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Hidrologia UNIDADE 2 2 HIDROLOGIA UnIDADe II Palavras do Professor Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo a segunda unidade da Disciplina de Hidrologia do EAD UNINASSAU. Na primeira unidade tivemos como foco os temas relacionados a Introdução a Hidrologia com destaque a sua importância, sua subdivisão e suas aplicações nas Engenharias. Posteriormente, foi abordado o ciclo hidrológico, seu funcionamento, suas respectivas fases e o balanço hídrico. E finalmente entramos no tema de bacia hidrográfica através da abordagem do conceito, dos divisores e dos parâmetros físicos e também do processo de delimitação de bacias. Como conteúdo dessa segunda unidade serão abordados quatro temas: No primeiro tema da segunda uni- dade abordaremos os coeficientes de compacidade e fator de forma que estão relacionados ao estudo da forma das bacias hidrográficas que tem influência direta no escoamento superficial e consequentemente a tendências as enchentes. No segundo tema falaremos da classificação dos cursos d’água quanto ao escoamento em três tipos de escoamento chamados perenes, intermitentes e efêmeros. No terceiro tema retrataremos os padrões de drenagem fluvial e a distribuição da energia fluvial. Final- mente, no quarto tema abordaremos as precipitações atmosféricas, formas de precipitação, tipos de chuvas, grandezas características e equipamentos de medição da precipitação. Para subsidiar o seu aprendizado, recomendo que leia a segunda unidade do seu Livro-Texto e logo após, retorne para o guia de estudo. Lembre-se! Em caso de dúvidas, consulte o tutor da disciplina. Ele está a sua disposição para orientá-lo (a). Bons estudos e sucesso! 3 CÁlCUlo dos CoefICIeNTes de CaPaCIdade (KC) e forMa (Kf) Como já abordado na primeira unidade, as características físicas de uma bacia hidrográfica predizem o seu comportamento hidrológico. O estudo da forma das bacias hidrográficas tem influência direta no escoamento superficial e consequen- temente na velocidade de escoamento e nos formatos dos hidrogramas de enchentes que abordaremos posteriormente. Existem vários parâmetros utilizados para relacionar a forma das bacias, como o coeficiente de compaci- dade (Kc) e o fator de forma (Kf). Coeficiente de compacidade (Kc) O coeficiente de compacidade ou também chamado índice de Gravelius (Kc) é a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual à da bacia. O coeficiente de compacidade (Kc) é dado pela relação abaixo: Onde: P = perímetro da bacia (Km) A = área da bacia (Km2) O coeficiente de compacidade (Kc) procura relacionar o formato das bacias hidrográficas a um círculo, daí quanto mais circular for o formato da bacia mais próximo da unidade (Kc = 1,0) será o valor do coeficiente de compacidade, de forma análoga, quanto mais irregular for o formato da bacia, tanto maior será o coe- ficiente de compacidade como mostrado na figura 1 a seguir. Figura 1: Vários formatos de bacias hidrográficas e seus respectivos valores do coeficiente de compacidade (Kc) De forma a reforçar percebe-se analisando a figura 1 que quanto mais irregular ou alongada for a bacia hidrográfica, maior será o coeficiente de compacidade (Kc), por outro lado, quanto mais próximo da unida- de (Kc=1,0) for este coeficiente, a bacia hidrográfica vai ter um formato circular. 4 faTor de forMa (Kf) O fator de forma (Kf) é a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia hidrográfica. O fator de forma (Kf) é dado pela relação abaixo: Onde: A = área da bacia (Km2) L = comprimento axial (km) O fator de forma (Kf) procura analisar o quanto os formatos das bacias hidrográficas são alongadas sendo o comprimento axial da bacia o fator primordial para essa relação, como mostrado na figura 2 a seguir. Figura 2: Valores do fator de forma de acordo a área de drenagem das bacias hidrográficas e respectivos comprimentos axiais Percebe-se na figura 2 que as bacias A e B possuem a mesma área e comprimentos axiais