivo. É, também, considerado o 
principal substrato mineral para o crescimento e desenvolvimento dos vegetais, muito embora seja 
considerado um meio extremamente heterogêneo em qualquer lugar, variando além disso em 
propriedades físicas, químicas e biológicas de um local para outro, em função do material de origem, do 
clima, da topografia, idade e fatores biológicos. 
Um dos problemas sérios para a implantação de forrageiras é a fase de estabelecimento, que, se for mal 
conduzida, fatalmente haverá invasão por espécies indesejáveis e concomitante redução da capacidade 
produtiva. Assim deve-se dar especial atenção para garantir um bom estabelecimento, utilizando-se 
níveis adequados de corretivos e fertilizantes. 
Lei de Liebig 
A produção é governada pelo elemento que está no mínimo, ou seja, pelo nutriente que aparece no solo 
em menor proporção relativamente aos demais. 
 
Nitrogênio 
Gramíneas C4, têm alta capacidade fotossintética, usam água eficientemente, e respondem ao N com 
altas taxas de crescimento. 
Pastagens fertilizadas com N, permitem uma maior produção de carne por área; 
Os níveis de adubação nitrogenada em pastagens variavam grandemente, dependendo do clima, solo e 
nível tecnológico; 
A aplicação de N pode ser feita na implantação e períodos de rebrota da pastagem; 
A adubação nitrogenada é fundamental para sistemas intensivos de produção em pastos de gramíneas. 
Funções 
principal componente do protoplasma depois da água; 
constituinte de hormônios; 
Fotossíntese � constituinte da clorofila; 
porte da planta; 
tamanho de folhas; 
tamanho do colmo; 
desenvolvimento dos perfilhos; 
florescimento; e, 
formação de sementes. 
* Elemento bastante móvel na planta. 
 
Sintomas de Carência 
Pequeno porte; 
Redução do perfilhamento; 
Colmos finos e baixos; 
Amarelecimento progressivo das folhas Iniciando-se pelas mais velhas; 
Redução das raízes; 
 
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Ausência de inflorescência; e, 
Menor teor de proteína. 
 
Formas de Absorção: 
Uréia CO (NH2)2 
Amônio NH4
+ 
Nitrato NO3
- (predomina no solo) 
 
Fósforo 
Os solos tropicais apresentam baixos teores de fósforo disponível, embora apresentem boas condições 
físicas. Associado ao baixo teor do elemento, tais solos apresentam ainda problemas quanto à alta 
capacidade de fixar o fósforo, dado à presença de quantidade elevadas de óxidos e hidróxidos de ferro e 
alumínio. São favoráveis à mecanização e dão elevadas respostas à adição de corretivos e fertilizantes. 
É o elemento mais importante para as pastagens depois do N, extremamente importante nos períodos 
iniciais da vida da planta, quando esta o absorve em grandes quantidades. Exerce grande influência no 
perfilhamento e crescimento das raízes, assim, a falta de fósforo determina no campo, o aparecimento de 
espaços vazios. A falta no solo, reduz o seu teor na matéria seca, causando danos nos animais 
(↓fertilidade, ↓desenvolvimento) estimula o florescimento e ajuda a formação de sementes. 
Formas de Absorção: 
HPO24 - pH acima de 7,0 
H2PO
-
4 – pH abaixo de 6,5 (preferencial) 
 
Sintomas de Carência 
porte pequeno; 
pouco perfilhamento; 
Folhas inferiores totalmente secas; 
Folhas intermediárias verde-pálido e arroxeadas; 
Folhas novas arroxeadas; e, 
Sistema radicular reduzido. 
Potássio 
A maior parte do potássio se encontra nos minerais que formam a fração argila. Por essa razão solos 
ricos em argila são geralmente ricos em potássio. O potássio pode chegar a ser um fator limitante do 
crescimento das forrageiras sobretudo quando existe abundância de nitrogênio e uso intensivo da área, 
como no caso de capineiras e áreas para silagem, em que não há retorno de potássio pelas fezes e urina. 
De maneira geral a resposta ao potássio só ocorre após a correção dos níveis de N e P; para o K sozinho 
não há resposta, porém há limitação na resposta à adubação nitrogenada quando em deficiência de K. 
 
