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Materiais de proteção do complexo dentinopulpar e de cimentação

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Materiais de proteção do complexo dentino-pulpar e de cimentação
Considerações iniciais
Restaurações dentárias podem agir irritando a polpa dentária, se aplicadas diretamente (ou separada apenas por uma delgada camada de dentina) sobre elas. Por exemplo, restaurações metálicas, que são boas condutoras elétricas, podem conduzir correntes elétricas irritantes até a polpa; Restaurações com Cimento de Ionômero de vidro, por sua vez, podem causar irritação química da polpa dentária.
Para evitar estes danos indesejados, usam-se, como agentes protetores do complexo dentino-pulpar, agentes de selamento, agentes de forramento e agentes de base cavitária. Todos estes agentes são agentes protetores indiretos.
Fatores que indicam o uso de agente protetor do complexo:
Condição pulpar, uma vez que isto influencia a sensibilidade dolorosa;
Profundidade de uma cavidade, ou seja, a quantidade de dentina remanescente sobre o tecido pulpar.
Na dentina mais superficial, os túbulos dentinários são mais escassos do que na dentina profunda. Entretanto, na primeira, os túbulos são bem menos calibrosos, diferentemente da segunda, em que os túbulos são muito calibrosos.
Idade do paciente: pacientes mais jovens, normalmente, tem cavidades pulpares mais volumosas.
Material restaurador a ser usado;
Requisitos para um material protetor ideal:
Bactericida/bacteriostático;
Biocompatível com a polpa dentária;
Impermeável a bactérias e toxinas;
Isolante térmico, químico e elétrico;
Resistente à compressão (mastigação);
Estável dimensionalmente;
Facilmente manipulável;
Bom escoamento (preencher toda a cavidade);
Baixa solubilidade nos fluidos orais;
Ser compatível com materiais restauradores propriamente ditos;
Conferir um bom selamento marginal;
Ter boa adesão aos tecidos duros dentais;
Ser radiopaco (para não ser confundido com recidivas de cárie em exames radiográficos)
Materiais são classificados de acordo com a espessura de deposição em:
Agentes de selamento (1 a 50 micrometros)
Agentes de forramento (0,2 a 1mm)
Agentes para base cavitária (mais de 1mm)
Um mesmo material pode agir como qualquer um dos 3, dependendo, apenas da espessura a ser aplicada.
Dentre os materiais protetores, temos:
Vernizes cavitários;
Sistemas adesivos;
Produtos a base de hidróxido de cálcio;
Cimentos (que podem, também, ser usados como material de cimentação):
De Óxido de Zinco e Eugenol
De Fosfato de zinco
De Policarboxilato de zinco (pouco usado)
De Ionômero de vidro
Requisitos para um agente cimentante ideal:
Viscosidade e escoamento adequados;
Espessura de película;
Isolamento térmico e elétrico;
Biocompatibilidade com o dente e com os tecidos moles orais;
Ter boa resistência mecânica;
Ter boa adesão aos substratos dentais e protéticos;
Ter baixa solubilidade nos fluidos orais;
Ser radiopaco (para não ser confundido com recidivas de cárie em exames radiográficos)
Dentre os cimentos odontológicos, temos:
Cimento de Hidróxido de cálcio
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Cimento de Fosfato de Zinco
Cimento de Policarboxilato de Zinco
Cimento de Ionômero de vidro
Cimento de Ionômero de vidro modificado por resina (híbrido)
Cimentos Resinosos
Vernizes cavitários
Objetiva impermeabilizar a camada de dentina que foi desgastada por broca, vedando os túbulos dentinários e os microespaços formados entre o material restaurador e as paredes da cavidade (desta forma, reduzindo a probabilidade de infiltração marginal).
Composto por resinas naturais (geralmente, Copal) ou sintéticas associadas a um solvente orgânico (álcool, clorofórmio, éter ou acetona).
Estes formam uma camada protetora sobre o dente a medida que o solvente orgânico vai se evaporado, entretanto, geralmente, não são aplicados com a espessura suficiente para evitar a propagação térmica.
Técnica:
Aplicar uma camada do verniz com microbrush, pincel, algodão, etc.
Aplicar jato de ar ou deixar a primeira camada secar;
Aplicar outra camada do verniz com microbrush, pincel, algodão, etc.
Isto é necessário, pois, quando o verniz seca, forma pequenos buracos em sua estrutura. Uma 2ª camada de verniz, provavelmente, levará ao vedamento destes buracos;
Deixar o solvente evaporar;
Vantagens:
Isolante elétrico e químico;
Reduz microinfiltração marginal e dentinária sob restauração de amalgama, que causa escurecimento do dente;
Reduz dor pós-operatória;
Desvantagens:
Incompatibilidade biológica (não se pode aplica-lo sozinho em cavidades muito profundas);
Mau isolante térmico;
Baixa resistência mecânica;
Incompatibilidade com resina composta;
Solúvel em meio bucal;
Contra-indicados sob restaurações de resina composta, já que as resinas dissolvem a película de verniz;
Indicação:
Cavidade rasa para amalgama. Em cavidade profunda, deve-se associar a outros materiais;
Cimentação de prótese parcial fixa com cimento de fosfato de zinco em dentes vitais;
Verniz modificado (Liner)
Composição
Semelhante aos vernizes convencionais, mas são adicionados de hidróxido de cálcio ou óxido de zinco.
Técnica:
Aplicar uma camada de liner (microbrush, pincel, algodão, etc;)
Aplicar jato de ar ou deixar a camada secar;
Vantagens:
Ação antibacteriana;
Bom Isolante termoelétrico;
Desvantagens:
Fornece vedamento marginal e dentinário precário;
Indicado:
Cavidades rasas;
Produtos a base de hidróxido de cálcio
Usados como agentes de forramento ou cimentação provisória. Usados com frequência, pois são fortes indutores de calcificação e formação de dentina reacional.