das bacias diferentes, e por isso influenciam em valores de Kf diferentes. Quanto maior o comprimento axial da bacia hidrográfica menor será o valor de Kf o que evidencia que a bacia tem um formato alongado, por outro lado, quanto menor o comprimento axial da bacia hidrográfica maior será o valor de Kf o que significa que a bacia tem um formato circular. relação dos valores de Kc e Kf com tendências a enchentes nas bacias hidrográficas Os valores de Kc e Kf estão correlacionados nos formatos das bacias hidrográficas e pelo seu formato original algumas bacias hidrográficas terão uma maior ou menor tendências a enchentes. Por exemplo, na bacia de formato circular há uma conversão do escoamento superficial, ao mesmo tem- po, para um pequeno trecho do rio principal, havendo acúmulo do fluxo e consequentemente uma maior tendência a enchentes. Já nas bacias de formato elipsoidal ou alongada o fluxo é mais distribuído ao longo de todo o canal prin- cipal, produzindo cheias de menor volume, como apresentado na figura 3. 5 Figura 3: Representação da distribuição do fluxo superficial em uma bacia circular e alongada ou elipsoi- dal. leITUra CoMPleMeNTar Informações adicionais sobre os coeficientes de compacidade (Kc) e fator de forma (Kf) e suas relações com tendência a enchentes nas bacias hidrográficas estão disponíveis neste link. Vale salientar, que existe uma relação direta entre o formato das bacias e a tendência a enchentes que consequentemente tem influência nos hidrogramas de enchentes como evidenciado na figura 4. Figura 4: Relação formato das bacias hidrográficas e o hidrograma de enchentes http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/42222/forma-da-bacia-hidrografica 6 voCê sabIa? Nas bacias de formato circular o escoamento apresenta uma ascensão mais rápida e um pico de elevação mais acentuado, em quanto que as bacias alongadas o escoamen- to acontece de forma distribuída no tempo com um pico de elevação mais atenuado. Vale destacar que o detalhamento das fases de um hidrograma vai ser foco da quarta unidade no tema escoamento superficial e enchentes. Para este momento é importante você entender que o hidrograma é uma representação gráfica da vazão ao longo tempo, ou seja, um gráfico que relaciona vazão de um curso d’água diante de um evento de precipitação durante um certo intervalo de tempo e que tem seu formato alterado de acordo com as velo- cidades de escoamento. De forma a reunir vários conceitos abordados até o momento, segue um exemplo para você entender a relação entre os coeficientes de compacidade (Kc) e o fator de forma (Kf) com o formato das bacias, com a tendências a enchentes e consequentemente com a forma dos hidrogramas de enchentes. PraTICaNdo O quadro abaixo apresenta os parâmetros físicos das bacias hidrográficas dos rios A e B. Parâmetros bacia do rio a bacia do rio b Área (A) [km2] 21,4 20,8 Perímetro (P) [m] 22.965,0 16.965,0 Comprimento axial (L) [m] 9.860,0 5.060,0 De acordo com os dados acima, determine: a) O coeficiente de compacidade da bacia (Kc) e discuta os resultados em relação a uma maior ou menor tendência para enchentes das bacias hidrográficas b) O fator de forma (Kf) das bacias hidrográficas e discuta os resultados em relação a uma maior ou menor tendência para enchentes das bacias hidrográficas resolução letra a: Dados bacia hidrográfica do rio A De acordo com os dados dos coeficientes de compacidade (Kc) das bacias dos rios A e B, a bacia B é a que apresenta um formato mais circular devido ao seu Kc = 1,04 e consequentemente uma maior tendência a enchentes e a Bacia A apresenta um formato mais irregular com valor de Kc = 1,39 o que evidencia uma ??? 