Funções 
maior vigor e resistência às doenças; 
Produção de amido, óleo e proteínas; 
Maior resistência dos colmos ao acamamento; 
Diminuir o número de frutos chochos; 
Aumenta resistência às secas e geadas; e, 
Ajuda no enraizamento. 
 
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Sintomas de Carência 
folhas velhas com margens e pontas endurecidas e dilaceradas; 
Espigas mal granadas; 
Pequeno porte; 
Colmos e perfilhos fracos; e, 
Maior ataque de moléstias e pragas. 
 
 
ADUBAÇÃO FOSFATADA 
Na escolha do adubo fosfatado, deve-se tomar cuidados especiais em relação à solubilidade da fonte, à 
forma de aplicação, ao tipo de forrageira a ser adubada, ao preço do kg de P2O5 de cada fonte, à 
quantidade de outros nutrientes que acompanham a fonte de fósforo. 
Fosfato de rocha (FR), apresenta vantagens, tais como: 
menor custo de P2O5; 
maior efeito residual e potencial de produção em nosso meio; e, 
menor custo de transporte (3-5 vezes menor que os superfosfatos). 
Super fosfato simples – Enxofre 
Super fosfato triplo 
 
As fontes mais solúveis proporcionam uma rápida liberação de grandes quantidades de P solúvel, o que 
tende a favorecer a fixação de maiores quantidades de P pelo solo. 
 
Pastagem exclusiva de gramíneas � 1/3 solúvel 2/3 FR. 
Pastagem consorciada � 1/2 solúvel 1/2 FR. 
pH < 5,5 � 1/3 solúvel 2/3 FR. 
pH ≥ 6,0 � todo solúvel 
 
QUADRO 5. Recomendação de adubação fosfatada em função de seu teor no solo 
Classificação Teor no solo (ppm) Dose de P2O5 
Baixo 0 – 3,0 250 kg 
Médio 3,1 – 6,0 150 kg 
Bom 6,1 – 9,0 120 kg 
Ótimo > 9,0 0 kg. 
 
Métodos de Aplicação 
Depende do método de plantio da forrageira 
lanço � incorporar antes do plantio 
mecanizado � em linha (menor fixação, economia de adubo, invasoras) 
mudas � sulco 
* Superfosfato simples no plantio � contém enxofre. 
* Misturar o adubo às sementes de gramíneas � escarifica a semente. 
 
 
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Aplicação localizada apresenta limitações ao crescimento radicular. 
O fósforo exerce papel importante na recuperação de pastagens degradadas. 
O nitrogênio é fundamental para evidenciar o potencial de resposta ao fósforo. 
FR. x Acidez do solo� benefício da acidez na liberação do P. 
 
ADUBAÇÃO NITROGENADA 
Quase não se encontram recomendações de adubação nitrogenada para pastagens em nosso meio. Para 
que o efeito da aplicação de N possa expressar-se na sua plenitude, é necessário que o solo tenha, em 
quantidade satisfatória, os outros elementos. 
Fontes 
Nitro cálcio 
Sulfato de amônio – H+ 
Uréia – H+ 
 
QUADRO 6. Recomendação de adubação nitrogenada em função dos teores de fósforo no solo, para os 
diversos tipos de exploração 
P no solo Nível de exploração (kg de N/ha) Tipo de exploração 
ppm Médio Alto 
 <10 60 80 
Pastagem 10-30 90 130 
 >30 120 150 
<10 80 
10-30 130 
Capineira 
Campo de feno 
Gramíneas de inverno >30 150 
Fonte: KUHN NETO (1977) 
 
ADUBAÇÃO POTÁSSICA 
Respostas à adubação potássica não são intensas. Respostas têm sido freqüentes com o uso intensivo 
das áreas. 
Leguminosas apresentam uma boa resposta ao potássio. Recomendações de adubação em pastagens são 
feitas levando-se em conta os níveis de potássio no solo, o tipo de pastagem (pura ou consorciada), e o 
tipo ou intensidade de uso a ser dado à pastagem. Além disso, devemos considerar os níveis de 
adubação nitrogenada utilizados. 
Há que se considerar ainda se se trata de pastagem, de campo para feno ou capineira para corte. 
A fonte de potássio é o Cloreto de potássio.