Vantagens:
Biocompatibilidade boa;
Ação bacteriostática/bactericida em virtude do seu alto pH;
Estimula dentina reparadora;
Isolante elétrico, térmico e químico;
Indutor de mineralização;
Não geram reação dolorosa;
Neutralizam o ph do acido fosfórico (usado para o ataque acido);
Neutralizam o ph acido do fundo das lesões de cárie;
Desvantagens:
Baixa resistência a compressão;
Solúvel nos fluidos bucais;
Cor difere da cor da dentina;
Apresentação:
Pó
Solução
Pó (10 a 20g) dissolvido em 200mL de água destilada;
Hemostático e usado para limpar de cavidades;
Suspensão
Suspensao de hidróxido de cálcio em metilcelulose;
Hemostático e usado para limpar de cavidades;
Pasta
Hidróxido de cálcio em solução aquosa;
Adição de Cloreto de sódio ou de potássio (conservante);
Adição de Sulfeto de Bário (agente radiopaco);
Indicado para proteção pulpar direta (quando a polpa foi exposta) ou proteção pulpar após pulpotomia (remoção coronária da polpa);
pH mais elevado que o convencional;
Estimula a formação de ponte de dentina (após exposição pulpar);
Cimento (Dycal)
Pasta 1 
50% de Hidróxido de Cálcio;
10% de Óxido de Zinco;
Estearato de Zinco (0,5%) – acelerador;
Etil-tolueno-sulfonamida (39.5%)
Pasta 2 
Salicito glicólico (40%) – reage com oxido de zinco e hidróxido de cálcio;
Dióxido de titânio;
Sulfato de cálcio;
Tungstato de cálcio;
Pode ser fotopolimerizável, caso em que não vem em pasta 1 e pasta 2.
Propriedades
Em relação aos outros hidróxidos de cálcio, tem a maior resistência a compressão;
Impermeável aos ácidos e monômeros dos materiais restauradores;
Isolante termoelétrico;
Estimula a formação de ponte de dentina;
OBS (Mecanismo de formação de ponte de dentina): Nos casos de exposição pulpar, o hidroxido de cálcio causa necrose superficial da polpa (por causa do ph alcalino). Depois, há formação de tecido de granulação e diferenciação de células mesenquimais em odontoblastos. Estes são capazes de produzir dentina, separando o material de proteção da polpa.
MTA (Agredado trióxido mineral)
Composição:
Conjunto de óxidos diferentes (metálicos e não-metálicos);
Vantagens:
Biocompatível;
pH bastante elevado;
Bactericida/bacteriostático;
Estimula a formação de ponte de dentina (mais regular, pois não induz necrose superficial da polpa, agindo, portanto, melhor que o hidróxido de cálcio neste aspecto);
Solubilidade relativamente baixa;
Desvantagens:
Tempo de presa é longo;
Dificuldade de inserção/acomodação, já que nãoendurece rapidamente;
Baixa resistência à compressão inicial;
Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol
Trata-se de um material bastante versátil, que pode ser usado como material de proteção ou de cimentação. Existem cimentos de oxido de zinco sem eugenol (casos onde o eugenol é substituído por EBA).
Apresentação:
Pó:
Oxido de zinco
Resina de terebentina (diminui a friabilidade)
Acetato de zinco (melhora a resistência)
Estearato de zinco (plastificador)
Polímero de metilmetacrilato ou Alumina (Al2O3) (melhoram resistência)
Liquido:
Eugenol (promove a reação de endurecimento) ou Ácido orto-etoxi-benzoico (EBA)
Óleo de oliva (plastificador)
Classificação:
Tipo 1: usado para cimentação provisória;
Tipo 2: usado para cimentação permanente;
Tipo 3: usado para restaurações temporárias e bases cavitárias;
Tipo 4: usado para forramento de cavidade (pouco usado, usa-se mais cimento de hidróxido de cálcio);
Aplicações:
Base cavitária
Cimento provisório
Cimento permanente
Restauração provisória
Obturador de canal (cimento endodôntico)
Material de moldagem
Cimento cirúrgico
Propriedades:
Reação de presa de 4 a 10min:
Depende da relação pó/liquido: a adição de mais líquido torna a reação mais prolongada.
Do resfriamento da placa: a placa mais fria retarda a reação;
Da incorporação de água: a adição de água leva ao endurecimento mais rápido;
E do tamanho das partículas: partículas menores reagem mais rápido;
Manipulação:
Balançar o conteúdo para homogeneizar;
Posicionar o pó e o liquido de acordo com as especificações do fabricante;
Separar a quantidade de pó na metade. 
Dividir uma das metades em outras duas metades.
Pega-se uma metade e mistura-se com o liquido;
Levar os quartos de pó restantes em 2 acréscimos diferentes;
Espatular vigorosamente por 10 a 15s (completando 1minuto de manipulação);
Inserção do cimento e acomodação;
Vantagens:
Possui ação sedativa e antiinflamatória sobre o complexo dentinopulpar (negligenciada em cavidades muito grandes, pois o eugenol pode irritar a polpa);
Bom isolante térmico e elétrico;
Bom selamento marginal;
Bacteriostático;
Desvantagens:
Incompatível com resina composta, pois inibe a polimerização das mesmas;
Baixa resistência à compressão (mais elevada do que a do cimento de hidróxido de cálcio, mas menor que a do ionômero de vidro) 
Tipo I < Tipo II < Tipo III;
Baixa resistência à abrasão.
Evitar uso em cavidades muito profundas, pois o eugenol é irritante para a polpa. Deve-se utilizar agentes de forramento neste caso.

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