7 menor tendência a enchentes. Como já abordado, nas bacias de formato circular há uma conversão do escoamento superficial, ao mesmo tempo, para um pequeno trecho do rio principal, havendo acúmulo do fluxo e consequentemente uma maior tendência a enchentes. Já nas bacias de formato elipsoidal ou alongada ofluxo acontece mais distribuído ao longo de todo o canal principal, produzindo cheias de menor volume e consequentemente uma menor tendência a enchentes. resolução letra b: Dados bacia hidrográfica do rio A De acordo com os dados do fator de forma (Kf) das bacias dos rios A e B, a bacia B é a que apresenta um formato mais circular devido ao seu Kf = 0,81 e consequentemente uma maior tendência a enchentes, e a Bacia A apresenta um formato mais alongado com valor de Kf = 0,22 o que evidencia uma menor ten- dência a enchentes. ClassIfICaÇÃo dos CUrsos d’ ÁGUa Nesse momento vamos falar sobre a classificação dos cursos d’água quanto constância do escoamento em perenes, intermitentes e efêmeros. Essa classificação dos cursos d’água quanto ao tipo de escoamento é importante do ponto de vista do sistema de drenagem das bacias hidrográficas. Antes disso, vamos fazer algumas considerações sobre as reservas de água subterrânea também chama- das de aquíferos que estão intimamente ligadas ao escoamento subterrâneo, como destacado na primeira unidade, e que age muitas vezes na alimentação dos cursos de água superficiais como os rios. Na chamada interação rio-aquífero existem basicamente duas condições de influência entre os cursos d’água superficiais e o aquífero como apresentado na figura 5 abaixo. 8 Figura 5: Condições efluentes e influentes na interação rio-aquífero Na análise da figura 5 você percebe que na condição efluente, o rio recebe contribuição do aquífero na alimentação do seu escoamento, o que caracteriza uma condição de perenidade dos cursos d’água. Já na condição influente o rio atua na alimentação do aquífero, podendo perder escoamento e secar em alguns trechos do curso d’água, essa condição caracteriza numa intermitência de escoamento dos cursos d’água. vIsITe a PÁGINa Você encontra informações adicionais sobre condições de interação rio-aquífero no artigo completo através deste link. Cursos d’água perenes Os cursos d’água de escoamento perene é dito quando o nível do lençol freático fica sempre acima do leito do rio, mesmo durante o período de estiagem como mostrado na figura 6. Figura 6: Curso d’água com escoamento perene Os cursos d’água perenes contém água durante todo o tempo, o lençol subterrâneo mantém uma alimen- tação contínua e não desce nunca abaixo do leito do curso d’água, mesmo durante o período de estiagem e também durante as secas mais severas http://brasilescola.uol.com.br/geografia/classificacao-dos-rios.htm 9 Cursos d’água intermitentes Os cursos d’água de escoamento intermitente, em geral, escoam durante as estações chuvosas e perdem escoamento nas estações de estiagem, ou seja, o nível do lençol freático desses cursos d’água ficam sempre abaixo do leito do rio como apresentado na figura 7. Figura 7: Curso d’água com escoamento intermitente Na figura 7, de forma geral, você percebe que os cursos d’água intermitentes possuem escoamento du- rante as estações de chuvas e secam nas de estiagem. Cursos d’água efêmeros Os cursos d’água de escoamento efêmero o nível do lençol freático sempre fica abaixo do leito do rio como apresentado na figura 8. Figura 8: Curso d’água com escoamento efêmero Os cursos d’água efêmeros existem apenas durante ou· imediatamente após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial. vIsITe a PÁGINa Para informações adicionais sobre a classificação dos cursos d’água quanto ao escoa- mento leia o artigo completo através deste link. PadrÕes de dreNaGeM e dIsTrIbUIÇÃo da eNerGIa flUvIal Padrões de drenagem fluvial Esse momento é reservado para abordar os padrões de drenagem fluviais que são fortemente influen- ciados pela estrutura geológica do terreno e evolução geomorfológica da região. Diferentes padrões de drenagem vão determinar vários esquemas de classificação dos rios e consequentemente das respectivas bacias hidrográficas. Os padrões de drenagem podem ter diferentes geometrias como, formato de drenagem dentrítica, em treliça, retangular, paralela, radial, ou até mesmo ter influência no padrão de escoamento das bacias hidrográficas que podem ser caracterizadas como endorréicas ou exorréicas. http://brasilescola.uol.com.br/geografia/classificacao-dos-rios.htm 10 Quanto a geometria dos padrões de drenagem, o formato de drenagem dendrítica destaca-se por apresen- tar ramificação similar a galhos de árvores. Já a drenagem em forma de treliça ocorre em áreas onde rochas de resistência desigual a erosão, estão dispostas em dobras, colinas ou em áreas de topografia pouco acentuada. O padrão de drenagem retangular ocorre em terreno rochoso e fortemente fraturado e o escoamento tende a seguir o padrão das fraturas. Outros padrões de drenagem fluvial podem ser evidenciados como, a drenagem radial que ocorre em vários tipos e estruturas de rochas associadas, por exemplo, a áreas vulcânicas. A drenagem de formato anular ocorre sobre afloramentos de rochas de menor resistência e possuem conformação aproximadamente circular. E finalmente, o formato paralelo de drenagem fluvial ocorre em regiões de vertentes de acentuada declividade que favorecem a formação de correntes fluviais paralelas. leITUra CoMPleMeNTar Para informações complementares quanto à geometria dos padrões de drenagem flu- viais você pode encontrar neste link. Na figura 9 você encontra os principais padrões de drenagem quanto a geometria fluvial. Figura 9: Padrões de drenagem fluvial quanto a geometria Agora vamos falar dos padrões de escoamento das bacias hidrográficas que podem ser classificadas em exorréicas e endorréicas. As bacias exorréicas são caracterizadas quando a drenagem tem como direcionamento o mar. http://profelianageo.no.comunidades.net/geomorfologia-fluvial-3 11 vIsITe a PÁGINa A seguir você pode encontrar informações sobre a classificação do escoamento em bacias hidrográficas no artigo através neste link. As bacias endorréicas são qualificadas quando a drenagem tem sentido de direção para uma depressão do terreno, um lago, ou dissipa-se em areias ou até mesmo no solo de um deserto, ou ainda é totalmente infiltrada num ambiente cárstico. vIsITe a PÁGINa Para obter conhecimento mais aprofundado em termos conceituais e também conhecer exemplos de bacias endorréicas através deste link. Padrões de Canais Este momento é reservado para falar sobre os padrões de canais fluviais que está relacionado a fisiono- mia dos cursos d’água ao longo do seu perfil. Através da área da geomorfologia fluvial os cursos d’água podem ter seus canais classificados em retilí- neos, anastomosados, meandrantes ou entrelaçados. leITUra CoMPleMeNTar O artigo “os rios e suas configurações” traz informações relevantes quanto a geomor- fologia fluvial, assim como os padrões de canais, você deve ler o artigo através deste link. De maneira sucinta os canais retilíneos são aqueles com baixa sinuosidade e as águas escoam com gran- de velocidade, tem grande capacidade erosiva e os desvios tendem a ser suaves. Os canais retilíneos estão mais frequentes devido a atividades antrópicas atuantes na retificação dos cursos d’água. leITUra CoMPleMeNTar Você dever ler o artigo que trata sobre canalização e retificação dos cursos d’água e suas consequências no ambiente urbano, presente deste link. Os canais meandrantes são caracterizados como tipo de canal fluvial em que os rios descrevem curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si. Nos canais meandrantes é perceptível o um trabalho contínuo de escavação na margem côncava, sendo o local de maior velocidade da corrente, e de deposição na margem convexa, sendo o local de menor velocidade. Já o padrão de canal fluvial entrelaçado é aquele que apresenta múltiplos canais separados por barras ou ilhas formadas por assoreamentos do material transportado. Os canais anastomosados são caracterizados por se tratarem de rios com múltiplos canais, sem canal principal. A figura 10 apresenta os principais canais fluviais Figura 10: Padrõesde canais fluviais https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/03/baciashidrograficas.pdf http://www.infoescola.com/hidrografia/bacia-endorreica/ http://www.aquafluxus.com.br/os-rios-e-suas-configuracoes/ http:// 12 Vale salientar, que os padrões de canais fluviais podem ser encontrados em rios diferentes, ao longo do mesmo rio ou até mesmo em períodos diferentes na mesma seção de rio. distribuição da energia fluvial Nesse momento vamos abordar como ocorre a distribuição da energia fluvial ao longo dos cursos d’água. A energia fluvial se comporta diferentemente ao longo dos cursos d’água, com influência de fatores como gradiente do canal, velocidade de escoamento e transporte de sedimentos como mostra a figura 11. Figura 11: Variação do gradiente do canal de curso d’água Analisando a figura 11 você percebe no primeiro trecho do curso d’água que quanto menor o gradiente do canal, ou seja, a variação da declividade do canal a velocidade de escoamento é menor, assim como, ocorre uma maior sedimentação dos materiais carreados e o canal apresenta uma maior profundidade. Já na análise do segundo trecho do curso d’água, o gradiente do canal é maior, o que interfere numa maior velocidade de escoamento, maior transporte de sedimentos e menor profundidade do canal. Posteriormente no terceiro trecho, você percebe que é menor o gradiente do canal, o que acarreta numa velocidade de escoamento menor, uma maior sedimentação e o canal apresenta uma maior profundidade. Fica claro com o exposto acima que a velocidade de fluxo fluvial ao longo de um curso d’água é em função do gradiente de canal. Além disso, destaca-se que o gradiente de canal influi nos processos de aporte/ deposição de sedimentos carreados pela velocidade de escoamento. O grau de retificação e canalização dos cursos d’água tem influência direta na velocidade de escoamento nos cursos d’água e também no formato dos hidrogramas de enchentes como mostrado na figura 12. A retificação e a canalização dos cursos d’água sem a devida análise de impactos de montante para a 13 jusante, ocorre uma transferência de inundações de um ponto a outro do curso d’água. Figura 12: Retificação e canalização dos rios sem a devida análise de impactos de montante para a jusante Na análise da figura 12 é perceptível que no primeiro curso d’água com a presença de seus meandros e suas margens originais tem-se uma atenuação da velocidade de escoamento devido à redução de veloci- dade diante das suas curvas e também da rugosidade das margens, isso se reflete na total atenuação do hidrograma de enchente. Na segunda configuração do curso d’água percebe-se um certo grau de retificação da seção de escoamen- to do curso d’água com influência direta no formato dos hidrogramas de enchentes que já apresenta um pico de ascensão mais elevado. Na terceira situação do curso d’água diante de uma total retificação e também canalização, em concreto por exemplo, você compreende que a velocidade de escoamento é intensificada, onde o hidrograma de enchente de montante para jusante é praticamente o mesmo não ocorrendo nenhum amortecimento e consequentemente a tendência a inundações de um ponto a outro do curso d’água é maior. PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS (T) Mecanismos de formação das Precipitações Agora vamos falar sobre a formação das precipitações que está ligada aos mecanismos de resfriamento e ascensão das massas de ar, assim como condições de umidade atmosférica e temperatura que favo- recem a presença de núcleos higroscópicos e consequentemente a atuação dos mecanismos de cresci- mento das gotas como a coalescência e a precipitação. A coalescência trata-se do processo de aglutinação das moléculas de vapor d’água juntamente com im- purezas atmosféricas que vão se unindo e ganhando peso o que ajuda na ação da gravidade e posterior- mente a precipitação vIsITe a PÁGINa Para informações mais detalhadas dos mecanismos de formação das precipitações, você deve ler o artigo através do link. TIPos de PreCIPITaÇÃo A diferença entre as formas de precipitação é o estado em que a água se encontra, diante disso, temos precipitação na forma de chuva, neve, saraiva e granizo, orvalho e geada. http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/42256/mecanismos-de-formacao-das-precipitacoes 14 vIsITe a PÁGINa Para informações adicionais sobre as diferentes formas de precipitação você deve ler o artigo através do link. Tipos de Chuva Do ponto de vista do hidrológico a chuva apresenta três mecanismos fundamentais de formação, ligada à ascensão de massas de ar que pode ser devida a fatores como, a convecção térmica, a ação frontal de massas e através de uma barreira física que pode ser o relevo. vIsITe a PÁGINa Para informações adicionais sobre os tipos de chuva você deve ler o artigo através do link. Chuvas Convectivas As chuvas convectivas são formadas por ascensão de uma massa de ar úmido em regiões quentes, sendo comuns nas regiões equatoriais caracterizadas como áreas quentes e úmidas. Além disso, as chuvas convectivas apresentam como características principais, grande intensidade, pe- quena duração, e são restritas a áreas pequenas, podendo provocar importantes inundações em pequenas bacias e de grande importância para a área da drenagem urbana. veja o vídeo! As chuvas convectivas são também conhecidas como chuvas de verão, você deve as- sistir o vídeo para entender como se dá a formação desse tipo de chuva, com duração de aproximadamente 4 minutos. Acesse o link. Chuvas frontais ou Ciclônicas As chuvas frontais ou também chamadas chuvas ciclônicas estão associadas ao encontro de duas massas de ar com características térmicas diferentes, fria e quente. Esse tipo de chuva é comum nas médias latitudes, principalmente no inverno. As chuvas frontais apresentam como principais características, grande duração, atingem grandes áreas e possuem intensidade média, além disso, podem produzir cheias em grandes bacias. vIsITe a PÁGINa Você encontrará informações adicionais sobre as chuvas frontais no link. Chuvas orográficas, orogênicas ou de relevo As chuvas orográficas também conhecidas por chuvas orogênicas ou chuvas de relevo são formadas através da ascensão forçada de ventos úmidos ante um obstáculo, ou seja, o relevo de uma região que obriga o ar a se elevar para transpor o obstáculo, ocorrendo um resfriamento e saturação e consequente- mente a precipitação. Como principais características as chuvas orográficas apresentam pequena intensidade, grande duração e cobrem pequenas áreas. http://brasilescola.uol.com.br/geografia/chuvas-precipitacoes.htm http://brasilescola.uol.com.br/geografia/chuvas-precipitacoes.htm https://youtu.be/umqu3EdDJPA http://www.infoescola.com/meteorologia/tipos-de-chuvas/ 15 vIsITe a PÁGINa Você encontrará informações adicionais sobre as chuvas orográficas neste link. Grandezas Características das Precipitações Como grandezas características das precipitações destacam-se: altura de precipitação ou altura pluvio- métrica (h), a duração da precipitação (t) e a intensidade da precipitação (i). A altura de precipitação (h) trata-se da espessura média da lâmina de água precipitada que recobriria uma região, admitindo-se que essa água não infiltrasse, evaporasse e/ou escoasse para fora dos limites da região. A altura pluviométrica é dada em mm. Existe uma relação entre a altura pluviométrica de 1mm ao equivalente de 1 litro por metro quadrado, fato que pode ser observado na figura 13 abaixo. Figura 13: Altura Pluviométrica veja o vídeo! Para você entender como se mede a chuva abordando essa concepção demonstrada acima, veja o vídeo, com duração de aproximadamente 5 minutos. Acesse o link. A duração da precipitação (t) é o intervalo de tempo decorrido entre o início e término da precipitação, geralmente dada em: min, h. A intensidade da precipitação (i) é a relação entre a altura pluviométrica (h) e a duração (t) da precipita- ção, que geralmente é dada em mm/h ou mm/min. Medidada Precipitação Pluviométrica Mede-se convencionalmente a precipitação, por meio de aparelhos chamados pluviômetros e pluviógra- fos, no entanto também é possível medir precipitação através de radares e satélites. O pluviômetro representa o equipamento mais usual de medição da precipitação. veja o vídeo! Agência Nacional das Águas (ANA) destaca a importância das medições hidrometeo- rológicas e o papel da ANA do monitoramento hidrológico nacional: acesse este link duração: (05:00) O pluviômetro é um equipamento muito simples que consiste num recipiente metálico, instalado a 1,50 m da superfície do solo, com área de captação horizontal delimitada por um anel metálico de área referente http://www.infoescola.com/meteorologia/tipos-de-chuvas/ https://youtu.be/gZSCrirZ5c4 https://youtu.be/3Xg1ofhUOGw 16 a 400 cm2 e volume capaz de conter as maiores precipitações possíveis em um intervalo de 24 horas. Existem vários modelos de pluviômetros em uso no mundo que diferem pelos detalhes construtivos, no Brasil o mais difundido é o do tipo “Ville de Paris”. O esboço esquemático de um pluviômetro do tio Ville de Paris é mostrado na figura 14. Figura 14: Esboço esquemático do pluviômetro do tipo “Ville de Paris” A medição da altura pluviométrica total, ou seja, a lâmina acumulada durante a precipitação é realizada às 09:00h, às 15:00h e às 21:00h, com anotação dos seus registros e geralmente são fornecidos em milí- metros por dia. vIsITe a PÁGINa Por ser um equipamento simples existem métodos não convencionais de construção de pluviômetros, como mostra o artigo através do link. Entre os pluviômetros automatizados destaca-se o pluviômetro de báscula, também chamado pluviôme- tros de caçamba, acompanhados de um registrador automático, o datalogger. veja o vídeo! Para você entender o funcionamento desse equipamento veja o vídeo, com duração de aproximadamente 9 minutos, você pode fazer um adiantamento do vídeo para 04:30 assim você terá prontamente o pluviômetro de báscula, através do link. O pluviógrafo é outro equipamento de medição da precipitação nas estações meteorológicas e registra a http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/construcao-um-pluviometro.htm https://youtu.be/_W47TLX_7eQ?list=PLcfqqpHnsZWtoKP3IlC91t3CUbItInWgg 17 intensidade de precipitação, ou seja, a variação da altura pluviométrica através do tempo. Os pluviógrafos são considerados equipamentos registradores, que fornece o registro simultâneo da quantidade e da duração da precipitação. No entanto sua operação não é simples e também é dispendio- sa, além do próprio investimento que é feito na aquisição do aparelho, o que torna seu uso restrito. O esboço esquemático de um pluviógrafo é mostrado na figura 15. Figura 15: Esboço esquemático de um pluviográfo Os pluviográficos geralmente diferem entre si pelo tipo de técnica empregada nos registros dos dados de chuva, entre os principais tipos de registro em pluviógrafos destaca-se o registro de peso e também o registro de flutuador ou sifão. veja o vídeo! Você pode ver o funcionamento de um pluviógrafo do tipo de registro de sifão, como duração de aproximadamente 3 minutos, através do link. Os dados pluviométricos são importantíssimos em estudos hidrológicos, mas também nas médias pluvio- métricas de determinadas regiões, estados ou até mesmo municípios. https://youtu.be/zCOxA1oerhA 18 Palavra fINal Olá, aluno (a)! Chegamos ao término do conteúdo da segunda unidade da nossa disciplina. Espero que você esteja revisando os assuntos estudados a cada unidade e utilizando os recursos dispo- níveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Por isso, é importante que você realize as atividades avaliativas (Fóruns e Questionários). Elas irão ajudá-lo a assimilar o assunto apresentado e fortalecer o seu aprendizado. Lembre-se! Faça a leitura na íntegra do livro-texto e em caso de dúvidas, consulte o tutor da disciplina. Ele está a sua disposição para orientá-lo (a). Nos encontramos na próxima unidade. Bons estudos e até lá!
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